O Conselho



   As fotos na parede formavam um desajeitado triângulo, Harry queria sempre olhar para elas e lembrar-se da razão pela qual estava vivo. Já fazia alguns bons minutos que ele as encarava sem parar procurando talvez, por detalhes que antes não tinha conseguido enxergar. Havia lembranças de datas especiais, como o casamento dele e de Gina, foto que ocupava o topo do triângulo, mais abaixo havia um retrato onde toda a família Weasley estava presente, era aniversário de Rony naquele dia, do outro lado do triângulo, Harry posava com Sirius, Neville e Luna, na base do triângulo, Dumbledore, seus pais e Rony, havia também uma foto da Armada de Dumbledore e da antiga Ordem, mas Harry fixou-se em um retrato em especial, neste ele se encontrava de pé e um pouco sério, quando de repente, Hermione pulou em suas costas e ele finalmente sorriu e os dois acenaram.


   Nos últimos dias, Harry passou mais tempo que o normal no Ministério, a sua necessidade em ocupar o dia era imensa, ele precisava esvaziar sua cabeça e então viu no trabalho, uma boa maneira de livrar-se dos pensamentos que tanto o atormentavam. Mas naquele momento, Harry viu-se sem saída, ele já tinha feito praticamente tudo, assinou vários requerimentos, visitou todos os Departamentos do Ministério para inspecionar e saber das novidades, participou de assembléias para ouvir o que a comunidade bruxa tinha a dizer ou reclamar, cedeu entrevistas, na mais desesperada tentativa de gastar tempo, mudou os móveis do seu gabinete de lugar. Harry deu com os braços na mesa e escorou sua cabeça neles, bufando. A verdade era que já fazia duas semanas desde que Hermione e Rony viajaram para lua de mel, e bom, Harry não estava acostumado há passar tanto tempo assim longe dela e também não queria admitir certo incomodo por causa disso, mas Harry no fundo sabia que as mentiras que contamos para nós mesmos, são as mais dolorosas. Na maior parte do tempo, ele se sentia mal por não estar tão feliz pelos dois amigos e isso já estava transformando em uma tortura. Harry ouviu a maçaneta da porta se mexer e imediatamente levantou o rosto, era Gina.


 


“Oi meu amor! Oh... mudou os móveis de lugar? Ficou ótimo” – ela disse, reparando em todo o gabinete e andando por todo o lugar.


 


“A que devo a honra da sua visita nesse horário?” – Harry parecia intrigado.


 


“Uma esposa não pode simplesmente resolver visitar o marido no trabalho? Não há intenções.” – Gina sentou-se na cadeira em frente à mesa de Harry.


 


“Nesse caso.”


 


“Na verdade...”


 


“HÁ. Eu sabia!” – Harry a interrompeu, batendo de leve uma das mãos na mesa.


“Ok, fui pega. Agora podemos conversar?”


 


“Claro!”


 


“Eu preciso que você renove a minha permissão da biblioteca.”


 


Harry fez uma cara feia.


 


“De novo? Quando você vai terminar esse livro? Você sabe que eu não gosto daquele lugar.”


 


“Mas o que eu posso fazer? Se eu pudesse sair de lá com os livros, tudo bem. Eu faria minha pesquisa em casa, mas não tem outro jeito e você tem que me ajudar. O livro está quase terminado, você sabe o quanto me dediquei e o quanto eu estou sendo cobrada para que ele fique pronto o mais rápido possível, eu não posso atrasar tudo agora.”


 


“Aquele lugar é perigoso.” – ele tentou argumentar.


 


“Perigoso? Como? Ele está todo protegido!”


