O homem errado.



O homem errado.


 


- Ele é irritante, arrogante, prepotente! Nós nunca daríamos certo! Ele iria me fazer sofrer, me trocaria pelas noites cheias de badalação e por uma loira com um perfume barato qualquer. Ele certamente me faria chorar noites e noites, me deixaria grávida e cheia de pelancas por todas as partes, me trocaria na primeira oportunidade. Ele certamente me quer como um de seus joguinhos. É isso. Eu sou a grande obsessão de Draco Malfoy, mas somente até ele me ter! Assim que houver conquistado o que queria, assim que me levar para a cama e satisfazer seus desejos vai me largar como umazinha qualquer. Mione, para ele eu sou uma qualquer! Ele quer reviver a nossa noite e pronto. É só isso.


            Hermione ouvia a tudo pacientemente, preparando o chá da amiga. Revirou os olhos ao ouvir pela milésima vez aquele discurso, o qual a ruiva havia preparado diante do espelho ou num café qualquer. Não importa. Porque somente ela não entendia o que estava acontecendo?


-... E ele vai então jogar na minha cara o quanto eu sou sem sal, pobre, mal amada, rejeitada. Vai certamente dizer que eu sou ridícula perto da magnitude daquele ser louro, vai esfregar nas minhas fuças que sou sua cadelinha, seu poodle particular.


            Hermione bufou e decidiu optar por medidas drásticas. Desligou o fogão e, com um aceno de varinha, serviu o chá com bolachas e, de quebra, encheu um copo com água fria. O mesmo copo que foi inteirinho jogado bem na cara da ruiva.


- Finalmente, silêncio! Olha, isso não é bom Ginevra? – a mulher passou pela ruiva bufando e sentou-se no sofá, passando-lhe a toalha que conjurara enquanto a amiga tinha um surto de raiva. – Agora seja uma boa moça e sente-se aqui, Ginevra.


            Com cara de buldogue, Gina sentou-se perto da amiga, que lhe passou o chá.


- Antes de tudo, eu não posso te ajudar com o divórcio. E mesmo que pudesse, não ajudaria. E Ginevra Molly Weasley, trate já de guardar essa varinha ou juro que te jogo uma imperdoável. Sua ruiva estúpida, será que não percebes?


- Perceber o que? – sua voz estava igual à de uma senhora ranzinza de oitenta e nove anos.


- Que estás amando o Malfoy! Ele pode parecer errado e estúpido, totalmente o oposto de você. Mas Ginevra, por acaso Ronald e eu somos compatíveis? Temos alguma coisinha em comum?


            A ruiva finalmente desfez o bico e olhou para a amiga com um quase sorriso.


- Você está querendo me dizer que daríamos certo?


- Gina, só mesmo tentando para descobrir.


            Em êxtase, a ruiva pegou a bolsa, calçou os sapatos, deu um beijo demorado na morena e saiu.


- Gina, GINA, MAS ESTÁ CHOVENDO! VOLTE AQUI, SUA LOUCA! GINA! PELO MENOS CONJURE UMA...


            A ruiva não queria nem saber. O mundo poderia estar caindo, encontraria seu marido. Seria de seu marido. Sem pensar no futuro, nas preocupações, no certo ou no errado. Somente em seu louro.


 


N/A: Fic = 499 palavras. Por uma palavrinha não estouro o limite!! HAHHAH! Essa é a fic de número 7 da série. Ainda teremos duas! E, como devem ter percebido, este é o POV da Gina antes do fatídico encontro em “Bonequinha de luxo”. ;]

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