Amigos



Capítulo VI Amigos


A primeira coisa que sentiu, assim que a escuridão em sua mente começou a esmorecer, foi o chão duro e gelado em que se encontrava. Andie tentou mexer os braços para sair daquela posição incômoda, mas seu corpo estava muito dolorido pelo mau jeito em que deveria estar a horas. Só conseguiu rolar para o lado, com as costas voltadas para o chão, na terceira tentativa. Abriu, lentamente, os olhos e encarou o teto altíssimo do corredor do castelo. As últimas lembranças que detinha eram a conversa que tivera com Draco e um flash de luz vermelho, com certeza um estupefaça. Conseguiu sentar, depois de muito esforço, mas seus olhos embaçaram e a cabeça doeu como se tivesse batido contra o chão, o que, reparou ela, deveria ter sido o que aconteceu. Fechou os olhos e levou a mão à têmpora. Quando conseguiu abrir novamente os olhos, distinguiu uma forma no chão. Engatinhou até ela e caiu sentada, em pânico, ao distinguir as feições deformadas de Draco.


- Não! – arfou. Pôs a mão no pescoço do loiro e sentiu um pulso fraco, mas contínuo. Foi só quando levou a mão à varinha, que reparou no sangue que a encharcara. Olhou suas pernas e a saia do uniforme e as encontrou no mesmo estado. Arfou novamente, horrorizada. Draco estava deitado em uma poça enorme do próprio sangue. Sangue que estava em suas mãos e roupas. Sangue que a fez lembrar-se de uma memória que ela rapidamente reprimiu, sem tempo para a inevitável distração que ela lhe causaria. Levantou-se, apressadamente, resvalando e quase caindo. – Vingardium Leviosa! – o corpo do loiro foi erguido do chão e ela correu, com ele à frente. – MADAME POMFREY! – gritou, enquanto socava a porta da enfermaria. – MADAME POMFREY! – a enfermeira abriu a porta, amarrando o robe.


- Mas o que... – interrompeu-se ao avistar Draco flutuando desmaiado e Andie suja de sangue. – Coloque o Sr. Malfoy na última cama. – Andie correu até lá e, gentilmente, o depositou na cama. A enfermeira veio logo em seguida com uma poção e começou a ministrá-la na veia do loiro. Andie caiu em uma cadeira próxima à cama e escondeu o rosto nas mãos enquanto o corpo era sacudido pelos soluços e as lágrimas fluíam sem que ela conseguisse refreá-las. – Srta. Nasholtz! – a garota saiu de seu torpor e olhou para a enfermeira que a fitava enquanto fazia curativos no garoto. – Perguntei se a senhorita está machucada. – ela só conseguiu negar com a cabeça.


- O sa... sangue é dele.


- Vá se limpar. Tem um banheiro naquela porta vermelha. – Andie levantou e seguiu o caminho indicado. Não conseguia parar de tremer ou de chorar. Olhou-se no espelho e viu o rosto coberto por sangue. Limpou as mãos e depois o rosto, mas, ao sair do banheiro, ainda não conseguia parar de chorar.


- A to... toalha ficou s... suja. – foi tudo que conseguiu dizer, estendendo a toalha branca, agora manchada, em direção à enfermeira. A mulher tirou a toalha das mãos da menina, olhando-a com afeição, e a jogou em um grande cesto de lixo, abarrotado de panos ensanguentados.


- Ele vai ficar bem. – Andie confirmou com um aceno de cabeça e voltou a chorar, descontroladamente. A enfermeira a colocou sentada na cadeira e puxou uma cadeira para si própria. – Srta. Nasholtz, preciso saber o que aconteceu ao Sr. Malfoy. – a garota respirou fundo, antes de conseguir arranjar firmeza na voz para responder.


- Austin. – corrigiu-a. – Meu sobrenome é Austin. E eu não sei... Não sei o que aconteceu, mas é óbvio que alguém bateu nele. E muito. Tinha... Tinha tanto sangue no chão. – imagens de outro corpo assolaram a mente da garota e ela as expulsou de sua mente outra vez. – Achei que... que ele estivesse morto.


- Ele vai ficar bem. – repetiu a mulher. – Vai precisar de alguns dias de descanso em observação, mas vai se curar plenamente. – Andie assentiu. – Tem alguma ideia de por que não foi atacada também? – a morena sentiu o ódio queimar dentro dela.


- Acho que quanto a isso não restam dúvidas. Fui tirada do caminho porque meu pai não é um maldito comensal da morte, porque não dei entrada a outros comensais da morte no castelo e porque não fui, indiretamente, responsável pela morte do diretor Dumbledore. – perante a raiva contida nas palavras da garota, a enfermeira recuou.


- Mas o menino não tem culpa.


- Eu sei disso. A senhora sabe disso. Mas a grande maioria da escola o considera um traidor. E o perseguem! Mas agora foram longe demais. – ela se levantou e seguiu para a saída.


- Srta. Na... Austin, espere. Preciso chamar a diretora McGonagall.


- Diga a ela o que lhe contei e diga também que, se precisar de mim, estarei aqui amanhã cedo, mas, agora, preciso ir às masmorras avisar Zabini sobre isso. Ele deve estar preocupado com o sumiço de Draco.


x


Blaise acordou com batidas insistentes na porta do dormitório. Olhou para a cama de Draco e reparou que ele ainda não chegara. Pensando ser o amigo, ele levantou. Não poderia ter ficado mais surpreso ao se deparar com Andie, ensanguentada, parada do lado de fora.


- Andie? O que você está fazendo aqui? Você está machucada?


- Não. Não é meu sangue. – ela conseguiu pronunciar. Sua garganta doía como se estivesse inchada.


- Então de quem é? – Andie segurou-lhe a mão e o guiou escada abaixo. – Sério, Andie. Estou começando a ficar realmente preocupado. – ela sentou em um dos sofás e ele a seguiu. – E então?


- Deram uma surra no Draco. – o moreno ficou, visivelmente, pálido.


- Ele... ele está...


- Bem. Agora, está bem. – assegurou ela. Uma lágrima solitária rolou por sua bochecha.


- Você estava junto? Viu quem foi? – ela sacudiu a cabeça, negando.


- Me estuporaram. Não queriam a mim. – sorriu, tristemente, e mais duas lágrimas acompanharam a primeira. Ela as limpou com as costas das mãos. – Eu disse à Madame Pomfrey que iria vê-lo amanhã cedo. Acho que você vai querer ir junto. E avisar a Parkinson. – a menção do nome da amiga, Blaise acordou de seu torpor.


- Pansy. Ela não pode saber. Vai surtar. Ela sempre o protege. Se souber o que aconteceu... que não pôde ajudar... – Andie pôs a mão no braço do garoto, confortando-o.


- Tudo bem. Não precisa contar a ela. – Blaise assentiu.


- Ele estava muito machucado? – ela não conseguiu falar, por isso, balançou a cabeça, confirmando. – Amanhã, nós falamos com ele e descobrimos quem foi. Depois, eu terei contas a acertar.


- Nós teremos.


x


- Mi, eu estou bem. – reclamou Harry. Hermione estava arrastando os dois amigos até a enfermaria.


- Não, não está. Está ficando gripado e vai acabar muito mal se não tomar uma poção contra resfriado.


- Não adianta discutir com ela, Harry. – disse Rony, enquanto eles adentravam a enfermaria.


- Madame Pomfrey? – chamou Hermione. Como não houve resposta, ela virou-se aos amigos. – Esperem aqui, enquanto eu vou ver se ela está na sala dela. – Rony sentou em uma cama, mas Harry focou o olhar na única cama na enfermaria que parecia ter alguém, já que as cortinas estavam fechadas.


- Harry, o que você vai fazer? – perguntou o ruivo, vendo o amigo se afastar em direção ao local e o seguindo.


- Shhh! – fez o moreno, pondo o indicador sobre os lábios, pedindo silêncio.


- O que você vai fazer? – sussurrou Rony.


- Só quero dar uma olhada. – sussurrou de volta, Harry.


- Por quê? – exasperou-se o ruivo. Mas a resposta de Harry a essa pergunta se perdeu quando Madame Pomfrey e Hermione saíram da sala da enfermeira.


- Mas o que vocês estão fazendo?! – inquiriu a mulher, visivelmente contrariada. Harry virou-se para a enfermeira, mas a cortina foi aberta com brutalidade e os dois garotos se viram na mira de duas varinhas. Os dois ergueram os braços em sinal de rendição.


- Calma. – pediu Harry, sorrindo perante a reação exagerada. – Só queria saber... – seu olhar foi capturado pela visão de Draco Malfoy machucado e desacordado na cama antes tapada pela cortina. – O que foi que aconteceu com ele? – perguntou, perplexo, abaixando as mãos e chegando mais perto da cama do loiro, assim como os outros. Blaise e Andie baixaram as varinhas e Andie se pôs a explicar.


- Uma emboscada.


- Quem? Quem faria algo assim? – perguntou Hermione, aturdida.


- Só ele pode nos dizer. – respondeu Blaise. Nesse momento, Draco abriu o olho que não tinha um hematoma roxo e encarou um a um. Tentou falar, mas engasgou e começou a tossir até Madame Pomfrey servir-lhe um copo d’água.


- O que... O que aconteceu?


- É o que todos queremos saber. – disse Blaise. – Como se sente?


- Como se um trasgo tivesse me acertado.


- Talvez um trasgo tivesse feito menos estrago. – brincou Hermione.


- Onde está a Pan?


- Achei melhor não contar. – o loiro assentiu com a cabeça.


- Quem fez isso com você, Malfoy? – perguntou Harry.


- Não sei.


- Qual é, cara?! Achei que vocês, Sonserinos, mentissem melhor que isso. – comentou Rony.


- Não é...


- É sim. – disse Andie, irritada. – Dá para ver nos seus olhos.


- Não vou dizer. – a essa declaração, todos se calaram.


- Malfoy, eu disse que quem fizesse qualquer coisa com você, teria de se entender comigo. Se eu não fizer nada, muitas mais surras virão.