 


   A biblioteca de que falavam, localizava-se no antigo vilarejo de St Blues, que há anos estava completamente abandonado devido aos ataques cometidos pelos comensais da morte, na época de Voldemort. O vilarejo foi um dos lugares mais destruídos, centenas de pessoas morreram e os que conseguiram sobreviver fugiram, desde então o lugar tornou-se deserto e ninguém tinha coragem de reviver aquele lugar cheio de memórias tão violentas e tristes. St Blues era conhecido por abrigar uma das mais velhas e importantes bibliotecas de todos os tempos, a biblioteca de Marie Louis - uma poderosa bruxa e fundadora do vilarejo - que continha um arsenal de livros raríssimos, mapas, entre outras coisas. Porém, era impossível retirar qualquer livro que pertencesse a ela, pois a biblioteca fora magicamente protegida por Marie. Então o Ministério lançou um feitiço de proteção que só liberava a entrada daqueles que o próprio Ministro permitisse. Harry ainda não estava totalmente convencido, ele odiava aquele lugar, o achava extremamente assustador, mas a última coisa que ele queria naquele momento era começar uma briga, o que teria acontecido rapidamente se a sua resposta tivesse sido negativa.


 


 “Eu vou liberar mais tempo pra você. Mas não demore muito com esse livro, ok?”


 


Gina pulou da cadeira de felicidade e foi direto em direção a Harry, dando-lhe um abraço e vários beijos de agradecimento. “Você é o melhor marido!” – ela disse, e antes que Harry pudesse responder, Gina se levantou e parou em frente à porta.


 


“Se por acaso você não me encontrar em casa, não se preocupe, eu vou visitar minha mãe. Ela tá pirando!”


 


“O que aconteceu?” – ele disse com um tom de preocupação.


 


“Você não sabe? Meu irmão e a Hermione chegaram ontem à noite da lua de mel, parece que eles brigaram daquele jeito deles, eu não entendi muito bem. Mamãe vai me contar tudo!”


 


Harry estava controlando mentalmente sua reação externa, não queria que Gina percebesse certa excitação pela notícia.


 


“E-eu não sabia. Em plena lua de mel?”


 


“Eu fiquei surpresa também. Se eles tivessem passando o tempo com coisas que não envolvessem a fala, talvez isso tivesse sido evitado.”


 


Ele tentou apagar rapidamente de sua mente a imagem de Rony e Hermione ocupando o tempo com coisas que não envolvessem a fala, por sorte Gina continuou “Você deveria ir visitá-lo, ele é seu melhor amigo!”


 


“Claro, claro. Você tem razão, eu já adiantei muitos afazeres por aqui, e-eu estou indo para lá agora mesmo.”


 


“Vejo você mais tarde. Alguém vai ganhar um presente hoje por ter renovado minha entrada” – ela deu uma piscadela para Harry e saiu. Foi só esperar a porta se fechar que Harry respirou fundo, ele sentiu uma vontade imensa de sorrir, “Não, não, isso é ruim Harry, fique triste.” conversava consigo mesmo. Depois de alguns minutos recitando um monólogo sobre culpa e felicidade, ele partiu do Ministério.


 


-


 


Fazia algum tempo desde que Harry estava parado em frente à casa de Ron e Hermione, algumas batidas na porta e nenhum sinal de qualquer um dos dois. Ele não se importaria de ficar ali até alguém atendê-lo se não fosse pelo frio, que naquela altura já o fazia bater queixo. Foi só Harry decidir ir embora e virar-se para descer as escadas, que ele ouviu um barulho na porta. Ele se deparou com Ron, e a feição do amigo era de quem tinha dormido e esquecido de acordar.


 


“Ah... é você!” – disse Ron, se afastando da porta para que Harry entrasse.


 


“É bom ver você também!” – Harry pensou em abraçá-lo, mas estava com tanto frio que tratou de ir entrando na casa rapidamente.


 


“Você entendeu errado! Eu estou aliviado. Pensei que era minha mãe pela décima vez, por isso demorei um pouco. Desculpe!”


 


Ron foi andando em direção a cozinha enquanto falava. Harry ia logo atrás ouvindo o amigo e pelo cheiro vindo da cozinha, percebeu que Ron estava preparando um chá.


 


“Desde quando você faz chá?” – perguntou Harry.


