A Marca Atinge a Verdade



– Capítulo 16 –


A Marca Atinge a Verdade


 


 


Parecia o fim de qualquer relacionamento entre Jennifer e Sirius. Jenny estava muitíssimo magoada com Sirius, e ele estava tão zangado com ela, que os amigos de ambos não conseguiam ver como poderiam um dia voltar a fazer as pazes.


Sirius estava enfurecido porque Jennifer aceitara ir com Cedric ao baile, sem esperar por um convite dele. Ele estava inconformado por ter levado tão a serio sua idéia maluca de estar apaixonado por ela, enquanto ela marcava encontros com Cedric às suas costas. Tiago chegou a zangar-se com ele em uma de suas queixas de “eu nunca havia sequer cogitado a idéia de mudar por alguma garota. Eu poderia sair com a Miss Universo se eu quisesse e ela ainda fica me esnobando”.


Jennifer por sua vez, irritava-se e dizia que Sirius estava sendo idiota e imaturo. Não se conformava que pudesse ter dito todas aquelas coisas para ela como se ela fosse obrigada a ir com ele ao baile por causa de um beijo. Mas por outro lado, arrependera-se internamente por aceitar ir ao baile com Cedric.


Faltava apenas um dia para o baile e eles estavam na aula de transfiguração, quando Harry tentava pela milésima vez convencer Jenny de ao menos olhar na cara de Sirius.


- Vai ficar defendendo ele, agora? – zangou-se ela.


- Sei que ele está errado, mas é que ninguém agüenta mais esse clima ruim que vocês dois deixaram – queixou-se.


- Não fui eu quem começou! Vá reclamar com ele...


- O Sr. e a Srta. Potter com certeza podem-me dizer sobre o que eu estava falando, não é mesmo? – interrompeu a Prof.ª McGonagall.


- Desculpe, professora.


- Quietos agora! Como eu dizia antes de ser interrompida pelos gêmeos Potter, amanhã será o baile do dia das bruxas e quero todos com suas fantasias impecáveis – continuou a professora – O baile começará com uma música lenta para a dança de todos os pares, onde vocês trocarão os casais entre si no decorrer dela e em seguida a balada. Espero que se divirtam com moderação. Uma boa tarde para todos – ela finalizou junto com o sinal.


Jenny levantou-se rapidamente, ocorrendo-lhe uma idéia e foi até Lily.


- Lily, você já arrumou um par para ir ao baile?


- Ainda não. Por quê?


- Não?! – exclamou Gina – Como não? O baile é amanhã!


Lílian ia responder, mas Jenny puxou sua atenção novamente.


- Você quer ir com Cedric?


- Mas pensei que você fosse com Cedric!


- Foi o que combinamos, mas você não tem par e Tiago ainda nutre esperanças de que você vá com ele. Como isso aparentemente não vai acontecer...


- É claro que não vai acontecer!


- ...você pode ir com Cedric e eu vou com Tiago. O que acha?


Lílian a olhou, desconfiada.


- Por que está fazendo isso?


Jenny fez sua melhor cara de inocente.


- Você fez minha fantasia para o baile e prometeu me deixar impecável! Isso é o mínimo que posso fazer por você!


 - Bom, nesse caso... E se você e Cedric não se importarem...


- Conversarei com Cedric. Ele não se importará!


- Então por mim tudo bem!


- Ótimo! Vou falar com eles.


Jenny correu para fora da sala, procurando por Tiago que não devia estar longe. E acertara. Viu Tiago encostado na parede e Sirius parado no corredor mais a frente, conversando e provavelmente esperando por Remo.


- Tiago! – gritou.


Os dois marotos a olharam. Sirius desviou os olhos quase em seguida.


- Preciso falar com você – disse Jenny ao se aproximar.


- Pode falar!


- Quer ir ao baile comigo?


Sirius olhou imediatamente de volta para ela, enquanto Tiago unia as sobrancelhas, confuso.


- Pensei que você fosse com Cedric – repetiu a fala da ruiva.


- Eu ia, mas aí eu tive uma idéia pra te juntar com a Lily.


