#capítulo cinco



Capítulo Cinco
Ou
Her Prince Finally Come To Save Her


Seus olhos não saíam dele. Parecia que carregava um campo gravitacional próprio, que atraía os olhos alheios. Especialmente os femininos.


Entretanto, por mais que Marlene pretendesse observá-lo mais um pouco, não era possível. Estavam correndo como jamais pensavam ser necessário. O som das espadas cortava o ar, deixando-o barulhento e aterrorizante; a cada passo, as espadas pareciam estar cada vez mais perto.


Não sabiam para onde estavam indo, mas tinham que correr o quanto antes. E não parar, isso era mais importante. Se parassem, se se fatigassem, as lâminas, eles tinham certeza, não teriam piedade. Estavam ali para matar.


- Venham, por aqui – Sirius gritou, tentando fazer sua voz se sobressair sobre os sons atrás do grupo.


Os cavalos marchavam a todo vapor e ainda que escorregassem por alguns centímetros permaneciam no curso. Eles relinchavam, irritados. Os gritos de seus cavaleiros os assustavam e não era possível distinguir o que eles bradavam. A floresta, cada vez mais escura, à medida que eles se embrenhavam nela, zunia pelos olhos do grupo que tentava escapar. Não estava sendo agradável ou fácil fugir de homens gritalhões empunhando espadas e montados em cavalos fortes.


Sirius flanqueou algumas árvores e seguiu por uma trilha de terra batida. O cheiro de pinho infestou o ar, por conta dos vários movimentos que difundiam o aroma por toda a extensão que corriam. Dorcas achou que fosse vomitar pelo cheiro insuportável.


- E é por isso que eu prefiro navios! Detesto correr! Vamos, mais rápido, donzela – Sirius gritou enfurecido.


Marlene olhou para ele com raiva. Já estava sendo o melhor de si naquela competição de pernas. O que ele mais queria?


James tentava não deixar Lily escapar de seus olhos, correndo mais devagar do que o costume, para poder ficar lado a lado com ela. A Princesa ofegava e o ar que entrava por sua traquéia a machucava internamente. O ar estava frio e respirava muito rápido; parecia cortar seu peito.


- Mas que diabos! – Dorcas berrou frustrada.


- Nombre de Dios, quer ser carregada? – Sirius perguntou para Marlene, com fúria.


- Se você não calar a boca, juro que vou bater em você e deixá-lo para trás – Marlene devolveu, achando que mais um pouco chutaria as canelas daquele pirata.


- Tente – ele disse.


Marlene tentou, mas caiu.


- Inferno! – gritou, sentindo os olhos úmidos.


Sirius parou.


- Ah, por favor! – ele pareceu contrariado – Venha – ele puxou Marlene pela mão, ajudando-a levantar para continuarem a correr.


Eles lideravam a corrida. Ao menos, ele pensou, estava em vantagem como sempre.


Marlene e Sirius recomeçaram a acelerar.


- Não tente nada contra mim, donzela – Sirius pediu – Você pode se machucar ainda mais.


- Cale a boca – ela gritou, enquanto permanecia com os olhos alertas, esperando qualquer ataque por entre as árvores – Ah, não! – ela gemeu.


- O quê? – ele perguntou.


- Acabou.


- Perdão?


- Terminou a trilha.


- Ah, um penhasco! – Sirius ficou admirado. Nunca tinha saltado de um penhasco – Espero que lá embaixo tenha grama.


- Por quê? – os olhos de Marlene se arregalaram.


- Já vai entender – ele riu.


As pernas de ambos alcançaram mais alguns metros e, então, bruscamente, pararam.


- E agora? – choramingou a dama de honra.


- Feche os olhos e pule.


- O quê? – Marlene achou que tinha escutado coisa errada.


- Nombre de Dios, mexa-se! – ele mandou, olhando para trás; os cavalos quase alcançavam os cabelos berrantes da Princesa. Tinha que agir rápido.


Então, Marlene foi empurrada. Ela gritou.


Logo em seguida, Sirius lançou-se no ar.


- Eles... eles pularam? – Dorcas perguntou para Lily, que era puxada por James.


- O quê? – o grito de Lily saiu esganiçado e então percebeu que não avistava mais Sirius e Marlene.


- É, eles pularam! Não, não, não... não quero morrer assim! – Dorcas gaguejou.


- Acho que é a nossa única chance de sobreviver. Os cavalos não podem descer, é muito íngreme! – James disse.


