A Última Dança



O relógio já marcava 15 horas quando Harry desceu as escadas num passo tão rápido que ele quase pisou em falso e caiu. Carregava em suas mãos um longo embrulho, era o vestido de Gina, ele parou e respirou aliviado, se acontecesse algo com o vestido provavelmente o resto do seu dia seria lamentável. Ele deu mais alguns passos e parou no meio da sala, que estava totalmente bagunçada devido à persistência de Gina em deixar suas coisas em qualquer lugar. Harry começou a listar mentalmente tudo o que Gina tinha pedido, mexendo os lábios e contando com os dedos.


“Acho que é isso!” – disse baixo pra si mesmo.


Correu para fora da casa e num instante aparatou em frente a Toca. De fora da casa já se podia ouvir as dezenas de vozes, Harry apertou o passo e entrou na casa dando de cara com a Sra. Weasley que ao vê-lo saiu o puxando pelo braço enquanto falava.


“Mas que demora, Harry! Gina já estava histérica, depressa, ela está te esperando no quarto!” – ela foi o levando até o quarto, sem controle da força com a qual estava apertando o braço de Harry.


“Na verdade, eu tive dificuldades pra achar o vestido e os sapatos, eles não estavam bem no lugar em que Gina me disse. E Molly, eu já sei o caminho.” – disse ele se soltando das garras dela da forma mais educada que pôde, deu um sorriso amarelo e viu Molly descer as escadas novamente, gritando pelo Sr. Weasley. Harry balançou a cabeça, sabia que no fundo ela estava daquele jeito por causa da ansiedade, mesmo assim, naquele dia em particular, Harry acordou incomodado com todos à sua volta, qualquer palavra ou gesto já era um grande motivo para tirá-lo do sério, ficou tentando imaginar coisas boas enquanto terminava de subir as escadas, se ele continuasse com aquele mau humor, certamente alguém ia acabar percebendo. Harry entrou no quarto e Gina, que estava sentada na cama de pernas cruzadas e com uma expressão totalmente impaciente, levantou num pulo só, levando suas mãos até suas cinturas.


“Mas que demora!”


Harry ouviu aquilo e se perguntou se estava na presença de uma versão mais jovem da Sra. Weasley.


“Que engraçado, acabei de ouvir isso da sua mãe.” – Harry entregou o embrulho nas mãos de Gina e foi sentar-se na poltrona que ficava perto da cama. “Se você fosse mais organizada o vestido estaria onde você me disse e eu não teria demorado tanto”, ele continuou. Mas sua raiva logo foi passando ao vê-la se despindo para colocar o vestido. Era certo que Harry se irritava todos os dias com Gina, mais particularmente pela sua desordem nos últimos meses e pelas suas visitas freqüentas há uma biblioteca parcialmente destruída e suja, segundo Harry, que ficava totalmente isolada do resto da civilização, mas isso ele até ponderava, Gina estava realmente penetrada na pesquisa para o seu novo livro, mas ela o conhecia o bastante para saber que qualquer truque que envolvesse a arte da sedução faria efeito em Harry e ele logo calaria a boca. Gina fazia questão de contorcer todo o seu corpo enquanto colocava o vestido vermelho, era justo e deixava o seu corpo totalmente modelado, destacando toda a sua forma feminina e que tinha um belo decote nas costas. Ela se virou para Harry e abriu um sorriso enquanto passava suas mãos pelas laterais do seu corpo, exibindo-se para ele.


“E então?” – ela se aproximou dele e lentamente sentou-se no colo de Harry. “Você aprova?”


“Você provavelmente será a mulher mais bonita da festa.”


“Provavelmente?” – disse ela indignada, fazendo Harry soltar uma gargalhada e antes que ele pudesse parar de sorrir, ela se inclinou e o beijou com tanta paixão que Harry até se descompôs na poltrona. “E esse é o único beijo da noite, eu não quero que você borre minha maquiagem. Mas depois quando chegarmos em casa...” – ela encostou seus lábios no ouvido de Harry – “...nós podemos continuar.”


