anyplace.



- Eu já tô melhor, ok? Foi só um desmaio idiota. – Retrucou, irritada, levantando-se bruscamente para abrir a porta para o loiro agudado.


Abriu-a e acenou para que ele saísse.


Ele revirou os olhos, pouco ligando para o desprezo.


- Você disse que estava com raiva... "Por algo que eu não senti" - Começara, usando aspas na citação. – O que isso significa, Granger?


- Quando foi que eu disse isso? – Ela dissera, como se considerasse a si mesma uma louca.


- Na porta do banheiro, duas horas atrás quando... – Ele pausou, considerando se ela realmente havia esquecido de tudo. Não que esse tudo valesse grande coisa, afinal, fora apenas um amasso e uma conversa entre dois bêbados.


O problema é que ele, Malfoy, não estava – nem mesmo de longe – bêbado.


- Não se lembra? – Draco questionara, sentando-se com a impressão.


- Como assim? – Ela murmurara, confusa, voltando-se pra longe da porta e fechando-a lentamente. – Lembrar do quê? – Perguntara, confusa. – Da festa? Eu... Eu lembro... – Gaguejara, forçando sua mente a funcionar. Não reparou no sorriso que fugiu a boca de Malfoy. – Eu e o Ryan encontramos você e a secretária... Fomos sentar... Fui ao banheiro, e desmaiei na fila. Quer dizer, - Ela pausara, estreitando os olhos e jogando-se no sofá, cansada. – A última coisa que eu lembro foi quando cheguei na porta e vi uma fila gigante, aí pensei em esperar... E tudo fica escuro.


- Não acredito... – Ele falara, sarcástico. – E o resto?


- Que resto, Malfoy? – Ela perguntara. – E como me encontrou? Estava no banheiro também? E o que disse ao Ryan? Eu, nossa, não consigo lembrar...


Ele franziu o cenho, puto da vida.


- É, eu estava indo ao banheiro e a encontrei. – Murmurou, a contra gosto. – E não, eu não disse aquele cara.


- Espera... – Ela o cortou. – Não avisou ao Ryan e a sua vadia de luxo que ia me trazer aqui?


- Por que eu deveria?
- PORQUE ELES PODEM ESTAR PREOCUPADOS E AINDA ESPERANDO OU ACHANDO QUE... – Ela pausou, em cólera. – QUE ESTAMOS TRANSANDO NO BANHEIRO, CARALHO!


O loiro riu. RIU! Como ele podia ser tão cínico?


- Como se eu devesse satisfações a qualquer um deles, tsc tsc tsc.


- E como... – Ela respirou fundo, controlando a raiva. – Como conseguiu entrar no meu apartamento?


- Com a chave...? – Ele pontuou, alheio.


- TEM UMA CÓPIA DA CHAVE DO MEU APARTAMENTO?


Ele sorrira, divertido.


Ela ficava totalmente sexy histérica.


- Não, Granger. Peguei a sua chave, que estava no seu bolso...


- Que seja. – Ela reagiu. – Você tem que ir, Malfoy.


Ele levou uma das mãos ao cabelo, bagunçando-o.


- Posso ficar?


- Perdão?


- Ficar, Granger. – Pausara. – Não ficar com você. Ou estuprá-la no meio da noite. Só ficar. Durmo no chão, você nem vai sentir a minha presença... – Propusera.


Ela o observara como se tentasse ver através dos maldosos azuis acinzentados. Como ele podia passar de pervertido pra uma criança inocente e desprotegida em menos de meio segundo?


- Okay, okay. – Concordara.


- Está com sono?


- Na verdade, - Ela dera um suspiro. – Não. Me sinto enjoada.


- Posso imaginar... – Ele pontuara, já deitado – DEITADO! – no sofá de frente para o dela. – Tem Whiskey aí?


- O quê?


- Alcool, Granger.


- Por que quer saber?


- Whiskey me dá sono. E eu estou sem.


- Okay, que seja. Tem ali na estante. Mas eu não vou beber, que fique claro. E se você vomitar no meu carpete, vai pagar outro.


Ele sorrira e lhe piscara.


Pegara a garrafa da estante da garota e a deixara em cima da mesinha, enquanto transfigurava um copo com um grande M.


Ela continuara lá, deitada no outro sofá, apreciando a sensação das almofadas contra sua cabeça, que por sinal, explodia.


Poderia muito bem ir para o quarto passar uma longa noite de insônia ou vomitar o que parecia preso, mas veja, Malfoy, o imbecil por quem ela estava apaixonada – não somente atraída, mas apaixonada – estava ali, longe de Annie, longe das inimizades e longe do ódio. O que custava só ficar ali, próxima a ele? Okay, ela sabia que isto era perigoso e praticamente letal, mas não conseguia ir embora.


A voz dele criava uma sensação boa por dentro, apesar de a deixar tensa, e apesar do coração prestes a sair do peito, era o que acalmava seu mal estar e sua pseudo ressaca. E as ironias dele eram a única coisa ao alcance que conseguiam fazê-la sorrir e se distrair do problema que era estar apaixonada por ele.


Contraditório, ela sabia, mas eficaz.


