Após a Aurora dos Tempos



"Eram só mentiras de um falso amor. Tira dos meus sonhos a imagem delaTira o desejo de estar com elaApagar da mente..."
                                                                                           Duda Dursley

Jennifer, Cedric e Neville voltaram para a sala, onde todos os outros estavam no momento. McGonagall se encontrava em uma poltrona mais afastada e olhava para os 5 jovens sentados a sua frente (Harry, Gina, Luna, Rony, Mark, Hermione). Quando os 3 entraram, a professora indicou para que se sentassem com os demais. Jenny se sentou no tapete e chamou Duda para que se sentasse a seu lado, afinal ela não dera atenção alguma ao primo desde sua chegada. Todos olhavam curiosos para McGonagall, a mais nova diretora de Hogwarts, quando esta começou a falar.


- Bom, como todos vocês sabem, após a Aurora dos tempos, nome dado por historiadores ao episódio contra Voldemort no mês passado, o mundo dos bruxos está passando por um processo de recontrução. Até mesmo o Gringotes. – ela parou e olhou para Harry e Jenny, afinal foram eles quem destruíram o banco dos bruxos, saindo de lá montados em um dragão.


- Como ficará Hogwarts, professora? – pergutou Hermione – Acho que ela foi a maior prejudicada em todos os aspectos.


- Vamos restaurá-la com a ajuda do Ministério – respondeu a professora, olhando para Kim com um sorriso de agradecimento – mas isso levará tempo, e esse é o ponto principal da nossa reunião hoje.


Todos aguardaram a professora continuar, em silêncio.


- A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts não poderá receber alunos este ano, no estado em que se encontra atualmente – todos a olharam alarmados e ela continuou – Mas, não podemos permitir que nossos jovens interrompam seus estudos em magia. Por isso, em uma Assembléia entre Ministro da Magia, diretora e conselho de Hogwarts, e representantes de todos os departamentos do Ministério da Magia, foi encontrada uma solução.


Agora, o silêncio na sala era mortal.


- Charlie Sent, representante do Departamento do Mistérios, aproveitou a ocasião da Assembléia, para apresentar a mais recém descoberta do mundo bruxo, algo simplesmente extraordinário – todos aguardaram a professora continuar – Uma espécie de caverna, beco, passagem... chamem do que quiserem, mas o interessante é o que há na caverna.


- E o que é? – perguntou Luna, ansiosa por adquirir conhecimento.


- Uma espécie de cachoeira capaz de levá-los à outra dimenssão onde existem tres portais. Os dois primeiros foram testados, mas tiveram receio de testar o ultimo.


- Por que? – perguntou Jenny


- Porque o primeiro leva ao passado e o segundo trás de volta ao presente, o que nos leva a crer que o terceiro levaria ao futuro e tal experiência poderia custar a vida de alguém.


- Não consigo entender, professora – falou Hermione, ainda confusa


- Tente entender, Srta. Granger. Sabemos o que houve no passado e, embora não possamos mudá-lo, não há risco em reviver algo pelo que já passamos. O presente será sempre o nosso hoje, mas o futuro... quantas coisas ainda estão para acontecer... quantas coisas ainda temos que aprender antes de vivê-lo? – explicou a professora.


- E tudo isso nos leva aonde exatamente? – perguntou Harry


- Vocês voltarão no tempo e estudarão em uma Hogwarts do passado, - a professora respondeu com um sorriso triunfante no rosto – e quando as coisas se acertarem por aqui, chamaremos vocês de volta.


Todos a olharam boquiabertos. Ela só poderia estar louca. Como eles poderiam propor uma volta no tempo para estudar em uma Hogwarts do passado?


- Mas professora, temos 18 anos agora – falou Rony


- Sim – concordou McGonagall – mas você e seua amigos não fizeram os NIEM’S, e precisarão deles se quiserem seguir alguma profissão, então todos vão voltar a estudar. Os alunos do 7º ano repetirão o 7º ano, devido aos NIEM’S, e os alunos do 5º ano repetirão o 5º ano devido aos NOM’S, que não foram feitos graças à confusão de Snape na direção da escola. Os demais alunos continuarão seus estudos normalmente.


- E para que ano exatamente a senhora pretende nos mandar? – perguntou Mark


A professora sorriu e trocou um olhar com Kim que também sorria, antes de responder:


- Vamos mandá-los para a época que seus pais ainda estavam vivos e estudavam em Hogwarts. 1977! Vocês estudarão no mesmo ano que eles. – terminou empolgada.


A reação que se seguiu a fala da professora não foi a esperada. Jennifer se engasgou com o brigadeiro que comia e Cedric correu para ajudar Duda que dava “tapinhas” em suas costas. Harry deixou seu copo de cerveja amantegada cair e se espatifar no chão. E Mark caiu da cadeira onde estava sentado e brincava de gangorrar. Gabriely, irmã de Fleur, que estava mais próxima de Mark, correu para ajudá-lo.


