Natal, família e um bicho-papã

Natal, família e um bicho-papã



O dia para a volta para casa chegou. Era de tardinha e estava um frio desgraçado de meio de inverno. Remo iria passar uma noite na minha casa para conhecer meus pais, e depois ele voltaria para a casa dele.


-Se tudo der bem eu te levo para conhecer minha mãe um dia desses - Ele comentou enquanto nós combinávamos a viajem


 6 horas da tarde o trem na estação de Hogsmeade ia partir em 10 minutos. Eu estava muito animada em voltar para casa, primeiro porque eu sentia falta de meus pais e segundo porque Remo ia comigo. Sirius, que por pouco não escapou de passar o Natal com a família, estava meio deprimido. Lily estava mio a meio: ela estava muito feliz em voltar para casa, mas nem um pouco ansiosa em rever sua irmã trouxa Petúnia, a qual ela não gostava nem um pouco. James estava no bom humor de sempre, ele gostava de sua família e estava ansioso em revê-la. Pedro, bem... Pedro era difícil dizer, ele não expressava muito bem suas emoções. Anne estava feliz em rever sua família (trouxa). Alice compartilhava essa alegria, e Frank também. Remo estava ansioso em ver minha família. Como sei disso? Ele estava inquieto, não parava de mudar o peso de uma perna para outra e de coçar a nuca.


-Calma Aluado!-Sirius disse para ele - É só um natal!


-Iiii é... A gente esqueceu de contar... Remo vai conhecer meus pais nesse feriado. -Eu expliquei para eles.


 Remo olhou aflito para eles. Eles riram e Remo corou.


-Qual é a graça?!-Perguntei


-Ele tá MUITO nervoso Giucci - Sirius disse rindo - Olha só para ele, parece que está entrando num covil de acromântulas!


-E você Almofadinhas?-Remo disse- vai se encontrar com sua amada família! Devia estar feliz não?!


 Sirius fechou a cara e olhou para outro lado.


Entramos no trem logo em seguida. Na cabine, que cabia no máximo seis alunos, ficou assim: eu, Remo, Lily, James, Sirius e Pedro. Anne ficou com Alice, Frank e uns alunos do Corvinal.


-Aqui está mais frio que lá fora... -eu murmurei pegando um casaco de trouxa da bolsa- Vai nevar logo com certeza...


-Verdade... - Lily comentou - Deve estar uns 2 graus aqui...


- Pode ficar calma Lily, se quiser, eu te esquento - James piscou para ela. O que resultou num tapa - Ai! Giucci, eu sei que você é amiga dela, mas da próxima vez não ensina o hábito de dar tapas!


-Pode deixar James, não vou ensinar nada... -Falei num tom sarcástico e piscando para Lily, ela riu. - Nossa... 6 horas da tarde e to com um sono...


-Não é a única... - Lily comentou


-Vocês duas não estão sozinhas... -Sirius bocejou


-Verdade... -Pedro disse


-Eu sou o único acordado aqui?!-Remo perguntou nervoso


-Não Aluado, todos nós estamos acordados!-James riu- Ainda...


 O trem começou a andar e as pessoas a apagar. Lily foi a primeira, encostou-se ao ombro de James e desligou. Sirius foi o segundo, encostou na janela e caiu no ronco, literalmente. Eu estava quase caindo de sono, eram 8 horas e eu estava só olhando a paisagem.


-Remo, posso apoiar em você? - perguntei meio sonolenta para ele


-Claro. -Ele sorriu enquanto eu encostava nele e dormia profundamente.


 


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 Acordei às quatro da manhã. Ao abrir os olhos, vi que todos estavam dormindo. Percebi que eu estava praticamente deitada em cima de Remo, que tinha apoiado na janela para poder dormir. O mesmo acontecia com Lily e James, que estava encostado na porta. Sirius estava roncando alto ao lado da janela e Pedro, num sono inquieto. Eu me sentei direito, mas acordei Remo ao fazer isso.


-Já chegamos?-Ele murmurou coçando os olhos


-Não... Ainda não chegamos, pode continuar dormindo... -Eu falei tirando os cabelos dele dos olhos


-Eu não estava dormindo... -Ele protestou


-Então pode continuar a não dormir!-Eu disse sorrindo


-Não consigo... -Ele disse mexendo os dedos de forma estranha


-E se eu apoiar em você?-Eu disse sorrindo para ele- você dormiu quando eu apoiei em você.


