Cap. 2



Eu sei que demoro um pouco. Mais que eu planejava inclusive. Só que é dificil arranjar inspiração.
Enfim, o Cap. 2 ta ai.
Espero que gostem.

______________________________________________________________________________________


 


Hermione via o nascer do sol no jardim da Toca. Era simplesmente lindo, e ficava ainda mais bonito, com seu coração aquecido por tudo que havia acontecido no dia que passou. Era simplesmente mágico pensar, que pela primeira vez em quase oito anos, não iria dormir com aquele peso no coração. E estava tão leve que nem conseguir dormir, conseguiu. Por isso via o nascer do sol, com lágrimas nos olhos. As lágrimas da mais pura felicidade.


Rony acordara cedo aquela manhã. Aliás, cedo até demais, mas estava tão feliz, que nem se importou. Pensou em fazer o café da manhã para agradar sua mãe, mas pensou duas vezes. Seus dotes culinários não eram lá grandes coisas, então melhor não arriscar.


Desceu as escadas mais animado do que nunca, pulando de dois em dois degraus. Mas foi quando chegou na cozinha que viu a coisa mais bela do mundo. Hermione estava sentada na grama, seu cabelo voando de leve com o vento e ela tinha um sorriso meigo nos lábios. Parecia impossível que um anjo como aquele fosse sua namorada. Nossa, estranho referir-se a ela como sua namorada. Ele riu consigo mesmo e foi até ela.


Chegou de mansinho e sentou-se ao lado dela, tentando fazer com que ela não percebesse.  Passou um braço pela sua cintura e olhou para ela, que o olhava assustada.


Olhou para ele que estava com um sorriso torto no rosto, uma imagem maravilhosa, parecia um anjo. O cabelo cor de fogo dele, banhado pela luz avermelhada do sol nascente dava um brilho dourado e seus olhos pareciam miosótis banhados a ouro, era lindo. Como alguém tão alto poderia e aparentemente tão desengonçado chegava tão de mansinho e ao mesmo tempo poderia ser tão perfeito? Aparecera exatamente na hora que ela precisava e agora a olhava com aquele sorriso que ela amava. Ela se aconchegou no abraço dele afundando a cabeça em seu peito.


Disse com a voz levemente embargada e alterada pelo contato com a camisa dele:


- Eu estava pensando em você, sabia?


- Não, eu realmente não sabia. E você, sabia no que eu estava pensando?


- Como eu poderia saber?


- Você sabe de tudo! –Ela riu no peito dele.


- Se você diz...


- Mas é verdade – ele disse com voz inocente fazendo uma careta de criança.


- Tudo bem, agora falando sério. No que você estava pensando, Ron?


- Eu estava pensando na gente. Eu sei que ainda é cedo, mas eu simplesmente não sei o que eu faria se eu te perdesse – nesse momento ela levantou a cabeça e olhou diretamente nos olhos dele. – Só o tempo que eu fiquei sem você foi torturante, e eu nem sabia o que era estar com você. Agora que eu sei, seria mortal, eu acho – ele deu um sorriso triste. – Em não quero estragar tudo como eu sempre faço. Quero fazer tudo certo dessa vez, mas ainda não sei como. E estava pensando em como fazer isso.


Hermione literalmente se atirou nele, lhe dando um abraço apertado. Olhou para ele e agora as lágrimas percorriam seu rosto.


Ele olhou para ela e passou o polegar em suas lágrimas sussurrando baixinho em seu ouvido.


- Não chore... Não quero que chore por minha causa nunca mais, Mione.


Ela sorriu entre lágrimas pra ele e o abraçou de novo.


- Não estou triste. Estou feliz. Aliás, nunca estive tão feliz na vida, Ron.


Mas nenhum dos dois desfez o abraço, apenas viraram e viram o nascer do sol, juntos. Como prova de uma nova fase de suas vidas. Que começou num novo dia, num nascer do sol no jardim da Toca.


 


Havia passado uma semana. Tudo parecia perfeitamente bem e tanto Rony quanto Hermione não escondiam o sorriso do rosto em momento algum.


Hermione estava ajudando Molly na cozinha quando lembrou-se de um pequeno detalhe. Harry. Como poderia ter se esquecido? Estava tão feliz que nem se lembrou do melhor amigo. Iria falar com Rony aquela tarde.


- Rony, preciso falar com você, pode vir até aqui? – o chamou quando ele ia começar uma partida de xadrez bruxo com Harry.


Ele olhou em desculpas para o amigo e acompanhou-a até o jardim.


- O que houve, Mi?


- Eu havia me esquecido de um pequeno detalhe.


Rony engoliu em seco.


- Que detalhe?


- Temos que contar ao Harry.


- Contar o que exatamente?


Hermione suspirou.


- O que mais importante sobre nós o Harry ainda não sabe?


- Ah, isso. É, temos que contar a ele.


- Quero acabar com isso logo. Que tal hoje?


- Claro, não tenho mais problemas com essas coisas, Mi. Você é tão importante pra mim que eu não me importo de falar pra minha mãe que a gente  ta namorando.


Ela sorriu pra ele.


