Dia 2 – Perdoe



 


Como eu já havia falado, minha viajem fora bem divertida.


Eu ri muito.


Sirius sempre encenando as histórias junto de Rabicho.


O trem infelizmente parou.


– Agora que eu ia contar sobre a Casa dos Gritos – disse Sirius.


– Me conte no Salão Comunal, temos o ano todo! – eu ri.


Abrindo a porta do vagão eu encontrei os olhos amargos de Snape.


Eu respirei fundo.


Mas fora suficiente.


Ele penas olhou de raspão, sua cabeça logo se virou para frente e ele continuou caminhando.


Seus amigos vinham atrás.


Narcisa e Lúcio pareciam estar se dando muito bem.


Eu suspirei.


– O que houve Lílian? – disse Potter.


– Nada – menti.


Eu estava incomodada com o novo Snape.


 


Ao chegar em Hogwarts tudo fora igual.


A não ser pelos meus novos companheiros de mesa.


Eu estivera bem próxima de Remo desde meu quinto ano, mas só em motivos escolares.


Algumas vezes sentávamos juntos para estudar ou comer, mas algumas vezes.


Mas dessa vez, no jantar, eu estava acompanhada dos meninos mais cobiçados por todas.


Principalmente Potter.


A janta fora deliciosa, era de se esperar.


A noite, eu escutei mais algumas aventuras de Potter e seus amigos


– Ok, chega por hoje pessoal. É sério, minha cabeça esta explodindo com todas essas informações – eu dizia enquanto Sirius estava em cima do sofá encenando  a cena contada.


– Ah Lily, na melhor parte! – disse Remo, ele parecia realmente animado.


– Ok, me contem amanhã. E pensem como farão  o Salgueiro Lutador! – eu disse. – Boa noite pessoal.


– Boa noite Lily! – eles disseram.


– Boa noite Lily – disse Potter, um pouco depois.


Eu caminhava em direção ao dormitório feminino, mas resolvi olhar para trás.


Os olhos de Tiago eram realmente cativantes.


Eu parei e me virei para ele.


Eu ri.


– Boa noite! – eu sussurei.


– Boa noite! – ele correspondeu o sussuro!


Eu fui dormir.


Na minha cama eu debati comigo mesma o meu comportamento com os marotos.


A mudança de Snape.


Eu estava fazendo errado em me aproximar daqueles que só queriam o meu bem?


E lutar contra meu melhor amigo, que agora estava cercado por más influências?


Não pensei mais, o sono me tomou conta.  


 


Naquela manhã, nossa primeira aula era quadribol.


E como de costume, Potter era um dos capitães dos times que formávamos para fazer jogos.


E o outro, Sirius.


Os dois sempre gostaram de ser rivais em jogos, era emocionante.


– Eu escolho a Evans – disse Sirius.


Eu estava bem atrás do bolo de alunos da Grifinória.


E todos se viraram para mim.


Eu estava olhando minhas unhas.


Logo parei.


Encontrei vários olhos, e olhares repugnantes.


Eu não sabia jogar, sempre fui a ultima a ser escolhida ou me oferecia para narrar as partidas entre a nossa casa.


– Como? – eu olhei para Sirius.


– É, você Lily – disse ele.


Eu não sabia o certo, mais ele estava ficando louco.


Ele era o primeiro a escolher quem iria jogar para o time dele e ele me escolheu.


Tiago só ria.


Eu fui em direção a ele, e entrei na brincadeira.


– Qual minha posição capitão? – eu disse sorrindo.


– Goleira! – ele me olhou ironicamente.


Eu olhei para Tiago.


Ele riu, denovo.


Eu estava ferrada, sabia.


 


O jogo começou.


Eu estava nas goles, esperava que ninguém me jogasse nenhuma bola.


Eu estava apreensiva.


Odiava Quadribol!


Nunca fui boa nisso.


Eu preferia estudar História da Magia e Poções três dias seguidos.


Eu não conseguia olhar para o chão.


O meu medo de altura era algo que eu odiava.


– Não olhe para baixo Lily. Não olhe! – eu dizia a mim mesma.