- O que? – perguntou Jenny, se recuperando


- Exatamente o que a senhorita escutou, Srta. Potter – respondeu a professora rispidamente – E considerem isso como um presente de todo o corpo docente de Hogwarts e Ministério da Magia, como um agradecimente por terem destruído Voldemort. E quanto ao senhor, Sr. Diggory – continuou voltando-se para Cedric – foi convidado a ir também como chefe dos monitores chefes, pois os professores não poderão ir para ajudar, já que estaremos cuidando da escola. Talzez um ou outro vá, mas gostaria que o senhor ficasse responsável pela ordem de todos os alunos de nosso tempo. É uma tarefa de grande responsabildade que estou confiando ao senhor, então espero não me decepcionar – disse olhando para Jenny que corou – E nada de acobertar as marotagens de niguem – todos riram fazendo Jenny corar mais ainda e passar a mão pelos cabelos


- Eu faço o que eu posso – brincou com um sorriso amarelo.


Mark murmurou um: - Smurfette! fazendo todos rirem mais.


- Professora – chamou Hermione que parecia ainda tentar entender – E o que vamos dizer quando chegarmos lá? Porque certamente teremos que explicar o motivo de tantos alunos novos estarem entrando na escola.


- O que acham de: “daqui num saio, daqui niguem me tira” – cantou Jorge


Todos cairam na gargalhada e McGonagall o fuzilou com o olhar.


- Poupe-nos de suas macaquices, Sr. Weasley – falou


Todos prenderam o riso com a expressão assassina da professora.


- Certamente, Srta. Granger – a professora voltou ao assunto principal – Eu escrevi uma carta para o prof. Dumbledore do passado e recebi sua resposta essa tarde – falou retirando um envolope do bolso e entregando à Hermione que leu em vóz alta:


 


“Prezada Profª. McGonagall,


 


Hogwarts ficará imensamente honrada em receber seus alunos do nosso futuro em nosso passado, aqui em seu passado.


Entendo perfeitamente bem a necessidade da situação e fico feliz em saber que teremos no futuro jovens que lutarão pela destruição de Lord Voldemort, que está apenas começando suas maldades aqui no nosso tempo.


Acredito que não há necessidade de mudar o nome dos alunos para trazê-los para cá. Vamos utilizar o exemplo dos senhores e senhorita Potter, de quem me falou. As pessoas saberão apenas que são filhos de Tiago Potter, mas não saberão quem é a mãe. Assim será com todos os alunos. Saberão apenas quem são os pais, que têm o mesmo sobrenome. No caso de serem muito parecidos com a mãe, mudem alguma coisa na aparência e tudo estará resolvido.


Tomarei providencias para que quando seus alunos voltarem para o futuro, os do meu presente se esqueçam de tudo.


Estaremos construindo, tambem, um novo Expresso de Hogwarts na plataforma oito e meia. Esta será apenas para seus alunos. Aguardo todos no dia 1º de setembro de 1977.


Atenciosamente,


 


                  Alvo Dumbledore”


 


- Isso é o máximo! – exclamou Rony


- Isso é realmente “o máximo”, Sr. Weasley – falou McGonagall rispidamente – Mas não é algo para ser levado na brincadeira. Fiquem todos sabendo que isso não é para ser umas “férias em Paris”. É apenas o único meio que achamos para vocês continuarem seus estudos sem serem prejudicados.


- O que nos leva aos preparativos, Minerva – Kim entrou na conversa


- Certamente –concordou a diretora – Muito bem, vamos lá. Em primeiro lugar, como vocês devem ter percebido, todos estão proibídos de revelar sua maternidade. As pessoas do passado poderão saber apenas suas relações paternas.


- Em segundo lugar – continuou Kim – acho prudente que Harry, Jenny, Mark, Rony e Hermione se encontrem com o prof.º Dumbledore para explicar tudo pessoalmente e em maiores detalhes. Vocês têm permição de responderem tudo o que ele quizer saber.


- Em terceiro lugar – falou McGonagall – vocês com certeza se aproximarão de seus pais e farão novos amigos. Acho que podemos ser flexíveis e liberar para que passem as férias de natal, páscoa, e, se for prorrogada a data de volta, as de verão na casa deles se forem convidados.


- E mais uma coisa – lembrou Kim – vocês devem tomar muito cuidado com o tipo de relação que estarão estabelecendo com as pessoas do passado. Não sabemos ao certo quais seriam as consequências se alguem se apaixonasse, por exemplo.


Todos acenaram em concordância.


- Bom, agora podemos voltar para a festa! Harry e Jenny feliz aniversário! – desejou McGonagall, utilizando o primeiro nome dos garotos, como eles observaram.


- Obrigada, professora – agradeceu Jenny – Mas posso fazer só mais duas perguntas?


- Esta que a senhorita acabou de fazer conta como uma?


- Não.


- Então pode fazer mais duas – concordou sorrindo


- Como vamos fazer com Teddy? Precisamos cuidar dele.


- Não se preocupe com isso, querida – tranquilizou a Sra. Weasley, sorrindo – eu fico com ele. Já estou até me acostumando com ele aqui.