- Que bom. Eu também não vejo problema, apenas tinha em esquecido...


Ele sorriu.


- Tudo bem Hermione. Que tal falarmos, agora?


- Tudo bem pra mim. Você chama o harry?


- Claro.


Rony veio caminhando de modo destrambelhado com Harry caminhando em sua cola, com uma expressão muito curiosa no rosto. O famoso trio foi ate um canto e se sentou em um banco, no qual Rony ficou no meio.


 


 - Harry... – Hermione começou. – Precisamos te contar uma coisa.


- Que vocês estão namorando?


Os dois arregalaram os olhos mais do que parecia possível.


- A Gina te contou?


- Não, mas eu acho que não pareço tão burro assim, sinceramente.


- Como assim, cara? – Rony perguntou.


- Ah, para, né. Eu conheço vocês dois há bastante tempo pra perceber esse tipo de coisa. Só estava querendo saber até que ponto vocês iam levar isso sem me falar nada.


- Bom saber disso, Harry – Hermione sorriu pra ele. – Assim ninguém guarda segredos de ninguém.


- Verdade.


Depois disso o dia transcorreu tranquilamete e os dois casais (Rony e Hermione, Harry e Gina) fizeram uma tentativa, não tão má sucedida assim de fazer um jogo de quadribol, mas Hermione não fazia muito o estilo da namorada que joga quadribol com o namorado aos fins de semana. Uma chova começou apenas como garoa, e aumentou tão rápido, que só de descerem das vassouras e irem até A Toca, já estavam encharcados.


Depois de uma longa discussão, onde Harry e Rony discutiam furtivamente para ver qual namorada ia tomar banho primeiro (na qual Rony ganhou), e de todos tomarem um banho rápido, estavam na sala de estar sentados no sofá bocejando.


- Ah, eu me esqueci de avisar. Chegou isso aqui pra você, Harry – disse Rony entregando um envelope lacrado ao amigo. – Ganhei um igual, mas não abri.


- É do Ministério da Magia – Gina arregalou os olhos vendo a marca no papel.


- Por que você não abriu, Ron?


- Porque nós estávamos saindo pra jogar na hora que vi, então pensei em abrir depois. Agora nem sei onde eu pus.


Todos riram.


Após um breve intervalo em silencio, Harry disse animado:


- Estão me convidando para um treinamento de Auror!


- Nossa cara! Que incrível!


- Rony, provavelmente a sua tratava da mesma coisa – disse Gina virando os olhos.


Rony saiu na mesma hora para procurar sua carta, deixando Hermione sozinha no sofá, com uma expressão confusa.


Voltou com a carta na mão e os olhos brilhando, como se para uma criança que o natal chegou mais cedo.


- É, na minha carta dizia o mesmo – seu sorriso ia de orelha a orelha.


Hermione o abraçou e disse bem baixo no seu ouvido.


- Viu, você sempre vai conseguir o que quer, meu amor.


Ele sorriu para ela e a abraçou de volta. Olhou nos olhos dela e a beijou, com uma felicidade extrema. Depois sussurrou baixinho em seu ouvido.


- Eu te amo, Srta. Certinha.


Ela riu baixinho e sussurrou de volta.


- Amo esse menino atrapalhado, sabia? – e o beijou de novo.


 


Mais uma semana se passou lentamente. Tanto Rony quanto Hermione estavam perfeitamente felizes e contentes.


Certa tarde, Rony estava passando pelo corredor e escutou de relance Hermione cochichando rápido com Gina no quarto e parou para escutar rapidamente.


- Mas não sei... É tão longe, Gi! Eu teria que mudar de país pra conseguir isso. E o que ele me ofereceu é praticamente irrecusável...


No mesmo momento Rony parou de escutar. Estava abismado. Como sempre o cérebro dele trabalhou para achar a resposta de algo, mas com uma resposta muito irracional.


Na cabeça de Rony, Krum havia chamado Hermione para ir morar com ele, na Bulgária e ela estava pensando em aceitar... claro que estava! Ele é um jogador profissional de quadribol e ele um nada. Rony atingiu um tom inalcançável de vermelho e pensou amargurado.


Agora minha vida acabou. Perdi a Hermione.


Hermione desceu as escadas e perguntou de supetão para a Sra. Weasley :


- Viu o Rony, Sra. Weasley ?


- Ele está lá no jardim, querida.


- Obrigada.


Ela correu, desnecessariamente e viu Rony na situação mais deplorável que qualquer hipótese que poderia imaginar. Ele tinha os olhos muito inchados e vermelhos, mas seu rosto estava muito pálido, praticamente sem cor, seus lábios estavam roxos e parecia imóvel. Seu cabelo estava muito mais bagunçado do que de costume e lágrimas percorriam seu rosto de maneira incontrolável. Ele tinha o olhar distante e parecia desolado, como se o mundo tivesse acabado e ele estivesse completamente sozinho. Parecia que não agüentaria mais um dia sequer naquele estado.