- Nosso acordo não dizia nada sobre você me proteger de ninguém.


- Draco, nós só queremos que quem fez isso pague. – disse Blaise. – Ou você acha que, se Potter não fizesse nada, eu não faria?


- Não quero ninguém me defendendo. Ponto final. – o silêncio que caiu entre eles após a última sentença de Draco foi quebrado por Rony, ao notar que Harry, ao seu lado, tremia.


- Harry? – Rony pôs a mão no ombro do amigo, assim que percebeu seu estado. – Tudo bem?


- Não! Não está tudo bem! – todos se sobressaltaram. – Eu avisei! Agora vou cumprir. – virou-se para Draco. – Diga você quem foi ou não. – afastou a mão do amigo e saiu, tempestuosamente, da enfermaria. Hermione e Rony correram em seu encalço.


- Acho que não vai sobrar nada do cara para a gente. – comentou Blaise.


x


- Harry! – chamou Hermione, empurrando a porta. – Para onde ele foi? – perguntou, procurando, angustiada, algum sinal do moreno no corredor vazio. – Para onde ele foi? – Rony a olhava com a expressão de pura confusão.


- Ele tem que estar por perto. Vamos. – os dois seguiram o caminho para o salão principal.


x


Harry desaparatou, caindo de joelhos. Rolou para o lado, deitando de costas na pedra fria. Sua cabeça doía e seu nariz estava sangrando, como notou ao ver a mão, que passara no rosto, ensanguentada. Fora necessária muita magia para aparatar para fora da escola. Olhou o céu e sentiu a raiva inundá-lo novamente. Levantou, cambaleando, e observou o local onde havia parado. Estava em uma clareira, após a floresta proibida, no limiar de um precipício. Juntou o resto de força que lhe sobrara.


- Sonorus.


x


- Alunos de Hogwarts... – Hermione e Rony pararam no meio do caminho para o salão principal, feições iguais de surpresa.


- É o Harry? – perguntou Rony, perplexo.


- Quieto!


x


- ...Pensei que tivesse sido claro, no início do ano, quando disse que ninguém tocaria em um fio de cabelo de Draco Malfoy sem ter de prestar contas comigo.


- Como assim? – perguntou Pansy, a preocupação invadindo-a. – O que aconteceu com Draco?


- Vamos ouvir o resto. – aconselhou Miguel.


x


- Pois bem... o que fizeram com ele não será nada comparado ao que eu vou fazer com vocês. Porque agora... agora, eu vou caçá-los.


- Gostei do estilo dele. – comentou Andie.


- E qualquer um que souber quem foi e não me contar terá o mesmo destino.


- Começo a acreditar que teremos alguns ratos tentando abandonar o navio. – disse Blaise.


- Acha que o ultimato do Potter vai fazê-los querer deixar Hogwarts?


- Só acho que, se eu estivesse no lugar deles, preferiria ir embora a enfrentar a ira do cara que matou o bruxo das trevas mais poderoso de todos os tempos.


x


- Merlin! Merlin! Merlin! – repetia Hermione, enquanto andava de um lado a outro da sala da diretora McGonagall.


- Mione? Nós não podemos fazer nada. Por favor, senta e se acalma. – pediu Rony.


- Como eu posso me acalmar, Ronald? Harry acabou de ameaçar alunos, para toda a escola ouvir. Para a diretora ouvir! O que passou pela cabeça dele, eu nunca vou saber. – a morena se deixou cair na cadeira ao lado do amigo.


- Passou o que sempre passa. Harry é um herói. E um herói que deu sua palavra de que protegeria o Malfoy.


- Mesmo sendo de uma nobreza de caráter admirável, Potter passou dos limites ao ameaçar os alunos dessa escola abertamente, Sr. Weasley. – disse McGonagall ocupando o lugar à frente dos dois. – Não posso, na qualidade de diretora dessa escola, admitir um absurdo desses.


- Mas, professora...


- Diretora! – repreendeu-o Hermione.


- Diretora McGonagall, – retificou-se Rony, revirando os olhos. – Harry não fez nada, portanto, não pode ser punido.


- Mas ele planeja fazer.


- Tecnicamente, todos os alunos dessa escola planejam ou planejaram fazer algo contra as regras da escola. Ninguém pode ser punido por pensar. – disse Hermione.


- Hermione, Harry contou a quem quisesse ouvir o que ele vai fazer.


- O que ele pretende fazer. – corrigiu a garota. – Não vou deixar que ele ponha esse plano em prática, diretora. Prometo.


- Sabe que, se algo acontecer a algum aluno e Harry não tiver um álibi, eu terei que culpá-lo. – a morena assentiu. Os garotos se encaminharam para a saída. – Não o percam de vista. – aconselhou a mulher, antes que eles deixassem a sala.


- E então?! Como explicar que, para ficar de olho em alguém, é preciso saber onde a pessoa está e nós não temos nem ideia de onde Harry está? – perguntou Rony.


x


- O que aconteceu? – inquiriu Pansy. Blaise, que vinha o caminho todo bolando uma desculpa que aplacasse um pouco da raiva da amiga, se viu sem palavras diante do olhar enfurecido que recebeu.


- Pan...


- O que aconteceu, Blaise?


- Bateram no Draco. – resolveu que não conseguiria esconder nada dela. – Bastante. Ele está na enfermaria. Vai ficar lá até quarta, no mínimo. – a morena sentou no degrau da porta da sala, com as mãos sobre a boca. Blaise ajoelhou-se em frente a ela. – Ele está bem. Vai ficar tudo bem.


- Como? Como vai ficar tudo bem?! Nada vai ficar bem nunca mais! – explodiu a garota. Ela levantou e saiu correndo. Blaise foi atrás dela.


- PANSY! – a garota se mantinha alguns metros a sua frente, sem nunca olhar para trás. – PAN! – ela chegou até a porta da enfermaria e a esmurrou. – Não adianta. – avisou, ao alcançá-la. – Madame Pomfrey disse que não abriria até o final da nossa última aula da tarde. – a garota continuou batendo, sem dar a entender que o tinha ouvido. – Pansy! – segurou-a pelos braços. – Não adianta. – repetiu, olhando-a nos olhos marejados. – Ela não vai abrir.


- Então eu vou arrombar! – ela livrou uma mão e sacou a varinha. Blaise a puxou para si e a prendeu em um abraço. Ela se debateu, tentando soltar a mão.


- Me larga!


- Fica quieta! Para de lutar. Você não pode fazer nada. – ela parou de se debater, mas ele percebeu que aquelas foram as palavras erradas. A garota se segurou a ele, chorando compulsivamente.


- Esse é o problema! Nunca tem n... nada que eu possa fazer, Blás! – reclamou ela, entre soluços. – Ele sempre acaba mac... machucado e eu nunca posso fazer nada para im... impedir. Que tipo de amiga eu sou?!


- O tipo que fica doente de preocupação mesmo sabendo que não há nada a ser feito. O tipo que cede horas do seu tempo para ajudar um amigo. O tipo que se culpa por não poder ajudar um amigo.


- Mas eu não faço nada! – Blaise a afastou para poder olhar para ela. Era tão fácil para ele amá-la. Mesmo agora, quando ele já não sabia se queria esse sentimento.


- Ele só está aqui hoje para convalescer por aquela surra porque teve você na vida dele. Você o ajudou mais do que pode imaginar.


x


Rony estava passando pela oitava vez em frente à porta de entrada do castelo na esperança de ver Harry voltando de onde quer que ele estivesse. Bufou e, praguejando contra o orgulho de Malfoy, deu meia volta e seguiu para o salão comunal da Grifinória.


- Visgo do diabo. – a mulher gorda se arrepiou e deu-lhe passagem. Entrou no salão e se jogou em uma poltrona, abrindo pela enésima vez o mapa do maroto. – Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – procurou, minuciosamente, toda a extensão do mapa, mas só constatou o mesmo das outras vezes: que Harry não estava no castelo. – Malfeito feito. – fechou-o com um gesto bruto.


- O que houve? – Rony virou-se para a voz e viu Lilá, que acabara de entrar pelo quadro.


- Harry sumiu. – ela se juntou a ele.


- Sumiu? – Rony assentiu. – Mas ele não pode estar fora do castelo. Quer ajuda para procurá-lo?


- Ele saiu do castelo. – a loira ia retrucar, mas Rony a cortou. – Acredite. Eu sei que ele saiu.


- Bem, então só podemos esperar que ele volte.


- Tente convencer Hermione disso. – disse amargamente. – Ela vai ter uma coisa quando descobrir que eu não consegui achá-lo.


- Não é sua culpa.


- Eu sei que não, mas... eu já a decepcionei uma vez. Não gosto quando isso acontece. – disfarçando o ciúme, Lilá sentou no braço da poltrona onde o ruivo estava e segurou-lhe o rosto nas mãos.


- Harry sabe se cuidar. Ele vai acabar aparecendo.


- O problema, Li, é que dessa vez nós não estamos preocupados com a possibilidade de Harry se machucar, mas sim com a possibilidade de ele machucar alguém. – a loira escorregou para o colo do ruivo, que a abraçou pela cintura.


- Não acho que ele vá fazer algo assim. Acho que o que ele disse foi mais para assustar, para que deixem Malfoy em paz.


- Não. Ele vai cumprir. E eu o ajudarei. Mas antes ele precisa aparecer. – nesse momento, o quadro se abriu e Rony grudou o olhar na entrada do salão, esperando que fosse Harry.


- Achou ele? – perguntou Hermione, jogando sua mochila no sofá, mal reparando em Lilá sentada no colo do amigo.


- Nada. Ele não está no castelo.


- Tem certeza?


- Eu não o vi. – disse, referindo-se ao mapa.


- Ele pode estar na sala precisa. – animou-se ela. – Você não o teria visto. – disse, mostrando que havia entendido a referência.


- Eu fui até lá e entrei. Ele não estava lá. – Hermione se deixou cair no sofá e escondeu o rosto em uma almofada. “Onde você está, Harry?”


x


- Madame Pomfrey? – chamou Draco. A enfermeira saiu de sua sala e veio até ele.