- Sou todo ouvidos – ele sorriu marotamente.


- Pensei assim: eu vou com você e a Lily vai com o Cedric, e na hora da primeira dança, na troca de casais, você puxa a Lily pra dançar com você e eu vou com Cedric.


Sirius desviou os olhos novamente, mas Jenny sabia que ele ainda prestava atenção na conversa.


- É uma ótima idéia – aprovou Tiago – Mas Cedric e Lily vão aceitar? Lily vai desconfiar.


- Lily já aceitou sem perceber nada. Só preciso falar com Cedric, mas com ele é de boa.


Tiago olhou para Sirius.


- Acha que pode dar certo, Almofadinhas?


Sirius deu de ombros, fingindo estar indiferente. Jenny olhou dele para Tiago.


- Tudo bem, eu topo – disse Tiago – O máximo que pode acontecer é eu levar outro fora da Lily, não é? Eu e você vamos juntos ao baile, então. Te encontro amanhã no saguão de entrada, pode ser?


- Perfeito!


Ela afastou-se radiante e foi procurar Cedric. Ele zangou-se um pouco no começo, mas logo aceitou, lembrando-se que Jenny dependia de Lily e Tiago juntos para nascer.


 


 


Todos acordaram na manhã do dia das bruxas muito entusiasmados e agradeceram que o dia passara rapidamente entre tantos preparativos. Logo após o almoço, as meninas subiram para o dormitório para se arrumarem e assim passaram à tarde.


- Estamos atrasadas! Temos que descer! Frank está me esperando! – gritou Alice, impaciente.


- Calma, Lice – pediu Lily – Já estou terminando de arrumar a Jenny.


- Você costura muito, Lily! Olha esse vestido que perfeito – disse Gina olhando para a roupa da ruiva que sorriu.


- Obrigada.


Lílian colocou mais uma pedrinha de safira nos cabelos de Jennifer e parou para analisá-la. Jenny sentia-se ansiosa, sem saber ao certo o porquê disso. Ela estava sentada de frente ao espelho, vendo Lily arrumá-la e escutando a conversa das amigas, mas na verdade só conseguia pensar na festa lá em baixo que já devia ter começado.


- Está pronta – disse Lily.


Jenny levantou-se para olhar seu reflexo no espelho e as amigas a admiraram, boquiabertas. Lily fizera para Jenny o mais perfeito vestido de princesa em um azul escuro que combinava perfeitamente com o tom de sua pele.


- Uau, Jenny – disse Anna – Me sinto intimidada de descer junto com você.


A morena sorriu, sem graça.


- Vamos?


- Vamos!


Juntas, Anna vestida de fada, Alice de vampira, Gina de noiva cadáver, Hermione de diabinha, Lílian de Cleópatra ruiva, Jenny de Cinderela e Lina de joaninha, desceram para o salão principal, onde já acontecia a festa do dia das bruxas.


 


 


- O que você está aprontando, Almofadinhas? Você está com cara de quem está pensando em aprontar.


- Relaxa, Aluado! Eu to de boa!


- Vai continuar de boa quando ver quem está chegando? – perguntou Rony apontando as escadarias.


Sirius virou-se para olhar e sentiu o ar deixar seu corpo. Jenny estava no topo da escada com suas amigas, e estava perfeita. Ele nem enxergava quem eram as amigas. Só via ela e todo o seu brilho. Viu que ela olhava para algo ao pé da escada e abaixou os olhos para ver. Cedric Diggory a esperava como um perfeito cavalheiro, mas vestido de vampiro. Sentiu como se levasse um soco no estomago.


Jennifer começou a descer as escadas desviando sua atenção para o saguão de entrada enfeitado. Corou ao notar a multiplicidade de rostos concentrados nela. Mas então, enfim o viu.


Toda a sua ansiedade evaporou. Mal percebera que Remo, Clark e Rony estavam ao seu lado, ou que Tiago, Harry e Mark se encontravam atrás dos quatro. Não viu que as amigas já haviam terminado de descer as escadas, nem Cedric ainda a esperando ansioso, nem Tiago se adiantar para recebê-la, nem nenhum dos outros alunos que ainda a olhavam.


