Maluco?Talvez



Harry acordou com Gina e Lílian olhando para ele com cara de aflitas. Não era para menos, ele estava gelado e muito pálido. Estava pensando no sonho quando ouviu a voz de Lílian se dirigir a ele.


-Papai, você está bem?


-Sim querida, eu só tive um pesadelo, só isso.


A menina abriu um sorriso e deu um bocejo.


-Vamos Lily, senão amanhã você não acorda.


Harry olhou para o relógio. Eram três e meia da manhã. A noite ia ser muito longa. Quinze minutos depois, Gina voltou do quarto de Lílian e se deitou ao lado da Harry, mas não apagou as luzes.


-Harry, o que você sonhou?


-Nada de importante Gina.


-Harry Tiago Potter! Não minta para mim!


- Ok Gina, você venceu. Eu sonhei que estava no Três Vassouras conversando com o Snape.


-Só isso?


-Não, ele dizia que existe uma oitava Horcrux  que nós não destruímos no meu sétimo ano. E falava também que era por isso que ele estava vivo, que eu o tinha transformado num vampiro... ai ele tirou o cachecol que estava usando e eu vi uma cicatriz que parecia uma mordida humana.


- Harry, você não acha que está exagerando as coisas não? Quer dizer, você não é um vampiro, e o Snape está morto. Não há nada com que se preocupar.


- Pode ser Gina.


No dia seguinte, antes de trabalhar, Harry recebeu duas corujas, uma de Rony e outra de Hermione. Ele abriu primeiro a de Rony


                              Caro Harry,


Nunca fui bom em adivinhação, mas esse sonho eu sei interpretar, VOCÊ TÁ MALUCO! Harry pensa, o Voldemort está mortinho da silva, você mesmo cuidou disso, e o Dumbledore também está morto. Você deve estar trabalhando demais. Tire umas férias! Descanse. Vai te fazer bem


                        Afetuosamente,


                                                                Rony


Depois de ler, Harry viu que Rony continuava o mesmo idiota de sempre, então resolveu abrir a carta de Hermione. Talvez ela pudesse dizer algo de útil.                                     


                               Querido Harry,


          Não acredito que esse sonho seja um simples pesadelo por excesso de trabalho. Pode significar algo. Se não se importa, vou ver o que Parvati e Lilá acham, elas às vezes falam coisas que estão certas. Se você sonhar algo estranho de novo NÃO ESCREVA AO RONY. Ele vai encher sua cabeça de besteiras.


                            Afetuosamente,


                              Mione


 


Antes de ir para o Ministério, Harry escreveu um bilhete para Hermione, pedindo para se encontrar com ela no próximo sábado. Ele precisava lhe contar umas coisas.


Depois de se despedir de Gina e Lílian, ele rumou para o trabalho. Durante todo o percurso ele pensou se deveria contar aos outros aurores o fato dele achar que Lúcio Malfoy estava escondido na França.


Quando estava no saguão de entrada do Ministério, viu Dawlish e Shacklebolt conversando sobre a localização de Malfoy pai.


-Você tem certeza de que o Malfoy não está na Inglaterra, Dawlish?


-Sim, Shacklebolt, já revistamos o país inteiro. Ah, se não é o grande Potter vindo ali!


-Bom dia Dawlish, Quim.


-Bom dia Harry.


-Eu acho que vocês dois estavam falando sobre o Malfoy não é?


-Esse homem sumiu de tal maneira!


-Hum, hoje eu recebi uma carta anônima que dizia que o Malfoy estava escondido na França, perto da Espanha. Não sei se é verdade, mas pelo o que estava escrito, a pessoa está bem convicta.


-Na França? – perguntou Dawlish, com uma sobrancelha erguida. 


-Sim, Dawlish. Eu acho que não custa procurar. Eu mesmo posso chefiar o grupo.


-Interessante. Vamos organizar a viagem, depois nós o informamos.


-Perfeitamente, Quim. Bom, até mais tarde.


O resto do dia foi normal. Harry ficou na sua sala organizando uns papéis da prisão de Bartô Crouch Júnior.


No final do expediente, Quim Shacklebolt foi procurá-lo em sua sala.


-Harry, o ministro acha uma boa ideia procurar Malfoy na França, e quer mandar você para as imediações de Carcassone. 


-Ótimo Quim. Quando será a viagem?


-No próximo domingo.


-Está bom. Irei procurar primeiro na cidade, depois nas imediações.


A semana passou rápido demais para Harry. Quando se deu conta, já era sábado. Ele se lembrou que tinha combinado de se encontrar com Hermione num café do Beco Diagonal.


Chegou lá às sete e meia e ela já estava sentada.


-Mione!


-Harry!


Eles se abraçaram e Harry foi se sentar junto à amiga.


-E então, Mione, o que as meninas disseram?


-Bom, na verdade elas disseram que você anda trabalhando demais, e não é necessário adivinhação para saber que Dumbledore está morto e Voldemort também.


-Eu já esperava.


-Mas, me conta Harry. Você andou tendo algum outro sonho estranho ultimamente?


-Não, só tive um.


-E como foi?


-Bem, eu sonhei que tinha dezoito anos, e estava andando por Hogsmead, que estava completamente vazia. Então eu resolvi entrar no Três Vassouras e dei de cara com o Snape. Ai ele me disse que havia uma oitava Horcrux  que nós não destruímos no sétimo ano, que somente ele e Voldemort sabiam onde estava. Era por isso que ele estava vivo.


-Mas como ele estava vivo?


-Ele disse que eu ia virar um vampiro e transformá-lo.


-Nossa Harry! Que sonho besta!


-Pois é, depois ele tirou o cachecol e eu vi a mordida da cobra e uma mordida aparentemente humana.


-Credo!


-Ele me disse que eu ia voltar no tempo com o seu vira-tempo para transformá-lo. Parece que para achar a Horcrux , nós precisamos da ajuda dele.


-Esse sonho tem alguma ligação com o outro, eu tenho certeza.


-Ah, ele me disse também que Lúcio Malfoy estava escondido na França, perto de fronteira com a Espanha.


-E você acreditou?


-Nessa parte sim. Eu disse para o Quim que eu tinha recebido uma carta anônima dizendo que o Malfoy estava na França, e ele achou uma ideia interessante procurar por lá. Nós vamos começar a busca amanhã.


-É bom você tomar cuidado, Harry. Malfoy não é brincadeirinha de criança, escolha bem quem vai junto.


-Pode deixar Mione. Eu vou procurar primeiro nas imediações de Carcassone, depois verificamos o resto.


-E você vai sozinho?


-eu sei me cuidar Mione, além do mais, levarei a capa da invisibilidade.


 -É bom mesmo, Harry.


O resto do jantar passou de um modo bem descontraído. Eles conversaram sobre muitas coisas, entre elas, os filhos, o trabalho, Hogwarts e até mesmo quadribol.


Chegando a casa, Harry foi dormir logo, pois o dia seguinte seria, sem dúvida, muito cheio.


 


 


 

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