O Funeral



O Funeral:


 


            Harry acordou no dia seguinte na mesma posição em que havia se sentado naquela poltrona, apenas com a cabeça tombada levemente para a direita. Abriu os olhos, enxergando um Salão Comunal todo borrado, percebendo que estava sem óculos naquele instante, mas não se lembrava de ter tido tempo suficiente para tirá-los de seu rosto antes que caísse no sono. Apalpou as vestes por um segundo a procura do único objeto que não poderia perder na vida. Bufou irritado se jogando de joelhos no chão e tateando todo o tapete na esperança dele ter caído enquanto dormia.


- Senhor? – chamou uma voz baixinha parada junto à lareira. Harry não havia percebido anteriormente a presença de alguém no local, logo, apertou os olhos tentando enxergar a criatura que estava parada um pouco à frente – Monstro veio ver se o Senhor precisa de algo.


- Ah, é você – respondeu aliviado – sim Monstro, preciso achar meus óculos.


            Monstro foi correndo desengonçado, sua cabeça demasiadamente grande demais para seu corpo tombava para frente, fazendo suas orelhas se mexerem como se estivesse prestes a voar. Junto a uma pequena mesa que estava ao lado da poltrona em que Harry havia dormido estava os óculos do rapaz, cuidadosamente dobrados e postos ali, como se alguém tivesse tirado enquanto ele dormia. O elfo apanhou o objeto e entregou à Harry levemente.


- Obrigado – respondeu sorrindo desajeitado.


- O que mais posso servir-lhe Senhor? – Monstro abaixou-se numa reverência e encarou Harry logo depois.


- Todos já acordaram?


- Alguns sim, outros ainda estão dormindo em suas camas Senhor.


            Harry pensou por alguns segundos no que poderia pedir a Monstro e logo teve uma resposta involuntária de seu estômago, que protestava por comida.


- Acho que vou querer torradas, será que consegue me arrumar algumas? – perguntou Harry não muito confiante da resposta que poderia obter. Será que ainda havia comida suficiente no castelo?


- Claro Senhor – respondeu o elfo que saiu do aposentado rapidamente em um estalar de dedos.


            O menino se jogou novamente na poltrona, olhando fixamente a lareira em que o fogo queimava a madeira como se nunca fosse cessar. Respirou fundo e fechou os olhos, passando lentamente todas as informações que obtivera na noite anterior. Lembrou-se que deveria contar a todos sobre Snape, pois assim como ele, o mundo mágico precisava saber que ele fora um dos mais fiéis seguidores de Dumbledore nessa guerra. Precisava mostrar como foi bravo e guerreiro e decidiu que deveria isso a ele. Lutou, lutou por seu amor a Lilian, lutou para que todos tivessem suas vidas seguras novamente e que se não fosse por ele, Harry jamais saberia como destruir a primeira Horcrux. Ouviu passos descendo as escadas, não soube por que, mas seu coração disparou velozmente. Em uma fração de segundos ele se virou, com a mão em sua varinha.


- Que cara é essa? – perguntou Rony assustando-se com a reação do amigo.


- Me desculpe. Força do hábito – respondeu aliviado soltando a varinha. Teria de se acostumar agora, pois não precisava ficar tanto na defensiva.


- Estou com muita fome – Rony se sentou próximo a poltrona de Harry e logo ouviu outro barulho, onde apareceu Monstro no Salão Comunal com uma bandeja repleta de torradas, geléia, bacon, ovos e suco de abóbora – UAU!!! Estamos onde? Na sala Precisa?


            Harry sorriu de lado com o comentário. Monstro se aproximou dos rapazes e estendeu a bandeja, servindo aos dois com uma animação fora do comum. Harry e Rony começaram a comer rapidamente tudo o que estava a sua frente. Não se alimentavam daquela forma havia meses, e estavam sentido falta de uma boa comida, bem preparada, claro que Hermione se esforçava sempre para tentar alimentar os três, mas não podiam negar que qualquer alimento preparado pelos elfos era muito melhor.


