Capítulo 12



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No capítulo anterior...


 — Eu também vou. — disse Hailey. — Se precisarem de mim, meu quarto é a primeira porta à esquerda do corredor. Boa Noite.


 


    Após isso, todos se despediram e foram se deitar, querendo uma boa noite de sono para se prepararem para o dia seguinte. O dia que muitos juraram que não aconteceria: o Casamento de Sirius Black e Marlene McKinnon.


 


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No capitulo de hoje...


    No meio da noite, enquanto muitos dormiam, uma pessoa apenas se revirava na cama. Não conseguia dormir.


 


    Cedrico levantou-se da cama e ficou um tempo em pé, parado, apenas pensando... Deveria estar pensando em sua namorada a Cho, mas não era nela. A pessoa que tomava seus pensamentos era a filha mais jovem de seus padrinhos. Essa pessoa era Hailey Potter.


 


    Saiu de seu quarto somente com a calça do pijama. Não gostava de usar o pijama completo, suava muito à noite, por isso usava apenas a calça. O garoto andava pelos corredores da mansão Potter sem tomar rumo algum, parecia ser o único acordado. Pelo menos era o que achava.


 


    Decidiu ir até a cozinha, comer alguma coisa. Sabia que o seu padrinho, o patriarca dos Potter, não se incomodaria com isso. Caminhava, mas não conseguia achar a cozinha, parecia nunca chegar lá. Desceu as escadas, e foi para o andar de baixo, com cuidado, evitando fazer barulhos.


 


    Finalmente, havia achado a bendita cozinha, mas não parecia ser o único a estar lá. Assim que entrou, viu uma sombra feminina de costas para ele, mexendo em alguma coisa nos armários. A garota não parecia ser muito alta, tinha os cabelos vermelhos e era dotada de belas curvas, dificilmente aparentando estar no auge de seus 12 ou 13 anos.


 


    Ela não parecia ter notado a presença do rapaz ali. Cedrico não falou nada, apenas caminhou silenciosamente até a geladeira com o propósito de abri-la, mas antes olhou bem para a garota ao seu lado. Ele sabia que conhecia aquela ruiva.


 


    A garota parecia não conseguir abrir uma das portas do armário, e soltou um suspiro frustrado. Cedrico se virou para encará-la, mesmo ela estando de costas. Ela usava umacamisola branca com detalhes em rosa que deixava à mostra o corpo que já se mostrava ser escultural para uma menina de 12 anos.


 


    Os longos cabelos ruivos caiam em cascata até a cintura. A garota lutava, em vão, para tentar abrir uma das portas no armário. Cedrico se aproximou por trás da garota e, em um sussurro rouco, perguntou:


 


    — Precisa de ajuda?


 


    A garota se virou no mesmo instante, assustada. Mas conteve o grito. Estava totalmente surpresa por ver aquele belo ser a sua frente, e ainda por cima sem a parte superior de seus trajes. Cedrico tinha um ótimo físico, poderia deixar qualquer garoto com inveja e qualquer garota babando por ele. Mas era modesto demais para isso.


 


    Gaguejando, ela falou:


 


    — M-me des-desculpe, ach-chei que n-não tinha ninguém acordado.


 


    — Também achei isso quando acordei, mas está tudo bem. Eu só vim pegar um pouco água, não estava conseguindo dormir. Precisa de ajuda para abrir isso? — disse Cedrico gentilmente.


 


    — Ahn... Claro. Se puder me ajudar... É que eu não estava conseguindo abrir, e deixei a minha varinha no quarto. — ela respondeu.


 


    — Está tudo bem. – ele disse com um sorriso lindo.


 


    Cedrico se aproximou mais dela e abriu a porta com facilidade. A garota prendeu o ar, corada com proximidade dos dois.


 


    — Obrigada. — ela disse quando percebeu que ele já havia aberto a porta do armário.


 


    — Não a de quê. — ele respondeu. A garota percebeu o olhar que ele deixou recair sobre ela, e corou ainda mais. Cedrico achava Hailey um prodígio de garota, bonita e atrativa demais para uma garota da idade dela. — Não precisa ficar envergonhada Hay.