- Sim, querido. – Draco corou pela expressão carinhosa da mulher, já que ela nunca a empregara com ele.


- A senhora tem pergaminho e pena?


- Claro, querido. – a mulher lhe sorriu e Draco corou novamente, se sentindo desconfortável. A mulher foi até seu escritório e voltou com o pedido de Draco e uma coruja no antebraço. – Pode usar Ariel quando terminar. – pousou a coruja na cadeira ao lado da cama e lhe entregou o material. Virou-se para voltar ao seu escritório, quando Draco pigarreou. A mulher se virou e ficou esperando.


- Obrigado. – disse o loiro, corando fortemente. A mulher sorriu e entrou em sua sala. Draco se pôs a escrever.


x


- Blaise, arruma logo suas coisas! – reclamou Pansy. A aula havia acabado de terminar e ela estava impaciente para chegar à enfermaria.


- Pansy, a enfermaria não vai sair do lugar. – irritou-se o moreno. Ele guardava as penas dentro de um estojo quando uma coruja-das-torres parou em sua mesa e lhe estendeu a pata. Blaise desamarrou a carta e sentou.


- Blaise! Depois você lê. – brigou Pansy.


- É do Draco. – isso serviu para calar a morena, que se sentou ao seu lado.


- O que diz? – o moreno se pôs a ler.


     Blás,


   Primeiro, eu estou bem. Madame Pomfrey disse que o pior


já passou e que, agora, eu só preciso descansar e tomar algumas


poções. Tranquilize a Pan por mim.


   Agora o que me levou a escrever. Hoje começariam as aulas de


Andie e, obviamente, eu não posso ministrá-las. Blás, preciso que


você faça. Nós não estaremos prontos para o começo da temporada


se as aulas dela forem adiadas. Confio em você nisso. Sei que vai


conseguir porque você voa tão bem quanto eu. Mas não pode –


não pode! – tirar sarro dela. Deixei minhas anotações sobre as aulas


no dormitório, na gaveta do criado mudo. Pode usá-las se quiser.


   Se aceitar, – o que eu espero que aconteça – não precisa vir me


ver agora. Mande uma coruja para Andie combinando o encontro


perto da orla da floresta, lhe explicando a situação, e use o tempo


até ela chegar para se preparar para a aula.


   Obrigado.


                                                                       Draco


- Ele está bem. – respondeu o moreno, catatônico. Pansy ergueu uma sobrancelha.


- Ele escreveu ‘eu estou bem’ repetidas vezes? – perguntou, sarcástica.


- Não. Ele... quer que eu dê a aula de Andie hoje.


- Oh! – entendeu ela. – Bem, você sabe que pode. – as palavras o despertaram.


- Não sei não! – pegou a mochila e saiu da sala. Pansy correu em seu encalço.


- Claro que sabe! Draco não teria lhe pedido se achasse que você não era capaz.


- Claro que teria! Ele só não quer que Andie desista. – Pansy o fez parar e encará-la.


- Escute bem. Você é tão capaz de ensinar a garota a voar quanto Draco. Sabe como eu sei disso? Porque você está morrendo de medo de não conseguir. Exatamente como Draco.


- Mas ele se preparou. Leu, fez anotações, estudou as melhores estratégias.


- E, provavelmente, deixou todas elas para você. Porque acredita em você. E você não vai decepcioná-lo.


x


Rony entrou no salão comunal, vindo dos dormitórios, e viu Hermione debruçada sobre o mapa do maroto. Bufou, irritado.


- Ele não vai aparecer mais rápido se você ficar encarando esse mapa, Hermione. – disse, sentando ao seu lado.


- Sei disso. Mas é a única coisa que eu posso fazer. – sua voz saiu tão sofrida que Rony a puxou para si, abraçando-a.


- Ele vai voltar, vai estar bem e você vai ter se preocupado à toa.


- Ele teria mandado uma carta se estivesse bem, Rony. – ela lutava contra as lágrimas. – Pelo que sabemos, ele pode estar morto em algum lugar por ter usado magia demais.


- Não pense o pior, Mi. Ele pode não estar perto de um empório e ele... bem... não tem mais Edwiges.


- Acha mesmo que ele está bem?


- Acho. – respondeu, sem titubear. – Agora vem. – levantou e a puxou com ele. – Vamos jantar, já que você não almoçou. – Hermione revirou os olhos, mas não ofereceu resistência. Pegou o mapa no caminho.


- Malfeito feito.


x


- Oi. – cumprimentou Pansy. Draco abriu os olhos e a viu sentando ao seu lado.


- Oi, Pan. – sorriu.


- Você está péssimo, loiro. – o sorriso se alargou.


- É o que dizem. – sentou-se. – Blaise?


- Mandou um bilhete a Andie e já está no local de encontro se preparando.


- Ótimo. Ele estava muito nervoso?


- Muito. Mas vai se sair bem.


- Eu sei que sim. – Pansy levantou e sentou na cama, de frente para o amigo. Passou a mão em seus cabelos e o olhou por alguns segundos.


- Desculpe por não ter estado lá.


- Andie estava e eles a estuporaram. Talvez, se fosse você ou Blaise, eles teriam feito pior.


- Não importa. Eu devia ter estado lá.


- Esquece, Pan. – ela assentiu.


- Eu só quero que você saiba – as lágrimas rolaram pelo seu rosto. – que eu faria qualquer coisa para que tudo isso acabasse.


- Eu sei, Pan. – trouxe-a para perto, deitando-a ao seu lado, e a abraçou. – Eu sei. – beijou-lhe os cabelos e ela lhe abraçou mais apertado.


x


- Eu recebi um bilhete marcando um encontro aqui, mas sem uma explicação. – disse Andie, abanando o bilhete para Blaise ver.


- Achei que era melhor explicar pessoalmente.


- Pode começar.


- Draco vai ficar na enfermaria até quarta. Então ele me pediu para lhe ensinar até lá. – Andie ficou em silêncio e, pela primeira vez desde que chegara, olhou ao redor. Blaise havia enchido uma grande extensão do ar com lanternas flutuantes, bolhas com fogo azul dentro, demarcando um perímetro. Havia uma vassoura na mão do garoto.


- Ok.


- Só isso? – perguntou, cético.


- É sim. Vamos começar?


- Ahn... tudo bem. – ele largou a vassoura no chão ao seu lado. – Aproxime-se. – Andie postou-se a sua frente. – Vamos começar tirando seu medo de voar. Eu vou pilotar. Nós só vamos dar algumas voltas, talvez fazer algumas manobras simples. Assim que você se sentir segura, nós começamos a tentar algumas manobras mais difíceis.


- Certo.


- Suba! – mandou Blaise, levando a mão em direção a vassoura. Ela imediatamente voou para sua mão aberta. Ele montou e Andie montou atrás dele, agarrando-o apertado pela cintura. – Não precisa ter medo. Eu sei voar muito bem. – a morena engoliu em seco e concordou com a cabeça. Ele deu um impulso com os pés e eles estavam voando. Andie, instintivamente, fechou os olhos. – Como está se sentindo?


- Não sei.


- Como assim? – Blaise virou-se para trás e a viu de olhos fechados. – Abra os olhos, Andie.


- Não consigo.


- Consegue sim. Vamos, Andie! Abra os olhos. – a garota ainda permaneceu alguns segundos com os olhos bem fechados. Ao abri-los, sentiu seu estômago revirar.


- Merlin! É alto demais. – ela o apertou ainda mais, mas não voltou a fechar os olhos.


- Só fique olhando. Você vai se acostumar e o embrulho no estômago vai passar. – ela respirou fundo e admirou a paisagem ao redor. Da altura em que estavam, ela conseguia ver o lago, toda a extensão da floresta e a imponência do castelo. A visão era de tirar o fôlego e, sem perceber, ela relaxou o abraço e se permitiu aproveitar, e até gostar, do vôo. – Não é ótimo?


- Não é tão ruim. – cedeu ela. Blaise sorriu.


- Podemos tentar umas manobras? – ele sentiu o corpo da garota se retesar, mas sua voz saiu firme quando respondeu.


- Sim.


- Segure-se firme. – ela voltou a apertá-lo. – Eu vou ter que acelerar um pouco mais para as manobras, mas não fica com medo. – ela balançou a cabeça, assentindo. Blaise imprimiu velocidade à vassoura e inclinou-a levemente para algumas desviadas. Cada vez que a vassoura virava, Andie se agarrava mais forte ao moreno. Blaise sentia as unhas dela enterrarem-se em seu abdômen, mas não reclamou. Quando começou uma subida quase na vertical, Andie deu um grito apavorado.


- Para! PARA! – pediu ela, escondendo o rosto nas costas dele. Blaise parou a vassoura no ar e esperou que ela se acalmasse. Quando ela, finalmente, o encarou, ele sorriu placidamente.


- O que houve?


- Muito alto. – olhou para baixo e apertou-o um pouco mais. – Ainda muito alto.


- Vamos descer e descansar um pouco. – ele manobrou a vassoura de volta ao chão e Andie pulou dela assim que seus pés tocaram a grama. O garoto foi até ela e pôs a mão em seu ombro. – Tudo bem?


- É... Não. Acho que não fui feita para isso.


- Foi só uma hora de aula. Ninguém pode perder o medo de voar em uma hora de aula. E você foi muito bem. Muito corajosa. – ela virou para encará-lo.


- Eu me senti bem, lá em cima, por algum tempo.