            Comeram em silêncio, onde o único som que foi possível de escutar naquele local era o crepitar das madeiras e o barulho dos talheres. Passado alguns minutos, os dois se deram por vencidos pelo café da manhã e relaxaram novamente em suas poltronas, ainda quietos, Harry continuava a contemplar a lareira a sua frente, como se fosse a parte mais interessante dali, já Rony, havia desabotoado seu jeans surrado e sujo, deixando a mostra um volume de sua barriga estufada pela comida.


- Será que o Papai e a Mamãe estão lá em baixo? – Rony encarava o amigo tentando buscar algum assunto no momento.


- Não sei – deu de ombros – alguém mais já acordou?


- Neville ainda estava roncando e Jorge não estava mais na cama.


- Monstro me disse que algumas pessoas já desceram.


- Será que a Mione ainda está dormindo? – Rony encarou a escada que subia para o dormitório feminino e desanimou, ao lembrar-se do episódio que ocorrera no seu quinto ano – É, acho que devemos descer para ver quem já está de pé. Hoje o dia vai ser o mais cheio de todos. Sabe que terá de dar entrevistas não é?


- Acho que essa é a primeira vez que não me importo – respondeu sinceramente – há coisas que todos precisam saber – Harry reparou que o amigo o encarava com uma expressão de dúvida no rosto, mas não fez nenhuma pergunta – vamos descer então?


            Rony se levantou da poltrona com dificuldade e foi logo seguido por Harry. Os dois passaram pelo portal que dava acesso a outra extremidade do castelo, que para o garoto, fazia uma divisão do que era real e do que era ficto, já que no Salão da Grifinória estava tudo intacto. Continuaram andando, descendo as escadas até o Salão Principal. Antes de entrarem, Rony esticou o pescoço para dentro do local, espiando o que estiva acontecendo por ali e encontrou todos os membros da Ordem da Fênix que haviam sobrevivido, Jorge, Gina, a Prof. Sprout, Firenze, Prof. Flitwick, Prof. Slughorn e o Ministro da Magia. Naquele instante todos os que estavam sentados na mesa se calaram e olharam para a cabeça de Rony parado junto à porta.


- Entre – acenou Kingsley Shacklebolt ao rapaz.


            Harry não sabia bem o que estava acontecendo, apenas seguiu Rony para dentro do Salão Principal. Seus olhos passaram por todos que estavam sentados à mesa e parou por alguns segundos a mais por uma menina ruiva que estava sentada ao lado de sua mãe. Gina encarou o rapaz por alguns segundos, mas logo desviou seu rosto e começou a brincar com seus dedos, sem sorrir, sem piscar, sem demonstrar qualquer emoção naquele instante.


            O mundo pareceu girar naquele instante para Harry e como em uma fração de segundos, tudo acontecia rápido demais, Gina parecia ignorá-lo, todos olhavam fixamente para a sua entrada e de Rony, seus pés caminhavam sozinhos para junto ao aceno do Ministro da Magia que os encaravam de certa forma como um brilho nos olhos, diferentemente do dia anterior. Harry abaixou a cabeça e começou a contemplar seus pés, pois a caminhada até aquela mesa nunca parecera tão longa para o rapaz.


- Como estão se sentido? – perguntou a Sr.ª Weasley com a doce voz materna de sempre ao ver que os meninos se aproximaram. Os dois ficaram mudos e deram de ombros, sem responder a resposta. Todos deram por entendidos naquele instante que no momento, esta frase não seria repetida tão cedo novamente.


            Sentaram-se em bancos diferentes na mesa, ficando um de frente para o outro. Harry arriscou encarar Gina novamente, mas ela parecia achar seus dedos interessantíssimos de alguma forma que a impedia de olhar para ele. Logo que os dois se sentaram, o Ministro voltou ao seu discurso que parecia não ter sido interrompido por aqueles minutos.