-Eu não... -Ele tentou protestar


-Você estava dormindo e ponto Remo! Mesmo levemente você estava!- Eu cortei - agora faz o favor de apoiar nessa maldita janela?


 Ele me olhou estranho e obedeceu. Eu apoiei no ombro dele e o sono voltou.


-Vou voltar a dormir. -Eu falei para ele. Mas ele já havia adormecido então me aconcheguei e cai no sono.


 


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 Quando acordei de novo eram 6 horas da manhã e já estávamos chegando à King´s Cross. Sirius já estava acordado, bocejando e coçando os olhos. Eu sai de cima de Remo, que já estava acordado.


-Bom dia- murmurei sonolenta


-Bom d-dia- Sirius bocejou


-Bom dia- Remo cumprimentou passando uma mecha de meu cabelo para atrás de minha orelha


 De repente Lily acordou. Ela abriu os olhos lentamente e sorriu. Então viu a gente, e se levantou apressada. Ao perceber que estara em cima de James a noite inteira, ela deu soquinhos na cabeça.


-Bom dia Evans. - James que acordou após ela se levantar, cumprimento com um sorriso maroto - Bela noite, não?


-Calado Potter. -Ela resmungou ajeitando seus cabelos ruivos


-Seu desejo é uma ordem-Ele disse fazendo uma reverência exagerada.


-Quando nós vamos chegar?-Eu perguntei enquanto tirava uma escova da minha bolsa


-Em meia hora - Sirius resmungou


-Como sabe?-Eu perguntei penteando meus cabelos


-Não sei. -Ele riu - intuição...


-Vou perguntar ao maquinista!-Pedro disse se levantando e correndo para fora


-Eu nem tinha percebido que ele tinha acordado... -Remo disse encarando estranho a porta


-Nem eu - Lily disse


-Isso é definitivamente - James fez uma cara dramática -estranho...


 Todos rimos e continuamos a conversar. Em poucos minutos Pedro estava de volta dizendo que a intuição de Sirius estava errada: falavam 15 minutos para chegarmos. Passamos esse tempo jogando com um cachecol amarrado em uma bolinha de um para o outro. Quando chegamos, foi uma bagunça: malões, corujas e estudantes num bolo só. Todos desceram do trem e começamos a nos separar. Pedro foi o primeiro: avistou os pais numa salada de gente e saiu andando. Lily foi à segunda, que viu um homem ruivo e uma mulher de cabelos castanho atrás de uma garota de jeito arrogante. Ela se despediu e andou na direção deles. Depois, James cutucou Sirius e apontou para um homem pálido de cabelos negros junto com uma mulher de cabelos igualmente negros e de nariz fino empinado. Sirius fingiu não reconhecer os pais, mas Remo o empurrou e ele andou na direção do casal. Depois James avistou seus pais em um lugar que eu realmente não sei. E foi dizendo somente:


-Boa sorte Aluado!Feliz natal!


-Por quem eu devo procurar?-Remo me disse olhando em volta


-Eles sempre me encontram aqui... Devem estar vindo... -Eu disse olhando em volta


 Então avistei meus pais no meio daquela muvuca: meu pai Gregory Giucci, um homem alto e moreno, forte e ficando careca. Ele tinha as mesmas cicatrizes de Remo no rosto e estava com fundas olheiras (a lua cheia foi semana passada). Minha mãe Camille Whales Giucci, uma mulher alta, mas menos que meu pai, de cabelos castanhos claros e de pele branca. Eles andavam na nossa direção com sorrisos nos rostos.


-Ali estão eles!-Eu disse sorrindo para Remo, que estava aflito. Então corri e os abracei.


-Que saudades de vocês!-Eu disse enquanto largava meu pai.


-Então... -Disse meu pai se virando para Remo com um sorriso- qual o seu nome rapaz?


-Remo senhor, Remo Lupin. -Disse Remo apertando a mão de meu pai


-Não precisa ficar nervoso Remo. -Minha mãe disse, o que o fez corar- somos pessoas também.