E a idéia de que ele estava há dois metros dela, completamente a salvo das garras da maldita secretária que tinha jeito de atriz pornô, a deixava mais tranqüila com sua própria consciência e quase pronta pra dormir.


Ele bebeu, com satisfação.


- Aonde comprou essa garrafa?


- Sei lá... – Ela respondeu. – Acho que foi um presente do..,


- Potter? Weasley? Finningan? Krum? Ryan?


Ela sorriu, sentindo vontade de bater nele.


- ...Meu pai. – Respondera.


- Hmmm... Interessante.


- Tanto faz.


- Por que quer dormir aqui mesmo?


- Annie tem as chaves do meu flat.


- O quê? – Ela murmurara, de cara fechada. – Por quê?


- Achei que assim transaríamos mais...


- E transam? – Ela perguntou, sentindo-se uma masoquista.


- Hoho, muuuuito. – Ele respondeu, abrindo um sorriso. – Mas isso cansa.


Ela fizera uma careta.


- Não literalmente. – Ele consertara. - Não to dizendo que sexo cansa, só que... Se eu chegasse e ela estivesse lá, iria começar a falar, falar, fazer perguntas... Não tenho paciência pra isso. – Pausara. – As coisas estão indo rápido demais com ela.


Hermione permanecera em silêncio. Devia dar os parabéns? Aconselhá-lo? Chorar? Vomitar? Tudo parecia tão fodidamente idiota...


- Ela tem as chaves do seu flat, trabalha com você agora, estão saindo juntos em vez de só transar... – Ela começara, pensando no quanto conseguia ser burra. – Eu diria que isso é praticamente um compromisso... Certo? – E dissera o "certo?" como se perguntasse a ele, fitando-o de forma penetrante.


Hermione conseguia distorcer as coisas e talvez estivesse certa, ou talvez estivesse só o encurralando-o.


Mais cedo, na porta do banheiro ela demonstrara ciúmes em relação a ele e a secretária. Por que agora parecia muito mais sua irmã mais velha – se é que é possível ter uma irmã mais velha que possa ser considerada tão gostosa e ao mesmo tempo engraçada! -?


- Tanto faz, Granger. – Respondeu, dando um gole no Whiskey.


- Vocês passam muito tempo juntos? – Ela perguntara, sem saber que energia masoquista havia tomado conta de sua boca.


- às vezes. – Ele respondeu, meio frio. – Sinto vontade de dormir quando não estamos transando...


- ...O que significa que vocês transam... Tipo, todo o tempo? – Ela pontuara, fechando os olhos em seu sofá e querendo desaparecer.


Agora agüenta, Hermione. Ouvira sua mente implorar.


- Aham. – Ele dissera, querendo instantaneamente mudar de assunto.


Estava irritada pelo o que você nunca vai sentir. A frase que ela disser não saía de sua cabeça em nenhum momento. Isso era normal?


Podia também lhe fazer perguntas indiscretas sobre o que ela fazia ali com Ryan, se eles estavam saindo. Poderia lhe perguntar sobre o Potter ou Weasley. Ou quem sabe o imbecil do Finnigan.


Mas porra, estava exausto dos namorados da Granger. Ou dos amigos, que seja. Como se ele acreditasse em amizade entre duas pessoas de sexo oposto, tsc tsc tsc!


Ok, ele estava lá com a Granger. No apartamento dela. Sem nenhuma proposta de sexo. Mas aquilo era diferente. Ou não?


- Você... – Ele começara. – Hum, acha, quer dizer, acha que... Somos amigos? Não falo de amigos tipo você e o Finningan, falo de amigos tipo você e o... Potter. – Pronunciou a última palavra em uma careta, como se cuspisse "Potter!" e apesar da complexidade da pergunta, ela simplesmente esqueceu tudo o que ele dissera antes quando observou a careta de desgosto ao pronunciar o nome de Harry.


Draco Malfoy era bom nessas coisas. Digo, nessas coisas de fazê-la sorrir sem nem mesmo tentar.


- Granger? – Ele a chamou, esperando a resposta.


- Qual foi a pergunta? – Ela falara.


- Acha que somos amigos?


- Sei lá.


- Então não me considera seu amigo?


- Eu não...


- Mas somos colegas, pelo menos?


- Tanto faz, Malfoy... Diga-me você.


- Ok, você tinha razão...


- Razão sobre...?


- "Sei lá" é mesmo uma boa resposta...


Ela sorriu.


- Por que se importa com isso?


- Porque eu to começando a ficar bêbado...?


- Então você fica meio emocional quando fica bêbado? – Ela arqueou, alegre.


- Na verdade, - Ele pausara, tomando mais um copo. – Eu costumo ficar mais excitado. – Erguera uma de suas sobrancelhas, pensando em alguma coisa que ela mataria pra saber. – Ou talvez com você o efeito do álcool venha ao contrário, sabe. Em vez de excitado venha algo como mais emotivo... – Fizera uma careta, virando outro copo. – Mas eu preferia quando eu ficava só excitado, tsc tsc tsc.


- Talvez... Tenha haver com o meu jeito.


- Hã?