– Se não abrir os olhos você nunca vai rebater nenhum bola! – ele afirmou.


 Eu abri os olhos, Potter estava ao meu lado.


– Vai a merda Tiago! Você se acha porque é b...


Não terminei a frase.


Uma bola preencheu meu rosto.


Eu me soltei da vassoura.


A dor estava presente em meu corpo, agora.


Eu senti o vermelho do meu rosto queimar.


Eu caia da vassoura mais não me preocupava com a queda.


O braço de Potter encontrou minha cintura.


Minhas mãos estavam ocupadas demais em meu rosto.


– Temos que levá-la para a Ala Hospitalar! – disse Potter


– Foi só uma bolada! – disse a professora!


Eu não conseguia falar, estava ocupada demais tentando parar de sentir dor.


– Eu vou levá-la! – disse Tiago!


– Não! – eu disse – É capaz de você me causar mais uma distração inútil e eu me matar! – eu disse caminhando na direção do castelo.


– Espera! – Disse Tiago.


Eu corri.


Procurei forças, olhei para trás.


Já estava um pouco longe do campo.


Mas nãos vinham os alunos, vinha só Potter em minha direção.


Eu entrei no castelo e corria em direção a Ala Hospitalar.


Fui interrompida, mais uma vez, pelos braço de Potter.


Ele me prensou na parede.


– Me deixa Tiago! – eu disse tentando empurrar ele.


– Lílian – ele tentou se conter em meio aos meus tapas – eu estou preocupado com o seu rosto.


– Por quê? – eu parei de dar tapas nele.


Eu sabia que Potter sempre tentou ser simpático comigo, mais sua arrogância era extremamente irritante.


Sempre atrapalhou nossos diálogos.


– Eu me preocupo com você – ele afirmou.


Meu corpo estava remoído por dentro.


A dor do meu rosto se espalhou pelos meus braços, pernas e tronco por completo.


Eu me encostei na parede, por livre e espontânea vontade.


Eu suspirei.


Potter me olhava com delicadeza.


Seus óculos estavam totalmente tortos.


– Já faz um tempo – ele começou


Seu rosto foi ficando próximo ao meu.


Eu sentia o hálito de menta que vinha dos lábios dele.


– Que eu tenho que lhe pedir desculpas!


– Desculpas?


– Sim.


Ele hesitou.


– Por tudo que eu fiz com Snape. Era legal incomodar alguém indefeso, mas sei lá.


Tiago Potter pedindo desculpas pelo que fizera com Snape? Uau!


– Acho que deve falar isso para ele – eu disse


Meu lado arrogante e irônico falou mais alto, ele merece!


– Você é irritante Evans! – ele afirmou, suas mãos estavam envoltas aos meus braços.


– Igualmente Potter! – eu disse com o nariz empinado.


Seu rosto estava em minha direção, e seus lábios em direção aos meus.


Sua respiração era calma, a minha não.


Suas mãos se soltaram de meus braços e encontraram minha nuca.


A mão de Potter encontrou meus cabelos, seus dedos se alinharam a eles e ele puxou meu rosto para perto do dele.


Talvez ele tirasse de letra seduzir uma garota.


Ele era quem todas as garotas queriam.


Eu o empurrei.


Não fora com força, mais ele entendeu que eu não queria.


– Volte para o seu quadribol Potter! – eu disse caminhando em passos longos e com uma das mãos em meu rosto avermelhado.


A Ala Hospitalar parecia um lugar tentador para ir.


Ele sabia que eu estaria lá.


Mais não poderia ir.


– Me desculpe! – ele gritou no final do corredor.


– Sem problemas! – eu disse apertando os lábios.


Virei para a esquerda.


Encontrei as escadas que teria de subir.


O quarto andar estava longe, mais eu chegaria.

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Comentários (2)

  • Lana Silva

    Hum...Quase beijo *-* Dá logo uma chance pra ele Lily kkkkkk

    2011-12-18
  • Luna Prongs

    To gostando bastante dessa fic...heehevc jah deve te percebido q eu tenhu mania de comenta mais faze oq?bjs

    2011-04-26
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