Lily e Dorcas se entreolharam assombradas.


Enfim, o caminho acabou e os três pularam.


- NÃÃÃO! – ouviram alguém berrar, lá do alto do morrinho.


O grupo rolava entre troncos jogados e terra em decomposição. Tentavam se proteger da melhor forma possível, mas foi inevitável não adquirirem arranhões e alguns cortes superficiais.


Quando chegaram ao fundo do barranco, onde o solo era plano e apinhado de flores, bem diferente da relva que estavam acostumados, todos pareciam desconcertados e tontos. Estavam deploráveis, cheios e terra e machucados. Os vestidos das meninas tinham ganhado a coloração de extrema sujeira e estavam se desfazendo muito. O de Lily, rosa bebê, já nem mais tinha cor alguma. Estava enegrecido, desbotado. E as faces de todas receberam cortes; seus cabelos estavam cheios de folhinhas e pareciam revoltos à beça.


- Todos estão bem? – a Princesa perguntou, sentindo seu braço pungir.


- O que você tem na cabeça, seu patife? – Dorcas berrou para Sirius.


- Nada. Meus planos são sempre planejados na hora. E não se esqueça de me agradecer por estar viva agora, certo? – Sirius disse, apalpando o lábio inferior, que doía.


- Você... você quase nos matou, tem idéia disso? – Marlene estava lívida de ódio.


- Quase, disse bem. Mas todos estão aqui, não é mesmo?


Marlene e Dorcas rolaram os olhos.


- Juro que se fizeres mais alguma idiotice, largamos-te e nunca mais recuperará o seu navio estúpido! – a Princesa gritou.


Sirius fez uma careta de ironia.


- Agora me dirão por que estão indo para o Leste? – ele perguntou, mudando o tom.


- Queremos chegar ao Rio do Pó – James disse, por fim.


Sirius fez uma expressão de choque misturada com sarcasmo.


- Perdão?


- Precisamos encontrar uma pessoa.


- Sabe que aquela região é amaldiçoada, não sabe?


- Com certeza.


- E que construíram um muro ao redor do Vale Phym?


- O quê? – Marlene fez.


Ele olhou para cara rosto. Não conheciam a própria região?


Forasteiros!


- Estão tratando do Rio, de modo que há um controle de quem entra e quem sai da região.


- Como sabes disso, se és da Espanha? – James ficou desconfiado.


- Não volto para meu país há mais de cinco anos. Conheço este reino como se fosse meu lar – Sirius contou.


- Espere, estão tratando o Rio? – a Princesa repetiu.


- É, estão colocando minérios no solo, para amenizar os podres do Rio.


- Se estão tratando o Rio, significa que...


-... há pessoas morando na região! – Lily completou, surpresa.


- Exatamente – Sirius confirmou.


- O povoado voltou para lá?


- Não sei se é o mesmo, meu caro. Mas há um povoado lá, com certeza. E pelo que sei, daqui a alguns dias, a região estará em festa. Comemoram o dia das Deusas às margens do Rio – Sirius disse.


- O dia das Deusas? – todos perguntaram.


- Bem... não sei sobre isso muito bem. Não caço bruxas, nem as amo.


- Bruxas? – a voz de Lily ecoou.


- É, as Deusas eram bruxas.


- E elas faziam o quê?


- Pelo o que dizem, eram discípulas de Artemis. Eram as Deusas da Natureza. Traziam equilíbrio a Terra, tal como Artemis.


- Tu já viste Artemis? – Lily quis saber.


- Quando precisei dela, ela teve piedade – ele respondeu.


- E a festa é contra ou favor das Deusas?


- A favor. Admiram as Deusas da Natureza.


- Então... isso é maravilhoso! – James disse.


- Não sei se é uma boa irmos para lá mais – Lily disse.


- O quê? – James disse.


- Bem... não temos tempo para permanecer lá.


- Você não está entendendo, Princesa! A vida está se reorganizando lá!


- Olhe, eu já desfiz o trato com meu pai, já estou longe de casa e não quero me meter com Deusas.


- Qual é o problema, Lily?


- Não é uma boa idéia – afirmou.


- Bem, se ainda querem chegar lá, tenho um atalho – Sirius contou.


- É mesmo?


- Não vou confiar em você novamente! – Marlene falou.


- Certo, então espere morrer aqui – ele lhe retorquiu.


Ela fez uma careta, que ele não viu.