Harry viu Gina sair do seu colo de uma vez e ir calçar os sapatos, ele já estava acostumado com o jeito dela de provocar e depois sair. A verdade é que já havia se passado dois anos desde o seu casamento com Gina e ela ainda não tinha perdido a vontade de atormentar Harry todas as noites, não que ele tivesse alguma reclamação sobre isso, mas ultimamente sua cabeça estava em um lugar que nem ele mesmo sabia que lugar exatamente era esse. Ele já tinha até se perguntado se seria possível estar sofrendo de alguma menopausa masculina precoce ou se o passar dos meses o estavam deixando mais velho e ranzinza, ás vezes ele ficava mal por se sentir dessa forma, afinal, tudo estava bem, tanto no trabalho quanto na sua vida amorosa, mas mesmo assim parecia que sempre havia algo errado, algo pra reclamar.


“Se levante, quero arrumar a sua gravata, vem!”


Harry se levantou da poltrona e caminhou até ela e ficou ali parado, enquanto Gina arrumava a sua gravata. Ela terminou e passou a mão pelo terno de Harry, esticando-o, deslizou mais um pouco as mãos e agarrou as mãos de Harry. “Pronto, vamos!”


Quando Harry e Gina chegaram à sala, todos estavam demasiadamente agitados, indo de um lado para o outro e na maioria das vezes, gritando um com o outro. Todos estavam bem arrumados, vestidos a rigor e devidamente perfumados. Fleur transitava pela sala como uma pluma que dança pelo ar, usava um vestido que segundo Harry tinha uma cor estranha, era um rosa meio fosco e envelhecido e era a única que falava calmamente com todos. Gina, que já estava cansada de esperar todos ficarem prontos, chamou a atenção de sua mãe e avisou que estava indo na frente com Harry, a Sra. Weasley concordou e assim Gina e Harry caminharam para fora da casa e deram as mãos, e assim, desaparataram.


A vista do salão era esplêndida, havia dezenas de janelas de mármores imensas por volta de todo o salão, estava decoradas com rosas brancas, tulipas e astromélias que faziam ele se encher de cor e vida. Luzes de tom champagne claro pairavam no ar, e com certeza havia incensos, pois o salão estava extremamente perfumado, mas Harry não conseguia dizer ao certo que aroma era aquele. Vários convidados já estavam presentes, dançando, comendo, conversando. Convidados que, quando viram Harry chegar acompanhado de Gina, o encaravam, alguns acenavam de longe com a cabeça, outros sorriam, até hoje era difícil Harry chegar a algum lugar e as pessoas não o notarem, isso o incomodava um pouco, que não sabia como lidar com as pessoas, entretanto Gina era uma mestra naquela arte e adorava a admiração e o prestígio, então na maioria das vezes, ela sempre falava por Harry. Ele conseguiu detectar alguns rostos conhecidos, como o de Amos Diggory, Prof.ª McGonagall, que havia tirado uns dias de férias especialmente para essa data, Profº Slughorn, Neville, Lilá Brown, esta que fez Harry soltar um sorriso baixo, algumas pessoas do Ministério e muitos outros estudantes de Hogwarts da sua época, mas ao ver  um rosto especialmente amigo, Harry abriu os braços.


“Hagrid!” – ele se aproximou e abraçou o amigo que há meses não o via. Hagrid retribuiu o abraço de uma maneira mais forte que Harry, que praticamente tinha sumido entre os braços de Hagrid. Gina tocou o braço de Hagrid, alertando-o.


“Oh, me desculpe Harry! Você sabe, eu ainda não peguei o jeito.”


Harry sacudiu a cabeça e sorriu, se recompondo ao lado de Gina.


“E você fica mais bonita a cada dia que passa, Gina.” – disse Hagrid, direcionando um olhar contemplativo à ela.