Só o que via era o rosto Sirius vestido em sua fantasia de Mosqueteiro; ele enchia sua visão e dominava sua mente. Seus olhos em um perfeito azul celeste e ardente, em seu rosto severo e profundo. Quando seus olhares surpresos se encontraram, ele abriu seu primeiro sorriso para ela em semanas, mas que logo se apagou ao ver Cedric adiantar-se para ela e beijar-lhe a mão. A atenção dela desviou-se parcialmente de Sirius.


- Acho que ela é meu par, Diggory – disse Tiago, sorrindo.


Cedric piscou para ele e foi até Lilian.


- Espero que esse plano dê certo – cochichou Tiago os observando.


- Vai dar – garantiu Jenny.


Ele sorriu para ela.


- Sabe que se beleza desse prisão você levaria pena de morte, Jenny? Não deixe a Lily saber disso, mas você é a garota mais bonita da festa.


Jenny sorriu.


- Obrigada! Não vou deixá-la saber.


Eles aproximaram-se de Harry, Mark, Remo, Clark, Rony e Sirius que estavam acompanhados respectivamente por Gina, Lilá, Anna, Padma, Parvati e, para o horror de Jenny, Cho.


- Você está muito bonita, Jenny – disse a oriental.


- Não finja ser minha amiga, Chang. Isso me dá náuseas! Eu não te perguntei nada.


Todos a olharam estáticos por seu tom de voz e falta de educação, exceto por Mark e Harry que continuaram observando a festa como se fosse normal o comportamento da irmã, Gina que deu uma risadinha e Sirius que escondeu seu sorriso, olhando para o outro lado.


- Eu só tentei ser educada...


- Não tente – pediu Jenny secamente e afastou-se puxando Tiago.


Sirius a seguiu com o olhar.


- Por que está olhando para ela? – perguntou Cho irritada.


Remo, Clark, Rony e Gina prenderam o riso. Sirius deu de ombros e Dumbledore impediu Cho de voltar a reclamar.


- Alunos, por favor, silencio! Quero dar as boas vindas a todos ao primeiro baile de Halloween realizado em Hogwarts! Agora vamos dar inicio à primeira dança que incluirá a troca de casais com a troca das luzes! Professora McGonagall, a senhora me acompanha nessa dança?


As luzes rapidamente ficaram azuis e todos se puseram a dançar.


- Você não se importou de não ter vindo com a Jennifer? – perguntou Lílian que deslizava com Cedric pela pista.


- Não se preocupe com isso. Posso ficar com ela depois – ele respondeu sorrindo.


Lílian sorriu também.


- Você gosta muito dela, não é mesmo?


- Realmente, eu a amo muito.


- Fico feliz em ouvir isso. Tenho me afeiçoado muito a ela e aos irmãos. Eles são sempre muito carinhosos comigo.


Cedric sorriu olhando para Jenny e Tiago.


- Eles são incríveis. Sou suspeito para falar da Jenny, mas os três são. E não se desgrudam, você deve ter percebido. Quase que dependem um do outro. Você conviveu pouco com eles ainda, mas vai entender o que estou dizendo. Como nascida trouxa vai entender se eu dissesse que é como se Jenny fosse a bateria, Mark o carregador, e Harry a energia. Um sempre dando apoio ao outro e precisando do outro.


Lílian sorriu mais ainda pensando naquilo. Esquecera-se completamente da troca de casais. Viu as luzes ficarem cor de rosa e sentiu-se sendo rodopiada no ar e então outros braços a pegarem.


- Oi, minha Cleópatra! Deixa eu ser seu Júlio Cesar?


- Potter?!


- Gostou da surpresa? – Tiago deu seu melhor sorriso maroto.


- A Jennifer me paga por isso!


 


 


- Cedric está conseguindo distraí-la – disse Jenny – Quando mudar a cor das luzes ela nem vai perceber se você puxá-la.


Tiago sorriu.


- Está se saindo uma perfeita marota, Jenny!


Ela sorriu também.


- Tive a quem puxar.