- Então o funeral poderá ser aqui em Hogwarts, junto ao túmulo de Dumbledore, já que a luta aconteceu aqui, seria muito bom que todos fossem enterrados juntos. Concordam? – perguntou encarando diretamente ao Sr. e a Sr.ª Weasley que apenas concordaram com a cabeça – ótimo, volto aqui pela parte da tarde então, para que possamos realizar uma homenagem a todos os nossos guerreiros.


- Errrr...Senhor Ministro – chamou Harry como se tivesse despertado de um devaneio – preciso pedir algo a todos vocês.


- Claro meu jovem. O que estiver a minha disposição – respondeu o homem pomposo e prestativo.


- Quero que Severo Snape seja enterrado junto a todos, aqui em Hogwarts - um silêncio preencheu o local. Ninguém acreditava no que havia escutado, principalmente por vir diretamente de Harry. Todos congelaram seus olhares diretamente no rapaz, que se manteve firme em sua fala e encarava o Ministro aguardando sua resposta.


- Snape, morreu? – perguntou McGonagall quebrando o silêncio e encarando Harry com perplexidade e frieza.


- Sim, seu corpo está na Casa dos Gritos, eu vi quando aconteceu – outro silêncio preencheu o local, pois ninguém tinha certeza de todos os corpos que poderiam encontrar espalhados pelo castelo, já que na guerra tivera gigantes, centauros, aranhas, e outros seres mágicos.


- E porque devo atender ao seu pedido rapaz? Pelo que sei, ele era um Comensal da Morte, estávamos entrando em um acordo de que os Comensais seriam enterrados em umas terras próximas a Azkaban.


- Snape não era Comensal da Morte – informou Harry firmemente – posso provar.


- Como sabe rapaz? – indagou Horácio Slughorn – não foi você quem disse que o viu matando Dumbledore?


            Todos naquele instante estavam encarando Harry perplexos, parecia que em nenhum segundo se quer tiraram os olhos do rapaz esperando alguma resposta plausível para que seu pedido fosse atendido. Naquele instante, Harry se levantou, respirou fundo várias vezes, buscando tomar coragem para que pudesse narrar o fato. O Ministro da Magia já havia se sentado, encarando-o, como se ele estivesse prestes a ouvir uma história de terror contada pelo garoto. A porta do Salão Principal se abriu, mas ninguém além de Harry parecia que havia notado que Hermione e Neville estavam entrando no salão. Os dois se olharam por um instante e quando eles se aproximaram, não falaram nada, apenas se sentaram, onde Hermione ficou ao lado de Rony encarando Harry junto aos outros, como se estivesse ciente do que estava acontecendo ali.


- Bom....vou começar então – Harry encarou todos com atenção e narrou a história, desde a sua ida até a Casa dos Gritos, onde viu Nagini sufocando Snape até que ele começasse a perder o ar. Narrou sobre o engano de Voldemort ao matar Snape, pois acreditava que teria o poder da Varinha das Varinhas caso o matasse. Com a ajuda de Rony e Hermione, contaram rapidamente um pouco do que foram fazer fora do alcance de todos, sem detalhar o que realmente acontecera, principalmente com relação as Horcruxes, pois sabiam que nem todos deveriam saber dos detalhes. Logo, Harry narrou o seu motivo de perdão a Snape e contou o que vira na penseira de Dumbledore em seu escritório, comovendo a alguns.


- Então...Snape era apaixonado por sua mãe? – perguntou McGonagall perplexa.


- Quem diria que ele se apaixonaria um dia – comentou Gui Weasley sorrindo levemente.


- Isso é muito triste, quero dizer, imagine só, você se apaixonar por alguém e por culpa sua, ela perder a vida – comentou Hermione, onde todos concordaram com a cabeça.


- E por isso que ele resolveu se juntar a Dumbledore, nunca se perdoou por aquilo – continuou Harry – antes de morrer, ele pediu para que eu olhasse para ele.


- Porque você é parecido com o seu pai, mas...– sorriu Fliwtick.


- Mas tem os olhos de sua mãe – continuou McGonagall.