“Eu tenho que concordar! Uma das minhas missões como um bom marido é aumentar o ego da minha esposa.” – Harry e Hagrid caíram na risada.


“Você fala isso como se fosse uma obrigação, eu acho que todos os homens deveriam ser assim. Eu tenho certeza que o Hagrid sempre elogia Madame Maxime” – disse ela, desviando o olhar para Madame Maxime, que estava sentada na mesa de Hagrid na companhia de mais alguns convidados.


“Eu não acredito, Hagrid! Você ainda está enrolando a coitada?” – Harry franziu a testa e tentou fingir uma cara de preocupado.


“É complicado, Harry! Sempre que eu tento ficar em...”


Mas antes que Hagrid pudesse terminar a frase, eles ouviram uma voz bastante familiar.


“HARRY!” – gritou Ron.


A felicidade de Ron estava estampada em seu rosto, sua alegria com os convidados e com aquela data em especial, irradiava por todo o lugar. Ron estava usando um terno de um tom pastel escuro e gravata preta, ao contrário de várias ocasiões em que Rony estava sempre mal vestido e usando roupas velhas, ele estava muito charmoso e encantador. Ron cumprimentou Harry com um abraço apertado e ao se virar para Gina, deu um passo para trás com uma expressão de surpresa em seu rosto.


“O que é isso? Harry, você a deixou sair com esse vestido?”


“Sua irmã pode ser bastante persuasiva.”


“Ah Harry, eu prefiro não imaginar!” Rony fez uma cara de nojo só de pensar no modo em que Gina “persuadia” seu melhor amigo. “Mas eu estou brincando, você está linda! É uma coisa de gene, todos nessa família são lindos.”


“Os anos passam e vocês não mudam.” – Hagrid bateu nas costas de Ron. “Se vocês me derem licença, eu vou me sentar com a minha... er... vocês sabem.”


Gina, Ron e Harry abriram um sorriso e Harry acrescentou: “Vai lá, tigrão!”


“Então, como tem passado meu Ministro?” – disse Rony


“Você sabe que eu odeio que me chamem assim!” – Harry fez uma cara de poucos amigos.


“Mas você é, meu caro. Você tem que se acostumar com seu título, as pessoas confiam em você Harry! Depois de tudo que você fez, eu não vejo alguém melhor pra ocupar esse cargo.”


É verdade que Harry trabalhou algum tempo como Auror no Ministério, mas a pressão para ele se tornar o novo Ministro só aumentava com o passar dos meses, e a comunidade bruxa precisava recompor a sua confiança no Ministério. Harry relutou durante dias até finalmente aceitar, não era o que ele realmente queria, mas ele assumiu o cargo com a meta de estabelecer a harmonia entre a comunidade bruxa e feito isso, passaria o cargo para alguém de sua confiança, mas todas as vezes que Harry tentava falar sobre isso com alguém ele era cortado no meio do assunto, intencionalmente. Harry dificilmente ficava em seu gabinete, ele adorava ficar perambulando pelo Ministério, verificando o progresso em vários Departamentos, mas existia um entre todos que Harry adorava passar horas e horas. O Departamento de Execução das Leis da Magia, que era comandado pela sua melhor amiga, Hermione. Ele ficava um bom tempo na sala de Hermione, conversando, rindo e discutindo sobre assuntos pertinentes ao Ministério. Em algumas ocasiões, Hermione tinha que expulsar Harry da sua sala para que ela pudesse se concentrar em seus afazeres, não que ela reclamasse das constantes visitas de Harry, pelo contrário, Hermione adorava e já estava acostumada com a presença de Harry por ali e sabia entender a necessidade do amigo de ficar na presença de alguém em que ele pudesse se sentir confortável.


“Sirius não vem?” – perguntou Rony preocupado.                             


“Ele ficou preso no Ministério, parece que um trouxa viu um bruxo descer pela cabine telefônica e ficou meio louco. Eles estão tentando coletar todas as informações que o tal trouxa sabe e depois irão apagar a memória dele. Mas ele não deve demorar, ele prometeu que viria.”