- Olha! A troca das luzes...


Ele rodopiou Jenny e ela sentiu outra mão pegar a sua e segurar sua cintura.


- A Lily me disse uma vez que a Cinderela tem um príncipe, não um vampiro.


Jenny ergueu os olhos surpresa para aquele sorriso maroto e olhou a sua volta. Cedric dançava com uma garota, mas mantinha os olhos em Sirius e Jenny. Sua expressão era mortal. Aparentemente, Sirius entrou em sua frente e pegou Jenny antes dele. Ela voltou seus olhos para Sirius.


- E você por acaso é um príncipe?


- Não, mas também salvo donzelas em perigo.


Ela deu seu melhor sorriso maroto.


- Eu mesma me salvaria antes que você conseguisse alcançar o inimigo – disse.


Ele revirou os olhos.


- Como você sonha alto.


Ela riu, mas logo ficou séria.


- Pensei que não estivesse falando comigo!


 


 


- Gostou da surpresa? – Tiago deu seu melhor sorriso maroto.


- A Jennifer me paga por isso!


- Relaxa, Lílian! – disse Tiago – Aproveite sua noite.


- Aproveitaria melhor sem você.


Tiago parou de dançar.


- Tem certeza? – perguntou sério.


- Eu...


- Se você quiser, eu posso ir embora. Eu só vim por sua causa, se você não me quiser aqui eu vou embora.


- Tiago, eu... Me desculpe. Não quero que vá embora.


Ele sorriu levemente e a tomou em seus braços novamente, voltando a dançar.


- Fico feliz em ouvir isso.


- Quando vai desistir de mim?


- Eu nunca desisto.


- Então eu sou um desafio para você?


- No começo sim, mas desafio é quando você traça uma meta e quer atingi-la de qualquer jeito só para ter o mérito no final. Não é mais assim pra mim. Agora é mais difícil e mais simples do que isso. Eu te amo. Só quero vê-la feliz e de preferência comigo. Não te vejo mais como uma medalha. Eu te quero como mulher.


 


 


- Pensei que não estivesse falando comigo!


Ele a olhou com um leve sorriso nos lábios.


- Tá vendo aquele cara encostado ali na parede de camisa branca?


Jenny olhou na direção apontada, confusa.


- To vendo, sim. O que tem ele?


- Ele pediu pra eu vir aqui te perguntar se você pode me desculpar.


As luzes ficaram amarelas e ela sentiu um novo rodopio, mas então ao invés de soltá-la, Sirius entrelaçou ainda mais seus dedos aos dela e a puxou de volta.


- Está tentando me monopolizar? – ela perguntou, sorrindo.


Ele sorriu de volta.


- A idéia é tentadora, mas o cara de branco ainda está esperando uma resposta.


- Diga a ele que você me magoou muito e diga a ele para mandar você deixar de ser orgulhoso e vir até aqui me pedir desculpas pessoalmente.


O sorriso de Sirius diminuiu.


- Tem razão – disse em um suspiro – Eu odeio parecer fraco, Jen, mas... eu não posso mais lutar contra isso.


- Do que está falando? – ela perguntou, confusa.


- Estou falando que... Jen, eu estou completamente apaixonado por você desde o primeiro momento em que te vi dentro deste castelo, e não dá mais pra fingir o que sinto quando estou perto de você. Eu te amo.


Jenny arfou.


- Jenny, por favor, não reaja assim – Sirius pediu, parando a dança.


- Você... isso não... não podia... como foi que...?


- Jen, calma!


“Um amor que atravessa os limites do tempo...”


Ela soltou-se de Sirius e afastou-se desnorteada, esbarrando nas pessoas ao deixar o salão.


- Jen! – Sirius foi atrás dela – Espera, Jen!


“-Não sei se você está mentindo pra si mesma, ou se é realmente cega!”


Ela saiu para o jardim enfeitado sem olhar para trás.


- Jen, quer me escutar?! – ele a puxou e a virou para ele.


“- Vocês dois juntos é que são um problema!”


“- Você gosta do Sirius?


- Claro que gosto do Sirius!”