- Quando você pilotar sozinha, vai sentir a liberdade que todos nós sentimos e vai ficar viciada. – ela riu e se deixou guiar para perto da vassoura. Os dois sentaram na grama e Blaise se pôs a explicar a utilidade de cada parte da vassoura e como ela respondia ao ser manobrada de diferentes formas.


x


O moreno acordou ainda se sentindo fraco. Abriu os olhos e reparou que já era noite e ele continuava na clareira. Cogitou aparatar de volta à Hogwarts, mas sua cabeça já doía demais e ele se sentia enjoado ao ponto de só não botar o conteúdo de seu estômago para fora porque, notou ele, não havia o que botar para fora. Começou a caminhar, lentamente, em direção à floresta. Já estava no meio do caminho quando parou, escutando os sons da floresta. Lembrou-se da noite, em seu primeiro ano, quando ele, Hermione, Rony, Draco e Hagrid saíram para caçar a coisa que andava matando os unicórnios, lembrou-se da conversa que teve com Firenze. Repassou a apavorante excursão que ele e Rony fizeram ao ninho de Aragogue em seu segundo ano. Lembrou-se da noite, em seu terceiro ano, quando ele e Hermione voltaram no tempo para salvar Sirius e Bicuço. Reviveu a surpresa e o medo ao se ver cara a cara com os dragões que seriam sua primeira tarefa no Tribruxo. As visitas a Grope com Rony e Hermione, Umbridge sendo carregada pelos centauros. E, por fim, reviveu a noite em que morreu. A lembrança o atingiu mais forte do que ele podia aguentar no momento e ele se dobrou, segurando a barriga e apoiando-se no tronco de uma árvore, enquanto vomitava. Cambaleou alguns passos, deixando-se cair sentado, apoiado ao tronco de outra árvore. Fechou os olhos, lembrando a sensação agonizante de saber que tinha um pedaço da alma de Voldemort em si e a ânsia subiu a sua garganta novamente. Inspirou profundamente o ar frio da floresta por vários minutos antes de voltar a abrir os olhos. Observando a paisagem ao redor, a névoa característica da floresta, os sons dos animais, percebeu que já há muito não temia a floresta.


x


- Hermione, por favor, vamos dormir. – pediu Rony, pela enésima vez.


- Não posso, Rony. Eu não consigo. Acho que devíamos falar com a diretora McGonagall.


- Não. – Rony se inclinou para perto da amiga e segurou-lhe as mãos com as suas. – Se Harry não aparecer até amanhã para o café, nós falamos com ela.


- Mas ele... – o quadro se abriu e Hermione prendeu a respiração. Harry apareceu, branco como vela, mas vivo. Hermione voou até ele e o envolveu pelo pescoço, fazendo-o cair no sofá com ela por cima. Rony, sorrindo perante a cena e sabendo que poderia interrogar o amigo mais tarde, saiu do salão, deixando-os sozinhos.


- Mi, eu não estou conseguindo respirar. – Hermione saiu de cima do amigo e o ajudou a sentar.


- Você está horrível.


- Obrigado. – ela passou a mão por seu rosto e Harry fechou os olhos, apreciando o carinho.


- Não faça mais isso. Por favor, Harry, não faça mais. – implorou, emoldurando-lhe o rosto com as mãos. Seus olhos marejados. Harry olhou fundo nos olhos castanhos da garota.


- Desculpe. – o pedido era por aquela preocupação, mas também por todas as outras preocupações que ele lhe causara em todos os anos que eram amigos. Hermione sentiu o coração disparar e as lágrimas que enchiam seus olhos transbordaram. Harry a abraçou e deixou que ela chorasse.


- Por quê? Por que tudo sempre tem que acontecer com você? Não é justo! Não é justo, Harry. Eu pensei – realmente pensei – que após a guerra tudo ficaria bem. Mas parece que nunca vai ficar. Por quê? Por que, Harry? – o moreno passou a mão por seus cabelos, acalmando-a.


- Eu não sei. Honestamente, eu não sei. – a morena se afastou e o olhou.


- Quando as coisas vão melhorar para todos nós? Eu não aguento mais! Não aguento mais acordar todos os dias e esperar que as coisas melhorem. Não aguento repreender os alunos por correrem nos corredores! Não faz sentido! Nada mais faz. Eu não tenho mais a que me prender, Harry. Não vejo mais porquê. – porque as palavras de Hermione o fizeram sentir como se seu coração fosse comprimido, Harry segurou-lhe o rosto e a trouxe para perto de si.


- Não diga isso! Eu preciso que você queira viver, Hermione. Preciso que saiba que tem porquê viver.


- É tão difícil imaginar que as coisas vão melhorar quando tudo que nós vemos é intolerância e maldade. Por que as pessoas não vêem que aquele horror foi causado por pessoas?! Pessoas que eram más, sim, mas pessoas que odiaram outras! Exatamente como elas estão fazendo.


- Nós não podemos mudar as pessoas, Hermione, mas podemos ser pessoas melhores. E seremos. Porque sabemos em que o mundo pode ser transformar se não formos. – ele suspirou e baixou as mãos para segurar as dela. – Um dia... – sua voz vacilou. A insegurança transpareceu, mas só pareceu deixar ainda mais sinceras as palavras do garoto aos ouvidos de Hermione. – um dia eu quero me casar com você. – a morena, que olhava para suas mãos entrelaçadas, grudou o olhar no dele. – E quero ter uma família com você. Filhos que terão seus lindos olhos e sua inteligência. E que devorarão livros grandes e chatos. E lerão Hogwarts: uma história, mesmo eu achando um tédio só. – os dois sorriram um para o outro. – Mas quem sabe, não é?! Talvez até lá, já tenham reescrito a história para acrescentar a batalha de Hogwarts e a nossa contribuição nela. – secou-lhe as lágrimas com a mão. – O que quero dizer, Mi, é que... o que me faz levantar de manhã são essas pequenas esperanças. Planos que eu traço na minha cabeça. Isso vai me fazer sobreviver até que não seja mais necessário. Até que eu esteja vivendo os sonhos ao invés de sonhá-los. – a garota se inclinou para frente e encostou sua testa na dele, fechando os olhos.


- Prefiro que eles tenham seus olhos.


x


Blaise descia as escadas dos dormitórios, enquanto bocejava e coçava os olhos. Dormira tarde e mal. Uma combinação horrível para quem tinha aula de manhã cedo. Chegou ao salão comunal e viu Pansy esperando-o.


- Bom dia? – cumprimentou, em tom interrogativo.


- Espero que seja. Porque, agora, eu me sinto um lixo. – os dois saíram do salão comunal em direção ao salão principal para o café da manhã.


- Como foi a aula?


- Boa. Ela voou – gostou de voar por algum tempo –, mas tem medo. Acho que consigo contornar, mas vou precisar de muita paciência.


- Bem, ao menos não foi uma completa desgraça.


- Não. Foi legal. Ela é legal.


- Mesmo? – perguntou, aparentando descaso.


- Aham. Ela é divertida e dá para conversar facilmente.


- E vocês conversaram bastante?


- Não muito. Só enquanto descansávamos. – eles chegaram ao salão principal e sentaram à mesa da Sonserina. Blaise viu a garota sentada entre o garoto que vira com ela da primeira vez e uma garota loira. – Ela é muito bonita, não é, Pansy? – perguntou o garoto, pensando em como ela seria uma boa namorada para Draco.


- Bem, sim, se você gosta do tipo criança. – respondeu a morena.


- Ela parece bem jovem quando ri, mas, mesmo assim, é muito bonita. – disse Blaise, ainda a olhando.


- É, é. Vamos comer? Eu ainda quero ver o Draco antes da aula. – ela pôs-se a comer e Blaise a acompanhou, sem, entretanto, deixar de olhar a garota e pensar em um jeito de juntá-la ao amigo.


x


- Então... – começou Rony. – onde você se meteu ontem? – ele arrumava a gravata, em frente ao espelho. Harry, que escovava os cabelos, tentando baixá-los, parou e encarou o amigo. Rony, sentindo o olhar, virou-se para o moreno.


- Promete não contar a Hermione?


- Por quê?


- Porque ela já se preocupa demais.


- Ela tem razão em se preocupar. Você parece um inferi. – Harry revirou os olhos.


- Por isso ela não pode saber. Ontem, eu aparatei para fora de Hogwarts. – Rony caiu sentado em sua cama.


- Mas... mas não é possível. Ninguém pode...


- Dumbledore podia.


- É. Mas ele era o diretor!


- Não é por isso. McGonagall é diretora e ela não pode. Dumbledore podia porque era extremamente poderoso. Eu também consigo, mas fico extremamente fraco porque ainda não domino totalmente minha magia. – como Rony ainda o encarava como se, de repente, houvesse nascido uma segunda cabeça em si, Harry continuou a história. – Parei em uma clareira depois da floresta proibida. Depois de dar aquele aviso, desmaiei. Só acordei tarde da noite e não quis arriscar aparatar de volta e acabar em coma, então vim andando. Por isso cheguei tão tarde.


- Quando eu digerir toda a história, eu dou uma opinião. – disse o ruivo. – Ah! McGonagall chamou a mim e a Hermione depois do seu aviso. Ela nos mandou ficar de olho em você para que não tenha de acusá-lo caso algo aconteça a algum aluno. – Harry o encarou com ambas as sobrancelhas erguidas. – Oh! Não se preocupe. – tranquilizou-o Rony. – Eu vou lhe encobrir. Mas Hermione vai ficar vigilante.


- Sei disso. Mas ela entende o que eu tenho de fazer.


- Nós entendemos. Mas é difícil saber que ainda precisa ser feito.


x


- Ei! – disse, à guisa de um cumprimento, sentando-se na cadeira ao lado da cama do loiro e jogando as pernas cruzadas em cima da cama.


- Oi, Andie. – a morena sorriu.


- Como você está?


- Melhor. – mentiu. – E como foi a aula?


- Boa. Acho que vou estar voando melhor do que você até quarta.


- Não minta.


- Você começou. – acusou-o, séria. Draco revirou os olhos.


- Tudo bem. Não estou me sentindo melhor. Aliás, acho que piorei. Estou enjoado desde que acordei e não consegui tomar café.


- Pirei quando Blaise tentou uma subida com a vassoura e tive que descer.


- Mas vai continuar, não vai? – perguntou, ansiosamente. – Não dá para perder o medo em uma aula.


- Não se preocupe, capitão. Não desisti. – tranquilizou-o. – Você pediu uma poção para Madame Pomfrey para o enjôo?