Gina viu de longe sua mãe chegar apressada, correndo em direção a eles.


“Rápido, rápido! Ela já está lá fora, se sentem, vamos começar.” – disse ela apressando todos, principalmente Ron, o qual ela foi puxando pela mão.


Harry e Gina foram caminhando até chegar a seus lugares, ficaram parados em pé um pouco atrás de Ron e observaram todos os convidados irem ocupando os bancos rapidamente. Ron não parava de se mexer, dava um passo pra frente e pra trás em cada cinco segundos e se virou para dar um olhar reprovador à Gina quando ela sussurrou para ele “Ela não vai fugir.” Harry sorriu do comentário de Gina, porém ele estava apreensivo, mas tentou ficar calmo. Aquela altura, todos já estavam acomodados, tudo estava pronto. De repente, as pequenas bolinhas flutuantes que iluminavam o salão diminuíram a intensidade da luz e mudaram um pouco de cor, soltando finas faíscas cintilantes alaranjadas, agora o salão parecia ter sido invadido por um pôr do sol, deixando os convidados maravilhados. Na entrada do grande salão, ela surgiu. E foi como se uma veela tivesse adentrado aquele lugar, porque naquele instante todas as pessoas presentes ficaram hipnotizadas. Hermione estava deslumbrante, usava um vestido champagne, que se movia com a mais delicada leveza na medida em que ela caminhava em direção a Ron, o vestido, que marcava seu busto e cintura, era feito com renda bordada que ia até os ombros, a saia era toda de cascata e com uma cauda espumante. Seu cabelo estava elevado na frente, como uma espécie de moicano meio despenteado, que acompanhava uma trança envolta de uma fina fita, jogada por cima de um dos seus ombros. Todos suspiravam e sorriam ao vê-la passar, Ron que antes não parava um segundo de ansiedade, agora estava paralisado, apenas admirando a beleza daquela que dentro de alguns minutos iria se tornar a sua esposa. E entre todas as pessoas presentes naquele casamento, ali estava Harry ao lado de Gina, mas ele não conseguia pensar em outra coisa a não ser o quanto Hermione estava perfeita, seu mau humor e a sua impaciência naquele dia pareceu nunca terem existido, ele sorriu discretamente e por um momento, mergulhou em um mundo paralelo onde Hermione estava caminhando em direção a ele, onde ele era o noivo. Mas a realidade veio à tona quando Hermione terminou seu trajeto e parou em frente a Ron, que a recebeu com um beijo singelo em sua testa. Era mais do que visível a felicidade dos dois, eles não paravam de sorrir um segundo sequer, e Harry começou a se sentir mal por não sentir aquela felicidade e na medida em que a cerimônia passava, uma onda de calor o invadiu subitamente, seu coração começou a bater mais forte e ele já não conseguia prestar muita atenção no que as pessoas diziam. Harry tentou se distrair olhando para Luna, que estava ao lado de Neville, e parecia estar muito entretida analisando as luzes que flutuavam sobre as cabeças dos convidados, porém a tentativa fracassou. Minutos mais tarde, ele viu Sirius entrando no salão de fininho e se acomodando em uma das últimas cadeiras. Harry suspirou alto sem perceber, na esperança de encontrar ar o suficiente para continuar agüentando aquela cerimônia. Gina percebeu e perguntou se tudo estava bem.


“Sim, eu estou legal!” – ele sussurrou para ela. “Eu só estou sentindo calor.”


Mas Gina não ouviu a última parte.