“- Isso é um erro.


- Então ouso dizer que é a hora certa para errar.”


“- Você é mais corajosa que isso, Jen.”


“- Pelo contrário! Foi muito mais do que um beijo pra mim!”


“- Não fiquei com nenhuma menina depois do nosso beijo!”


“- Não me peça para descrever o que estou sentindo!”


“- As conseqüências para isso serão severas...”


- Calma, Jen – ele tentou tranquilizá-la, lendo as lembranças em seus pensamentos – Vamos resolver isso – ele a puxou para um abraço.


- Jennifer! – chamou uma voz urgente.


Mark atravessava o jardim rapidamente em suas direções.


- Mark?


- Precisamos ir embora – ele a pegou pelo braço e a puxou.


- Mark, deixa ela, seu negócio é comigo... – disse Sirius se colocando entre Jenny e Mark.


- O baile acabou de começar, Mark – disse Jenny.


- Não estou falando de ir embora do baile. Estou falando de ir embora para o futuro.


- O QUE?! – exclamaram Sirius e Jenny.


Mark os ignorou. Pegou o braço de Jenny e saiu a puxando. Sirius correu para barrar sua passagem.


- Mark, por favor, eu faço qualquer coi...


- Não é por sua causa, Sirius, mas nós realmente temos que ir – disse Mark.


- Aconteceu alguma coisa com Teddy? – perguntou Jenny, a voz alarmada.


- Não.Vá arrumar suas malas.


- Não até você me explicar o que houve! – ela disse irritada.


- Você e Harry estão correndo perigo!


 


 


- Aonde vai, Harry?


- Gina... – Harry lançou um olhar para Mark, que entendeu o recado e saiu à procura de Jenny – Gina... olha, me desculpa, mas eu preciso ir.


- Ir para onde?


- Vou voltar para a torre.


- Mas espera, eu vou com você...


- Não! – ele disse – Gina... eu preciso achar a Jenny. Ela precisa de mim e eu... não tenho sido muito presente.


- Mas o que aconteceu? – perguntou Hermione que se aproximava com Rony – Do que está falando Harry?


- Bellatriz estava me olhando de um jeito estranho, mas disfarçou quando viu que eu percebi. Mas ai ela olhou para Jenny... tem alguma coisa errada. Acho que ela sabe de alguma coisa sobre nós. É melhor eu e a Jennifer sairmos daqui, antes que apareçam problemas.


- Mas, Harry, como Bellatriz poderia saber de alguma coisa? – perguntou Hermione.


- Draco pode ter contado – chutou Rony.


- Draco não contaria – disse Gina – Ele deve a vida dele e da família dele ao Harry e a Jenny.


- Mas acho que ele os culpa por os pais dele estarem em Azkaban – interveio Rony.


- E Régulo está tentando estar bem próximo de Jenny desde o início das aulas – disse Harry.


- Espera ai! – exclamou Hermione e então abaixou o tom de voz – Você acha que eles são comensais da morte e estão armando alguma coisa?


- É o que eu acho – disse Harry – Vou atrás de Jenny e Mark. Não vou deixar meus irmãos em perigo de novo. Vocês ficam aqui pra não levantar suspeitas.


 


 


- Oi, Lily.


Ela virou-se.


- Severo? – ela fechou a cara – O que quer?


- Conversar. Voltar a ser seu amigo...


- Me desculpe, mas acho que você já deixou claro que não somos amigos.


- Lily – ele a segurou pelo braço – Aquilo foi há dois anos.


- Não me interessa. Me solta, ranhoso.


Ela puxou seu braço e ele a soltou e a observou se afastar, carrancudo.


Lílian viu os cabelos negros arrepiados de costas, conversando com Remo e Clark e esqueceu-se de Snape. Seguiu decidida até ele e o puxou, virando-o para ela. Tiago a olhou surpreso e fez um sinal discreto com a mão para os amigos se afastarem, sem desviar os olhos dela que não percebeu o gesto.


- O que quis dizer com aquilo?


- Aquilo o que? – perguntou confuso.


- O que disse enquanto dançávamos.


