Discurso de político



Já se passava da meia noite quando um vulto pode ser visto descendo as escadas dos dormitórios para o salão comunal. Mais uma vez pesadelos atormentavam sua noite e, não querendo ver as estrelas, Lílian desceu para a sala comunal. Garantindo que estava sozinha, terminou de descer as escadas com seu chocolate na mão. Vendo que não teria nada pra fazer naquela tediosa madrugada, sentou-se para ler um livro enquanto esperava o sono chegar e, logo, adormeceu na poltrona em que se encontrava. Lily acordou antes que as pessoas começassem a descer para tomar café e saiu correndo para o seu dormitório percebendo a situação em que se encontrava; ela ainda tinha uma reputação a zelar. Depois de devidamente pronta e linda novamente, desceu para a sala comunal para esperar as outras quatro garotas, o que demorou um pouco a acontecer.


 - Demoraram!


 - Lily! – Começou Larissa – Hoje eu notei que sumiu mais um chocolate meu...


 - Jura?? – disse a ruiva fazendo cara de inocente


- Ruiva, você, por acaso, teve pesadelos essa noite?


 - Talvez... Por que?


 - É que sempre que você tem pesadelos um chocolate meu misteriosamente some!


 - Que coincidência!


 - Lily! Por que você não faz seu próprio estoque de chocolates?


 - Não aquento! Como todos em um dia!


 - Nisso eu concordo com ela! – disse Olívia entrando na conversa – Você olha pra eles, eles olham pra você! Eles falam: “me coma... Me coma.. Eu sei que você quer!” E você não aquenta!


 - Isso ta parecendo conversa de tarado! – Disse Bárbara no que todas riram.


                O dia passou como que se arrastando, mas, finalmente, a noite chegou. Estavam, a maioria dos Grifinórios, na sala comunal quando o quadro da mulher gorda deu passagem a uma bela morena de olhos castanhos que entrou berrando:


- Cadê aquele cachorro? Galinha!


 - Deve ta falando de você Sirius, chamou por um cachorro! – Falou James, que estava sentado no sofá junto com os outros três marotos de costas para a entrada.


 - Claro Jay-Jay! Se chamasse por você gritaria Viado! – Disse arrancando risos de dois rapazes que apenas observavam a conversa.


                Sirius, depois de mais um grito histérico da garota, levantou-se do sofá e encarou-a.


 - Seu cachorro, cafajeste, safado!


 - O que eu te fiz de tão errado? – falou Sirius fazendo cara de anjo


 - O que fez?! Assim que terminamos nosso encontro, você foi ver uma corvinal, em seguida, uma Lufa-lufa e, para fechar a noite com “chave de ouro”, outra Grifinória! – Disse ela aos berros.


 - Bem que eu me senti observado a noite toda...


 - Então você não nega?


 - O que há para negar se você mesma disse que me viu? Uma imagem vale mais que mil palavras...


 - Como pode fazer isso comigo Sirius Black? Sisi, Eu te amo!


 - Ah... Sisi! – Zoaram os outros três marotos do apelido “carinhoso” pelo qual a menina acabara de chamá-lo.


                O menino, ignorando os comentários de seus companheiros, começou a falar:


 - Minha cara! Eu nunca lhe disse que era exclusivamente seu! - Mas... – disse a garota já em prantos. - É como diz em um livro trouxa que agora não me recordo o nome, mas que li certa vez por nada pra fazer...


 - E o cachorrinho sabe ler? – Falaram seus amigos


 – Essa é nova pra mim!


 - E você viu como ele ta falando bonito? – Falaram novamente os outros marotos


 – isso prova que todo cachorro tem um lado veado!


                O garoto, mais uma vez, ignorou seus amigos e, depois de subir no sofá, lugar onde todos podiam vê-lo, começou a falar:


 - Não digo o que sinto, não sinto o que digo ou mesmo digo o que não sinto, sou, enfim, mau e perigoso e vocês – disse apontando para os amigos – inocentes e anjinhos. Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda a pouco mostrei: em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto; verdade seja que nada há mais fácil de me ouvirem um “Eu vos amo”, mas também a todas a nenhuma pedi que me desse fé; pelo contrário, digo a todas como sou , e se, apesar de tal, sua vaidade é tanta que se suponham inesquecíveis, a culpa, certo que não é minha - James começou a aplaudir quando sirius fez sinal para ele parar, ainda não tinha acabado - Meu pensamento nunca se ocupou não se ocupa nem se há de ocupar de uma mesma moça durante quinze dias. Esse sentimento que às vezes voto a dez jovens num só dia não é amor, certamente. Por minha vida, meus pensamentos nunca têm damas, porque sempre têm damas, Eu nuca amei... Eu não amarei jamais!


                Todos os marotos o aplaudiram de pé, enquanto ele agradecia aos plausos, a morena subia as escadas dos dormitórios chorando; era isso que acontecia com muitas garotas que se envolviam com James Potter e Sirius Black. Elas, antes de se envolverem, já sabem que isso irá acontecer, mas eles são, simplesmente, irresistíveis!

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