- Ela disse que não seria bom tomar outra poção. – a conversa dos dois foi interrompida pela entrada de Pansy e Blaise. A morena se adiantou para o amigo e o abraçou.


- Bom dia.


- Bom dia, Pan.


- E aí, cara?! Aluna. – a morena sorriu.


- Professor.


- Oi, Blaise. – cumprimentou Draco, sorrindo. – Então vocês se entenderam bem.


- Ele é bom. Achei que seria um idiota completo e que riria assim que eu começasse a tremer, mas ele foi bem compreensivo.


- Eu sou ótimo. – gabou-se o moreno. Os três riram e Pansy revirou os olhos.


x


- Estou faminto. – disse Harry. Eles acabavam de sair de DCAT.


- É claro que está. Você não comeu nada ontem o dia todo! – repreendeu-o Hermione.


- Deixe-o, Mi. – interveio Rony. Ele estava com um braço sobre os ombros de Lilá. – Eu também estou faminto.


- Você sempre está faminto, Ronald. – disse a morena. Rony lhe mostrou a língua e ela revirou os olhos, dando um pequeno sorriso. Chegaram ao salão principal e os meninos atacaram a comida.


- Merlin! A comida não vai fugir, garotos. – disse Lilá.


- Agora você entende por que eu não como muito? – disse Hermione à loira. – Como ter apetite com isso ao lado? – perguntou, apontando os amigos. Lilá riu, mas os garotos não pareceram perceber as duas, tão concentrados estavam em seus pratos.


x


Gina se esticou, na ponta dos pés, para alcançar o livro sobre criaturas mágicas que queria, mas estava muito alto. Bufando, abriu a mochila para pegar a varinha.


- Aqui. – olhou para a pessoa que se dirigiu a ela e viu Blaise segurando o livro que ela tentava alcançar. Voltou a fechar a mochila e pegou o livro, sorrindo.


- Obrigada.


- Não tem de que, ruiva.


- O que você faz aqui? – estranhou a garota.


- As pessoas vêm à biblioteca para estudar, ruiva. – disse ele, inocentemente.


- Algumas pessoas vêm à biblioteca para estudar. – rebateu ela.


- Touché! – eles riram e saíram em direção às mesas. – Mas, e aí, já tem par para o baile? – perguntou ele, despreocupadamente, sentando de frente para o encosto da cadeira e cruzando os braços em cima dele.


- Não. – ele sorriu.


- Quer ir comigo, ruiva? – ela permaneceu um momento em choque, por pura incredulidade.


- Sim. – arregalou os olhos. Não sabia o que a tinha feito aceitar.


- Mesmo? – mesmo tentando parecer indiferente, sua voz o traiu, mostrando um pouco de sua surpresa.


- Sim.


- Ótimo. Então, o que você está estudando, ruiva? – mudou de assunto.


- TCM. Tenho um trabalho sobre quimeras para fazer.


- Achei que você já tinha feito TCM ano passado.


- Bem, ser ensinada sobre animais perigosos e como usá-los em seu favor não era minha ideia de TCM. Por isso estou cursando novamente.


- Ok. Vou ajudá-la. – Gina sorriu e abriu o livro.


x


- Harry! Harry! – os quatro se viraram e viram Neville e Dino correndo em sua direção.


- Ainda bem que nós o achamos. – disse Dino, ofegante.


- O que aconteceu? – perguntou o moreno.


- Pode vir com a gente? – pediu Neville.


- Nós temos Poções agora. – lembrou Hermione.


- É importante, Mione. – disse Neville. Dino concordou com a cabeça.


- Tudo bem. – concordou Harry. – Eu melhorei em poções, Mi. E Slughorn me ama. – seguiu os amigos. – Vejo vocês depois. – os três voltaram a caminhar, Rony tendo que rebocar Hermione. – Então... Para que tanta pressa? – Neville e Dino se entreolharam.


- É melhor nós explicarmos quando chegarmos. – disse Dino.


- Chegarmos onde? – perguntou Harry.


- Ao banheiro da Murta que geme. – respondeu Neville. Harry ergueu uma sobrancelha, mas não disse nada. Apenas acompanhou os amigos. Quando chegaram ao banheiro, o moreno escutou sons estranhos, mas pensou ser a Murta em uma de suas incontáveis lamentações. Eles entraram e a primeira coisa que Harry viu foi a menina rindo enquanto espiava por cima de um dos boxes.


- Harry! – os olhos da menina se arregalaram em deleite. – Faz muito tempo que você não vem me ver. – choramingou ela, em sua voz manhosa.


- Tive um ano movimentado. – ironizou, o garoto. Ela pareceu não notar. Flutuou até ele e encostou a cabeça em seu ombro.


- Eu soube. Torci por você. – Harry se afastou, com um sorriso amarelo.


- Obrigado, Murta.


- Murta, você poderia nos deixar a sós? – pediu Dino. A garota lhe lançou um olhar irritado, mas virou de costas para eles e, mandando um último beijo para Harry, deixou o banheiro. Aproveitando a deixa, Neville foi até o boxe.


- Alohomora! – disse ele, e a porta do boxe abriu. Um garoto caiu, amarrado por cordas invisíveis, aos pés do outro. Harry arregalou os olhos em surpresa.


- O que... O que vocês fizeram?


- Queremos ajudar. – disse Dino.


- Olha, Harry, nós não entendemos por que você quer ajudar o Malfoy, mas nós vamos ajudá-lo se e em que pudermos. – disse Neville. Harry sentiu-se imensamente grato pelos amigos que tinha.


- Tudo bem. Expliquem.


- Nós estávamos na biblioteca quando ouvimos uns garotos conversando, aos sussurros, sobre o incidente com Malfoy. – contou Dino. – Como ninguém sabe direito o que aconteceu e esses garotos pareciam saber demais, eu e Neville ficamos escutando.


- Esse idiota disse ao amigo que ouviu uma conversa entranha entre dois de seus colegas de quarto. – continuou Neville. – Ele ia contar o conteúdo da conversa, mas o outro se apavorou e disse que não queria saber de nada. Acho que ele levou bem a sério o seu aviso.


- E o que vocês planejaram fazer com esse garoto? – Harry olhou para o garoto no chão e viu que ele tremia.


- Nós o pegamos quando ele saiu da biblioteca e o trouxemos para cá. Achamos que você talvez quisesse interrogá-lo. – disse Dino. Harry olhou de um amigo para o outro e depois para o garoto tremendo no chão.


- Vamos logo com isso então. – juntou o garoto do chão e o botou sentado, encostado a uma parede. – Sabe quem eu sou? – o garoto acenou positivamente. – Sabe por que esses garotos o trouxeram para mim? – um novo aceno positivo. – Vai me contar o que eu quero saber?


- Eu... eu não sei de nada. Só estava dizendo aquilo para parecer que sabia uma coisa interessante. – choramingou o garoto. – Por favor, me deixe ir. Eu juro que não sei de nada. – Harry o pegou pela nuca e o trouxe para bem perto de seu rosto.


- Não minta para mim. Eu posso tirar a informação que eu quero de você. Mas gostaria que você me oferecesse. – largou-o e o garoto o olhou aterrorizado.


- Talvez não seja verdade. Talvez eles só estivessem contando vantagem como eu pretendia fazer. Eu ia aumentar a história para parecer mais interessante. – começou o garoto. 


- O que eles disseram? – insistiu Harry.


- Ontem, eu acordei tarde da noite com vozes sussurrando e fiquei ouvindo. David dizia que estava com medo e que não valia a pena enfrentar você por uma vingança estúpida. Scott retrucou dizendo que, se eles ficassem de boca fechada, ninguém se machucaria. Mas David não pareceu convencido e disse que, mesmo que não falasse nada, também não participaria mais dessas encrencas. Então Scott disse que a escolha era dele: ou enfrentava você, ou enfrentava Matt. Então eles foram dormir.


- Nomes completos.


- David Anderson e Scott Davenport. O outro cara, Matt, eu não sei quem é.


- Nem um palpite?


- Não.


- De que ano e que casa você é?


- Quinto ano, Lufa-Lufa.


- Essa conversa aconteceu?


- Não.


- Bom garoto. Se isso sair daqui, eu saberei que foi você. – aproximou-se do garoto. – E eu vou atrás de você. – satisfeito, viu o garoto voltar a tremer. – Agora... só mais uma coisa.


x


- Oi. – cumprimentou a garota, sentando ao lado da cama e pousando alguns pergaminhos em cima do criado mudo.


- Oi, Pan. – o loiro sentou. – Muito dever?


- Bastante. – comentou, despreocupada. Draco percebeu que ela queria falar alguma coisa, mas estava se contendo.


- Pan?


- Sim.


- O que você quer me dizer? – ela o olhou, fingidamente surpresa.


- Nada. – o garoto a olhou, cético. – Provavelmente, não é nada. É só que... eu acho que quanto mais cedo você se recuperar e assumir as aulas da Andie melhor.


- E por quê?


- Porque nós dois sabemos que, de um jeito ou de outro, Blaise vai acabar espantando a garota.


- Eles pareceram se dar bem.


- Esse é um dos jeitos. – disse ela, mordaz. Então Draco entendeu.


- Pan... – começou, condescendente.


- Não use esse tom de voz comigo! – avisou ela. – Eu não estou dizendo isso por ciúmes. Estou dizendo porque me importo com você e, nesse momento, sua felicidade depende dessa garota aprender quadribol e ficar na equipe. E, se Blaise ficar com ela, quanto tempo você acha que vai demorar até ele se cansar dela e ela desistir de ser artilheira? – por mais que as palavras da amiga tivessem lhe incomodado, Draco sabia que o amigo não estragaria tudo.


- Pansy, Blaise sabe o quanto isso é importante para mim. Ele não vai estragar tudo.


x


- Então... o que vamos aprender hoje? – perguntou Andie. Ela e Blaise estavam terminando de acender as lanternas flutuantes.


