SRTA MCGONAGALL



- O que foi, Olívio?- perguntou Charlotte afofando o travesseiro do namorado. - Para onde você vai?
- Minha mãe vem amanhã aqui na escola me levar para o hospital bruxo. Papai já arrumou tudo para minha chegada lá, ele esta muito abalado pelo que aconteceu, não acredita que pode ter acontecido algo comigo embaixo do nariz de Dumbledore. - Olívio fechou os olhos para descansar. - Meus pais têm muita confiança nele, sabe.
Nessa hora, a porta da ala hospitalar foi aberta, então a professora McGonagall entrou apressada acompanhada por Dumbledore que estava fazendo alguém levitar com sua varinha. Atrás deles vinha Percy, parecendo mais velho do que o normal. Dumbledore fez o corpo repousar na cama e, quando a Srta. McGonagall fechava a cortina, Charlotte pôde ver quem era: Jorge Weasley.
- Sr Weasley, por favor, volte à Torre da Grifinória. - falou a professora com urgência na voz. - Srta. Adams, por favor, o conduza até lá em segurança. Não o deixe ir a canto nenhum, sim? Depois eu preciso falar com a senhorita. Agora vão.
Charlotte obedeceu à professora e conduziu o garoto para o Salão Comunal, onde Fred parecia desnorteado em um canto. Charlotte foi a seu encontro.
- Ele vai ficar bem. - falou Charlotte passando a mão nas costas de Fred em um gesto de consolo.
- Mas nem sabem o que realmente aconteceu com ele. - falou Fred tristemente para o chão.
- É, mas eu suspeito que eu sei. - falou Charlotte com um sorriso confiante.
- O que é ? - perguntou Fred com a esperança brilhando nos olhos.
- Bem...- começou Charlotte mas foi interrompida pela Srta McGonagall que entrou decidida no Salão Comunal da Grifinória. Rapidamente os alunos que estavam acendendo os Fogos de Artifício Dr. Filibusteiro esconderam-nos rapidamente e os casais que estavam se beijando se soltaram como se tivessem levado um choque. Mas a Srta McGonagall nem ao menos ligou para a bagunça total que estava a Grifinória, foi em direção a Fred e Charlotte.
- Srta Adams, creio que gostaria de falar comigo,- falou a professora para Charlotte, depois olhou Fred com um olhar caridoso. - Sr Weasley, acho melhor o senhor passar a noite com o seu irmão.
Fred saiu do Salão Comunal com olhares o seguindo. Quando Fred saiu pelo buraco do retrato, Charlotte voltou a olhar para a professora.
- Me acompanhe, Srta Adams. - falou a professora.
A professora conduziu Charlotte pelos corredores do castelo que estavam vazios já que a hora de se recolher já tinha passado até mesmo para os alunos do quinto ano em diante que tinham até nove horas para andar pelos corredores. Entraram então na sala da Srta. McGonagall onde a professora se sentou em uma mesa e apontou uma cadeira a sua frente para Charlotte.
- Senhorita Adams, por favor, sente. - a professora falou e então alcançou um pote de biscoitos enfeitado com uma estampa escocesa para a garota. - Coma um biscoito.
Charlotte hesitou.
- Vamos, Adams. Pegue logo um biscoito, tenho algo para falar com a senhorita.
Charlotte pegou o biscoito mas não o comeu, ficou com ele na mão suada. A professora pareceu achar o suficiente pois continuou.
- Sei que a senhorita tem uma teoria sobre o que ocorreu com Olívio e agora com Jorge Weasley.
- Ah, é sobre os ataques que a senhorita quer falar. - falou a garota.
- Ataques? - perguntou a professora espantada.
- Sim, tenho minhas razões para acreditar que os dois foram atacados pela mesma coisa. - falou Charlotte com convicção na voz.
- A senhorita poderia falar então? - perguntou a professora.
Charlotte hesitou fitando o biscoito em suas mãos. De repente o biscoito lhe pareceu realmente interessante. A professora se encostou na cadeira e retirou os óculos esfregando os olhos com aparência de cansada.
- Srta Adams, eu posso ajudar a curar seu namorado. Eu sei que você gostaria muito que isso acontecesse. - começou a professora, como Charlotte não falou nada, a professora perguntou: - O livro que pegou na biblioteca ajudou?
- Sim, sim, ajudou bastante.
- A senhorita vai me dizer quais são as suas conclusões?
Charlotte respirou fundo e então contou para a professora tudo sobre aramintas e porque ela achava que a Srta Frost provavelmente era uma araminta.
- Tem certeza? Uma araminta? Na escola? - a professora pareceu indignada. - Dumbledore nunca permitiria isso!
- Eu sei, professora, esse foi o meu primeiro pensamento, mas se a senhora tivesse ouvido com atenção o que eu falei, ia ver que faz todo o sentido. - falou Charlotte descobrindo que suas costas estavam tensas. Tentou relaxá-las. - E outra, Dumbledore é apenas humano e as aramintas seduzem qualquer um facilmente, creio que foi assim que ela conquistou o cargo de professora.
A professora girou a cadeira levemente para o lado, depois de um tempo girou a cadeira para frente novamente pensativa.
- Debaixo do nariz de Dumbledore! Como pode? - perguntou a professora, não para Charlotte mas para si mesma. - Tudo bem, Srta. Adams, pode ir para o seu dormitório, amanhã eu falarei com o diretor.
Charlotte se levantou e enquanto ia para a porta, olhou para a janela. Parou pouco antes de colocar a mão na maçaneta quando viu que era noite de lua minguante.
- Professora... - falou Charlotte. - Talvez queira saber que hoje é dia de lua minguante.
A professora empalideceu, suas mãos começaram a tremer, tirou a varinha do bolso e murmurou:
- Expecto Patronum.
Uma gato prateado surgiu da ponta de sua varinha. A professora apenas olhou para o gato e falou:
- Avise ao diretor.
Então se levantou parecendo a Charlotte mais alta do que nunca havia lhe parecido.
- Talvez seja melhor a senhorita voltar ao dormitório agora - falou a professora mas sua voz parecia passar que sabia que Charlotte recusaria a ordem.
- Não! É meu namorado que esta na ala hospitalar ferido! - falou Charlotte saltando da cadeira e esmagando o biscoito que ainda estava na sua mão. - E o meu melhor amigo!
A professora não falou nada, seu olhos não combinavam com seu rosto. Seus olhos faiscavam de orgulho mas seu rosto ficou duro de reprovação. Charlotte resolveu confiar em seus olhos.
- Então me acompanhe. - falou a professora.
As duas seguiram para a sala da professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. A Srta McGonagall bateu e as duas esperaram ansiosas. Bateram de novo. A professora olhou para Charlotte que estava nervosa, e então, tendo olhado para os lados, murmurou com a varinha:
- Alorromora.
A porta se abriu e as duas entraram. A Srta Frost não estava lá. As duas então correram os olhos pela sala procurando algum sinal de onde ela estaria. Charlotte andou olhando pela sala para todos os lados e parou com o olhar através das janelas. Atravessando os jardins do castelo, a Srta Frost entrava na floresta com um aluno que, àquela distancia, Charlotte não reconheceu quem ela.
- Professora! - chamou Charlotte. - Acho que eu sei aonde ela está.
- Vá ao dormitório e pegue um casaco, Adams. - falou a professora após olhar a Srta Frost.

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