O estomago de Hermione se revirou por completo e seu coração pareceu ter sido cravado com hastes de ferro ardente. Ela parou de correr e praticamente não tinha mais forças para caminhar, o ar faltava em seus pulmões e estava tudo muito embaçado e fora de foco. Praticamente se arrastou para o lado de Rony e ele era a única razão de ter conseguido chegar ali. Ver que ele estava vivo era o único consolo, porque pelo estado de Rony, ele poderia estar morto e praticamente não se veria a diferença.


Sentou-se ao seu lado e tentou olhar para ele, mas seu coração não permitia. Percebeu que ele estava olhando para ela, e o olhou.


O rosto de Rony passou de desolação para horror. Hermione ficou ainda mais preocupada.


A cena que Rony viu foi realmente péssima pra ele. Ele viu uma Hermione que simplesmente não era a Hermione que ele amava. Ela tinha uma expressão de angustia profunda, seu rosto estava pálido e seus olhos vermelhos. Mas havia algo na sua expressão que era incompreensível; indecifrável.


- Você está bem, Ron? – sua voz mal passava se um sopro de ar falho.


- E como eu estaria? – a voz de Rony também mal passava de um suspiro, muito rouco, muito triste.


- Como assim?


- Hermione, eu disse – ele parou um pouco, para pegar ar – que se te perdesse, depois te ter te tido eu não saberia se poderia continuar a viver.


- Ah? Como assim me perder? Rony, não fale bobagens! – Ela falou tudo tão rápido que estava ofegando no final da frase como se tivesse corrido uma maratona. Ela parou por uns dois segundos, e continuou pausadamente. – Por que você haveria ter me perdido? Eu fiz alguma coisa?


- E ainda pergunta... – ele a olhou furioso. – Você fica se correspondendo com esse búlgaro barato.


- O que? O que o Vitor tem haver com as coisas? Eu não falo mais com ele, Ron. – agora Hermione estava, além de confusa, irritada.


- Oras, nãos e faça de desentendida, Mione. Eu ouvi você falando com a Gina sobre isso no quarto dela.


- Ah, e agora, além de ficar pensando besteiras de mim, ainda escuta minhas conversas. Você não confia em mim, Ron.


- Eu confiava. Agora não confio mais, porque não me disse que ia morar com ele, Hermione? - agora sua expressão passou de furiosa para triste.


- Rony, eu te amo! Como pode pensar que eu vou pra Bulgária ficar com o idiota do Krum?


- Realmente me ama, Hermione? Porque eu acho que se amasse mesmo ia ter parado de se corresponder com ele – agora Rony estava realmente furioso, como ela poderia estar negando os fatos assim?


Lágrimas começaram a escorrer de maneira lastimável pelo rosto dela. Ela chorava e soluçava tanto, que não conseguia parar. Rony sentiu-se arrependido, ele havia prometido a si mesmo nunca mais a fazer chorar. E ela estava chorando da maneira mais horrível na sua frente, de novo, e por sua causa.


Ele passou um dos braços no ombro dela, para tentar acalmá-la, e ela além de sair do abraço, gritou furiosa.


- Nunca mais toque em mim, Ronald. Você é um idiota mesmo.


Ela saiu correndo, com as mãos no rosto parecendo arrasada.


A culpa começou a torturar Rony mais uma vez. Mas dessa vez era pior. Muito pior. Por que além de culpa, ainda havia o vazio que ela iria deixar em seu peito. Ela com toda certeza iria ficar com Krum agora. Por que continuaria com ele? Ele era mesmo um idiota.


Em vez de tentar reconquistar sua garota, dizer que a amava e que precisava dela, fiou a acusando, sem nem mesmo saber se aquilo era mesmo a verdade. E o que mais poderia ser? Mesmo que não fosse, agora seria. Ele havia partido o coração dela mais uma vez  e agora não dava para consertar. Ele era um idiota mesmo.


Um idiota sem seu amor.


Hermione nunca havia se sentido tão mal na vida.  Ela estava em pânico. Rony realmente acreditava naquilo, mas ela não podia perder ele. Não, não iria agüentar. Mas como ele podia ser tão cabeça dura, tão infantil. Ele tinha que acreditar nela. Simplesmente tinha. O que faria se ele não acreditasse. Não podia viver sem aquele ruivo desengonçado.


Ela se atirou na cama e abraçou o travesseiro como se quisesse deixar sua vida ali. Tentou, com toda sua inteligência – que lhe pareceu inútil aquela hora – o que poderia fazer pra arrumas as coisas. O único problema era, que conversa ele escutou para tirar essas conclusões tão perdidas? Santo Merlin! O que poderia fazer agora?


Hermione chorou por um tempo indeterminado, mas para ela, pareceram dias. Ela adormeceu em um sono conturbado com pesadelos desconexos, na qual via Rony morrer, ou brigava com ele. Hora e outra um suspiro com um nome era escutado ao longe.


Parecia simplesmente o fim de dois amigos, de um amor. De uma vida.
_________________________________________________________________________________________________

Bem, ta ai o Cap. 2
Não esqueçam, comentários deixam a autora feliz. ^^
*roendo as unhas de ansiedade* espero que gostem. (não custa nada comentar, né?)
Beijos - espero que tenham gostado. 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.