- Para onde vamos, então? – James quis saber.


- James, estou falando a sério... não quero ir para lá! – a voz de Lily estava falida.


- Tu estavas em pleno acordo até agora, Princesa! Preciso chegar lá! Tu me prometeste ajuda! Vais cortar teu juramento? – James a desafiou.


- James, não é esse o ponto... – Lily agora parecia hesitante.


- Bem, eu irei continuar – James disse decidido e com a expressão endurecida.


Lily ficou calada. Sentia que todos estavam contra ela. Não era para menos, também. Tinham chegado tão longe para agora retornarem de mãos vazias?


- Tudo bem – ela falou, abruptamente.


James a olhou. Pareceu feliz.


- Continuamos? – Sirius perguntou, aguardando qualquer sinal.


- Sim – James assentiu.


Começaram a caminhar, lentamente.


- Por que vieram atrás de vocês? – Sirius quis saber.


- Oi, temos a Princesa – Marlene lhe disse de modo não muito agradável.


Sirius olhou para Lily.


- Ah. E por que a querem?


- Eu não sei. Meu reino está sendo saqueado e bombardeado – Lily lhe informou pesarosamente – Minha mãe mencionou uma pedra.


- Uma pedra? Opa, tu não nos falaste isso – James interrompeu-a.


- Eu não faço idéia, James. Ela disse sobre os Gaala. Disse-me que eles a querem.


- Os Gaala querem uma pedra que está nas mãos de sua família? – Sirius franziu a testa, pensativo.


- Acho que sim. Já viu essa pedra?


- Eu? – Lily riu rapidamente – Eu não sabia da existência dela!


- Uma pedra... e você é uma Princesa... – Sirius murmurou para si mesmo, tentando desvendar a resposta do enigma.


- Bem, deve ser algo de valor – Dorcas considerou.


- Uma relíquia, talvez? – o pirata perguntou cético.


- Eu não sei – Lily murchou, desalentada.


Ficaram em silêncio por alguns minutos, até que James se recordou de um fato e o estranhou.


- Vocês perceberam que aquele homem do cavalo branco era o mesmo do outro ataque? – perguntou para as meninas.


Lily ficou com cara de assombro.


- É mesmo! – Dorcas disse.


- E o que ele quer? – Sirius indagou.


- A pedra? A Princesa? – James arriscou.


- Por Artemis! – Lily sussurrou, amedrontada.


James ficou com vontade de abraçá-la, porém achou que a Princesa não fosse apreciar o gesto.


- Não te preocupes – James lhe disse com carinho – Estamos aqui para protegê-la – garantiu.


Sirius fez uma careta, como se dissesse “Eu não estou aqui por ela”, mas ninguém percebeu nada.


- Obrigada – o peito de Lily se encheu de algo bom e morno.


Não pararam de caminhar, agora com mais calma, por um bom tempo. O terreno era mais confortável, sem pedaços íngremes ou curvados.


James e Lily caminhavam, a maior parte do tempo, em dupla. Tinham uma cumplicidade, mesmo que se conhecessem pouco e apenas há três dias, que era fácil de querer conquistar também. James achava que tinha um dever para com ela; necessitava guardá-la e zelá-la. Lily, após fazer a promessa sobre o pai dele, tinha em mente, apesar das recentes informações, sentia-se na necessidade de não abandoná-lo. Era um elo que nenhum dos dois queria quebrar. Não por causa de desapontamento, mas por causa da confiança e do sentimento que os inundava. Talvez fosse carinho, James achava.


Lily, que tinha vivido toda sua vida desejando conquistar algo, ou alguém e sendo almejada por Príncipes que nunca tinha visto, encontrava em James algo diferente. Algo parecido com sanidade mental e confiança.


Sua mãe lhe ensinara não confiar em rapazes, mas por James ela estava disposta a morrer para cumprir sua tarefa.


O dia caminhou muito devagar. As meninas, ainda que não soubessem muito lidar com piratas, estavam aprendendo a gostar do sarcasmo de Sirius, e Dorcas até já tinha aceitado James. Ela sabia que ninguém em plena consciência teria se oferecido para proteger a Princesa e estaria cumprindo a missão, de modo que por mais que não confiasse cem por cento no Cavaleiro, já era do bom tamanho que Lily confiasse. A Princesa era de difícil acesso e não confiava em quase ninguém tão facilmente; se confiava no Cavaleiro, não haveria motivos aparentes para renegar tal fato.