- É. Eu sou meio sei lá, metódica e puritana. Não faço o tipo que inspira sexo... Ou sei lá. É meu jeito estranho...


Ele riu, dessa vez ironicamente.


- Não tem nada de errado com você, Granger. – Falara, virando outro copo.


Isso fora um elogio?


Ele dissera de um jeito tão doce. Como Malfoy podia parecer doce?


Aquilo estava ficando inseguro e perigoso demais. Ela precisava sair dali antes que começasse a se apaixonar mais e... Fizesse alguma besteira.


- Eu, hm, já vou dormir ok? – Dissera, levantando-se.


Ele largara o copo e o Whiskey e voltara a deitar no sofá, fechando os olhos com força. Talvez estivesse – finalmente! – perto de ficar bêbado.


- Gosto de você, Granger. – Falara, como se a frase estivesse fugindo de um país em ruínas e em constante guerra.


- Claro que gosta. – Ela concordara. – E com mais 10 copos você me pede em casamento... Tsc tsc tsc.


- Não, é sério.


- Tanto faz, Malfoy. Boa noite.


- Boa noite.


Na manhã seguinte.


Telefone tocando. MERDA! MERDA! Por que raios o telefone estava tocando tão cedo? Aliás, desde quando ele tinha telefone?


Malfoy abriu os olhos a contra gosto, gemendo de dor de cabeça.


Que lugar era esse em que estava?


MERDA! Gemeu de novo, pronto pra pisar em cima do telefone que tocava de forma tão irritante. CARALHO, PARA DE TOCAR! Gemeu, mentalmente.


E assim que achou o aparelhinho, atendeu-o.


- Quem é?


- Malfoy? – Uma voz masculina do outro lado murmurara.


Hã?


- Seja lá quem for, ligue mais tarde.


- Passa pra Herms.


- Não! – Respondeu, como se fosse óbvio. – Ela deve estar dormindo, ô imbecil...


- Duvido que esteja, são 11hs da manhã... E o que faz atendendo esse telefone? – A voz, que ele não fazia idéia de quem fosse, falara.


- Eu devo satisfações da minha vida porque...? Ah, espera, eu não devo satisfações da minha vida, tsc tsc tsc.


- Dá pra passar esse telefone pra Herms?


- Eu tenho cara de secretária partic...


Sentira uma mão tomar o telefone da sua. Fora uma garota, sorrindo.


O que era tão engraçado, hein?


- Oi, Harry! É, é, eu sei... – Ouvira-a falar. Hmmm, então era o Potter no telefone? Por que raios ele idiota ligava tanto? – Aham, não, até parece... Foi, que seja. Preciso desligar ok? Beijos. – Ela encerrara, olhando pra ele de forma divertida. – Como se sente, Malfoy?


- Uma bosta. – Ele gemeu. – O que tinha no Whiskey que eu tomei ontem?


- Sei lá... Provavelmente deve ser um Whiskey de qualidade ruim e forte, talvez meu pai quisesse me mostrar o poder de uma ressaca após eu bebê-lo... Mas felizmente você me fez esse favor.


- Hm... – Ele voltou a gemer, sentindo sua cabeça latejar. – Caralho...


- Escuta, tem café e panquecas [?] aí. Não sei você gosta de panquecas, mas se quiser algo melhor tem uma Starbucks há um quarteirão... – Falara, levantando-se do sofá a procura de algo.


- Aonde vai? – Ele murmurou, erguendo-se.


- Tenho um almoço na casa dos Weasleys. Aliás, já estou atrasada...


- E vai me deixar aqui sozinho?


- Ah é, esqueci que você só tem 12 anos... – Ela ironizou, sinalizando aonde era o banheiro e indo em direção a porta.


- Quem se importa com os almoços na casa dos Weasleys? – Ele pausara, irônico. – Se você não for vai ser melhor pra eles, assim sobra alguma comida. E só Merlin sabe a miséria que eles devem estar passando...


- Idiota. – Ela murmurou, balançando a cabeça.


- Que foi? Eles por acaso são ricos?


- Não, mas...


- Ahá! Então estou certo.


- Eu não vou discutir isso com você.


- Claro que não, você não agüenta assumir que eu estou certo...


Ela revirara os olhos.


- Quer mesmo falar sobre quem não agüenta as coisas?


- Foi impressão minha ou isso teve duplo sentido?


- Grrr. Eu estive falando de você não agüentar AS BEBIDAS! Entendeu?


- Ah. – Ele fingiu desapontamento. – Isso. – Pausara. – E está mais do que óbvio que você me embebedou.


- Perdão?


- Você ouviu.


- Por que eu faria isso?


- Eu sei lá!


- Não tenho culpa se você só faltou dizer que me ama enquanto estava porre.


- É por isso que o estado é de "porre", Granger... Quando dizemos coisas que não pensamos...


- Ah, é? Ontem você parecia BASTANTE nisso...


- Ontem você deu uns amassos em mim!


- Quê?


- É, você pode não lembrar minha cara, mas na porta do banheiro... Isso aconteceu ok? Eu ia fingir que não, mas eu não vou ser hipócrita...


