eight



-Ah, muito obrigada pelo jantar, de verdade, e me desculpe por ficar com o seu cachorro – Remus sorriu para ela e fez um sinal para que deixasse para lá. – Eu só tenho um último pedido... queria vê-lo de novo. Dar adeus, sabe... – Remus, James e Lily se entreolharam. Sirius ainda fitava o chão.


 


-Eu levo ela – O moreno se manifestou e os três amigos olharam para ele, incertos. – Eu vou, Remus – Ele disse sob o olhar rígido do outro, que somente suspirou e assentiu com a cabeça.


 


Sirius seguiu andando calmamente com a garota, causando-lhe uma sensação de familiaridade enquanto ele colocava as mãos nos bolsos da jaqueta. Céus, o que havia de tão diferente com aquele rapaz, que a fazia sentir que o conhecia? Aquilo era muito esquisito.


 


Ao chegarem ao beco que havia atrás da pizzaria, Marlene não viu nada. Ficou confusa.


 


-Cadê o Sir... o cão? – Achou estranho dizer o nome do rapaz à sua frente se referindo, na realidade, ao cachorro, por isso retratou-se. Ele não pareceu ligar, suspirando dolorosamente.


 


-Ele sou eu, Marlene. – Sirius confessou, mas ela ficou sem entender. – Eu sou um animago, Marlene. Um cão negro – Quando as peças começaram a se unir na cabeça dela, Marlene levou uma mão à boca aberta em surpresa.


 


-Me desculpe. Eu não sabia se você era bruxa, então não podia te contar isso, e também não consegui fugir. E naquela vez no parque, bem, você confiou em mim e não colocou coleira, me senti mal de pensar em fugir. Eu não queria... te enganar. – Marlene dava um passo para trás a cada palavra dele, estupefata.


 


-Mas você... mas eu... – Ela fitou o chão e fechou os olhos. Sirius tocou o ombro dela.


 


-Me desculpe. – Disse simplesmente e começou a fitar o chão, como ela. Lágrimas escorreram pelo rosto da garota enquanto Sirius tentava abraçá-la.


 


-Não! Me deixe em paz! – A garota virou-se de costas e saiu correndo para casa, soluçando.


 


Sirius ficou ali fitando o chão. Desejando, naquele momento, ter um coração tão grande quanto o de um legume.


 


Assim, talvez, aquilo não doesse tanto.


 


---

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.