A noite começou a cair lentamente, mas com energia. O céu se pintou de rosa e laranja, proporcionando a todos uma nostalgia de casa. Afinal, mais um dia estava quase indo embora.


As meninas começaram a sentir um pouco de frio, o que era natural, considerando a mata fechada e a umidade. Dorcas estava tendo a sensação de estar se sentir sozinha. Parecia que Marlene estava se dando melhor com o pirata, e Lily e James sempre conversavam baixinho, como se não quisessem incomodar ninguém, ou serem escutados. Na verdade, Dorcas não estava gostando muito da proximidade da Princesa e do Cavaleiro. Eles pareciam mais misteriosos do que de fato eram.


- Hum, eu não quero parecer estraga-prazeres – Dorcas se dirigiu a Lily e a James, que dividiam uma compota de geléia -, mas acho que deveríamos parar um pouco.


A Princesa olhou para o grupo.


- Acho que devemos prosseguir por mais uns metros.


- Acha que vão encontrar outra caverna para passarem a noite? – o pirata riu, não muito convencido.


- Uma caverna seria uma boa idéia. Estaríamos mais protegidos – Marlene disse, ignorando Sirius.


- Hm, não estou vendo caverna alguma, querida – Sirius disse para Marlene em tom nada agradável.


Marlene virou-se para Lily. Apreciou a conversa dela com James. Lily parecia levemente distraída.


- Continuaremos mais um pouco, certo? – James anunciou.


Dorcas rolou os olhos. Estava começando a odiar o Cavaleiro novamente. Por que passava tanto tempo conversando baixo com a Princesa?


- Estou cansada – Dorcas disse, esperando que Lily se importasse.


- Acabou de anoitecer. Vocês estão rodeadas por dois homens. Acham mesmo que não estão protegidas? – Sirius quis saber.


- Eu estou cansada – Dorcas enfatizou.


- Dorcas, se nos recolhermos agora estaremos mais longe do Rio. Se chegarmos perto o suficiente, podemos entrar na cidade e nos instalar por alguns dias – James disse.


- Nos instalar por alguns dias? – Lily fez sua voz crescer – Não, não, não, não! Nada de dias!


- Estaremos seguros lá, logicamente – Sirius falou.


- Eu sei, mas não são preciso dias, não é mesmo?


- Lily, qual é o problema com o Rio agora? – James lhe indagou.


Lily se afastou dele, arisca e sentindo-se diminuída. Era seu pecado, não podia dividi-lo.


- Não acho que esse tal de Menfis irá nos ajudar – Lily disse, finalmente.


- O Mago? Espere. Você estão indo de encontro ao Mago? – a voz de Sirius se esganiçou.


- Ele é bom naquela bola de cristal – James deu de ombros.


- Você apenas quer consultá-lo? É por isso que está indo para o Rio do Pó? – Sirius gargalhou.


- É o lugar que sei que começarei a encontrar respostas para as minhas constantes perguntas – James lhe disse com frieza.


- Respostas para que perguntas, senhõr?


James não respondeu, mas Marlene falou por ele:


- O pai dele foi morto pelo Rei.


- Pelo pai dessa daí? – ele apontou para Lily.


- Hm, eu sou a Princesa, obrigada – Lily lhe aconselhou com rudez.


- E porque seu pai foi morto? – Sirius ignorou Lily e preferiu se focar na história.


- É o que quero saber – James disse.


- O Rei não conta essa parte na história – Marlene falou com um tom de quem se desculpa.


- O Rei conta essa história?


- É a que ele mais prefere, nos banquetes – ela respondeu.


- Interessante. Parece que... de um modo esquisito a história de todos vocês se entrelaçam – Sirius analisou, sussurrando.


- Bem, é coincidência! – Lily quase berrou, na defensiva – Meu pai matou o pai dele coincidentemente!


- Claro que sim, mas não lhes parece estranho estarem juntos aqui? – Sirius arqueou uma sobrancelha.


Lily e James se entreolharam. Nunca tinham pensado naquilo.


- Acha que foi Artemis que nos colocou juntos? – James perguntou.


- Ela nem me conhece – Lily disse com tristeza.


- Claro que a conhece! És a Princesa! – James lhe consolou.


- Acho que vocês estão no rumo certo...


- Que rumo certo é esse? – Dorcas riu.


- Acho que estão caminhando para o final da história. Para as explicações que perderam no meio do caminho de suas vidas.