- Pensei que eu tivesse sido claro!


- Seja mais, por favor.


- Eu te amo!


- Prove!


Ele estreitou os olhos por um momento, então pegou em sua mão e a levou até o jardim.


- Fiz uma música pra você – disse se virando para ela.


Ela ergueu as sobrancelhas, surpresa.


- A música que você tocava na torre de astronomia?


Ele sorriu.


- Essa mesma.


Tiago conjurou o violão de Jenny e se pôs a cantar.


 


More Than Words


Saying 'I Love you'


Is not the words I want to hear from you


It's not that I want you not to say


But if you only knew


How easy it would be to show me how you feel


 


More than words


Is all you have to do to make it real


Then you wouldn't have to say


That you love me 'cause I'd already know


 


What would you do if my heart was torn in two?


 


More than words to show you feel


That your love for me is real


 


What would you say if I took those words away?


 


Then you couldn't make things new


Just by saying 'I love you'


 


More than words


 


Now that I've tried to


Talk to you and make you understand


All you have to do is


Close your eyes and just reach out your hands


And touch me, hold me close


Don't ever let me go


 


More than words


Is all I ever needed you to show


Then you wouldn't have to say


That you love me 'cause I'd already know


 


What would you do if my heart was torn in two?


 


More than words to show you feel


That your love for me is real


 


What would you say if I took those words away?


 


Then you couldn't make things new


Just by saying 'I love you'


 


Mais Do Que Palavras


Dizer "eu te amo"


Não são as palavras que quero ouvir de você


Não é que eu não queira que você diga


Mas se você apenas soubesse


Como seria fácil mostrar-me como você se sente


 


Mais do que palavras


É tudo o que você tem que fazer para tornar isso real


Então você não precisaria dizer


Que você me ama porque eu já saberia


 


O que você faria se meu coração se partisse em dois?


 


Mais do que palavras para mostrar que você sente


Que o seu amor por mim é real


 


O que você diria se eu jogasse aquelas palavras fora?


 


Então você não poderia renovar as coisas


Apenas dizendo "eu te amo"


 


Mais do que palavras


 


Agora que tentei


Falar com você e fazer você entender


Tudo o que você tem que fazer é


Fechar seus olhos e só estender suas mãos


E me tocar, me abraçar apertado


Não me deixa nunca ir embora


 


Mais que palavras


É tudo o que eu sempre precisei que você mostrasse


Então você não precisaria dizer


Que me ama porque eu já saberia


 


O que você faria se meu coração se partisse em dois?


 


Mais do que palavras para mostrar o que você sente


Que o seu amor por mim é real


 


O que você diria se eu jogasse aquelas palavras fora?


 


Então você não poderia renovar as coisas


Apenas dizendo "eu te amo"


 


As últimas notas soaram e Lílian abriu a boca para falar alguma coisa, mas foi impedida por um grito de agonia.


 


 


- Você e Harry estão correndo perigo – disse Mark.


- Perigo? – perguntou Sirius, confuso.


- O que aconteceu? – perguntou Jenny com a voz urgente.


- Te explico no caminho – disse Mark pegando na mão de Jenny e a puxando, mas parando ao ver que ela não se mexia – Jenny?


Sirius e Mark a olharam assustados, enquanto ela fitava o vazio, paralisada.


- Jenny? – Sirius a chamou.


 


“E quando o Lorde das Trevas partir sua alma, as marcas atingirão a verdade...”


 


Jenny sentiu dentro dela, algo se movendo e despertando.


Rasgando. Rompendo. Agonia.


Jenny gritou – um grito de gelar o sangue. Seus olhos reviraram e seu corpo perdeu as forças, tombando em direção ao chão.


 


“O corpo da vítima jazia no chão. Voldemort então voltou a erguer a varinha para o cadáver.


- Una pars toti ...”


 


Rony, Hermione e Gina o ampararam antes que seu corpo pudesse chegar ao chão.


Uma onda de tortura tomou conta de sua cabeça e ele a sentiu despedaçando-se, separando-se de seu corpo. A cicatriz rompia-se.


Escuridão.