            Harry se sentou assim que chegou ao final de sua história e novamente, um silêncio se apoderou do ambiente. Passado alguns minutos, Carlinho Weasley pegou sua varinha de dentro de suas vestes, e com um movimento, conjurou algumas garrafas de cervejas amanteigadas, pegou a sua, destampou e com um movimento rápido se levantando ergueu sua garrafa e disse:


- A Severo Snape, o único homem que algum dia conseguiu enganar Você-sabe-quem.


            Todos se olharam, alguns ainda apreensivos, outros sorriram, mas todos imitaram o gesto e deram um longe gole na bebida.


- E a Fred Weasley – parecia que ninguém ouvia a voz de Jorge a anos, pois andava calado o tempo inteiro, mas todos o encararam com atenção – melhor irmão, companheiro e amigo que pude ter.


            Novamente, todos imitaram o gesto feito, com alguns abraços e ainda um pouco de lágrimas. Passado alguns minutos, assim que as garrafas já estavam vazias, algumas pessoas começaram a se levantar e a se despedirem.


- Voltamos a tarde – afirmaram alguns.


            O Ministro da Magia levantou-se também e após confirmar o horário do funeral, vestiu sua longa capa de viagem e rumou para os jardins da escola, sendo acompanhado por alguns bruxos da Ordem da Fênix, ficando ali no local somente os Weasley, os Professores, Harry, Hermione e Neville.


            Ninguém parecia capaz de proferir uma palavra naquele instante, o silêncio que estava se tornando rotineiro desde o dia anterior estava começando a incomodar Harry, logo, encarou seus amigos e apontou com a cabeça para a porta do Salão. Segundos depois, os três se levantaram e saíram juntos pelos corredores da escola.


- Quero ver o Hagrid – avisou Harry assim que chegaram aos jardins.


- Boa! – exclamou Rony sorrindo.


            Os três amigos desceram juntos até uma casinha já conhecida por eles, mas que nesse momento, estava diferente do que era de costume encontrar. As janelas estavam quebradas, não existia mais a porta de entrada, o teto estava escuro como se tivesse pegado fogo. Aproximaram-se do que deveria ser a porta e colocaram a cabeça para dentro do local. A lareira estava apagada, os móveis e objetos da casa estavam revirados. Temeram por alguns instantes pelo que pudesse ter acontecido com o meio gigante.


- É bom ver vocês bem – o trio se virou rapidamente sorrindo, encontrando Hagrid parado atrás deles com um enorme sorriso no rosto – vamos, estou lá atrás abrindo as...as...


- Tudo bem, nós entendemos – interrompeu Hermione – vamos ajudar!


            Com um aceno de cabeça, Harry, Rony, Hermione e Hagrid caminharam juntos para um pequeno local em Hogwarts próximo ao lago, que se encontrava o túmulo de Dumbledore. Era um dia frio com ventos congelantes, mas nenhum dos quatro pareciam se importar com isso naquele momento, queriam apenas ocupar suas mentes, fosse com o que fosse. Harry avistou de longe o túmulo de Dumbledore, não tinha visitado-o novamente desde o dia de seu enterro. Aproximou-se lentamente e pôde ver a parte em que Voldemort abriu uma fissura para que pudesse roubar a Varinha das Varinhas. Passou os dedos lentamente pelo nome do diretor estampado ali e pela primeira vez, sentiu saudades do olhar penetrando por cima dos oclinhos de meia lua.


- É, eu também sinto falta dele – respondeu Hagrid olhando por trás do menino – mas...vamos ao trabalho, temos muito o que fazer – respondeu rapidamente, enxugando os olhos e limpando a garganta.


            Harry, Rony e Hermione pegaram uma pá cada um e começaram a ajudar Hagrid. Não queriam usar magia para fazer aquele serviço, pois mesmo que fosse mais fácil, resolveram fazer da mesma forma que Harry fizera o enterro de Dobby, achavam que mereciam qualquer esforço físico deles.