 


“Desde que eu resolvi me casar com uma mulher louca.” – Ron segurou o bule com uma pequena toalha e serviu o chá em uma xícara consideravelmente grande. “Aceita?” – disse, arrastando uma xícara para Harry que recusou.


“O que aconteceu?” – Harry estava curioso para saber o motivo da briga, mas não sabia se estava preparado para dar conselhos amorosos naquela situação.


“Bem, o de sempre. Ela fica brava e orgulhosa, então resolve me ignorar até achar que eu já paguei pelos meus pecados.”


“Que foram...?” – Harry estava intrigado.


“Você sabe Harry. Eu não tenho culpa se as pessoas me reconhecem e querem autógrafos e ficam me encarando, eu não posso fugir disso, faz parte do meu trabalho e ela tem que aceitar.”


“Mas era a sua lua de mel, Ron!” – Harry argumentou.


“Eu sei! Eu sei...” – naquele momento Ron não conseguia pensar em nenhuma resposta plausível. “Você acha que consegue falar com ela? Ela te ouve.” – ele disse com uma expressão triste.


“Eu posso tentar. Ela está na...?” – Harry olhou para escadas e apontou para cima e o amigo confirmou com a cabeça.


“Eu acho que tem algum banheiro secreto naquela biblioteca, eu juro. Ela não sai de lá.”


Harry sorriu e esticando sua mão sobre a mesa, segurou a xícara que antes havia recusado. “Eu acho que vou tomar um pouco.”


Rony o serviu e segurando a xícara com as duas mãos, Harry foi subindo as escadas silenciosamente. Por mais que ele estivesse morrendo por dentro para assumir que estava com saudades dela, Harry sabia que esse não era o motivo pelo qual estava ali, naquele momento, ele deveria ser um bom amigo e tentar ajudar. Harry deu algumas batidas fracas na porta e ouviu Hermione gritar.


“Ron, eu já disse! EU NÃO QUERO CONVERSAR!


“Não é ele.” – ele disse um pouco sem graça.


Hermione abriu a porta e Harry pode ver que ela estava envergonha com a situação.


“Hey, é você! Desculpe pelo grito, entre.” – ela se afastou da porta e sentou-se em uma poltrona. Havia dezenas de livros jogados pelo chão, Harry colocou a xícara ao lado de um dos livros na escrivaninha que ficava ao lado a poltrona.


“Eu trouxe pra você.” – disse ele sentando-se no chão em frente à Hermione.


“Obrigada!” – ela deu um rápido gole de chá.


“Você quer conversar?”


“Não há muita coisa pra comentar, tirando o fato de que eu fui trocada pela fama em plena lua de mel.”


Harry olhou para baixo, ele estava pensando em alguma coisa para dizer a ela. Ele sabia que agora mais do que nunca Hermione precisava de alguém que a escutasse e que a entendesse, mas ela continuou.


“Oh Harry, nos primeiros dias... tudo estava tão perfeito! Nós dois, a praia... mas depois... tudo se tornou uma sucessão de acontecimentos que me deixaram furiosa! Ele não conseguia ignorar as pessoas e quando eu parei pra pensar, percebi que estava em segundo plano e como se isso não bastasse... ele começou a reclamar do calor, da areia, de tudo.”


“Para ser honesto, eu não sei o que dizer Hermione!”


“Ahhh... ele não te disse o pior de tudo, não é?” – Hermione cerrou o olhar.


“Existe alguma coisa pior do que isso?” – ele franziu a testa, incrédulo.


“Ele foi convocado, Harry. Eu não sei quanto tempo ele vai ficar fora, mas ele foi convocado para treinar. Ele parte amanhã. Eu não vim embora porque quis.”


Naquele momento, Harry se sentiu péssimo por ela, desejou ter um discurso bonito pronto que pudesse ajudá-la, mas decidiu ficar em silêncio por alguns minutos. Como Ron pôde ter feito isso? Ele não conseguia achar uma resposta, sentiu certa indignação porque aquela mulher, sentada em frente a ele, era a representação de tudo que Harry queria, mas tinha medo de admitir. Ele se inclinou e esticando seu braço, segurou forte a mão de Hermione.


