O Segredo da Víbora



Estaria prestes a mandar o bruxo mais perigoso do mundo para a escuridão? Devolveria um assassino ao demônio? O que ele faria agora? Teria piedade e o deixaria viver? Trocaria sua amiga por um assassino? Acho que não.


Os olhos verde – fantasmas encontraram os verde sujos. Alvo se sentia acabado, fraco...


-Alvo, vamos! – gritava Ted.


-Está louco? Como vou detê-lo?


-Temos que ir embora!


Alvo teria mais escolhas? Teria que suportar o homem que tentara o matar sobreviver? Ele implorava que não houvesse mais do que escolher, não queria decepcionar mais ninguém.


-Ah! – e correu em direção a Frank com a espada cravejada de diamantes, mas antes que golpeasse o monstro ele o agarrou e puxou para dentro do paredão de névoa.


 


Alvo parecia estar em frente a um grande lado, as águas cristalinas o refletiam com algumas dobras erradas.


O ar a sua volta era esverdeado. No meio do lago havia um barco com um homem esquelético o remando, ele ia na direção de Alvo.


Quando o barco desembarcou, o homem esquelético olhou para o rosto aturdido de Alvo. O seu rosto era acinzentado, os olhos avermelhados, ele usava uma roupa toda molhada, suja e rasgada.


Ele abriu um sorriso, os dentes destruídos e parecia que um cão mordeu a parte da frente da língua.


-Bem vindo, senhor Potter, creio que você tenha morrido a pouco – disse o homem, a voz ásperas corria pelos ouvidos de Alvo.


-Eu não morri, eu...


-Não se preocupe com a memória, ela voltará com o tempo.


-Mas eu não esqueci de nada... Eu estava na Câmara Secreta e lutando contra Frank, depois ele me puxou para este lugar.


O homem estudou Alvo.


-Não entendo... Todavia venha comigo, preciso levar você a o rei.


Alvo entrou no barquinho e o homem voltou a rema-lo, com um remo feito de ossos ensangüentados.


De repente, o barquinho afundou no lago e Alvo viu uma cidade obscura lá no fundo.


-Onde estamos? – perguntou Alvo.


-Na cidade dos mortos – respondeu o homem.


Eles afundaram até o nível da cidade. Vários prédios negros se estrendiam com pequenas janelinhas. Mais ao fundo várias pessoas, completamente mortas, porém caminhavam e sorriam uma com as outras.


O barquinho passeava pela cidade escura, algumas pessoas olhavam Alvo pela janela dos prédios negros.


Um bicho voava lá em cima do lago, Alvo não conseguiu identificá-lo direito, mas parecia uma ave ou algo do tipo.


Eles chegaram em um local grande, era como se fosse uma casa na frente e um grande muro atrás, o barquinho parou ali, e Alvo calculou que teria que entrar.


Ele atravessou o grande portal e se viu em um tipo de julgamento, havia um juiz e vários outros sentados perto das paredes.


O chão brilhava, havia um símbolo estranho, duas espadas cruzadas e um x no meio, várias velas estavam penduradas no teto.


Muitas cabeças de dragões estavam nas paredes, soltavam um fogo verde esmeralda.


Alvo foi em direção ao homem que estava no centro, ele imaginou se o juiz, o problema é que dava muito medo. Era um homem alto, seus cabelos arrepiados subiam junto com dois chifres flamejantes, os olhos avermelhados e maléficos refletiam a imagem de Alvo. Ele usava uma roupa de rei, havia diamantes em seu traje amarelo e dourado. Os braços fortes estavam tatuados, os dedos longos e flamejantes tamborilavam na mesa de mármore.


Alvo estava defronte ao juiz, ele o encarava com algum nojo no olhar.


Ele revistou a papelada que havia em sua mesa, os pergaminhos amarelados caíam na borda da pedra branca e eram devorados por um cão de três cabeças.


-Você deve ser Alvo Severo – disse o homem, a voz áspera e aguda mostrava medo em todos que estavam sentados ali.


