Capítulo 20



- Muito bem, gira e balança. Isso! Agora é só dizer "Vingardium Leviosa".


Várias vozes seguiram a de Rowena, mas nenhum efeito muito significativo foi visto.


Após a aula, saiu de sala suspirando e ajeitando a tiara que caía de sua cabeça. A frase "O espírito sem limites é o maior tesouro do homem" escrita em seu diadema, brilhava. Aquele pequeno texto não existia antes ali, havia sido introduzido há pouco tempo. Suspirou novamente cansada. Era mais difícil do que poderia ter imaginado.


Olhou o corredor em frente e viu vários alunos andando e falando alto. Alguns riam, outros corriam com as varinhas em punhos e irritados. Rowena parou em frente a esses últimos.


- Ei! Sem correr e usar a varinha nos corredores, ouviram? Podem se machucar.


Os alunos concordaram, mas assim que viraram a curva do final do corredor e se viram livres da professora, voltaram ao que estavam fazendo.


Enquanto andava lembrou-se que mais tarde tinha que dar mais aulas para um certo grupo. Havia uma turma especial que ensinavam nos fins de semana. Eram os moradores de Hogsmeade e de outros lugares próximos. Bruxos mais velhos que não puderam aprender quando novos. Não podia se esquecer... era cansativo, mas adorava ensinar.


Rowena dirigiu-se ao Salão Principal por uma entrada diferente da que os alunos usavam. Sentou-se à esquerda de Godric.


Merlin estava localizado no centro, em sua direita estava Salazar e em sua esquerda Godric. Helga estava ausente.


- Onde a Helga está? Na cozinha de novo? – perguntou para Godric.


- Sim. Já falei que ela pode enfeitiçar as panelas e talheres para fazer a comida, mas ela faz questão de preparar tudo! Só sobe depois de ter terminado e enfeitiçado os pratos e travessas para aparecerem em cada mesa. Deve estar quase na hora.


Dito e feito.


Uma onda de longos e lindos cabelos louros entrou correndo pelo Salão e sentou-se à direita de Salazar.


- Desculpa de novo. – riu. – alguns alunos quiseram me ajudar e bem...não deu muito certo. – Salazar deu um beijo na menina que sorriu e começou a comer compulsivamente.


- Anh Merlin...não esqueça do aviso... – Godric sussurrou.


- Ah sim! – levantou-se e todos pararam com os garfos a centímetros da deliciosa comida. – Eu sei que todos devem estar mais do que famintos. Eu também estou. – sorriu. – Mas tenho um aviso que talvez anime alguns e traga a curiosidade de outros.


"Não sei se estão lembrados que com o aperfeiçoamento do meio de transporte, que é a vassoura, surgiu um novo tipo de esporte bruxo. O quadribol. – houve alguns murmúrios excitados e outros interrogativos. – Nossos queridos fundadores resolveram introduzir esse jogo em nossa escola. – mais vozes cochichando. – Quem estiver interessado, procure o professor que corresponde a sua Casa. Ele lhe dará um livro que explica os procedimentos e regras. Se obtivermos um número satisfatório de interessados, traremos especialistas no esporte para ensinar a vocês. Quem sabe não poderemos ter mais uma matéria em nossa grade educacional? Voo! – Merlin sorriu, mas não houve muita correspondência por parte dos alunos. Provavelmente achavam que o que estudavam já era por demasiado estressante. – Bem, era isso. Bom apetite. – voltou a sentar-se.


O almoço terminou e os professores seguiram de volta em direção às suas próximas aulas. Já tinham passado três anos dando quase todas as aulas e até Merlin aderiu. Ensinava Adivinhação para aqueles que tinham realmente o dom, pois prever o futuro não é algo que se aprende, mas que se nasce.


Helga correu a chamar os alunos de sua Casa e de Ravenclaw.


- Hoje vamos à Floresta.


- Mas ela não é proibida aos alunos? – um menininho miúdo e de olhos arregalados perguntou com medo.


- Não com a companhia de algum professor. Agora vamos! Hoje veremos unicórnios!


As meninas deram gritinhos e a seguiram animadas.


Godric e Salazar conversavam animadamente quando depararam-se com um grupo de rapazes trocando azarações.