 


    — Tudo bem. — ela disse.


 


    — Pode contar comigo sempre que precisar. — ele disse se afastando dela e indo em direção à geladeira. Abriu-a e pegou uma jarra, despejou a água num copo que jazia perto dali. Guardou a jarra, e fechou a geladeira, tomando a água em seguida.


 


    O silêncio se instalou no local, mas nenhum dos dois queria sair dali. Hailey gostava demais de Cedrico para querer ficar longe dele. E ele não sabia o que, mas algo o fazia prender sua atenção nela. Tentando interromper o silêncio, Hailey perguntou:


 


    — Então... Por que não conseguia dormir?


 


    — Não sei, simplesmente não conseguia. Acho que estou um pouco ansioso com a grandiosidade do que vai acontecer este ano. – mentiu. A verdade era que a própria Hailey, não saía da cabeça dele.


 


    — Não fique preocupado. Confio muito em você e no meu irmão. Sei que os dois têm capacidade para ganhar esse torneio. – disse Hailey, em um gesto involuntário tocou o rosto de Cedrico, acariciando-o.


 


    — Obrigado pela confiança. – ele respondeu e prendeu-lhe em um forte abraço.


 


    O toque de seus corpos um no outro, fez uma corrente elétrica percorrer o corpo de ambos. Separaram-se envergonhados, e resolveram ir para seus quartos, para tentarem dormir novamente. Mas, dessa vez, dormiram tranquilamente, com a lembrança do que houvera na cozinha povoando seus pensamentos e sonhos.


 


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    Era manhã em Godric’s Hollow e, na casa dos Potter, era servida a primeira refeição do dia: O café da Manhã.


 


    Todos se encontravam à mesa, apreciando o ótimo café preparado por Lílian Potter. Bolos, cafés, chás, pães, frutas, e várias outras coisas deliciosas se encontravam à mesa. Tiago Potter vivia a se gabar de como tinha a mulher perfeita: bonita, compreensiva, boa de cama e que cozinha muito bem. Claro que a sua mulher lhe estapeava o ombro quando ele dizia que ela era “boa de cama” em público.


 


    Em uma ponta da mesa estava Tiago e, na outra, Lílian. Era costume deles se sentarem assim. Ao lado direito de Tiago estava Harry, que era um dos filhos que o pai mais tinha orgulho, seguido de Hailey, Sirius, William, Remo, Neville, Molly, Rony, Jorge e Hermione. No lado esquerdo da mesa, os demais se encontravam na seguinte ordem: Alice, Amos, Sarah, Arthur, Frank, Marlene, Cedrico, Gina e, ao lado de Lílian, Fred.


 


    Surpreendentemente, o café terminou mais rápido do que o costume. Enquanto as mulheres mais velhas da casa iriam ajudar a preparar a noiva, os homens mais velhos tentavam ‘dar um jeito’ em Sirius. Hailey, Hermione e Gina resolveram sair para fazer compras no vilarejo, comprar os vestidos que iriam usar no casamento. Cedrico, Rony, Fred, Jorge, Harry e Neville resolveram ficarem em casa jogando xadrez de bruxo e snap explosivo. Todos já tinham suas roupas prontas, pois o Sr. Potter fizera questão de comprar antecipado.


 


    As garotas andavam por todas as lojas do vilarejo, em busca de um vestido perfeito. Entraram em uma loja onde havia lindos vestidos. E, claro, cada uma acabou achando o vestido perfeito para usar no casamento.


 


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    O tempo passou, e acabou chegando a hora do casamento. Tudo já estava arrumado, aconteceria no grande jardim da casa dos Potter. E estava tudo extremamente lindo.


 


    Algumas horas depois, e com muita luta Sirius Black conseguiu dizer “aceito”. Mas isso depois do discurso que era mais ou menos assim:


 


    “Marlene, minha Lene. Saiba que é muito, mas muito difícil pra mim abandonar essa vida maravilhosa sem compromisso. Mas você sabe que por você eu faço qualquer coisa. Com muito orgulho, eu Sirius Gatão Black, aceito ser teu marido.”