-Sou.


O homem colocou um óculos da grossura de seu polegar e começou a ler a papelada.


-Aqui não diz como morreu.


Alvo teve um pingo de esperança de que estava sonhando, mas logo que deu um beliscão, viu que estava em plena vida real.


-Ah... Eu não morri, Frank me puxou para cá.


-Então você morreu.


Alvo olhou as pessoas sentadas nas mesas perto da parede, pareciam frustadas.


-Te algum jeito de voltar?


-Tem, batalhando.


-Batalhando?


-É bem complexo, você deve entrar nesta arena e batalhar com alguém, depois terá de se mostrar esperto, respondendo uma pergunta extremamente difícil. Após isso terá que adivinhar a porta certa entre dez, a certa lhe levará a vida novamente, mas se errar a porta ou falhar em qualquer outro desafio, você vai ficar no mais fundo do poço, nas masmorras do mundo dos mortos.


-Certo, deixe-me passar.


-Quer mesmo continuar ou quer viver normalmente aqui?


-Continuar, claro.


O homem arregalou os olhos, de repente sua escrivaninha mudou de lugar, se movia para o lado, mostrando um enorme portão.


-Encontro você lá dentro – disse o juiz.


Então Alvo entrou no portão.


 


Tudo a sua volta ficou preto, estava em um túnel, do outro lado via um ponto luminoso, as paredes tinham  cabeças de animais presas, pessoas enforcadas, etc.


Sentiu algo segurando o seu pé, olhou para baixo, um homem barbado e agachado, com pernas sujas e magras, os bracinhos sujos e fracos também, os dedos estavam amarelados, assim como os dentes. Os cabelos sebosos e descabelados, os olhos de besouros refletiam a imagem corajosa de Alvo.


-Não entre... É quase impossível passar da primeira fase... Ninguém nunca conseguiu...


Alvo agora parecia mais interessado do que nunca nas três tarefas.


-O que vai acontecer lá dentro?


-Você vai lutar contra um bicho impossível de matar... tanto que nem há uma segunda prova, o bicho é impossível de matar...


Alvo olhou para o pontinho luminoso e seguiu seu caminho.


Ele saiu do túnel, estava em um tipo de arena, muitas pessoas assistiam quem estava lá embaixo. Pilares gregos seguravam as arquibancadas, no centro estava a escrivaninha do juiz, ao lado dele um enorme monstro de cinco metros de altura, com um porrete cheio de chifres que ele identificou ser de unicórnio, eram branco e pontiagudos, como facas.


O monstro tinha uma careca brilhante, os olhos negros e sem nenhuma emoção diziam que ele gostava do sofrimento dos participantes.


-Aproxime-se, Alvo Severo! – gritou o juiz e muitas pessoas vaiaram.


Ele ficou defronte a escrivaninha, onde o juiz o encarava.


-Bem, vou explicar como funciona a primeira prova. Você vai ter que lutar contra esse gigante. Muitos bruxos que morrem em combate lutam contra ele com suas varinhas, pois morreram com ela na mão, mas você não, lembra com o que você morreu?


-A espada de Godric Griffyndor.


-Excelente, tome!


E jogou a espada cravejada de diamantes na mão de Alvo.


-Boa sorte. – e sumiu juntamente com a escrivaninha.


O gigante veio loucamente a sua procura, ele levantou o porrete e desceu com força, antes que esmagasse Alvo, este rolou para o lado e começou a correr.


O gigante veio correndo cambaleando atrás de Alvo, balançando o porrete feito um louco, o sangue em sua boca escorregava pelo queixo.


Alvo segurava a espada de Godric Griffyndor, corria pela arena em busca de auxílio, o que faria?


Ele estava encurralado, o monstro apontava o porrete para a cabeça de Alvo. Quando ele desceu a arma, Alvo pulou no ombro do monstro e saltou, correndo em direção ao outro lado da arena.