Metade deles era da Gryffindor e outra metade de Slytherin.


- Ei! O que está acontecendo aqui? – Salazar, com sua voz grossa e severa, fez todos congelarem no ato.


- Eles começaram! – um garoto de Gryffindor falou, pulando com as pernas presas.


- Não me importa quem começou. Apertem as mãos. – Godric também estava sério.


Depois de um ter tentado quebrar os dedos do outro, afastaram-se para as aulas que teriam.


- Eu não sei porque os alunos de nossas Casas sempre brigam. Alguns conseguem manter ótimos laços e ser bons amigos, mas de vez em quando sai uma faísca e pronto! – Godric voltou a andar bufando.


- Bom, temos personalidades bem diferentes mesmo. Até hoje me pergunto como nos tornamos amigos. Eles não devem ter tanta força de vontade assim. – Salazar sorriu e se afastou. – Boa aula. – e entrou na sua sala falando com sua voz forte e ressonante. – Calados todos!




Os times para a primeira partida de quadribol de Hogwarts estavam completos. Os alunos que faziam parte do jogo estavam animados e nervosos. Aqueles que iam apenas assistir não faziam ideia de como seria.


Para aumentar a vontade de irem bem, um prêmio foi estabelecido: uma linda taça para os vencedores.


As vassouras usadas eram modelos mais modernos do que aquelas que Godric e Salazar haviam comprado anos atrás, porém não eram assim tão rápidas quanto seriam no futuro.


O professor de voo, que se chamava Roger, já estava posicionado com seu apito em mãos.


- Capitães, apertem as mãos.


O primeiro jogo que aconteceria, seria Gryffindor contra Slytherin. E cada fundador havia apostado em seu próprio time.


- Aposto cinco galeões que vamos ganhar. – Godric sorriu.


A nova moeda bruxa havia sido instituída juntamente com o Ministério. Eram elas galeão, nuque e sicle.


- Dobro a aposta. – Salazar sorriu de volta e o jogo começou.


Os jogadores não estavam assim tão ruins, mas os de Gryffindor estavam tendo sérios problemas com certas penalidades...


Após um balaço derrubar o goleiro de seu time, os aros estavam totalmente desprotegidos. Os batedores tinham agora que se preocupar em rebater os balaços e a goles que eram tacadas. A única esperança que tinham era de que o apanhador tivesse mais sorte do que eles.


E então apareceu o pomo. O apanhador de vermelho estendeu sua mão em direção à pequena bolinha dourada que batia as asas freneticamente. Quando seus dedos estavam quase se fechando sobre ela, o menino foi arrastado para trás e se desequilibrou na vassoura.


O apanhador do time adversário puxou seu pé e agora estava no encalço da bolinha para trazer vitória à Casa das cobras.


- Ei! Não valeu! – Godric levantou-se irritado e Salazar o puxou pela capa fazendo-o sentar-se novamente.


- Fica quieto.


- Mas isso não valeu!


- Bom, ele não recebeu falta, recebeu? Jogo é jogo. – sorriu.


Godric cruzou os braços, irritado.


Mas o apanhador de seu time já havia conseguido se recuperar e era bem mais veloz que seu adversário. E ainda por cima estava furioso. Acelerou o máximo e deu um pequeno empurrão com o corpo, fazendo o outro desviar o caminho.


Finalmente apanhou o pomo quando o placar estava perigosamente para o lado de Slytherin. O jogo terminou, e por 180 a 50, Gryffindor venceu.


- Há! – Godric levantou-se sorrindo e comemorando junto com parte da arquibancada. – E ainda perdeu feio! 180 a 50! Que vergonha...


- Ah cala a boca! – Salazar falou irritado. – Se não fosse por aquele empurrão...


- Jogo é jogo. Passa o dinheiro. – esticou a mão. Salazar botou o saco com as moedas na mão esticada e o olhou fuzilante.


- Pode ter vencido o jogo, mas não o torneio inteiro.


- Uhhh que medo. – riu mais e foi comemorar com seus alunos.


***


Oi. Bem, eu só vim avisar que não vou responder ao review hoje porque estou muito doente e preciso voltar a deitar. Desculpa, mas semana que vem eu comento seu review, ok Neuzimar?


Beijos e até mais \o.

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