Tapas e beijos



" A mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar" - Leonardo da Vinci

Fui sem pressa nenhuma até a aula de DCAT. Com os dentes trincados de ódio e de dor. No meio do caminho encontrei Jéssica, ela me olhou com nojo quando eu passei.
- O que eu fiz pra você ? - falei sem pensar.
- Nasceu, Lennox. - ela disse usando um tom que não era dela, um tom de ódio , nunca, nem mesmo com Kempter, ela usara esse tom.
- ÓTIMO, ME DESCULPE POR TER NASCIDO, VOSSA ALTEZA. VOCÊ E RIDDLE JÁ PODEM FORMAR UM FÃ CLUBE,PORRA
Nem eu mesma acreditei ter dito um palavrão tão vulgar. Mas não hora, não liguei, só queria sair de perto de Jéssica Voksuijil, de Tom Riddle... do mundo.
Dei meia volta. Quem liga pra aula de DCAT ? Eu queria ir pro Salão Comunal ler alguma coisa e me acalmar.
Mas como eu já disse, as desgraças nunca vem sozinhas, pelo menos não comigo.
Enquanto eu andava, encontrei Catherine Kempter.
Inferno.
- VADIA - ela gritou pra mim, ah que ótimo, ela queria brigar - O TOM É MEU.
Não aguentei, tive que gargalhar daquela cena.
- E o que eu tenho haver com isso ? Ai ai, vê se cresce, sua...
Fui interrompida por um jato de luz verde que ela disparou, e passou a centímetros de mim.
Maldição da Morte. Eu fiquei.. p***. Peguei minha varinha e berrei :
- DEPRIMO.
Kempter foi comprimida, pude ouvir os estalos de seus ossos se quebrando. AH MÉRLIN, O QUE EU FIZ?
Fiz um aceno com a varinha e o feitiço se desfez
Ela caiu desmaiada no chão.
Olhei apavorada. Eu sou um monstro.
- Mobilicorpus - falei.
O corpo dela levitou, conduzi ela até a Ala Hospitalar.
Mérlin... tomara que não tenha causado um dano sério.
Cheguei até a Ala Hospitalar e escancarei a porta.
Estava completamente vazia, a não ser por Avery, que nos fitava com curiosidade.
A enfermeira logo saiu de sua salinha, estranhei não ser Madame Pomfrey.
- AH MEU DEUS O QUE ACONTECEU ? - ela berrou.
- Hã... - falei
Ela fez um aceno com a varinha e o corpo desacordado de Kempter foi deitado na cama que ficava na frente da de Avery.
A enfermeira cuja qual não sei o nome começou a murmurar encantamentos e eu ouvi os estalos dos ossos de Kempter voltando ao lugar.
Suspirei aliviada, pelo visto não fora nenhum dano grave.
Sentei na cama ao lado de Avery e fiquei vendo e enfermeira trabalhar.
- Pelo visto eu não sou o único que ataca pessoas inocentes - Avery disse.
- Ela tentou me matar - me expliquei - o que Tom fez com você ?
- Tom - notei o tom respeitoso em sua voz - só me deu o que mereci.
- Ah - não me convenceu - você sabe porque a Jéssica estava chorando ?
- Ela é histéria, ficou preucupada comigo - ele deu os ombros, pelo visto isso doeu, porque sua expressão de contraiu - mas dane-se, gosto dela mesmo assim. É que nem Tom com você.
Acho que ele estava puxando assunto pra se redimir, mas não pude deixar de arfar com o comentário dele.
- Co-como assim ? - corei.
- Veja bem, cada um é atraído por uma coisa. Eu, por meninas histérias. - ele riu - já Tom nunca tinha tido, ér, atração por nenhuma garota. Porque elas não eram exatamente o que ele queria.
- Não estou entendendo - falei com sinceridade.
- Você é tudo que ele mais admira, inteligente, você não estuda e mesmo assim seu boletim pode competir com o dele ; poderosa, o que você fez com essa garota é uma prova disse ; diferente, você não é igual as garotas daqui... parece até que você é de outra época. Isso tudo atrai ele, e quando uma pessoa se sente atraída, é porque gosta.
- Não entendi nada. Você está querendo dizer que o Tom gosta de mim ?