 


    Claro que, Marlene não deixou por menos:


 


    “Sabe Si-si, nos tempos em que estudávamos em Hogwarts, nunca imaginei que um dia casaria com Sirius Black. Mas devo admitir que eu sempre senti uma quedinha por você. O garotão que conseguia todas de Hogwarts, sempre me encantou. O jeito como o cabelo caia delicadamente no rosto, o jeito largado de ser e não deixar se abalar por nada, simplesmente fez eu me apaixonar por você. Para minha sorte, entre todas as garotas que Sirius Black já conquistou, eu fui a única que cheguei a ser amada por ele. E isso me deixa muito feliz. Saber que o homem que eu amo, mesmo ele sendo um galinha, me ama também. E é com uma grande felicidade, que eu aceito me tornar Marlene Black.”


 


    Horas depois, com todos se divertindo, ninguém percebeu vinte e oito comensais chegando perto do local. Bom, quase ninguém.


 


    Hailey estava bem na porta, entediada. Queria falar com Cedrico, mas não conseguia. Ele sempre estava ocupado com alguém falando com ele. O vestido preto rodado balançava ao vento frio que fazia ao lado de fora da cabana que haviam montado para realizar o casamento. Os longos cabelos ruivos balançavam ao vento.


 


    Bebericava algo qualquer que estavam servindo, quando sentiu uma presença atrás de si. Virou-se e constatou um garoto alto, de cabelos castanhos escuros e olhos acinzentados. Cedrico se postou ao lado dela e perguntou, enquanto bebericava o conteúdo de sua taça:


 


    — O que foi? Por que está aqui fora?


 


    Ela não sabia o que dizer. Esperou tanto por essa oportunidade, uma oportunidade pra falar com ele, mas agora não conseguia dizer nada. Aquela perfeição ao seu lado a deixava sem palavras.


 


    — Eu... Estava... Entediada. — murmurou.


 


    — Hmm... Você... — mas ele não pôde terminar de falar. Vinte e oito criaturas estavam, repentinamente, na frente deles.


 


    As ‘criaturas’ usavam capas pretas longas com capuz, e uma máscaras cobrindo seus rostos por completo.  Um deles, assim que percebeu quem era Hailey, logo apontou a varinha para ela e disse:


 


    — Ora, ora, ora... Se não é a filha mais nova dos Potter. — disse o sobrenome com a voz carregada de desgosto.  — Ela está bem bonita, não acha Dolohov? — disse o comensal, apontando para Hailey e olhando para outro dos comensais, que deveria ser Dolohov.


 


    — NÃO OUSE FAZER NADA A ELA! – rosnou Cedrico, em um ato involuntário.


 


    Ele não sabia por que gritara aquilo. Não sabia por que deveria defendê-la. Ele simplesmente tinha esse instinto de protegê-la quando estava muito perto dela. Mas não sabia explicar isso.


 


    — Ora, ora... Tens um namorado, Potter? As crianças de hoje estão começando isso bem cedo não achas Mulciber? – disse Dolohov, dirigindo-se ao comensal que havia falado antes.


 


    — Não ouse triscar um dedo sequer nela! — gritou Cedrico, se pondo à frente de Hailey, no intuito de defendê-la.


 


    Ao ouvirem a gritaria, as pessoas da festa logo foram para a porta da casa para saber o que estava acontecendo. Sirius logo se irritou ao ver do que se tratava:


 


    — COMENSAIS? MAIS QUE COISA! NEM EU MEU CASAMENTO EU TENHO SOSSEGO! MAIS QUE DROGA! — berrou com irritação.


 


    Sirius tirou a varinha do smoking, e apontou na cara do primeiro comensal que tinha ali:


 


    — O que vocês vieram fazer aqui?


 


Marlene apareceu logo atrás do noivo, com um semblante igualmente irritado, mas ainda deslumbrante em seu vestido branco.

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