 


“ Voldemort gritou, mas fez força para continuar consciente, apesar da dor. Sua alma dividia-se. Ele precisava terminar o feitiço.


- Servaverit integras in alio corpore pars ... "


 


- A cicatriz dela está sangrando! – gritou Sirius.


Mark pegou Jenny desacordada em seus braços e voltou em direção ao castelo.


- Sirius... vá chamar Dumbledore!


- O que está acontecendo, Mark?


- Preciso levá-la para perto de Harry.


- Harry?


Em meio a isso, Jenny voltou a si.


 


“- Custodi abditam partem ... "


 


- Jenny!


- Você tem que ir para a ala hospitalar, Harry! – disse Rony enquanto corria com dificuldade pelos corredores, carregando Harry.


- Gina já foi chamar Dumbledore! – disse Hermione.


- Ajudem Jenny! – gritou Harry – Ela está sufocando!


- A ligação entre eles voltou! – exclamou Rony, assustado.


 


“-Verte piece ut totum ... "


 


- Não! – gritou Jenny


- Faça-a respirar! – gritou Sirius.


- Ela já voltou a respirar! Temos que chegar até Harry! Pegue o mapa em meu bolso e ache Harry!


- Juro solenemente não fazer nada de bom – disse Sirius com a varinha apontada para o mapa – Ele está no corredor da ala hospitalar com Rony e Hermione.


Eles quase voaram para lá.


 


“-Averte autem omnium est ... "


 


- Coloquem ele aqui! – mandou Madame Pomfrey – O que houve?


- Ele precisa do Prof.º Dumbledore! – disse Hermione – Ele deve estar chegando...


- O que aconteceu? – Dumbledore entrou e foi rapidamente para o lado de Harry.


- Professor! – gritou Mark entrando e colocando Jenny na maca ao lado de Harry.


- Saiam todos daqui para eu trabalhar – ordenou Madame Pomfrey, mas ninguém se mexeu.


- A cicatriz deles está sangrando! – repetiu Sirius.


- Eles estão soando frio... – disse Mark.


Madame Pomfrey chegou rapidamente com os medicamentos.


- Papoula, a Srta. Potter! – exclamou Dumbledore – Ela parece estar tendo uma convulsão...!


O corpo de Jenny parecia estar sendo eletrocutado, mexendo-se sem parar.


- Alguém me ajude! – gritou Madame Pomfrey – Mantenham-na sã! Ela não pode apagar! A poção que eu dei a ela a fez voltar a estar consciente!


Sirius adiantou-se. O corpo de Jenny ainda se mexia na cama.


 


“-Qui alica signatus est!


Voldemort arfou. Seu corpo caiu no chão. Ele sentia a parte de seu corpo deixa-lo, mas não a sentia penetrar o medalhão de Sonserina. Se ela não estava indo para o medalhão, então para onde fora? Ficou deitado no chão, aguardando a dor passar. Até que uma nova pontada o atingiu. Não sabia o que sentia. A escuridão o puxava. Seu corpo parecia estar sendo eletrocutado, e babava ao mesmo tempo.”


 


- Acorde, Jen! – implorou Sirius, com a voz urgente – Fique com a gente, está me ouvindo? Não sei o que está acontecendo, mas seja o que for, volte!


Os olhos de Jenny giraram procurando, sem achar. Na cama ao lado Harry tentou dizer algo, mas logo arfou e ambos, mas uma vez, mergulharam na escuridão.



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Pessoal, mil desculpas pela demora, mas eh que faculdade em primeiro lugar, neh?

Já comecei a digitar o proximo capítulo, e estou quase acabando!

O nome dele vai ser: Na Floresta Proibida!

Bjo galera!            

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Comentários (2)

  • Tathi M.

    AI.MEU.DEUS. Que capitulo foi esse? Morrendo de ansiedade aqui, posta o mais rapido que puder a história está maravilhosa, parabeens! Beijos

    2012-10-01
  • lily jean OLIVER

    *dando pulinhos de felicidade* opa!!!!!!!!!!  amei o capitulo continua pfffffffffffff

    2012-10-01
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