- Primeiro vamos voar mais um pouco, já com manobras simples. Depois você vai tentar dar algumas voltas sozinha. – respondeu ele, sorrindo. Ela ficou pálida.


- ?! – sua voz saiu estrangulada. Ela pigarreou. – Já?!


- Já. Não adianta muito eu pilotar. Para que você perca o medo, tem de sentir como é controlar a vassoura. Instruções do Draco. – adicionou ao fim. Ela respirou fundo.


- Então vamos. – eles montaram na vassoura e Blaise já saiu em uma subida íngreme. A morena se forçou a não fechar os olhos ou deixar que o embrulho em seu estômago interferisse em seu raciocínio. Em seguida ele passou a alguns loopings e ela precisou fechar os olhos algumas vezes e morder o lábio inferior para não gritar, mas, no fim, ela já não sentia mais como se seu coração estivesse na garganta ou seu estômago estivesse dando um nó. Ela quase podia dizer que estava se acostumando com a sensação. Blaise pousou a vassoura e eles desceram. Ela tinha o rosto levemente pálido, mas estava firme.


- Parabéns. Achei que você fosse vomitar.


- Não. Quero dizer... admito que eu senti enjoo em alguns loopings, mas passou.


- Muito bom. Muito bom mesmo. – elogiou ele, sorrindo. – Vamos para a parte difícil? – ela engoliu em seco e concordou. Blaise largou a vassoura aos pés da garota. – O que você precisa ter em mente é que a vassoura vai fazer o que você mandar. Se você ficar com medo, vai se apavorar e dar instruções erradas e aí vai cair.


- Ótimo! Eu morro de medo de voar e a única coisa que eu não posso fazer é sentir isso. – disse ela, sarcástica.


- Eu sei que parece difícil e é mesmo. Mas você vai conseguir. Você tem bons instintos. – ela respirou fundo algumas vezes e Blaise deixou que ela tirasse o tempo que precisasse para se acalmar. – Ok. Podemos? – ela acenou positivamente. – Erga a sua mão para a vassoura e diga ‘suba’. – ela ergueu a mão, mas logo fechou-a em punho e a apertou com a outra ao ver que estava tremendo.


- Eu não vou conseguir. Nem toquei na vassoura e minhas mãos já estão tremendo desse jeito!


- Está tudo bem. Tudo bem, Andie. – ele pousou as mãos em seus ombros e os apertou para transmitir segurança. – Faça no seu tempo. – a garota voltou a respirar profundamente e, quando se sentiu preparada, estendeu a mão.


- Suba! – disse alto e claro, sem a voz tremer. A vassoura voou direto para sua mão. Ela arregalou os olhos, assim como Blaise, pego de surpresa.


- Uau! Eu achei que ela se remexeria um pouco no chão antes de você conseguir trazê-la até sua mão.


- Eu achei que ela sequer fosse se mexer. – comentou, perplexa. – Não se mexeu na única vez que eu tentei.


- Acho que Draco acertou em cheio. – comentou.


- Por quê?


- Porque... bem, dizem que a vassoura age, mais ou menos, como uma varinha. Que ela só obedece quem ela sabe que pode pilotá-la.


- Então essa vassoura caducou. – Blaise riu.


- Caduca ou não, pode montar nela. – Andie passou uma perna por cima da vassoura. – Muito bem. Assim que você impulsionar com o pé para sair do chão, encaixe os pés nos suportes e segure firme para evitar cair pelos lados. Eu quero que você só impulsione para planar a um metro do chão. Eu vou ficar ao seu lado e nós vamos dar uma volta pelo perímetro. Certo? – ela acenou positivamente, mas não se moveu. Blaise esperou que ela tomasse a iniciativa, mas parecia que ela esperava por um comando. – Pode ir.


- Ah! Está bem. – ela impulsionou e sentiu a vassoura sair do chão, mas não foi rápida o suficiente para se manter em cima da vassoura e escorregou para o lado, caindo de bunda no chão. – Ai! – reclamou, levantando e massageando a bunda dolorida. Ela olhou para Blaise, que fazia um visível esforço para não rir.


- Você foi... razoável.


- Se você rir, eu juro que bato com essa maldita vassoura na sua cabeça. – avisou ela.


- Eu não estou rindo. Nem foi engraçado. – mas sua voz o traiu no fim, ficando mais fina. Ela o olhou malignamente, mas não conseguiu esconder um sorriso.


- Ok. Vamos de novo. – com seu orgulho ferido, Andie se forçou a se concentrar mais. Deu impulso e conseguiu se manter em cima da vassoura.


- Muito bem. – elogiou Blaise. Ela lhe olhou com uma sobrancelha erguida, superior. Ele a tocou no ombro levemente com um dedo e ela escorregou pelo lado novamente. – Não se ache tanto. Você ainda precisa de muita aula. – disse, sorrindo prepotente.


- Você não presta. – disse, enquanto se levantava e voltava à posição de partida. Ele sorriu de canto.


- Agora, o que você tem que fazer é inclinar o corpo para frente para mover a vassoura. – ela o fez e sentiu a vassoura andar alguns centímetros. Endireitou o corpo e pôs os pés no chão. – Tudo bem?


- É. – voltou a tentar e, dessa vez, deixou que a vassoura andasse. Blaise caminhou ao seu lado. Com o tempo, seus músculos relaxaram perceptivelmente. – Até que é uma sensação boa.


- Isso não é nada. Você não está voando, está se movendo. Está pegando prática em dirigir a vassoura para o lugar que quer ir. Quando estiver a dez metros de altura, acelerando a 200km/h, vai sentir o que é voar. – ela sorriu pelo modo como ele falava.


- Vamos ver. – disse e deitou na vassoura, fazendo-a ganhar velocidade. Blaise estacou, olhando-a abismado. A morena começou a subir a vassoura, como vira Blaise fazer e, em pouco tempo, estava a muitos metros do chão. Olhou para o moreno, que a encarava com a boca escancarada e sorriu. Foi então que percebeu o quão alto estava e seus músculos retesaram. No chão, Blaise conseguiu ver o momento exato em que ela surtou.


- NÃO ENTRE EM PÂNICO! – gritou. – SÓ APONTE O CABO DA VASSOURA PARA BAIXO E VENHA DESCENDO DEVAGAR! – ela engoliu em seco e fez o que ele disse. A descida demorou uma eternidade, já que, cada vez que a vassoura ganhava um pouco de velocidade, Andie freava e precisava se forçar a continuar. Quando chegou ao chão, saltou da vassoura e se agarrou ao moreno. – Tudo bem. Tudo bem. – repetia ele, acariciando seus cabelos. Ela tremia em seus braços. – Você está bem. E foi fantástica.


- Me senti confiante demais. Esqueci por apenas alguns segundos porque nunca voei antes.


- Tudo bem.


- É que você falava como se fosse algo tão maravilhoso que eu... esqueci. – ele a afastou.


- O que você sentiu antes de surtar?


- Liberdade. Adrenalina. Segurança. – adicionou, surpresa. – Como se eu pudesse fazer aquilo. Como se eu... fosse feita para estar lá em cima. Como se nada mais importasse.


- Parabéns! Você estava voando.


x


- Não aguento mais estudar! – reclamou Parvati, se espreguiçando. Simas a puxou para si e a beijou.


- Por Merlin! – reclamou Neville, brincando. – Vão para um quarto. – eles se separaram. Parvati com o rosto corado. Os amigos riram do constrangimento da morena.


- Mas, Pati está certa. – concordou Lilá. – Também não aguento mais. – Rony massageou suas costas.


- Vamos dormir. – disse Dino. – Amanhã continuamos.


- Podem ir. Ainda tenho uma última redação que quero terminar. – disse Hermione. Dino, Neville, Simas, Parvati e Lilá levantaram, recolhendo suas coisas.


- Você vem? – perguntou a loira a Rony.


- Vou ficar mais um pouco. – ela acenou positivamente e se inclinou para beijá-lo antes de subir com os amigos. Os três amigos continuaram fazendo a redação de poções em silêncio.


- Harry? – chamou Hermione.


- Sim?


- O que Nev e Dino queriam com você hoje?


- Eles queriam me mostrar algumas jogadas de quadribol na biblioteca. – mentiu o moreno.


- E estavam tão desesperados por isso? – perguntou ela, desconfiada. Harry deu de ombros.


- Só gostando de quadribol para entender, Mi. – Rony concordou, sem dar muita atenção. – Bem... terminei. – disse ele, guardando suas coisas. – Vou dormir. Vocês vêm?


- Eu vou. Termino amanhã. Não vou render mais nada hoje mesmo. – disse Rony, também guardando suas coisas. – Vem, Mione? – ela pensou por um momento e depois se rendeu. Eles se separaram na divisão das escadas. Os meninos entraram em seu quarto e Harry jogou a mochila ao lado da cama, puxando o malão de baixo dela e o abrindo. – O que você está procurando a essa hora?


- Minha capa da invisibilidade e o mapa do maroto.


- Aonde você vai? – perguntou Rony. – Espera! Isso tem a ver com o que Dino e Neville lhe disseram hoje? Não era sobre quadribol, era? Harry! Estou falando com você. – o moreno levantou, com a capa em mãos.


- Sim, tem a ver com o que os garotos me disseram. Não, não era sobre quadribol. E, sim, eu adoraria que você me ajudasse, se quiser. – respondeu o moreno, sorrindo.


- Estou dentro. – disse Rony.


- Já vamos? – perguntou Dino, saindo da cama. Neville levantou também.


- Sim. – disse Harry.


- O que nós vamos fazer? – perguntou Rony.


- Conto no caminho. – disse Harry. Os quatro desceram até o salão comunal e saíram. Harry foi explicando tudo a Rony durante o caminho até o salão comunal da Lufa-Lufa.


- Isso é insano! – disse Rony. Eles estavam em frente ao quadro que dava passagem para o salão comunal da Lufa-Lufa, encolhidos em baixo da capa de Harry. – Vocês sequestraram um aluno do quinto ano? E como acham que vamos convencer o quadro a abrir para quatro estudantes da Grifinória sem a senha?