- Tom gosta de ser e ter sempre o melhor. Você é a melhor de todas as outras garotas pra ele, você pra ele é diferente, única, ele nunca tinha conhecido ninguem como você, agora que conheceu, gostou, entendeu ?
- Não entendi. - não estava entendo nada, mesmo.
- Retiro o que disse sobre você ser inteligente. - ele fechou os olhos.
A enfermeira ainda murmurava encantamentos em Kempter, resolvi sair antes que ela me fizesse passar por um interrogatório.
Eu tinha perdido a aula de DCAT e provavelmente Advinhação também.
Entrei em um corredor apinhado de gente, fui empurrada e quase cai de bunda em uma sala de aula, mas me segurei na dobradiça da porta.
Era a sala de Etiqueta, mas estava vazia, exeto por... TOM ?!
Ele conversava com o quadro de Julieta. Fiquei quieta, somente vendo.
- Você está apaixonado, meu querido - ela disse enquanto girava a rosa entre os dedos.
- Amor é para os fracos - ele disse em seu habtual tom frio.
- Amor nos torna fortes - Julieta retrucou.
- Idiota. - Tom falou com nojo na voz - então o que é essa bosta de amor, hein ? Só um sentimentozinho em vão que ocupa pessoas inúteis em suas vidinhas fúteis.
Não me aguentei, corri até ele e o abracei por trás.
Eu não sabia porque estava fazendo aquilo, eu não podia mudar o que ele se tornaria, ou poderia ?
Eu estou apaixonada por Tom Riddle ? Eu o amo ? Não ouse responder.
- Elizabeth - ele me afastou.
- Eu sei de uma definição diferente para amor. - sussurrei, enquanto me aproximava dele.
- E qual é ? - ele falou, sem o menor interesse na voz.
- O amor não pode ser descrito, apenas sentido. - fiquei na ponta dos pés, sim eu sou baixinha, e encostei meus lábios nos dele.
Ele ficou estático por dois segundos, mas em seguida passou seus braços por minha cintura e me beijou.
Acariciei os cabelos dele e fechei os olhos, ele fazia o mesmo.
Ficamos nos beijando, sentindo os lábios um do outro, se não fosse a falta de ar, nunca teríamos parado.
Ofegantes, ficamos com as testas coladas.
- Eu te amo, Tom - falei.
- Eu... - ele falou como se alguem estivesse o torturando - eu...também...sou...fraco.
Ri, e nos beijamos novamente.
Então nos separamos abruptamente ao ouvir alguem pigarrear.
É... a professora Due que pigarreou, e toda as corvinais e as lufas quintanistas que vieram para preciosa aula de Etiqueta nos olhavam interessadíssimas.
Corei até a raiz dos cabelos. Tom permanceu sem emoção.
Julieta sussurrava:
- Eu sabia, eu sabia, eu sabia !
Tom colocou o braço em volta da minha cintura e me puxou para fora da sala.
- Será que vamos pegar detenções ? - sussurrei apavorada enquanto corriamos para o Salão Comunal.
- Não, sou o aluno de ouro, o melhor da escola inteira, ela nem ousaria me passar uma detenção. E você como minha namorada também não pega uma detenção.
Parei de correr.
- Sua o que ?
- Na-mo-ra-da - ele disse com o seu sorriso zombeteiro de sempre.
- Oh, Tom. - o abracei, ele retribuiu.
- Só uma coisa - ele sussurrou no meu ouvido - você vai sempre me obedecer e nunca me questionar, estamos entendidos ?
- Ok - falei.
Alguem já notou como Tom Servolo Riddle é possessivo ?
Pois é, eu já.
*
Hogwarts não é só uma escola, devia se chamada também de Rede de Fofocas.
Quer saber porque penso isso ? Porque na hora do jantar, desde os primeiranistas até os professores sabiam de mim e Tom.
Provavelmente as malditas quinanistas haviam fofocado para os alunos e a fresca da Due para os professores.
Inferno.
Mesmo assim, acordei sorrindo no dia seguinte, eu estava total e incondicionalmente feliz. Eu sei que isso não era certo, não era certo eu me apaixonar pelo futuro Lord Voldemort. Mas o que eu podia fazer ?