- Acha que isso foi... destino? – pela voz de Lily, ela não parecia estar aprovando aquilo.


- Não sei, mas se acabarem se casando, vou achar que sim – Sirius riu.


Lily abanou a cabeça, acanhada.


- Eu vou me casar com um Príncipe – ela recordou.


James olhou para a Princesa e logo seu estômago se revirou.


Ele apenas era um Cavaleiro. Cavaleiros não se tornavam Príncipes; mas Príncipes se tornavam Cavaleiros.


Estranha filosofia.


Algumas recíprocas não eram verdadeiras.


- Quero dizer, não que... – Lily arregalou os olhos para James, sentindo-se culpada.


- Eu sei. Eu sou um Cavaleiro – ele deu de ombros, achando que estava melhor daquele jeito.


A Princesa achou que ficou um silêncio incômodo entre eles.


- Bem, agora que já está tudo conversado, acho que podemos nos ajeitar em algum lugar. Eu também estou cansado – Sirius Black disse.


Dorcas e Marlene levantaram as sobrancelhas.


- Vamos nos revezar para vigiar, certo? – Marlene disse, que tinha ficado algumas horas da noite anterior acordada, apenas vigiando.


- Eu fico acordada por mais um tempo – Lily comunicou.


- Não sei se concordo – James disse.


- Ah, que meigo. Estão agora discutindo para ver se...


- Shiiiu! – Dorcas disse.


- O quê – todos quiseram saber.


- Está vindo alguém – a garota sussurrou.


- Quem está aí? – James gritou.


- Olá? – a Princesa perguntou, aproximando-se de James.


- Espere, Princesa? – a voz perguntou curiosa e surpresa.


- Como? – a ruiva disse.


- És tu?


- Como sabe? Quem tu és?


- Sou, eu, Princesa – um homem surgiu da noite, carregando uma espada; parecia feliz por encontrá-la.


- Remus? – Lily riu, forçando a vista.


- Quem? – Dorcas perguntou, com cara de quem não tinha se convencido.


- É o Remus. Ele era menino quando saiu do castelo, lembra? – Marlene disse, sorrindo para o rapaz.


- Não, não me recordo dele – Dorcas fez uma careta.


- Tornei-me Cavaleiro, senhoritas – Remus Lupin disse orgulhoso.


- Verdade? – Lily riu.


- Claro – disse ele, mostrando a todos a espada brilhante – Mas o que estás fazendo aqui, Princesa? Principalmente com esses dois cavalheiros... – a expressão de Remus se franziu.


- O reino foi atacado. Estou fugindo.


- É mesmo? – o Cavaleiro pareceu muito surpreso.


- A Rainha disse que são os Gaala – Marlene contou.


- Os Gaala? – Remus riu.


- O que foi?


- Os Gaala não têm mais muito poder. Duvido que queiram entrar em conflito com outros reinos.


- Então... quem me quer? – Lily ficou em dúvida e mordeu o lábio.


- Bem, alguém que realmente a quer morta – James virou-se para ela.


- Já fomos atacados duas vezes.


- É, e é sempre o mesmo homem gorducho que comanda as operações... – James disse, achando que aquilo pudesse ajudar.


- O que isso quer dizer?


- Que a mesma pessoa que quer a princesa, quer a todos nós.


- Como sabe?


James suspirou antes de prosseguir com a explicação.


- O tal homem me aprisionou dias antes de eu as encontrar.


- Acha que... ele está a mando de alguém que conhece a todos vocês? – Remus ficou surpreso.


- É uma possibilidade – Lily considerou, assentindo.


E Lily sabia que possibilidades não eram definitivas. Sempre havia mais de uma explicação para tudo o que acontecia. Destino. Coincidência. O sopro de Artemis.


Possibilidades pendiam para todos os lados.


Olhou para James, que mantinha os olhos longes, procurando respostas.


Aquele dia estava rendendo muitas surpresas.


Lily achou que não fosse agüentar vigiar nem mesmo metade da metade da noite.


Ela guardou as possibilidades na mente e sentou-se na terra.


Permaneceu calada até ao amanhecer.


:::

N/a: oi oi, rsrs *-* Então, aí está. Segunda posto o próximo capítulo para não os fazer sofrer até a próxima postagem (que vai demorar, porque passarei duas semanas fora da minha cidade e não sei se para onde vou tem internet direito). Feliz malditas férias pra mim o/ 

Nina H.


29/01/2011

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