-Ta bem, podemos sair da plataforma agora? Aqui tá lotado!-Eu pedi carregando meu malão


-Vamos. -Disse minha mãe com um sinal de siga


 Atravessamos o portal para o mundo dos trouxas. Saímos da King´s Cross e andamos no estacionamento até achar o carro.


-É uma pena vocês ainda terem 16 anos... -Meu pai comentou abrindo o carro e pondo os malões lá dentro- poderíamos ir aparatando...


-É perigoso quando estamos cercados de trouxas!-Minha mãe interviu- Eles poderiam ver e isso seria um problemão...


-Mas mesmo assim seria mais prático... -Meu pai respondeu entrando no carro ao mesmo tempo em que minha mãe. Eu entrei depois e Remo depois. O nosso fusquinha, era um carro mágico, então era extremamente espaçoso.


-Bem, só é uma pena que eu tenha adoecido semana passada... -meu pai comentou- mas se vocês dois precisarem de alguma coisa eu ainda estou disposto tá?


-Ahnnn, pai... Você não precisa falar que tava doente... -Eu disse com medo para meu pai


-Como assim filha?-Ele perguntou


-Eu meio que... Contei pro Remo... -Eu falei ainda com medo


 Meu pai quase bateu o carro. Ele tinha ficado vermelho e quase gritou:


-Como assim? Como assim Julieta?! - Ele estava muito vermelho. Merlin ME SALVA!- Eu disse que podia sair falando para quem quisesse?! Acho que não.


-Sr. , ela me disse porque eu também sou um lobisomem.-Remo interviu rapidamente


-Como assim?-Minha mãe disse aterrorizada - Você também Remo?


-Desde os oito anos. -Ele disse engolindo seco


-Sinto muito - Disse o meu pai, que já recuperou a cor normal- Eu quase não aguento na lua cheia, você só tem dezesseis anos então deve ser dureza...


-É sim senhor. - Ele confirmou nervoso. Eu segurei sua mão para acalmá-lo ele sorriu.


-Julieta deve ter te obrigado a levar ela nas transformações não é?- Minha mãe disse rindo


-Sim... Ela pediu, eu deixei, porque meus amigos são animagos também e eles sempre vão comigo. -Remo respondeu bem mais calmo


-Então provavelmente foi por isso que terminaram, sim?-Meu pai perguntou como quem não queria nada.  Remo ficou pálido.


-Sim senhor. Eu sem querer a taquei na parede, e ela ficou inconsciente por umas horas... -Ele contou com a voz falhando- eu não aguentei a machucar então intervi. Foi mais angustiante que uma transformação.


-Então deve ter sido realmente difícil... -Meu pai contou- Sempre que acordo e vejo que as machuquei, tento sair de casa. - Então deu um pequeno sorriso- Mas elas não deixam.


-Vocês não me deixariam ir se fosse comigo!-Eu disse


-Não... Não íamos - Meu pai riu


-Com certeza não - Minha mãe também riu


-Nunca. -Remo sussurrou no meu ouvido


- Então... Se o problema noturno está resolvido... - Meu pai continuou- então vou continuar explicando: Nós vamos trabalhar ainda hoje está bem?-Ele lançou um olhar sério para nós  - Vão ficar sozinhos em casa por algumas horas. Nada de gracinhas.


-Assim vai assustar o garoto Greg!-Minha mãe riu


-Eu estava brincando!-Ele disse se voltando para a estrada com um sorriso - Mas bem, continuando: nós voltaremos lá pelas seis horas. Certo?


 Nós balançamos a cabeça afirmativamente e meu pai continuou a dirigir. Logo chegamos em casa. Minha casa ficava numa área rural trouxa. Tinha dois andares, era cercada por um bosque (que estava coberto por uma fina camada de neve), tinha as paredes do lado de fora pintadas de branco, telhado de telhas arredondadas, uma chaminé fina... Era uma casa simpática e convidativa.


-Lar doce lar... -Eu comentei abrindo a porta do carro e saindo.


 O ar gélido entrou em contato com minha pele de forma chocante, mas eu não ligava. Esperei minha mãe abrir a porta e entramos no ar quentinho e com cheiro suave de minha moradia. A sala, mobiliada de forma confortável e arrumada, mas sem tirar o fato que era uma casa no campo. Cheia de retratos de família e mesas de madeira.