Algumas coisas são indomáveis, o amor é uma delas. E de uma coisa eu tinha certeza, até meu coração parar de bater eu amaria Tom Riddle e faria o impossível para ficar perto dele.
Não importava mais para mim o que ele ia fazer no futuro. Ele ainda era Tom, um garoto que não sabia o que era amor.
Para mim, ele não era Voldemort... era simplesmente Tom, um garoto comum, meu Tom.
Assim que acordei, notei que Eileen e Jéssica já estavam vestidas.
Kempter ainda estava na Ala Hospitalar, então não precisei colocar feitiços de proteção em volta de minha cama.
- Bom dia ! - falei sorridente para Eileen. Jéssica e eu não nos falávamos desde a briga do dia anterior.
- Bom dia flor do dia pegadora de Riddle. - Eileen riu.
Revirei os olhos.
- Rachel eu... - Jéssica falou, ela já estava pronta - ontem eu não...
- Tudo bem - falei seca.
Ela de um sorriso amarelo.
Entrei no banheiro e comecei a me arrumar, demorei 20 minutos só pra arrumar o desastre que estava meu cabelo.
Quando sai do banheiro, fui com as duas para o Salão Comunal. Não trocamos uma palavra, o clima estava muito tenso entre nós.
Assim que pûs os pés lá, vi um garoto muito bonito sentado em uma poltrona. Era Tom, ele me esperava para irmos para aula.
Dei um breve aceno para as duas, que sorriram e foram para aula, e cheguei mais perto dele
- Bom dia, Tom - sorri.
 - Você está atrasada - ele disse secamente.
Bufei.
- 5 minutos. Não é considerado um atraso.
- Para mim é. - ele falou e saiu andando, fui atrás dele.
Da mesma forma repentina que o mau humor dele chegou, passou. Ele colocou o braço em volta de minha cintura e descemos para as masmorras mais profundas.
Tínhamos Poções. Como sempre em uma aula de Poções, eu fazia dupla com ele. Notei que a "gangue" nos seguia de longe, vai entender.
O observei durante toda aula. Ele tinha um padrão de comportamento muito estranho :
Ele era era perfeccionista, uma palavra errada já bastava para ele jogar o pergaminho todo fora ;
Ele era muito pontual, chegava exatamente na hora, se você se atrasar para qualquer coisa já é o bastante para ele tirar as calças pela cabeça;
Ele era muito estressado, bastava não querer obedecer uma ordem dele para ele ficar com muita raiva, mas a raiva dele não era gritar e se descabelar, se Tom está furioso, você percebe mesmo se ele estiver sussurrando.
Ele era muito calculista e frio, pensava muito antes de tomas qualquer decisão. E a opnião dele sempre é a certa, não importa se ele estiver errado, a opnião dele é a certa.
Ele era intimidador, não é atoa que com apenas palavras soltas, sua "gangue" já se borrava de medo.
Mas se quer saber, não tenho medo dele. E ele sabe disso.
- Você me observa muito - ele disse no meio da aula.
- Desculpe - sussurrei e corada, voltei a mexer a poção.
- Eu gosto - ele falou simplesmente - que cheiro você sente na Amortencia ?
Ele me surpreendeu com a pergunta.
- Sinto cheiro de mar, - corei - de sangue e de metal.
Ele sorriu zombeteiro, o sorriso que eu amava.
- Você sente cheiro do quê ? - perguntei.
- Sinto cheiro de páginas de livros antigos e sal.
Franzi a testa. Então fixei o olhar no anel que ele tinha no dedo.
Estremeci. Com delicadeza, peguei a mão dele e tirei o anel.
Foi a vez dele franzir a testa.
Coloquei o anel no meu dedo, senti um calafrio e uma dormência, mas logo passou.
- Posso ficar com ele ? - falei me referindo á Horcrux.
- Guarde bem - ele falou com uma raiva controlada na voz.
Eu sabia muito bem que alémde ter uma parte da alma dele, o anel também tinha a Pedra da Ressurreição, não ia descepciona-lo.
- Guardarei com a minha vida, Tom. - garanti.
Ele sorriu.


N/A: não gostei desse capitulo, mas não consegui fazer um melhor, brigada quem tá lendo.

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