; eu entro na cova de James.

Preciso roubar um banco. Preciso roubar um banco e o meu tênis está sujo, como eu vou fazer isso?  Não me entenda mal, roubar bancos são fáceis.
Agora, fazer isso com o tênis sujo, é que são elas.

 

Se pelo menos aquele idiota do James tivesse parado no shopping antes de me trazer para essa caverna a que ele chama de casa... Por falar no James meu nome é Lily. Lílian na verdade, tenho cabelos ruivos e olhos verdes e bem, isso todo mundo sabe.

 

Você deve estar se perguntando por que diabos eu vou roubar um banco, mas essa não é a pergunta que você devia estar fazendo. A verdadeira pergunta que você provavelmente devia estar se fazendo agora mesmo é; por que o James vai roubar um banco comigo.

 

A verdade é que eu sou muito boa no que faço. E não me refiro a roubar bancos, isso é para amadores, eu gosto mesmo de bolar planos altamente inteligentes para ‘roubar’ peças de arte da mão daquele pessoal chato e metido.

 

Digamos que eu seja uma golpista. Mas isso não vem ao caso, apenas acredite em mim quando eu digo que Noite Estrelada Sobre o Ródano que está lá no Museé d’Orsay não é a verdadeira obra de Van Gogh.

 

Enfim. O James né? Estou no carro dele, e acabamos de chegar na casa dele, o que, se você quer saber a minha opinião é a maior demonstração de machismo do mundo, por que minha casa é muito mais organizada e bem decorada, se é que você me entende, e daria um quartel general muito melhor que essa quitinete.

 

Ele veio e abriu a porta do carro para mim.

 

- Finalmente o cavalo está agindo feito cavaleiro.

 

- Eu sempre ajo como cavalheiro gata, o caso é que existem muitas donzelas por aí. – ele deu uma piscadinha e já foi entregando a chave do carro para o porteiro/manobrista. Pegamos o elevador e ele apertou o 8° andar. Havia uma mulher com cara de babá segurando uma garotinha tão ruiva quanto eu, e elas desceram quando nós entramos no elevador. Ficamos só o James e eu, mas no 6° andar um homem de uns 40 anos entrou com uma jovem que, apesar de não parecer nenhum pouco, poderia ser neta dele.

 

O homem ficou me olhando como se avaliasse se valia a pena dispensar a acompanhante dele e tentar alguma coisa comigo. Entenda que eu estava tentando diminuir o James quando chamei a casa dele de “caverna” e “quitinete”, a casa dele é realmente bem grande, um daqueles prédios imponentes tipo Dakota Fanning em “Grande Menina Pequena Mulher”.

 

O elevador parou no andar do James e nós descemos, ele abriu a porta e me convidou para entrar e eu me lembrei de tantas vezes que já estivera naquele apartamento. Entrei e joguei meu casaco por sobre o sofá. O James foi na geladeira e pegou uma Coca pra mim e outra pra ele.

 

Ele puxou uma cadeira pra mim e fez sinal para que eu sentasse, dizendo:

 

- A mesa da cozinha é onde n-

 

- É onde nós tratamos de negócios, - disse eu – e a mesa da sala é onde falamos sobre nossos assuntos pessoais.

 

- Você está aprendendo bem gata, mas errou por pouco, - ele tomou um gole de Coca, tirou a jaqueta de couro e a ajeitou por sobre o encosto da cadeira. – o quarto é onde falamos sobre nossos assuntos pessoais.

 

Eu revirei os olhos, será que ele nunca vai parar de me chamar de gata?

 

- Então como nós vamos fazer isso James?

 

Ele se levantou e colocou as duas mãos sobre a mesa se apoiando nelas e me olhando como se estivesse planejado aquele momento.

 

- Nós vamos roubar um banco gata.

 

Acho que ele nunca vai parar de me chamar de gata.

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n/a: sim, essa é minha nova fic. (:
só tem mais capítulos, com comentários.
resolvi postar antes da minha viagem, por que (sim, sinto-me uma esnobadora dizendo isso, mas depois de tudo que eu passei por essa viagem, eu me sinto no direito de falar) eu estou indo para Londres ver a preimier de Harry Potter.
Sim, daqui dois embarco, e vocês certamente vão ficar sem notícias minhas por algum tempo.
hahahaha,
aproveitem essa fic, comentem e,
que tal passar no meu blog?
http://caixa-a-a.blogspot.com        :)

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