O monstro o seguiu, mas quando chegou na metade da arena, lançou o porrete em cima de Alvo, mas quando ele ia tocar o garoto, ele o cortou ao meio com a espada de Godric Griffyndor.


O monstro se aproximou, segurou Alvo pelo tornozelo e o colocou em direção a boca.


Ele morreria mastigado?


O monstro soltou Alvo e este foi de encontro a boca dele, mas cortou o nariz do gigante e este fechou a boca, possibilitando Alvo de deslizar pelo seu queixo gordo.


El segurou a espada com firmeza e golpeou o tornozelo, porém o gigante mal se afetou, apenas soltou um grunhido e deu um soco em Alvo, que voou cinco metros.


Alvo se levantou e encarou o monstro, que ria de sua queda, ele pegou a espada que morrera com ele e correu em direção ao gigante.


O monstro apenas levantou a mão, fazendo com que Alvo subisse dez metros de altura.


Alvo caiu de braços e pernas no chão, a espada caíra do outro lado da arena, onde o gigante ria da queda de Alvo, mas este se levantou e correu em direção a espada.


O gigante chutou Alvo e ele caiu do boca no chão, os lábios inchados sangravam como serpentes escapando de sua boca.


O gigante se aproximava de Alvo, brincando com a espada, ele ria enquanto tentava a entortar.


Alvo se levantou e correu em direção ao gigante, q           eu agora tentava entortar a espada com força.


Alvo pulou no joelho do gigante e tirou a espada da mão do gigante, depois pulou e arranhou o braço do gigante.


O sangue saiu verde e brilhante do braço do gigante, que gritou de dor, logo depois correu em direção a Alvo e pulou em cima dele, como um golpde de boxe.


Alvo apenas ergueu a espada para cima e quando o gigante foi perfurado, ele a arremessou pro lado, levando o gigante com ela.


Alvo caiu no chão, ofegante, tinha terminado a primeira tarefa, agora faltavam a segunda e a terceira, será que ele conseguiria cumpri-las.


Em um piscar de olhos, o juiz estava ali, em frente a Alvo.


-Muito bem, Alvo, siga-me.


Alvo seguiu o juiz, eles passaram por toda a arena, todos gritavam o nome de Alvo, felizes e loucos. Eles entraram num túnel e de repente, estavam em uma ponte de mármore, do outro lado um paredão de névoas.


-Certo, Alvo, agora você terá de responder essa pergunta.


-Pode falar.


O homem ergueu as sobrancelhas e começou a dizer:


-Qual é o segredo da víbora?


Alvo gelou, qual seria o grande segredo da víbora?


-Ahn... – então Alvo se tocou porque Frank queria Lysandra – As víboras tem o poder de te livrar da morte!


-Muito bem, Alvo Severo, pode passar, te encontro nas portas.


Alvo atravessou a ponte e entrou no paredão de névoas, até estar em um lugar cheio de portas.


-Nove dessas portas são ilusões, descubra a verdadeira – disse o juiz atrás de Alvo.


Alvo examinou as portas, qual seria a verdadeira?


-Como eu vou saber?


-Não sei, é você que quer voltar a sonhar na vida!


Alvo se tocou... Ilusões...


Quando ele se iludiu? A primeira vez foi quando seu irmão lhe dissera que os testrálios eram criaturas más, ou seja, a primeira porta era ilusão.


A primeira porta desapareceu.


Outra ilusão...Desconfiar de si mesmo quando sua tia lhe pediu para proteger Rosa. E a segunda porta desapareceu.


Outra ilusão? Pensar que Phelipe era um comensal da mrote espião quando ele os salvou da travessa do tranco. E a terceira porta sumiu.


Alvo só se lembrava de mais uma ilusão... Pensar que poderia enfrentar Frank naquele momento... Então a quarta porta sumiu e ele atravessou a quinta porta, e de repente...


 


Alvo estava parado em frente a Lysandra, na Câmara Secreta, ela voltara ao normal, a mesma garota miúda de sempre.