-Bela casa... -Remo disse olhando em volta


-Obrigada. -Eu respondi


-Eu vou botar estes malões nos quartos. -Meu pai disse arrastando os malões escada acima.


-Acho que deixei as janelas de trás abertas, já volto-Disse minha mãe andando para dentro do corredor.


-Então... -eu disse sentando de banda no braço de uma cadeira- quer ver a casa, comer alguma coisa, dar uma volta... Você escolhe.


-Engraçado que a ordem das coisas que você falou está ótima para mim. -Remo sorriu. Ele olhou para os lados por um momento, então me deu um beijo rápido


-Então vamos começar pelo andar de cima. -Eu disse puxando ele escada acima.


 Paramos em uma porta entreaberta, eu a empurrei e mostrei o quarto de paredes brancas, uma janela em cima da cama de solteiro coberta por lençóis brancos, com um armário grande num lado e uma porta para o banheiro no outro. O único objeto invasor era um malão no canto.


-O quarto de hóspedes. -Eu disse sorrindo e sentando na cama- espero que esteja a seu gosto senhor.


-Você fala como se fosse um hotel- ele disse sentando ao meu lado- é um quarto confortável... Vou ficar bem aqui.


-Próximo cômodo!-Eu disse me levantando e passando pela porta. Remo me seguiu


-É seu quarto?-Ele perguntou apontando para uma porta lilás com ramos de árvores pintadas


-É... Bem... Tá pode entrar!-Eu disse andando até ele


 Meu quarto era meio pequeno, mas era muito lindo: as paredes eram lilás, tinha uma janela coberta por cortinas laranja rosadas, o que dava à luz uma cor diferente. Tinha uma escrivaninha branca coberta por porta retratos e penas, umas quatro prateleiras contendo livros, enfeites, fotos, caixinhas, e coisas do tipo. Do outro lado, uma penteadeira coberta por bijuterias e enfeites. Uma cama de solteiro embaixo da janela. Entre minha cama e a parede, o poleiro da minha corijunha Cooks e um pratinho cheio de água para ela. No outro canto do quarto havia um grande armário branco.


-Que quarto lindo... - Remo disse andando em volta- Parece cenário de contos de fadas...


-É... -Eu disse meio sem jeito


-É você?Nesta foto? - Apontando para uma fotografia velha de mim pequena brincando com (ou melhor, fazendo levitar só com o olhar) um gnomo


-Éé... -Eu disse rindo- essa foto é muito velha... Eu tinha três anos... Os gnomos ainda me odeiam...


 Ele riu e devolveu a foto para o lugar. Continuou olhando e então o olhar dele se fixou num canto da parede, onde eu havia pintado uma lua quarto crescente.


- Ahh, bem, acho que você já percebeu pra que é isso... - Eu disse andando para ficar do lado dele


-A lua cheia sempre passou... -ele disse ainda observando a parede


-Outro cômodo?-Eu perguntei abrindo a porta


-Claro... -ele respondeu me seguindo.


 Andamos pela casa toda: do meu quarto partimos para a sala de jantar, de lá para a varanda, passei na porta do quarto de meus pais informando o que era, mas não entramos. Acabamos o tour na cozinha.


-Aquela porta... - Remo disse apontando para uma porta de madeira de aparência forte do lado do fogão


-Ahnnn, bem... Eu acho que você pode ver... -Eu disse abrindo a porta e o convidando para entrar.


 O cômodo era completamente diferente do resto de minha casa: as paredes arranhadas fortemente, pedaços de móveis jogados pelo chão, marcas de patas por todo lado,... O único móvel sobrevivente era um armário suspenso bem alto num canto.


-É aqui onde meu pai se transforma-Eu disse enquanto Remo passava a mão por um arranhão. - não é muito convidativo... Mas bem... É alguma coisa quando se precisa de um lugar para enfiar um lobisomem transformado e enfurecido...


- Parece muito com meu quarto. -Ele disse tirando a mão do arranhão e olhando nos meus olhos


- Talvez... - eu disse


-Vamos sair daqui. -Ele disse me empurrando de leve para fora do ´´quarto´´.


-Obrigada... - eu disse apoiando na bancada da cozinha- aquele lugar me deixa aflita...