- Isso já foi providenciado. – explicou Dino, quase no instante em que o quadro se abria, deixando Rony pasmo. Um garoto um palmo mais baixo que eles, de rosto pálido e aflito, apareceu. Ele olhou para os lados procurando alguma coisa. Ou alguém, como Rony entendeu. Harry despiu a capa e os olhos do garoto pareciam que saltariam das órbitas.


- Oi, Nick. – cumprimentou Harry. O garoto pareceu ainda mais nervoso.


- Entrem. – ofereceu passagem. Os quatro entraram e se viram em uma confortável sala, adornada em amarelo e preto. – Me sigam. – ele subiu uma escada, como a que os quatro subiam para seus dormitórios. Chegando ao dormitório do quinto ano, ele parou. – Eles vão saber que fui eu. – disse o garoto, tremendo. Harry virou-o para si e pousou, amigavelmente, a mão em seu ombro.


- Não vão. Eles não sabem que você ouviu a conversa e quando nós os acordarmos, eles já estarão bem longe do dormitório. – assegurou-o. Eles entraram e o menino apontou as duas camas.


- Silencio. Incarcerous. Vingardium Leviosa. – enquanto Harry enfeitiçava um dos garotos, Neville enfeitiçou o outro. Antes de saírem do dormitório, Harry virou-se para Nick. – Não se preocupe. Não vamos fazer mal a eles. – como o garoto o olhou sem acreditar, o moreno retificou. – Nenhum mal físico. Você vai ver amanhã. – disse, sorrindo. – Você fez o certo, garoto. Eles não podem bater em alguém do jeito que fizeram e esperar que não tenha volta. Bem, boa noite. – já estava fechando a porta quando ouviu, muito baixo, um ‘boa-noite’ sussurrado de volta.


- Vamos Harry. – apressou-o Rony. Os quatro saíram e seguiram para o salão principal. Ao chegarem lá, despejaram os dois garotos sentados no banco da mesa da Lufa-Lufa.


- E agora? – perguntou Dino.


- Agora, acordamos eles. – disse Harry. – Enervate! – disse, ao mesmo tempo que Rony. Os dois garotos acordaram assustados e tentaram gritar, mas nada saiu. Harry viu suas pupilas dilatarem de medo e soube que eles entendiam porque estavam ali. – Vejo que já entenderam a situação.


- Parece que eles vão enfartar. – disse Dino. Harry foi até eles.


- Eu fui bem claro quando disse que viria atrás de vocês, então, suponho, vocês já estavam esperando por isso. – os dois se debateram enlouquecidamente. – Abaffiato. – apontou a varinha para eles e viu o desespero em seus olhos. – Finite.


- AHHHHHHHHHHHH! AHHHHHHHHHHHH! – ao perceberem que o som de suas vozes voltara, pararam de gritar.


- Nossa! – comentou Neville, desgostoso. – Finalmente.


- Para quem teve a coragem de dar uma surra daquelas no Malfoy, vocês gritam como mocinhas. – disse Rony.


- Não fomos nós!


- Matt nos obrigou!


- Nós não queríamos!


- Fomos forçados!


- Chega! – disse Harry, cortando as desculpas. – Se colaborarem comigo, vai ser melhor. – aproximou-se novamente dos garotos. – Sei que não foi nenhum de vocês que arquitetou essa vingança ridícula. Mas quero os nomes dos outros. – os dois garotos se entreolharam, mas permaneceram em silêncio.


- Vai ser melhor se cooperarem. – disse Dino.


- Não vão querer nos ver irritados. – comentou, despreocupadamente, Rony.


- Os nomes. – disse Harry, baixo e perigosamente.


- Richard Lacey... – começou o da esquerda.


- O que você está fazendo?! – apavorou-se o outro.


- Evitando que sejamos mortos, David! Trent e Matthew Donnovan.


- Casas e anos.


- Rich é do sexto ano da Lufa-Lufa e Trent e Matt são do quinto e sétimo anos, respectivamente, ambos da Corvinal. – disse David, resolvendo cooperar.


- Quem juntou esse adorável grupo?


- Matt. – disse Scott.


- Por quê? – perguntou Neville.


- Por que você acha? – quase rosnou, David. – Porque Malfoy não vale o chão que pisa! E P-Potter – sua voz tremeu visivelmente, o que fez Harry sorrir de canto. – fica defendendo o traidor! – Harry ergueu o garoto pelo colarinho do pijama até que ele ficasse no nível de seus olhos, só conseguindo se manter com a ponta dos pés no chão.


- Você não sabe bosta nenhuma sobre as razões de eu protegê-lo! Não sabe o que as pessoas passaram nessa guerra! – o ar ao redor deles baixou vários graus. – Vocês pensam que estão vingando alguém? Estão apenas perpetuando o ódio que Voldemort iniciou! – as janelas do salão se abriram todas ao mesmo tempo e uma ventania entrou. O ruído era ensurdecedor. Neville, Dino e Rony se entreolharam, preocupados. – Estão construindo os alicerces de uma terceira guerra! – o garoto começou a chorar, assim como o outro que permanecia sentado, mas Harry não estava olhando para eles. Rony chegou perto dele, a muito custo por causa do vento, e viu seus olhos. Suas pupilas dilataram ao ponto de só se ver uma auréola do antigo verde e eles estavam turvos de raiva.


- Harry!


- Acham que tudo deve ser resolvido dessa maneira? Com briga, morte, sangue! – o garoto tremia tanto agora, que Dino pensou que ele estivesse tendo uma convulsão.


- HARRY! – o moreno virou-se para o amigo e todas as janelas se fecharam, parando o vento. – Já chega. Eles entenderam. – Harry olhou o garoto que ainda segurava e o largou sentado no banco ao lado do amigo. Respirando entre arfadas, ele foi se sentar à mesa da Corvinal. Os três se entreolharam e o seguiram.


- Tudo bem, cara? – perguntou Neville, inseguro.


- Sim. Eu... me desculpem. Eu me descontrolei.


- Nós entendemos. – disse Dino. – Também fiquei revoltado com o que o garoto disse.


- Mas você não pode mais se descontrolar, amigo. – disse Rony. – Sua magia... está forte demais. Se você não a controlar, pode acabar matando alguém. – Harry o olhou como se tivesse levado uma bofetada. Rony viu uma dor tão profunda que se arrependeu de suas palavras. – É claro que eu não acho que você faria isso! – acrescentou rapidamente.


- Vamos terminar o que viemos fazer aqui. – disse Harry, levantando. Ele engoliu o medo que sentiu com as palavras de Rony e seguiu de volta até os garotos.


- Por favor!


- Nós nunca mais chegaremos perto do Malfoy.


- Nós não queríamos.


- Desculpe! – Harry sentiu o coração apertar por saber que ele causara aquele medo que via nos olhos dos garotos.


- Eu tenho certeza de que nunca mais farão nada assim. – foi tudo o que disse.


- Não se depender da gente. – ajudou Neville.


- Dêem adeus às suas reputações. – disse Dino.


- E pares para o baile. – disse Rony. – Pensando bem, dêem adeus a namoradas enquanto em Hogwarts. Talvez até depois.


- Agora vocês vão aprender como se vingar de alguém sem envolver dor, apenas humilhação. – disse Harry, já mais animado, contagiado pela animação dos amigos.


- Vocês estão ferrados. – concluiu Dino.


x


N/A: Bem... Eu realmente não sei o que dizer. Desculpas não chegam nem perto. E eu não quero encher os olhos de vocês com os motivos de eu não ter tempo. O que aconteceu é que eu prometi que escreveria e estou escrevendo. Mas muuuuuito lentamente. Eu nem ao menos ia postar agora pq queria esperar ter outro cap. pronto para não deixar vocês esperando tanto tempo novamente, mas daí vocês esperariam ainda mais por esse cap.


Então, sim, peço desculpas. Não esqueci vocês e não parei de escrever e nem vou parar. Vou terminar essa história pq eu a amo e tenho muitas outras ideias para novas fics e eu AMO escrever e saber que vocês lêem e gostam do que eu escrevo.


Não posso mentir e dizer que o próximo cap. vem logo, mas eu já comecei a escrever. E, sempre que tiver um tempo, estarei escrevendo.


Obrigada por não desistirem de mim e dessa história. Já amo vocês por isso.


P.S.: Quem quiser me ameaçar pressionar por facebook: Eduarda Conde (minha foto é parecida com a que tá aqui). Aceito críticas, reclamações, sugestões, perguntas, pedidos e, claro, elogios. Muitos, muitos elogios! :D Brincadeira! Mas podem mesmo me adicionar para cobrar o próximo cap. se quiserem.


matthew malfoy: Bem vindo! Falo tudo! Que bom que está gostando. :D Aiii muito obrigada pelos elogios! Meu maior medo era de que as pessoas não gostassem da parte sonserina da história e realmente estou amando que elas estejam gostando desse entrosamento grifinórios/sonserinos. Harry e Hermione ainda demora um pouco, mas a espera aumenta a satisfação quando eles se acertarem. H² forever. *-* É, sem sombra de dúvida, o melhor shipper. Bjo


Punkeeslaw Potter: Não precisa se controlar nunca! Pode exigir, brigar, perguntar... elogiar. :D Sem nenhum problema.


Pois é... Blaise/Pansy é um problema dos mais problemáticos exatamente porque eles são sonseridos e, por isso, tendem a fazer as coisas da forma mais estúpida e complicada, metendo os pés pelas mãos. Pansy tem os piores defeitos para quem está apaixonado por alguém tão parecido consigo, ela é vingativa e cabeça-quente. E o Blaise se deixa levar pelo jeito dela e joga fogo contra fogo. E como os dois se conhecem muito bem, sabem exatamente onde dói e vão direto e reto. Os dois se gostam, sim, mas são orgulhosos demais, não para admitir, mas para voltar atrás em tudo que já disseram e fizeram e assumir que erraram. E, sim, isso ainda vai durar um longo tempo.