- E você me agarrou?


- Não, vou me agarrou.


- Ah ta, porque é totalmente o meu perfil agarrar pessoas, tsc tsc tsc..


- E por acaso é o meu?


- "Por acaso?", você nem precisa de acaso, Malfoy!


- Tanto faz. – Ele revirou os olhos, como se a partir deste gesto estivesse dando a discussão por encerrada. – E aliás, - Pausara, sério. – Eu vou com você.

 


I don't need Love,


for what good can Love do me?


diamonds never lie to me


for when love's gone…


they'll luster on¹


"Eu vou com você" ele falara, Hermione quase o observou completar "Pra fazer da sua vida um inferno".


Chegaram na casa dos Weasleys, o que em si não significou muito diante de como seria o almoço.


Harry e Gina vieram cumprimentá-la, com um sorriso animado, e recuaram passos com sorrisos de Que porra é essa? pra Hermione.


A castanha apenas deu um aceno como se falasse Não é nada disso que vocês estão pensando, mas por dentro estava prestes a sufocar.


O casal de amigos chegou até eles, de olhos arregalados, com muita exitação e ainda assim educados. O que para Harry significava que ele não avançaria em Malfoy. Mas isso não incluía evitar fitá-lo como se ele fosse um verme, o que na opinião do moreno, de fato, ele poderia ser.


Gina tocou na mão do loiro pela menor quantidade de tempo possível, guardando um sorriso maligno da direção da Granger.


- Quem mais está aí? – A castanha ousou perguntar, rezando para que o almoço houvesse sido cancelado ou ignorado pelas pessoas.


- Todo mundo, Mione. – Fora a resposta do moreno, que recebera um revirar dos olhos como reação do amiguinho dela.


Draco achava tudo – ou melhor – todos devidamente imbecis, patéticos, ou simplesmente Weasleys. Que mania idiota de achar que era normal ter tantos – por Merlin, tantos! – ruivos sarnentos e com jeito de desastrados.


Se havia uma cor que deveria ser desprezada pela ordem das cores naturais era o vermelho. Vermelho era nojento, chamativo e coisa de gay. Fim.


Ou talvez ele só odiasse o fato de que entre tantas cabeças cor de fogo, Hermione só estava tensa graças a uma. Weasley pobretão. Perguntava-se como raios ela conseguia ainda se sentir afetada por esse cara. Não era bem normal. Quase tão anormal quanto alguém como ela ser capaz de sentir remotamente algo por aquele tufo de cabelos nojentos e sarnas no rosto, sem falar na pobreza: Será que Granger não sabia pensar no futuro? Como seu filho – ou filha, que fosse – teria uma vida decente se os Weasleys mal podiam sustentar aquele almoço meia boca de comidinha caseira? Apesar de que aquela comidinha caseira estava cheirando de forma deliciosamente sedutora. Ou talvez seu estômago pós ressaca estivesse aceitando qualquer coisa comestível.


Os malditos Weasleys pareciam venerar Granger, abraçavam-na como se ela também tivesse os cabelos vermelhos ou ao menos o sangue daquela família. E quando chegavam em Malfoy, apenas o olhavam com ódio, fitando de volta Hermione, como se tentassem identificar que aquilo era uma chantagem ou sei lá. Mas não, Hermione forçava-lhes um sorriso, corando até onde seu rosto parecia demandar, como se falasse Não se preocupe, ele está comigo.


Malfoy sempre apertava a mão da pessoa, quem quer que fosse, com força. Pra manter seu orgulho intacto.


- Vocês estão...


E Hermione arregalava os olhos, deixando claro que a possibilidade era absurda.


- Por Merlin! Eu e Malfoy somos só hã colegas de trabalho...


1h depois.


Ela evitara falar com Ronald desde mais cedo, mas não é como se estivesse se sentindo bem sobre isto. Por que não estavam agindo como adultos? Deu uma olhada ao loiro, que estava ao seu lado no sofá, e nos sofás a frente estavam Harry, Gina, Luna e Sr. Weasley em uma divertida conversa que pra ela parecia apenas uma alteração sonora.


Sua mente estava longe. Estava tentando mostrar a si mesma do que aquele loiro era capaz. Era como se ele apenas dissesse e fizesse sentido. "Pule de uma ponte" ele poderia dizer, e ela mesmo negando no começo pularia? Tá, exagero. É claro que a castanha não pularia de uma ponte. A metáfora está no fato de que... Gr, ela gostava daquele idiota. Gostava tanto que fora capaz de levá-lo ao único lugar onde se concentravam todas as pessoas importantes na sua vida.


Ela conseguia lembrar do quanto doera a conversa da noite anterior, quando ele lhe falara sobre Annie.


Ela tem as chaves do seu flat, trabalha com você agora, estão saindo juntos em vez de só transar... Eu diria que isso é praticamente um compromisso... Certo?


Tanto faz, Granger.


Tanto faz? Será que ele era sempre frio? Será que pra ele as coisas nunca importavam, embora devessem? Como ele podia achar SOCIALMENTE natural estar envolvido com Annie sem se preocupar com a definição e ao mesmo tempo tão disposto a ter as atitudes mais bizarras com relação a Hermione?