 


 


             A tarde chegou e o vento misturado com o frio que vinha anunciando o início de um inverno congelante e molhado, deixava todos que estavam presentes naquele funeral abraçados junto ao corpo, buscando a maior fonte de calor que poderiam alcançar no momento. Amigos, parentes, familiares, alguns presentes em vida, outros com os olhos fechados para sempre, fosse o que fosse Harry jamais estivera em um funeral tão cheio como aquele. Foram atraídas pessoas de todos os cantos do mundo bruxo, formando um conglomerado em volta dos caixões que seriam enterrados logo em seguida. O Ministro da Magia proferia algumas palavras, mostrando a bravura de todos que lutaram em guerra e lamentando pela perda daqueles guerreiros, dizendo que não se temeram e nem se refugiaram em seus lares.


            Harry já não prestava mais atenção às palavras que eram ditas por ele, estava absorto em seus pensamentos de um novo mundo, um novo amanhã, em como tudo se reconstruiria. Fixou seus olhos a todo o momento daquele funeral em seus pés, brincando com a grama ora ou outra com a ponta dos sapatos, buscando não olhar para frente e ver alguns corpos ali, pois ainda tinha esperança de tudo não passar de um sonho ruim. Passou a mão levemente pela cicatriz, desde a noite anterior ela apenas formigava um pouco, sabia que era natural porque sempre acontecia isso depois de uma intensidade de dor constante por dias seguidos. A voz de Kingsley Shacklebolt, que antes soava como apenas um zumbido aos ouvidos de Harry, se tornou nítida e clara, levantou seu pescoço rapidamente e encarou os olhos do Ministro.


- E é claro, devemos tudo a esse jovem – ponderou o homem que estava a sua frente, apontando a ele – quer vir dar umas palavras Sr. Potter? – Harry não acreditava no que ouvia, seu conflito de interesses entre ficar sentado fingindo que ouvia a todo o discurso do Ministro e a vontade de dar alguma explicação a todos os presentes fez com que ele vacilasse por alguns instantes apenas buscando um olhar compreensivo. Levantou-se lentamente e se dirigiu para onde estava o Ministro, mas sem esperar, o homem ao seu lado começou a aplaudi-lo, sendo seguido por todos que estavam presentes. Uns se levantaram, outros continuaram sentados, mas todos naquele local aplaudiam ao rapaz.


- Olá, boa tarde – começou o rapaz em busca de cessar os últimos aplausos que restavam – não me vejo como um herói, não me vejo como alguém que tenha feito muito.


- Não seja modesto rapaz, sabemos o que fez! – bradou o Primeiro Ministro Húngaro com um sotaque inglês carregado. Várias pessoas concordaram com o homem em voz alta, outros apenas balançaram a cabeça.


- Não é modéstia minha, se fiz o que fiz, foi porque tive muita ajuda nisso tudo. Desde a volta de Voldemort – foi possível ver que muitos ainda prendiam a respiração ao ouvir esse nome, outros apenas se olharam, mas Harry fingiu não perceber e continuou seu discurso – se eu não tivesse tido toda ajuda necessária, provavelmente estaria morto e Voldemort ainda estaria vivo – nesse momento ele levou os olhos para as cadeiras em que se encontravam seus amigos Rony e Hermione e sorriu de leve a eles – obrigado, de verdade – foi a única coisa que conseguiu dizer neste momento, mas percebeu que eles entenderam seus sentimentos, já que Rony sorria e Hermione tinha seus olhos cheios de lágrimas.


- Onde esteve todo esse tempo Sr. Potter? – perguntou o Ministro da Magia a ele em voz alta, tendo novamente uma multidão concordando com ele – creio que todos queiram saber.