Depois da cerimônia, os convidados se deliciaram com um jantar espetacular, alguns deles preferiram apenas as bebidas o que levaram a acontecer alguns pequenos acidentes na festa, como o tropeço de Hagrid que quase o fez cair em cima da mesa lotada de doces. Outros aproveitavam a festa para dançar. Harry, que já tinha conversado ou pelo menos trocado um “oi” com quase todos da festa, viu-se finalmente sozinho, ele deu uma olhada pelo salão à procura de Gina e logo a encontrou em uma das mesas na companhia de Luna, Dino, Fred, Neville, Padma entre outros, e aproveitou a chance para espairecer, o seu incomodo ainda não tinha passado, muito menos o calor. Harry tirou o terno e afrouxou um pouco a gravata assim que saiu do salão, ele caminhou mais alguns bons passos, pois não queria ficar perto da entrada, a música dali estava baixa e melancólica e as vozes eram apenas um murmúrio. O sol já havia se posto, agora era a lua que enfeitava o céu e refletia no lago há uns 300 metros de onde Harry estava. Naquele momento tudo o que ele mais queria era silêncio, principalmente o silêncio em sua mente, enfim alguma tranqüilidade, ele respirou aliviado.


“Se escondendo?”


Aquela voz o atingiu com uma fisgada no peito. Harry colocou as mãos no bolso e se virou para Hermione.


“Não exatamente.” – ele tentou forçar um sorriso. “Esse lugar é realmente lindo, seria um desperdício se eu fosse embora sem apreciar.”


Hermione contemplou por uns segundo a paisagem e somente assentiu com a cabeça, em seguida, deu alguns passos até parar ao lado de Harry.


“Você está bem? Gina me disse que você ficou meio...”


“Não se preocupe, eu estou bem agora, eu só... estava com um pouco de calor” – disse ele a interrompendo.


“Então... você vai me contar o que estava pensando antes da minha aparição?” – Hermione estava com um tom de brincadeira.


“Bem... eu acho que estava pensando em como as coisas mudaram, você sabe, durante todo esse tempo.”


“Sim, elas mudaram, mas para o lado positivo.”


“Eu sei que provavelmente você deve ter escutado isso umas 100 vezes hoje, mas você está deslumbrante.”


Harry viu o rosto de Hermione corar. Ela abaixou o rosto sorrindo e depois o fitou.


“Eu acho que ouvi alguma coisa parecida com isso.” – ela disse sarcasticamente. “Mas são poucas as pessoas com quem eu me importo com a opinião.”


“Bom saber que eu sou uma dessas pessoas!”


Hermione sentiu uma tensão no rosto de Harry, ela sabia que havia alguma coisa de errado com ele, mas não quis perguntar demais para não o deixar irritado. Então, ela mudou de assunto.


 “Mas não foi por isso que eu vim atrás de você” – Hermione esticou sua mão para Harry. “Eu gostaria de dançar com o meu padrinho de casamento e mais do que isso, meu melhor amigo.”


“Você arquitetou isso a noite toda, ahn?” – ele segurou a mão dela e a puxou devagar para mais perto dele. Começaram a dar passos lentos de um lado pro outro, mas sem sair do lugar.


“É claro! E você melhorou... na dança. Na última vez que você dançou comigo, você lembra? Na tenda? Vamos dizer que como um dançarino, você é um ótimo Ministro.”


“Ótimo! Caçoe de mim por tentar levantar seu astral. E só para constar, eu melhorei porque Gina insistiu que eu dançasse direito no nosso casamento.”


“Bem... eu tenho que admitir, eu prefiro daquele jeito.”


“Faz tanto tempo...” – Harry disse, introspectivo.


Hermione olhou no fundo dos olhos dele por um instante.


“Agora que nós falamos disso, parece que foi ontem.” – ela deitou a cabeça sobre o ombro de Harry e eles não precisaram trocar mais uma palavra sequer. Apenas ficaram ali, dançando lentamente, ouvindo a música vinda de longe. O único medo que Harry sentia naquele momento, era o de Hermione ouvir o coração dele, que na aquela altura batia tão forte que Harry conseguia sentir a sua pele pulsando. Da janela do salão, Sirius os observava e entre um gole e outro do copo de vinho que segurava, ele sorria  de um jeito diferente ao presenciar aquela cena.

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