Aquilo precisava parar.


Malfoy a fitava com uma feição séria de 5 em 5 minutos, de forma profunda, como se os olhos dela fossem um livro de poesias e paradoxos, ficava observando o brilho nos olhos, e a dispersão da luz contra o rosto da Granger. Ela parecia inquieta e isto era quase o bastante pra criar uma tensão. No que ela estava pensando? Com o quê poderia estar preocupada? O monstro desconhecido agitou seu estômago e suas entranhas quando ele percebeu que a causa de todo o tormento era o Weasley.


Desviou os olhos, voltando-os na direção de Luna, que discursava sobre o que quer que fosse. Ela poderia até mesmo falar que o ideal era que o St. Mungos trocasse de diretor e ele acenaria a cabeça e diria Que seja, Lovegood. Qualquer idiotice era melhor do que desvendar a garota ao seu lado.


Mas e se não fosse pelo Weasley? Ele quase sorriu com o pensamento. Mas se não era pelo Weasley, por quem mais? Por ele, Malfoy? O que ele havia feito de errado? Sequer dormira em seu próprio flat pra não irritá-la, porque depois do que ela dissera quando estava bêbada, ficara óbvio que ela sentira ciúmes de Annie.


Surpreendeu-se quando percebeu que ela estava se movendo, murmurara um Vou procurar uma bebida ok, já volto Malfoy e saíra em direção a qualquer lugar.


O turbilhão de pensamentos na mente de Hermione a forçara a ir até a adega mais distante. Não necessariamente beber. Mas procurar um lugar a salvo dele.


Serviu-se de uma boa dose de Vodka, enquanto ponderava por quanto tempo poderia ficar ali sem parecer que estava fugindo do loiro.


- Afogando as mágoas? – Uma voz conhecida e infantilmente ciumenta dissera.


Puta que pariu.


Lá estava o ruivo, com uma expressão carrancuda.


Ela suspirou pacientemente, antes de cumprimentá-lo com um Como vai, Ronald?. Mas o ruivo era idiota o bastante pra acreditar que aquilo fora o início de conversa.


- Não respondeu a minha pergunta. – Ele falou, servindo-se da mesma vodka.


- Nem você a minha. – Ela respondera educadamente.


Vira-o virar a vodka, ah merda. Já não bastava ele ser seu ex, estar ali e ainda com jeito de arrependido, ele precisava também forçar um porre?


- Você sabe que eu não estou bem. – Ele falara, amargo. – É como se faltasse alguma coisa o tempo todo... – Pausara, olhando em seus olhos. – Você sabe que eu sou idiota e bem mais idiota se tratando de palavras, mas sem você tudo fica estranho, entende? O apartamento antigo, as pessoas ao redor, a idéia de voltar pra casa e não vê-la, esses silêncios e passar por você, quer dizer, eu fui um babaca, eu quero filhos, quantos você quiser, e eu quero formar uma família, e eu vou estar pronto se você estiver pronta pra me aceitar. Você mesma disse, lembra? O amor tem dessas coisas... Foi só uma fase, Herms, podemos voltar, consertar as coisas... O apartamento, as tardes de tédio, eu te irritando sobre psicologia e você dizendo que o meu emprego como jogador de quadribol é inútil, e... Os nossos filhos, nossos filhos, vão puxar a sua inteligência, eu espero, e ao meu charme, eu também espero... – Falara, fazendo-a sorrir instantaneamente. - Eu só... Quero as coisas de volta no lugar.


Era aquilo. Exatamente o que precisava, o que sempre quisera. Alguém que estivesse ao seu lado, uma família, estabilidade. Será que ela era a única pessoa que preferia alguém ao seu lado pra todas as horas ao invés de uma noite de sexo? Malfoy talvez fosse do tipo que escolhesse o sexo. Pra ele aquilo já não era uma escolha, era um modo de vida. E ele não pensava ao respeito, não chegava a dúvida.


E ela se sentiu estúpida quando notou que estava – de novo! – pensando em Malfoy, quando na verdade, o assunto era Rony.


Fazia tempo que não ouvia algo doce que não tivesse um duplo sentido ou intenção maior.


Ronald só queria estar lá ao seu lado. Passar a vida ao lado dela. E Malfoy queria... Atenção, sexo. Fazê-la gemer. Conseguí-la. Expô-la como seu mais novo troféu [?]. Qual dos conceitos conseguia ser mais superficial e vazio que o anterior?


- Eu te amo, Herms... – Rony sussurrou, com a voz rouca e meio afetada, como se nos poucos copos ele já houvesse perdido a cabeça. E deu um passo a frente.


- Ronald, eu n-


Os olhos do ruivo se tornaram líquidos, enquanto a fitavam como se ela fosse a sua única salvadora. Ele deu um passo a frente e segurou uma das mãos dela, entrelaçando-as. Hermione não soube por que deixou que o pequeno toque acontecesse, mas o calor das mãos de Rony a deram alguma segurança. E foi nesse exato momento de segurança que ela lembrou que apenas uma semana atrás tudo estava bem, entende? Não haviam entrevistas com desconhecidos, não havia Malfoy, aliás havia, mas não o Malfoy engraçado, presente e cheio de olhares profundos, não haviam conversas sussurradas, ou uma tempestade constante dentro do seu peito. Não havia o ciúmes, Annie, brigas, situações loucas.