- Obrigado, Sra. Weasley – agradeceu Mark


- Então, qual é a próxima pergunta? – pediu McGonagall


- Bem, é que... eu posso levar Bethovem? – perguntou quase implorando


Todos riram. Cedric lhe deu um beijo na testa passando o braço em torno de seu ombro a abraçando e se virando para a diretora.


- Eu me responsabilizo – disse – Não se preocupe – acrescentou vendo a expressão de descrente da professora – Além disso, ainda temos um mês até lá. Podemos ir adestrando ele.


Jenny deu um sorriso triunfante. É obvio que a professora iria aceitar. Cedric tinha esse dom de convencer as pessoas.


- Tudo bem – concordou McGonagall – Mas já vou logo avisando que terá que se responsabilizar COMPLETAMENTE por ele.


- Não se preocupe – repetiu sorrindo.


Jenny lhe deu um beijo no rosto, novamente sob os olhares reprovadores dos irmãos.


 


Ao fim da festa todos já tinham ido embora, restando apenas Duda, Cedric e Hagrid. Os dois últimos participavam de uma conversa animada com Jorge, Hermione, Rony, Mark, Percy e Gabriely que parecia fazer esforço para se entegrar ao grupo e não parava de lançar olhares para Mark, como Jenny observou. Harry e Gina namoravam em um canto mais afastado dos outros, enquanto Jenny estava na sala com Duda. O Sr. e a Sra. Weasley já tinham ido dormir.


- Como vai tia Petúnia? – perguntou Jenny na falta de assunto


- Ah, ela vai bem – respondeu Duda


Eles voltaram a ficar em silencio.


- Então... ele é o Cedric? – perguntou Duda


Jenny ergueu as sobrancelhas.


- Não me lembro de ter comentado dele com você.


- Não, você nunca me falou diretamente, mas eu ouvia você gritar o nome dele no meio da noite, quando tinha pesadelos, a mais ou menos uns três anos atrás. Você pedia para que alguém não o matasse.


Um arrepio percorreu a espinha de Jenny. Ela se lembrava disso. Os pesadelos começaram após o episódio no cemitério, em seu 4º ano. Ela sorriu para disfarçar o temor que lhe trazia a lembrança.


- É – respondeu – ele é o Cedric.


- Ele parece gostar muito de você.


- Até mais do que devia... – comentou tristemente


Duda a olhou penalizado, como se entendesse a situação.


- Sabe... não devia dar esperanças à ele se não pode retribuir o que ele sente por você.


- Só essa que me faltava – zombou Jenny – Duda Dursley, o Dudão, dando conselhos amorosos – mas então ficou séria – Já sofreu por amor, Duda?


- Não vou dizer que ela “amor”, mas já fui apaixonado por uma garota, sim. Mas no meu caso ela nunca me deu esperanças e mesmo assim eu ficava me iludindo, iludindo... até descobrir que ela estava com outro cara, e eu nunca tive coragem de me declarar – disse a olhando intensamente.


Jenny ficou paralizada processando aquilo. ‘Não – pensou – não pode ser.’


- Duda... por acaso essa garota sou...


- Vamos embora, amor? – perguntou Cedric, entrando na sala e percebendo a expressão da garota – Jenny? Aconteceu alguma coisa?


Jenny não conseguia acreditar. Olhava para Duda, sem piscar buscando alguma nagação, mas estava tudo ali e estava claro: Duda Dursley era apaixonado por ela. ‘Mas como? – pensou’


- Eu também preciso ir, Jenny – o primo falou desviando seus olhos do dela – Até mais, Cedric, foi um prazer conhecê-lo.


Cedric apertou a mão dele e sorriu educadamente.


- Bom... até, Jenny – falou para a garota


- Até – respodeu com a voz fraca.


Duda lhe lançou um ultimo olhar de desculpas e saiu para o quintal.


- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Cedric, preocupado com a expressão estranha de Jennifer.


- Não – mentiu – Eu preciso pegar Ted. Ele está lá em cima. Um minuto.


Ela subiu e voltou com o garoto durmindo em seus braços.


- Vamos? Estou morrendo de cansaço.


- Vamos, então. Vou te acompanhar até em casa. Hagrid acabou de sair e pediu para te dizer tchau.


- Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupada


- Ao que parece Canino está doente e tinha ficado sozinho em Hogwarts.


Jenny fez cara de quem compreende e eles sairam para o quintal. Ela, Cedric, Mark, Harry, Bethovem, Teddy, todos os presentes e o carro desaparataram e voltaram a aparatar em frente à casa em Godric’s Hollow.


Os irmãos estraram com Bethovem, deixando Jenny, ainda com Teddy dormindo em seus braços, à sós com Cedric.


- Te vejo amanhã? – perguntou o loiro


- Bem, o pessoal vai vir aqui amanhã para conhecer a casa, mas se você quiser vir também está convidado.


- Será um prazer – ele respondeu com um lindo sorriso e, depois de dar um selinho na namorada, desaparatou novamente.


 

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