“Eu sinto muito!” – foram as únicas palavras que Harry conseguiu dizer.


“Ele mandou você vir aqui falar comigo, não foi?”


“Na verdade, eu quis vir aqui. Eu estava com saudade.”


Hermione esboçou um sorriso.


“Eu também. Eu ia comprar um presente pra você, sabia? Mas...” – ela preferiu não terminar a frase.


“Tá tudo bem, eu acho que posso sobreviver com o fato de você ter ido a algum lugar e não ter trago presentes pra mim.” – ele brincou, tentando fingir um ar de indiferente. “Mas me conte, como é o Hawaii?”


“Oh Harry, é lindo! Você iria ter adorado. O clima é muito diferente do daqui, óbvio. Você pode ver o sol fazendo sua pele brilhar e o mar... é tão maravilhoso, a comida local é um pouco estranha no começo, mas muito saborosa. E as pessoas são muito agradáveis, conhecemos alguns bruxos por lá...”


Hermione pareceu se esquecer do motivo pelo qual ela estava arrasada durante os últimos dias, ela narrou detalhadamente e com bastante excitação sobre as coisas boas que haviam acontecido e o que tinha aprendido sobre a cultura local. Harry ficou mais do que feliz por vê-la sorrindo e fazendo piadas. Existia algo em estar na presença dela, que fazia Harry sentir-se em casa, seguro, feliz e então, permaneceram ali por um longo tempo. Rony, que estava sentado no sofá da sala, ouvia as risadas vindas da biblioteca e começou a pensar no fato de que ninguém mais, a não ser Harry, conseguia acalmar Hermione em poucos minutos.


-


O céu já estava escuro quando Harry se despediu dos amigos, mas ele só decidiu ir embora quando teve a certeza de que Hermione ficaria bem. Ele desejou boa viagem para Ron, que prometeu ir à casa de Harry no mais tardar para se despedir de Gina. Ao sair da casa, Harry se lembrou que Gina havia lhe prometido um presente, mas ele sabia muito bem que presente ia receber e não estava muito no clima, aliás, ele recusava mentalmente a idéia de chegar em casa e ter que satisfazê-la. Então, decidiu visitar seu padrinho, pois, o que ele realmente precisava depois daquele dia, era poder conversar com alguém em que ele confiasse plenamente.


Harry foi recebido como sempre com muita alegria por Sirius, que foi logo tratando de saber como ele estava indo no Ministério. Sirius andava bastante ocupado ultimamente no Quartel General dos Aurores, a última vez em que tiveram a oportunidade de conversar direito foi no casamento de Ron e Hermione.


“Eu estava na casa deles, eu queria ajudar.” – disse Harry, depois de ter contado ao padrinho o que havia acontecido com os dois.


“Eu faria a mesma coisa por um amigo.” – Sirius estendeu a braço em direção ao sofá para que Harry sentasse.


“E... como vai o Departamento dos Aurores?” – Harry perguntou, se acomodando no sofá.


“Cheio de Aurores...” – Sirius levantou as sobrancelhas.


“Muito engraçado!”


“Harry, eu estava me perguntando...” - Sirius uniu suas mãos. “... quando você vai me contar o verdadeiro motivo da sua visita.”


Harry engoliu seco. Ele sabia que não podia se esconder de Sirius. Seu padrinho e Hermione eram os únicos que sacavam imediatamente quando alguma coisa estava errada com ele. Harry respirou fundo numa tentativa de criar coragem.


“É sobre...”


“Hermione?” – Sirius terminou a sentença por ele.


“É tão óbvio assim?” – perguntou Harry, perplexo.


“Para mim sempre foi. Eu vi vocês dois no casamento dela... sempre achei que depois que você se aventurasse com todas as garotas, você ficaria com ela, você sabe... quando a sua cegueira juvenil passasse. Quando você ficou com a Gina e se casou com ela, eu presumi que estava errado. Mas agora...”