Enquanto se perdia na avalanche de pensamentos sobre Malfoy, a boca de Ronald Weasley se perdia envolvendo a sua.


Ela abriu os olhos bruscamente, e com uma das mãos deu um pequeno empurrão no corpo do ruivo, mas a primeira coisa que viu foi a figura pálida de Malfoy na porta do lugar. Seu coração deu um salto, com milhões de pensamentos imbecis lhe tomando a cabeça, enquanto o fitava como esperasse que ele entendesse que o beijo havia sido começado por Rony.


Merda.


O ruivo quase a julgou imóvel, fitando sempre algo que estava atrás de si, virou de forma automática pra ver o que – ou quem – era: Lá estava Draco.


O ruivo franziu o cenho na direção de Hermione, sentindo o ódio invadir sua compreensão. Que porra de ceninha dramática era aquela da sua ex com seu maior inimigo?


- O que faz aqui, Malfoy? – Perguntou, crispando os lábios em desprezo. – Estamos em uma conversa particular, não sei se notou.


Draco sorriu perversamente, não se mostrando afetado.


- Deixa a Granger em paz.


Hermione arregalou os olhos diante da ameaça do loiro, revirando-os. Malditos idiotas!


- Eu sou o namorado dela. – Rony retrucou: - Nos voltamos. – E havia um sorriso inocente nos lábios do ruivo.


- Cala essa boca, Weasley – Malfoy dissera, um pouco agitado pela frase.


Seu coração batia forte, e a sua única vontade era quebrar a cara daquele pateta, desfigurar seu rosto ou... grrrrrr. Granger não era nem louca de ter reatado, não, ela não podia, aliás, não tinha o direito...


Ele a fitou de forma penetrante.


- Granger, eu já vou. – Falara, com uma boa dose de agressividade. – Vem comigo?


Vem comigo era uma frase duas palavras.


Mas era também o começo ou o fim do que quer que eles fossem.


Vem comigo... Mostrar ao Weasley que ele não faz diferença. Vem comigo... E vamos pra qualquer lugar longe dessa porra de cozinha. Vem comigo... antes que eu quebre a cara dele.


Ah merda.


Será que ela era tão idiota a ponto de dispensar o único cara que a amava e que estaria ao seu lado pra sempre pelo cara que só a queria por uma noite?


- Sinto muito, Rony. – Ela falara, trêmula.


Aparataram.


- Aonde estamos? – Foi a primeira pergunta que ela fez, quando seus pés tocaram o lugar.


Era grande e elegante. Uma sala de sofás finos, e paredes branco gelo, com pinturas modernistas expostas.


- Mansão Malfoy. – Ele lhe respondeu, sem fitá-la. – Por que beijou o Weasley?


- Eu não beijei. – Fora sua resposta, e estava a ponto de enlouquecer pelo fato de ele estar ignorando-a visualmente.


Como ele podia ser tão idiota?


- E vocês voltaram?


- Eu escolhi estar aqui, Malfoy. Isso ainda não responde as suas perguntas?


- Você saiu do meu lado e foi procurar o Weasley, e aí beijou ele. Pra mim parece bem claro.


Aquilo foi o bastante pra enfurecê-la.


- É isso o que você acha? – Murmurara, o ódio estava quase transbordando de seus olhos.


Por que ele era tão grrrrrrr IMBECIL?


- Mas pensou em voltar com ele, não pensou? – E a essa hora, ele já estava a fitando.


- Claro que eu pensei, seu idiota. Ronald quer casar comigo, construir uma família, ser fiel, me fazer feliz... Acha que eu odeio esse tipo de coisa? Acha que eu quero mesmo fazer uma inseminação e provar que eu sou tão solitária e frígida quanto você mesmo sempre insinua?


- Então o que faz aqui comigo?


Será que Malfoy era tão imbecil a ponto de forçar aquela situação? O que mais ele queria? Que ela confessasse que estava fodidamente apaixonada por ele de uma forma tão intensa que sentia vontade de chorar por estar ligada a um destino tão ridículo? Que estava ali porque simplesmente parecia a coisa certa? Que toda aquela desconfiança a deixava frustrada a ponto de bater nele? E então, quando ela dissesse, sim, porque ele não era capaz de demonstrar que nada – ou qualquer coisa – passasse de um laço sexual, ele finalmente a beijaria e a teria naquela porra de sofá. E ela se transformaria na mais nova versão apaixonada de Annie. Lembrou de quando os viu se beijando na noite anterior, a sensação que preencheu seu estômago, ou quando abriu a porta e os viu quase transando. Ou quando ele contara que Annie tinha a chave de seu apartamento e que eles mais transavam que conversavam. O ódio foi tanto que por um segundo Hermione se sentiu patética por ter ido até lá com ele, por ter deixado um de seus melhores amigos de infância com quem tivera uma história pra trás. O loiro dissera vem comigo? E ela falara que sim, e fora com ele mesmo sem saber aonde. Porque era essa a sensação certa, de que qualquer lugar com ele não importava. Mas no fundo ela era mesmo uma imbecil iludida. E sentia pena de si mesma. Não soube como, mas reuniu forças pra manter seu orgulho em vez de se entregar aquele jogo ridículo de perguntas, dúvidas que a forçavam a assumir seus sentimentos e consequentemente declarar sua fraqueza. E toda essa dor e frustração de raciocínio reunida a fez dizer um violento:


- Vai pro inferno, Malfoy. - E andara na direção da porta, mas sentira uma das mãos dele segurarem-na pelo pulso.