-Normal- ele sorriu


- Então... Quer que eu faça alguma coisa para a gente comer?- Eu perguntei tirando uma panela do armário


-Você sabe cozinhar?!- Remo perguntou desconfiado


-Bem... Não. -Eu admiti rindo- mas posso improvisar alguma coisa aqui...


-Ta bem. Eu vou pegar um casaco ta bem?- Remo avisou andando em direção à escada


-Ta bem!-Eu respondi abrindo o armário.


 Então eu ouvi um barulho estranho vindo do ´´quarto das transformações´´. Eu peguei uma panela com força e andei até lá devagar. Abri a porta com o pé e vi: Fenrir Greyback, o lobisomem saía de traz de um pedaço de móvel. Com um sorriso sinistro no rosto e garras a vista. Ele olhava para mim com uma ferocidade incrível. Então eu berrei apavorada e deixe cair a panela no chão. Fiquei imóvel enquanto aquele monstro andava na minha direção se preparando para atacar.


-Julieta!- Eu ouvi Remo gritar e passos em minha direção. Ele chegou e parou atrás de mim. Greyback olhou curioso para ele então uma coisa aconteceu: o lobisomem  virou uma lua-cheia. Remo, que sacou o que estava acontecendo , gritou enquanto eu caía em soluços em seu ombro - Sr. Giucci! Tem um bicho-papão na cozinha!


-Um bicho-papão?!-Ouvi meu pai gritar - Na cozinha? À quanto tempo não limpamos esse lugar?!


 Então ele apareceu pelo corredor e vi a lua-cheia pairando dentro do quarto das transformações eu chorando no ombro de Remo - Riddikulus! - Ele gritou apontando a varinha para a lua, que virou um coelhinho e depois explodiu. - Calma filha... Foi só um bicho-papão... - Ele disse tentando me consolar- No que ele se transformou?


-Greyback- Remo disse baixinho acariciando meu cabelo com delicadeza


-Aquele desgraçado atormenta minha filha até hoje... Ai desse maldito quando eu pegar ele... -Meu pai murmurou enfurecido saindo da cozinha


-Você tem medo dele... Mas não tem de mim. Julieta...-Remo sussurrou- Porque?


-Porque ele é um monstro que come carne humana estando ou não transformado!-Eu disse largando Remo- Porque ele me trouxe as imagens que vejo em meus pesadelos! Porque ele é assim mesmo já tendo sido completamente humano!Eu não entendo como alguém pode ser tão ruim como ele... Eu o acho pior que Voldemort. Voldemort mata nas maldições, mas Greyback transforma a vida de suas vítimas numa angústia de transformações!-E caí no choro novamente


-Calma... Ta tudo bem Julieta, eu to aqui. -Disse Remo me consolando- Se ele por acaso aparecer aqui, eu vou te proteger até a morte está bem?


 Eu balancei a cabeça afirmativamente e abracei ele.


-Você não está com fome ou está?-Eu perguntei apontando para o fogão


-Não... -Ele riu passando a mão em meus cabelos- não precisa cozinhar nada. Podemos dar aquela volta.


-Pode ser depois?-Eu perguntei olhando para ele- eu realmente perdi a vontade de sair...


-Ta bem... - Ele sorriu de novo- não importa o que a gente faça. Se você estiver ao meu lado tá ótimo. -ele disse olhando no fundo de meus olhos


-Então... - eu disse me sentando no sofá- o que faremos?


 Ele me olhou como se estivesse prestes a rir. Então eu comecei a rir só da cara dele. Logo ele estava rindo também.


-Que bom que parou de chorar Julieta!-Minha mãe disse entrando na sala- Já estou indo para o trabalho. Por favor, não me faça ouvir seu nome lá no ministério. -Ela disse fingindo estar séria- Tchau Remo, tchau filha!


-Tchau!-Eu e Remo respondemos ao mesmo tempo. Então ficamos vendo pela janela minha mãe andar para fora de casa e desaparecer com um rodopio.


-Eu to loco para aprender a aparatar. -Remo disse com um olhar pensativo - ... E você?


-Também... Deve ser tão prático... -Eu respondi- Hm... Você quer um chá?


-Um chá seria bom, obrigado-Ele respondeu com um sorriso

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