Eu?! Chegada num drama?! Nunca! Auhauhsuashaushuah Minha mãe sempre disse que eu devia fazer aquelas novelas mexicanas, sabe, as beeem dramáticas! Mas tu vai ver que os dramas não vão ser exatamente dramas, vão ser só experiências que serão necessárias para eles amadurecerem e vivenciarem outros caminhos antes de seguirem para o caminho que eu imaginei para eles.


Não, Brandon não quer amizade. Mas ele é pouco importante por enquanto.


Não quero revelar nada ainda, mas o Justino não vai estragar nada intencionalmente e o Harry não vai tirar conclusões precipitadas. Ahh! Eu acho bom se surpreender. Ações e reações previsíveis demais são entediantes. Óbvio que ele não ia deixar de cercar ela. Tudo bem. Se a Hermione enrolar demais, eu passo teu número pro Harry. :D


Gina tem um problema grave: ela ainda não encontrou o cara que vai fazer ela esquecer o Harry. Não o cara pra ficar com ela pro resto da vida (ou por um bom tempo), mas aquele cara que vai mostrar pra ela que a vida não gira em torno da primeira paixão. Depois que ela encontrar esse cara, ela vai estar aberta para encontrar o cara. Neville está com dor de cotovelo. Normal ele se descontrolar.


Rony e Lilá evoluíram bastante, por isso que eu acho que a relação deles é a mais estável e descomplicada. Eles já estão sofrendo o suficiente por tudo que aconteceu sem ter que passar por dramas e bobagens. Eles se gostam, sabem disso e ficam juntos.


Já era tempo do Harry e do Rony aprenderam a como lidar com o sexo oposto. E depois de uma guerra, o que ainda pode assustá-los?!


Essas são só provinhas do estilo sonserino da Andie. Ela ainda vai mostrar muitas outras características tipicamente sonserinas.


Siiiim! Cenas Harry/Teddy/Hermione! *-* Não muuuitas, mas terão. Eles morarem todos juntos é uma ideia a ser trabalhada, mas o futuro é nebuloso.


O sono do Draco ainda vai ser assunto por um tempo, mas tem a ver com pensar demais sobre tudo além de que ele é atormentado pelos pesadelos.


Gina e Blaise serão “interessantes” por mais tempo. Uahsuahsuah Surprise! Quem disse que a Gina e o Neville vão se acertar?! Tudo é incerto. Entre Gina e Hermione não vai ter drama, isso eu posso garantir. Mas não vou dizer por que ou como.


Ahhh! Mas eu já concordei que adoro um drama! Auhsauhsaus Justino vai ser o cara do drama. Ele chama a Lilá de Brown porque não é tão íntimo dela, só isso.


Parabéns! Tu foi a primeira a comentar sobre o significado da capa. O ‘perdoar’ na foto da Andie é o grande X da questão de toda a história. O Draco pode até estar caidinho na dela, mas ele é o cara com mais autocontrole de toda a história. E ele quer o melhor para a equipe. Quanto aos garotos que atacaram o Draco e a Andie, uma palavra: humilhação.


Enfim, eu amo teus comentários gigantes e não é nenhum incômodo. Bjo


PamyPotter: eee \o/ Que bom q tu gostou do cap. Meus pêsames pelo teu PC (mesmo q muito atrasada). É, o meu se recuperou, mas eu perdi todas as coisas do meu pen drive (não importa mais. Já foi.). Eu quis fazer ao menos uma fanfic em que o Rony não é um babaca em nenhuma parte. :D É que a Gina não consegue esquecer o primeiro amor. É completamente surtada, mas compreensível. E justamente por não esquecer é que ela não vê q pode ser feliz com outra pessoa. Nev coitado ainda vai penar se quiser a ruiva. Só roxo não. O Draco vai ficar multicolorido. Hermione é insegura quanto ao Harry. Mas, volto a dizer, é compreensível, afinal de contas ele é o melhor amigo dela. Harry não é nada inseguro. Ele, sim, sabe o que quer e vai atrás. Não... Pansy e Blaise só são sonserinos. E como bons sonserinos são totalmente cabeças-duras, insensíveis, vingativos e com problemas em demonstrar sentimentos (no caso do Blaise). Bjo


Angeline G. McFellou: Aiii *-* Q bom q tu tá gostando! Muito obrigada pelos elogios. É... adultos... para a maioria das coisas, claro. Não pra tudo. :D Aguarde os próximos capítulos. Aushausuahsau Siiim! *o* H² é o MELHOR shipper de todos os tempos! Pois é... eu quis fazer um paralelo. Ele já se parece tanto com o pai, né?! suahushaus Ainda não é nesse cap q mostra o q o Harry fez, mas vai chegar. O castigo sempre vem. Bjo


Fernanda.M: Oin! Muito obrigada pelos elogios! *-* Não tem como não sentir pena dele nesse cap. Coitadinho! Mas as coisas vão melhorar. Eeee Primeiros treinos. Gostou? Ainda não são com o Draco, mas tá valendo. Bjo


rosana franco: Também não é assim... Juro q nos próximos capítulos ele vai se posicionar melhor. Sim, né?! Os dois andam com os hormônios q é uma loucura! Ausauhuahsuahsau Bjo


Tito Shacklebolt Finnigan: Muito obrigada! Q bom q tu gosta. Bem... Estou ficando com medo! Todo mundo elogiando a maturidade dos personagens me deixa inibida de escrever o que eu estou planejando escrever. Aushuahuahsua Mas não vai ser nada infantil, isso eu prometo. Só q também não dá pra dizer q ninguém nunca perdeu um pouco a cabeça quando se trata de relacionamentos. Eles estão maduros, sim, mas ainda são pessoas normais que tem sentimentos normais. Hermione analisa demais, pondera demais cada aspecto da vida dela. É normal q ela faça o mesmo com um possível relacionamento. E com o Harry ainda por cima!


Não se intimide, pergunte o que quiser. Sempre. Não... Sabe, eu escrevo ele assim mais maduro também pq eu acho q, depois de uma guerra, o cara tem necessariamente q mudar. Ainda mais q ele perdeu um irmão, a mãe está deprimida e a família toda tá abalada. Ninguém vai convidá-lo, mas haverão insinuações. Uashuashuahsa Pois é... Justino. Ele ainda vai ser pano pra manga.


Siiim. Luna é sempre um sopro de ar fresco. Não “gosto” de criar brigas de casal, mas também ninguém ia adorar uma fic em q todo mundo fosso 100% feliz o tempo todo. Mas não vou fazê-los sofrer muito não pq eu não tenho maldade no meu coração. É isso... Bjo


Potter_Salter: Oin! *-* Muito obrigada! Nesse cap teve uma das cenas q eu achei mais fofa, mais romântica e mais linda entre o Harry e a Hermione. Espero q tu tenha gostado. Já começou a rolar alguma coisa entre o Blaise e a Gina nesse cap, mas ainda tá muito superficial. Bjo


coveiro: Muito obrigada! Veremos. A expectativa aumenta a emoção depois. :D Bjo


Isis Brito: Bem vinda! Muito obrigada pelos elogios! *-* Sério?! Tu leu tudo em uma noite? Aiii! Que bom q tu gostou. Bjo

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Comentários (5)

  • Coveiro

    Adoro a fic.Espero um novo capitulo logo e para com essa agonia. Deixa o Harry ser feliz logo com a Mione, afinal ele ja passou por muitas coisas ruins com a guerra. É tempo de recomeçar.Posta logo

    2013-01-19
  • meroku

    to adorando a fic!!!!!!!!!!!!!!!!!!!posta o proximo logo!!!!!!!!!!!!!!!!to doida pra saber qual vai ser o castigo que o Harry vai dar aos garotos!!!!!!

    2012-09-27
  • matthew malfoy

    Excelente capítulo, acho que valeu a pena depois de uma longa espera de tempo. Adorei o fato de Harry estar ficando poderoso faz bem ao ego dos potterianos poder contar com isso, e ele ameaçando a escola? Foi sensacional, sem sombra de dúvida. Capítulo bem sonserino, queria mais grifinória. Blaise e Gina avançando cada vez mais, gostei. Bem o capítulo está fenomenal, espero ansiosamente pelo próximo e que ele não demore tanto igual este por favor. Grande Abraço.

    2012-07-08
  • PamyPotter

    Nossa, perdi o fôlego quando vi a att. Esse é, sem dúvidas, um capítulo que compensa a abstinência, não só pelo tamanho, mas pelas surpresas dele. Caramba, quando o Harry disse que não ia deixar barato, ele falou sério mesmo, e eu amo isso. Quero só ver toda essa trama de vingança, que já começou maravilhosa. Os treinamentos da Andie são demais, é cativante o jeito que o Blaise e o Draco ensinam ela e o jeito que ela supera todo esse pavor de vôo.  E a Pansy com ciúmes, é memorável! O Draco realmente ficou multicolorido, pegaram pesado de verdade com o loirinho... As cenas de amizade/romance são muito boas, bem profundas, mas que não ficam aquela melação toda. Bem, eu entendo essa dificuldade por att a fic, mas vou ficar esperando pelo próximo capítulo ansiosa do mesmo jeito. Beijos e boa sorte!

    2012-06-15
  • Isis Brito

    É verdade sim, rsrsr. Gostei demais dessa história!! Pretendo acompanhá-la até o fim! *-*Ah, o Harry... Sonho de toda mulher, não? ^^" Um poço de carinho e amor...*-*Amei a parte em que ele retorna para o castelo e conversa com a Hermione!! A amizade sem fim, o carinho, o amor... AAAHHH!! Eu quase infartei quando ele a "pediu" em casamento!! Dizendo que queria casa, ter filhos lindos, com os olhos e a inteligência da moça... Owwwnnn!! *---------*E ela respondendo?? Ela tá tão apaixonada também...!"Prefiro que tenham seus olhos." *-------------------------*AAHHH!! Adorando demais, demais, demais!! Estarei aguardando ansiosamente pela continuação!! ^^" 

    2012-06-14
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