- O que faz aqui comigo? – Ele repetiu, sem desviar, observou a confusão dos olhos dela, brilhando de forma intensa. – Está apaixonada por mim. – Concluiu, abrindo um sorriso pequeno e espontâneo.


- Você é um hipócrita. – Retrucou, irritada.


- Quê? – ele falara, sem entender o sentido da frase.


- Você planejou tudo isso. – Ela o acusou, desprezando-o com o olhar.


- Eu planejei? – Ele falara. – Ah claro, eu realmente planejei mesmo que do nada você fosse correr atrás do pobretão sabe se lá porque pra no fim estarmos aqui e eu descobrir que está apaixonada.


- É pelo sexo, certo? Tudo com você é sempre pelo sexo. – Ela formulou, desafiando-o.


Ele não respondeu. Ótimo. Exatamente como ela pensava.


A dor contraiu em seu estômago e tudo o que ela quis foi chorar, mas não o fez, porque sentiu o braço dele envolver sua cintura e beijá-la.


E não foi um beijo como os outros, foi forte e violento. Foi como se ela dissesse que o odiava, que o desprezava, que ele era um imbecil e investia contra a boca dele com toda a força, agressão e desejo que sentia.


Ele parecia tocá-la da mesma forma, com os olhos bem fechados, enquanto a colocava sobre o sofá. Merda! Exatamente como Hermione havia dito! Ele pensou, erguendo-a de novo e entre beijos levando-a até o quarto.


Queria provar a ela que não era só isso, que ele não era nenhuma máquina de sexo nem nada. Mas nem ele tinha certeza se sentia alguma coisa. Se aquilo era alguma coisa. Ela era mais do que atraente, claro, mas... ah merda, dane-se, pensou, enquanto ficava por cima dela e descia os beijos pelo pescoço da castanha.


Abrira os olhos naquele momento e a observara ofegar de olhos também fechados, até vê-la abrir os mesmos, e agressivamente puxara a cabeça dele pra outro beijo, porque pra ela doía mais ficar fitando os cinzas acinzentados. E precisava mostrar a ele que se era só sexo, seria... apenas isso. Sem ligações emocionais, sem lágrimas, sem declarações, sem apego, sem suspiros, sem sorrisos cúmplices e movimentos lentos. Seria forte, violento e totalmente casual.


Se todas as mulheres eram tão loucas por ele, tão excitadas por ele, e ele estava simplesmente ali, bancando o inimigo incubadamente atraído, e por fim ela entendera – ele a fizera ver – que nada passaria nunca de sexo e quanto mais tempo estivesse esperando algo mais, mais se machucaria, mais encontros ele estragaria, ela percebeu que precisava acabar com tudo e paradoxalmente a melhor maneira de acabar com tudo era entregar-se, e logo ele a deixaria em paz.


As mãos de Draco Malfoy corriam por todo o seu corpo de forma ágil, tocando-a a fim de deixar sua marca em cada extensão de pele visível. Enquanto sua boca sugava e mordiscava a curva do pescoço dela, fundo...


À noite.


Hermione acordou ainda ao lado dele. Ótimo, pelo menos ele não vestira a roupa e fora embora. Só então lembrou-se que ele não faria isso, porque estavam na mansão dele. Respirou fundo, dando-se conta que ele podia ser o cafajeste mais fingidamente sincero que existia e dormindo ele parecia tão... Inocente. Sentiu ânsias de se aconchegar mais a ele. Mas não podia, tinha que ir, antes que ele acordasse. Transara com ele. Agora estava feito. Tinha que parar de acreditar que seria diferente. Ergueu-se da cama, juntando as roupas caídas no chão e começara a colocá-las com pressa.


Prendeu o cabelo de qualquer forma e apanhou o par de saltos. Pronto.


Surpreendeu-se quando notou a figura do loiro fitando-a em silêncio, de olhos abertos.


- Normalmente é o contrário, Granger.


- perdão?


- O contrário: a garota dormindo e eu arrumando minhas coisas e pensando numa maneira de só dar o fora do quarto.


- Claro. – Ela concordou, suave.


Merda, a voz dele era baixa e ele era tão assustadoramente lindo. Merda, merda, merda..!


Sentou-se em uma poltrona para calçar os saltos, enquanto ele não desviava o olhar.


- Fugindo, Granger? – Perguntou, irônico.


Touché. – respondera, antes de aparatar.