Alvo percebeu que todos olhavam para ele, esupefatos. Desesperado olhou para trás, havia apenas o paredão de névoas verdes.


-Isso aí Alvo! – gritou o professor Ted, juntamente com Escórpio.


Alvo foi em direção a Lysandra, que abriu um sorriso, logo e ele foi em direção aos amigos, mas antes que pudesse os abraça-los, algo o agarrou pelo pescoço.


-Solta ele, pai – disse Phelipe e Alvo percebeu que era Joker que o agarrrava.


-Não!


-Uma troca – dsse Phelipe – Eu morro e você solta Alvo.


Joker pensou bem e respondeu com severidade:


-Feito.


-Não! – gritou Alvo – Não! Phelipe, não!


Mas já era tarde, Phelipe corria em direção ao paredão de névoa verde e desapareceu, deixando todos o olhando.


Joker largou Alvo e saiu correndo, juntamente com os comensais da morte.


Alvo caiu de braços e pernas, os olhos entreabertos e ele estava todo sujo de água e lama, principalmente da areia. Sua boca ainda sangrava e ainda se sentia pesado, porém forte.


Olhou para Joker fugindo e disparou atrás dele, seguidos de todos ali.


Ele via apenas o homem gordinho correndo para salvar sua vida, mas não poderia ter piedade, ele matou seu amigo, estava prestes a se vingar, e estava feliz com isso.


Seu pai lhe contara que existia um feitiço chamado Crucio, ele nunca experimentara, mas seu pai lhe disse que era muito ruim, e que nunca usasse. Seria o momento de ignorar o conselho de seu pai?


O homem gordinho se afastava cada vez mais, de repente eles atingiram uma parte somente feita de pedras, Joker as escalava com facilidade, mas Alvo teria de ser mais rápido se quisesse o pegar.


De repente eles estavam no jardim da escola, perto da casa de Hagrid. Alvo concluiu, que era a hora:


-Crucious!


Nada aconteceu, somente os comensais da morte e Joker olharam para trás.


-Saia daqui, Alvo!  gritou Joker.


Alvo ignorou e continuou correndo atrás de Joker, até que todos os comensais da morte aparataram e sumiram da vista de Alvo.


Alvo se aproximava de Joker, ele virava para ver se ele estava realmente atrás dele, mas era óbvio, Alvo ia alcançar Joker... ou não... Um segundo antes de Alvo agarrar Joker... BUM.


Eles voaram dez metros para trás, caíram de nariz na grama cortada.


Alvo se levantou e fitou o que havia o acertado, era o Salgueiro Lutador, uma árvore que se movimentava sozinha e batia nas pessoas. Joker se levantava ao seu lado e de repente sumiu.


Alvo bateu na grama cortada. Os outros chegaram atrás dele e o ajudaram a se levantar.


-Vamos Alvo, você precisa descansar, amanhã acaba as aulas, se lembra? – perguntava Ted.


Alvo desmaiou.


 


Estava parado em uma pequena casebre, onde tinha uma cobra em sua frente, de repente o juiz do mundo dos mortos entrou e a imagem se dissolveu.


 


Acordou no hospital, percebeu que era dia seguinte e que iria para casa. Rosa e Peter estavam fazendo o trabalho na cabeceira de Alvo, até ele abrir um sorriso e dizer:


-Oi.


Os dois viraram os olhares para ele.


-Alvo, cara, você foi demais – disse Peter.


-Muito bem, priminho.


Alvo sorriu, mas gostaria de continuar descansando até a hora de voltar para casa.


Ele se levantou, colocou as vestes da Grifinória e foi andar pelo castelo.


Era bem de manhã, umas seis horas da manhã, ele foi passear pelos jardins da escola, onde via-se nas montanhas um fraco tom rosado e aconchegante. A macieira estava dando enormes maçãs, Alvo e os dois amigos pegaram uma e contemplaram o amanhecer até voltarem para casa...


 


 


 

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