Capítulo 14



Ambos partiram logo que o dia raiou. A cidade inteira queria que seus heróis ficassem mais tempo, porém explicaram que tinham compromissos importantes e já estavam atrasados até demais.


Uma atividade como chegar até o porto, demorava apenas dois dias a cavalo, se corressem. O que não gostavam de fazer. Não havia necessidade para tanto. No entanto, com aquela demora já haviam se passado quatro dias.


O porto estava cheio quando finalmente ali pararam. Foram a procura do próximo navio que partiria para a França.


Ambos os cavalos carregavam duas imensas sacolas recheadas de moedas de ouro. Porém ninguém conseguia ver, pois Godric havia aprendido o feitiço da desilusão e usara nas bolsas para não haver perigo de roubo.


A viagem de navio durou mais um dia inteiro e algumas horas. Ao chegar à terra francesa começaram novas buscas por informação. Era complicado conseguir distinguir bruxos e, a nova alcunha já usada por Godric e Salazar, trouxas. E quando encontravam, ninguém sabia onde se localizava a bendita escola, que descobriram que se chamava Beauxbaton. Isso quando conseguiam entender o que diziam.


Parecia que a localização era desconhecida e os bruxos que sabiam gostavam de manter em segredo, mas, segundo um homem a quem perguntavam quando estavam quase desistindo naquele dia, uma certa aglomeração de estudantes era muito frequente em Lyon. Quando perguntavam onde estudavam diziam apenas o nome e mais nada, se era um trouxa que fazia tal questão, o ignoravam.


Lyon era uma cidade famosa da França. E também muito distante da cidade portuária em que estavam. Demorariam ao menos mais uns quatro dias para alcançar seu objetivo.


- Cavalos são lentos...será que não existe uma maneira mais mágica de irmos para lá? – Salazar mordiscou um sanduíche que havia comprado e olhou cansado para as casas de comércio em volta. – Lugar feio...


- Não podemos aparatar. Não sabemos direito onde temos que ir. Podemos surgir de repente dentro de uma parede ou até ao ar livre, mas na frente de várias pessoas. – falou pensativo.


Ficaram em silêncio por mais alguns minutos até que Godric bateu nas costas de Salazar, fazendo-o derrubar seu último pedaço de sanduíche.


- Ah, muito obrigado. Você sabia que as pessoas costumam guardar a parte mais gostosa para o fim? – olhou desolado para o chão.


Godric o ignorou e seguiu até uma placa que dizia: Novidade, Bruxos! Vassouras voadoras surgiram para facilitar sua locomoção! Não percam!


- Onde está indo...? - notou para onde o olhar de Godric se dirigia - Ei, ninguém mais percebeu essa placa? – falou preocupado observando em volta.


Aproximaram-se do homem que estava prostrado ao lado dos dizeres talhados em madeira. Assim que os viu chegar, o homem sorriu.


- Avez-vous? Aimerait d'acheter un balai?


- Não tem medo de sermos Não-Mágicos? – Salazar perguntou a Godric espantado.


- Ah! Brrritanicos. – falou em um inglês com forte sotaque. – Querrren uma vassourrra?


- Alguém que não seja bruxo pode ver sua placa! – Godric sussurrou para o homem que sorriu ainda mais.


- Ó no no no. Tudo o que esses Non-Mágicos leem é "Cuidado! Fin do mundo prrróximo!" e essas coisas.


- Ah sim. Apenas mais um louco anunciando o fim do mundo. – riu-se Godric. – Mas fale-me sobre essas vassouras.


- É uma novidadê que inventarrrón. Voa, meus carrros! Voa!


- Hum...e para não nos verem é só usarmos o feitiço da desilusão! Muito bom. Mas e a bagagem de nossos cavalos?


- Ahá! – o homem exclamou dando um susto em ambos e estendendo uma grande cesta que quase bateu no rosto de Salazar. – Encaixa-se perrrfeitamént na vasourrra. Clarrro que non cabe muita coisa. Mas o necessárrrio.


- Hum...e o restante podemos deixar com os cavalos em algum lugar que cuide de animais e bagagem de viajantes...Quanto custa?


O homem sorriu abertamente de forma simpática.


- Gostei de vocês. Porrr isso, farrrei uma oferrrta. Cinco moedas de ourrro...cada.


- O que? – Salazar o pegou pela gola e o ergueu acima do chão. – Seu ladrãozinho miserável!


- Para! Vamos pagar.


- Godric! Isso é um absurdo!


- Temos muito aqui. – murmurou para ele. – Podemos pagar. E precisamos das vassouras.


- Se continuarmos aceitando esses preços em tudo que é lugar, não vamos ter mais até voltarmos. E não precisamos de vassouras. Os humanos usam cavalos desde que eu me lembre e nunca nos deu problema. Não sei por que agora "precisamos" das vassouras. Apenas demoraremos mais para chegar.


- Ótimo. Então você vai de cavalo e eu vou de vassoura. Tudo bem? – Godric falou irritado.


- O dinheiro não é só seu, Gryffindor! – e foi a primeira vez que Salazar o chamara pelo sobrenome agora que já se conheciam bem. – E lembre-se que se não fosse por mim nem o teríamos!


Os dois encararam-se por alguns minutos e o vendedor encolhido em um canto nem ousava respirar.


- Está jogando no meu rosto o que fez? Achei que o dinheiro fosse para todos. Se for fazer isso sempre que uma decisão lhe desagradar, não preciso dele. E nem de você. – enfiou a mão dentro dos bolsos e tirou as últimas moedas que trazia na viagem. – Eu não ia mesmo pagar com o dinheiro da sacola, seu idiota.


- Olha...eu...posso fazerrr porrr trrrês moedas se vocês prrrrometerrrem non me matarrr. – o homenzinho engoliu a seco.


- Tudo bem. – Salazar entregou sua quantia também para o homem assustado. – Mas ainda acho besteira isso.


Com um aceno de varinha, o vendedor fez aparecer duas vassouras comuns, que empregados e donos de casa usavam para limpar o chão.


- Aqui estão. – entregou-as rapidamente, como se quisesse livrar-se logo daqueles dois.


Arrumaram o dinheiro e outras necessidades na cesta presa à vassoura, após terem achado um lugar para deixar os cavalos e o que sobrara.


Escondidos de olhos curiosos, se desiludiram e subiram no pedaço de madeira.


- Sabe como voar nisso? – Godric olhou em volta como que em busca de algum tipo de mecanismo.


- É claro que não. Caso não tenha notado, são "novidades" para os bruxos.


- Será que impulsionando... – Godric o ignorou e empurrou os pés no chão fazendo a vassoura saltar em direção ao céu. Com um grito foi subindo e tentando se equilibrar.


- Tomara que caia... – Salazar murmurou irritado e fez o mesmo.


***


Oi, gente. Hoje vou postar dois capítulos porque eu esqueci de postar semana passada rs. Foi mal. Viu? Isso que dá vocês serem leitores malvados e não mandarem reviews...me desanimam. Só uma doce criatura que me mandou e eu vou responder ao review dela no capítulo seguinte.


Beijos.

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Comentários (1)

  • HiHeloise

    O Salazar é tão...Sonserino!XD Adorei essa das vassouras serem novidade na época deles o//

    2012-07-29
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