Harry estava visivelmente inquieto, tentando organizar suas idéias para que então pudesse falar alguma coisa para Sirius.


“Sabe, essa cicatriz...” – Harry levou sua mão até a cicatriz na sua testa, “toda vez que Voldemort estava perto, ou quando eu sonhava com ele, ou pensava nele, ela doía. E... quando ele morreu, foi como se o mundo tivesse saído das minhas costas e de repente, a dor parou. Mas agora padrinho, agora eu sinto que existe essa cicatriz invisível... bem aqui...” – ele deslizou sua mão até o peito, “... e ela queima, dilacera, dói, toda vez que ela chega perto de mim.”


Harry bufou de agonia, esfregando suas mãos no rosto e então continuou.


“Teve uma vez, há muito anos atrás... eu estava sozinho com ela na tenda, nós estávamos procurando pelas horcruxes e Rony nos abandonou... mas ela ficou comigo, e teve esse momento, que eu finalmente percebi que era ela, mas eu estava com muito medo. Eu sabia que ela estava apaixonada por ele, e também... eu pensei que era alguma coisa passageira e no passar dos anos eu escondi isso, mas no casamento deles e-eu, tudo voltou, eu não consegui. E agora eu passo a maior parte do meu tempo me sentindo miserável por isso e por tudo que esse sentimento representa, você sabe Sirius, não é simples.”


“É oficial, você está ferrado!” – Sirius disse preocupado.


“Então é isso? Eu venho aqui e me esforço pra te contar a verdade, e isso é o que o meu padrinho tem pra me dizer?” – Harry estava indignado.


“Como você mesmo disse, não é simples!”


“Você pode tentar me confortar.”


“Harry, o melhor conselho que eu posso te dar é: olhe nos olhos dela!” – agora Sirius estava sério – “... e, se ao olhar nos olhos dela você ver que ela realmente ama o Rony, que ela é completamente feliz por isso, não diga nada. Essa revelação só vai acabar trazendo dor para você e para ela por não corresponder esse sentimento do modo que você quer. Siga com a sua vida, tente consertar as coisas com Gina e se mesmo assim você continuar sendo infeliz... separe-se, tente achar uma pessoa que te faça sentir vivo. Mas... se você olhar nos olhos dela e sentir... que ela tem dúvidas, que ela pode estar sentindo o mesmo por você... diga Harry! Porque se isso for verdade, ela provavelmente passou a vida inteira esperando pelo o dia em que você finalmente... acordasse! E Harry, não se esqueça... todo mundo sofre. Não tenha medo das conseqüências, viver de um arrependimento pode te destruir”  


Aquelas palavras entraram na mente de Harry de tal forma que ele ficou paralisado, seu olhar estava distante, e então, sentiu uma vontade imensa de xingar, de bater na própria cara. Como ele pode ser tão estúpido? Durante todo esse tempo? Ele não conseguia acreditar em tudo que estava acontecendo, e não conseguiu imaginar nada pior do que isso: sua esposa, seu melhor amigo, sua melhor amiga - por quem ele estava perdidamente apaixonado - e o pior: melhor amiga que era esposa do melhor amigo. Harry levantou o olhar e disse.


“Bem... você estava com a razão. Eu ESTOU ferrado!”

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Comentários (1)

  • Gláuce Volpi Gauccy

    Parabéns estou adorando, muito legal a fanfic. O Harry demorou para descobrir o que ele sente pela Mione. Precisou de alguém dar um empurram para ele enxergar o que estava bem na sua frente. Ou melhor precisou ela casar com outro para ele começar a sentir que era algo diferente. E parece que o sentimento é recíproco (eu torço pra isso). Estou curiosa para saber qual vai ser a reação da Mione. Do Rony  e da Gina caso a Mione sentir o mesmo pelo Harry (é Harry, você esta ferrado). E de como o Harry vai contar isso para a Mione. Parabéns novamente. Beijos.

    2011-04-08
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