- Não posso dar muitas informações a todos – respondeu rapidamente encarando o homem – a única coisa que talvez eu deva satisfações a todos, é com relação ao corpo de Severo Snape neste local – ouviram-se vários burburinhos e todos o encaravam com atenção, como se ele fosse um programa de televisão inédito. Narrou a história de forma sucinta, mostrando apenas a bravura de Snape ao lutar ao lado de Dumbledore, mas ocultando sua história original, pois entendia que não seria agradável contar a todos sobre ele e sua mãe, por respeito, apenas informou – tenho provas necessárias para acreditar nisso Senhor Ministro – respondeu impaciente ao Ministro Húngaro que o interrompia novamente – que creio eu não precisar expor a todos, mas acho que um homem como esse, não deverá ser esquecido.


            Algumas pessoas protestaram pela falta de informações, outras ficaram pensativas, mas o burburinho ainda preenchia aquele local. Harry buscava mais uma vez um olhar amigo, um olhar que pudesse fazer com que ele se sentisse seguro. Encarou novamente Rony e Hermione, e nesse momento, sentiu-se sozinho novamente, viu que suas mãos estavam juntas. Claro que se sentia feliz por vê os dois amigos daquela forma, mas um misto de inveja com saudade preencheu seu peito. Procurou uma par de olhos castanhos que talvez estivesse encarando-o também, mas apenas encontrou o alto de uma raiz ruiva, pois a menina estava encarando o chão assim como estivera Harry antes de ser chamado para seu discurso.


            Não pensou em mais nada, nem se estavam olhando para ele naquele instante, pensou apenas que precisava falar com ela, não a via a tempos e não tiveram ainda oportunidade de se falarem nem por um segundo que fosse. Harry apenas saiu do local em que estava e foi em direção a Gina, cutucou seu braço levemente e falou próximo ao seu ouvido em voz baixa.


- Quer dar uma volta? – Gina apenas concordou com a cabeça, saindo dali com o amigo.


 


 


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Ei povo! Até que tenho atualizado rápido não? Preciso aproveitar minhas idéias no momento.


Bom, vamos lá, momento de agradecer:


 


Bárbara Aguiar:


Você é um doce flor! Obrigada pelo carinho, de verdade. Minha primeira leitora *-*


Espero que goste dos próximos capítulos.


 


Andrômeda Potter:


Que bom que gostou da fic.


A minha idéia é não perder a essência de HP sabe? Não curto muito ler fics que as pessoas mudam as personalidades dos personagens e ficam inventando muita coisa.


E é claro, vou amar ter idéias, se puder, me add no MSN! =D


[email protected] (quem mais quiser, a la vonte)


 


Letícia Franciele Borghi:


Nossa!! Sério que você acha isso? Juro que não tive palavras quando li seu comentário...hehe


Obrigada pelo carinho e espero que goste dos próximos capítulos! Se quiser dar um help também, fique a vontade! :D


 


Bom gente, é isso ai...espero que tenham gostado e qualquer coisa, podem add no msn


 


[email protected]


Vou amar receber dicas! ;)


 


Beijos, Kissy.

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Comentários (3)

  • Tati Krum

    Muito linda a fic! Parabéns!

    2011-05-18
  • barbara aguiar azevedo

    Kissy, mais um capiiitulo maravilhoso!!! =))Acho muiiito bacana vc ter incluido o Snapee da forma que fez, ele é muiiiito importante na história, não seria a mesma coisa sem ele!Harry sempre tiiimido, ele não é um fofo??? =))Ansiosa por mais!!!Beijo

    2011-05-18
  • Andrômeda Potter

    Oi Kissy como está? Concordo contigo, gosto das fics que são fiéis a personalidade dos nossos queridinhos porque assim me sinto mais "dentro" da história, não sei explicar muito bem... O capítulo foi muito bom, e postado rápido eiin? Adoooro hehe Só uma coisinha, queria saber mais de Rony e Mione no próximo, quem sabe algo sobre os pais dela afinal acho que essa foi a primeira coisa que ela pensou quando acabou a guerra. Depois da uma passadinha na minha fic, acho que você pode não gostar por ser NC18 mas quem sabe né? Já te add no msn ok? Se alguém com o nome estranho te add sou eu mesma kkk Abraços =D

    2011-05-17
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