Draco quase bateu em si mesmo. A probabilidade de ela acreditar que fora só sexo aumentara. Mas fora só sexo, não fora? Nem ele sabia responder. Só conseguia lidar com o fato de que estava se sentindo mal. Como podia se sentir tão mal por dentro, se tivera a melhor noite da sua vida? Ela só... fora embora, entende? Como se nada fizesse diferença. E nada fazia. Não pra ele. Mas ele queria que tivesse feito pra ela. Porque ele vira em seus olhos que ela estava apaixonada. E ela merecia alguma coisa especial, porque ela em si era especial. E ela o escolhera ao invés de escolher o que precisava, o que era certo, o que daria o que ela merecesse. E apesar das imagens dela ainda estarem em sua cabeça nitidamente, ele sabia que nunca seria nada disso. Nada de compromisso, amor brega, fidelidade. Mas o Weasley, Ryan, talvez até mesmo Finningan pudessem ser isso, pudessem dar a ela isso. E a sensação de não ser bom o bastante pra Hermione o fazia sentir-se meio doente. Mas ele não era. E não acabaria a casualidade que tinha com Annie, não diria nada doce á Hermione, não deixaria de transar com outras, de ir as festas, de esbanjar seu dinheiro.


10min depois


- Ei. – Harry dissera, enquanto ela ia o abraçar com força. Haviam lágrimas nos olhos de Hermione e aquilo o fez pensar o que raios Malfoy fizera dessa vez.


- Obrigada por vir. – Agradeceu, sem querer largá-lo.


- O que ele fez?


- Harry, n-


- O que ele fez pra te deixar assim, Herms...?


Ela desviou o olhar, imaginando qual seria a reação do Potter.


- Transamos.


- Vocês o quê? – Murmurara, com a voz rígida.


- Imaginei que ele só quisesse sexo, o que sempre foi verdade, percebi que quanto mais tempo passasse, mais ia sofrer, então eu só... fiz. Pra acabar com tudo isso. – Voltou a olhá-lo, sentindo os olhos marejarem.


- essa foi a coisa mais idiota que eu já ouvi até hoje, Herms. – O moreno dissera, abraçando-a como um irmão mais velho. – E foi bom? – Ele questionou, fazendo-a sorrir pelo sentido absurdo da pergunta.


Ela batera em seu ombro, chorando e sorrindo inevitavelmente.


- Quer que eu dê uma surra nele? – O moreno propusera, fazendo-a rir de novo.


- Só quero... que tudo isso passe. – Falara. – E desculpe por ligar pra você vir aqui, sei que isso está começando cada vez mais chato pra Ginny e James, sei que eles são sua família e qu-


- Você é minha família também, Mione. – Harry falara, sensato.


A atenção dos dois foi desviada pelo telefone tocando.


Aqui é a Hermione Granger, eu provavelmente devo estar ocupada, mas deixe seu recado e eu retorno.


Piiiiiiiiiiiiiiii.


Granger, escuta, isso não precisa ser tão... estranho. Você não é a Annie. Você não é casual. Então, hmm, se quiser jantar comigo hoje, pode me ligar a qualq-


Ouvira a mensagem de Malfoy com os olhos brilhando, ok, ele queria lhe pagar um jantar, obviamente transar de novo, mas


- Alô? – Fora a voz de Harry.


E Hermione sentiu ânsias de enforcá-lo e quase pulou em cima do moreno para tirar o telefone de suas mãos, mas ele fora mais forte e a imobilizara no sofá enquanto atendia a chamada.


Ah, merda.


- Potter? – Draco vociferou, sentindo seu peito uivar de raiva por aquele imbecilzinho estar lá. O que ele fazia lá, PORRA?. – O que faz aí?


- isso não é da sua conta, tsc tsc tsc.


- Passa esse telefone pra Granger.


- Por quê? – Harry perguntara, frio. – Pra dar uma de ciumento e tirar satisfações com ela? Vocês não tem nada um com o outro. Nem amigos são. E quantas vezes possíveis a Herms precisar de companhia e eu puder estar aqui, eu vou estar. Já você, Malfoy, tsc tsc tsc... Passar bem. – E batera o telefone.


- POR QUE FEZ ISSO SEU... GRRRR, IDIOTA! – Ela gritara, possessa.


- Quer ou não quer esquecê-lo, Mione? – Harry perguntara. – precisa se esforçar, conseguir distância, duvidar do que ele diz.


Ela colocou uma das mãos cobrindo o rosto.


- Tem razão...

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Comentários (3)

  • Flor do Inferno

    concordo com Harry, Malfoy está confuso pow, nem ele sabe se é apenas sexo ou não, melhor Hermione se dar o valor e fazer o Draco babar querendo mais mahahaha estou adorando essa fic!!!!

    2014-01-16
  • Estherly

    NÃO! ELE NÃO TEM RAZÃO!! O POTTER NÃO ESTÁ DIZENDO NADA SENSATO!! NÃO ESCUTA ELE!! CORRA PARA O MALFOY!!!!

    2012-02-11
  • Mayara_15

    Eu comecei a ler a fic e agora e achei bem legal por favor ñ demora apostar

    2011-03-05
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