Kiss Kiss, Bang Bang.



Kiss Kiss, Bang Bang.


            Não sabiam o que fazer. Encontravam-se completamente pasmos com a situação em que haviam se metido. Casar? Draco? Gina? O loiro engoliu em seco. Olhou mais uma vez para a ruiva a sua frente, enlouquecido, fora de si. O coração ainda a milhão. Deu um curto passo para frente, olhando-a inquisidor. A pequena repetiu seu feito. Assim o fizeram até que estavam pertíssimo, perto o suficiente para que Draco sentisse o anel tocando seu peito. Franziu o cenho. Finalmente encontrou a voz.


- Você...?


- Nós...?


            A ruiva olhou para baixo, para o dedo, de volta aos olhos azuis e então para a cama. Pensar que tudo havia começado num banheiro...


- Precisamos anular.


            As palavras do loiro atingiram-na em cheio. Deveria ficar mais do que contente com aquilo, mas surpreendeu-se ao sentir algo dentro de si esmorecendo, como se um pequeno pássaro dentro de si visse o sol pela primeira vez e, então, uma nuvem o encobrisse. Mesmo assim, concordou. No entanto, o desapontamento também se refletiu nos olhos de Draco, coisa que não passou despercebido pela esposa.


            Afinal, havia sido a noite mais incrível que poderiam ter vivido. Assim que pronunciou as palavras, Draco desejou retirá-las. Não entendeu porque, mas não sentia a mínima vontade de deixar a ruiva. Precisava concertar. Mais uma vez Ginny baixou os olhos para o anel e só voltou a olhar o marido quando o mesmo passou a ponta dos dedos por seus ombros.


- Não que eu esteja ansioso por me separar de você, ruivinha, afinal poderíamos nos divertir mais um pouco como marido e mulher.


            Ficou rubra e não sabia se era ódio, ou vergonha. Vergonha de si própria por saber que aquele mesmo pássaro agora cantava eufórico com a perspectiva de continuar a brincar, por poder ver o sol novamente.  Ódio, por saber que adoraria continuar a ser sua esposa, sem entender o porquê. Aquele era o Malfoy, não deveria jamais sentir tais coisas.


Muito menos o arrepio que lhe subiu pela espinha ao sentir os dedos do louro passearem por suas bochechas, exatamente onde estavam vermelhas.


- Ruiva, você é realmente quente. Ainda mais num banheiro.


            Plaf.


- Não ouse contar isso a alguém. Jamais.


            Draco apenas riu e esfregou a face dolorida enquanto a ruiva mais ardente do universo colocava um vestido, prendia os cabelos apressadamente e corria para fora do quarto. E ele pensando que poderia lhe roubar mais um beijo, como fizera na noite anterior.


“Uma pena”, pensou. As coisas poderiam ficar muito mais quentes se conseguisse, logo após o beijo, arrastá-la ao banheiro. Gina certamente sentia os efeitos de uma reação química poderosa com a junção louro+beijo roubado+banheiro.


Gina pensou exatamente a mesma coisa ao sair do quarto. Deveria estar louca. 

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