O Resgate



Cap 23: O Resgate


Snape olhou assustado para a ruiva. Ela manteve-se em silêncio, esperando uma resposta do Comensal. Ele baixou os olhos e depois de refletir muito olhou para ela.


- Não posso fazer isso Lilian. Não consigo pensar em te ver morta, ainda mais sabendo que teria sido por minhas mãos.


- Então me empreste sua varinha, eu mesma faço isso. – ela repousou a mão sobre a mão dele que segurava a varinha.


- NÃO! – ele puxou a mão violentamente. – Não serei cúmplice dessa loucura Lilian. Você está nervosa, precisa de tempo pra pensar, vou deixar você sozinha...


Ele levantou e seguiu para a porta. Ela caiu no chão e segurou as pernas dele com lágrimas nos olhos.


- Por favor Severo... me ajude...


Ele fechou os olhos e suspirou lentamente.


- Lilian, eu não posso. Me larga por favor.


- Severo...


Ele segurou as mãos dela e a jogou perto da cama. Rapidamente ele saiu e trancou a porta. Ela tentou segurá-lo novamente, mas não foi rápida o suficiente. Ela deitou no chão e ficou olhando para o teto, com lágrimas escorrendo em seu rosto e abraçada ao próprio corpo.


Do outro lado da porta, um comensal chorava desesperadamente, com as mãos no rosto, culpando-se por ser tão incapaz.


 


* * *


 


Dumbledore e Voldemort apontavam as varinhas um pro outro. Tiago e Sirius estavam ao lado do direto, enquanto os comensais ficavam atrás do bruxo das trevas.


- Meu caro ex-professor. Apesar do longo tempo, sua aparência não mudou muito.


- Tom, realmente faz muito tempo que não nos vemos. Na verdade, desde a última vez que colocou os pés em Hogwarts. Vejo que o número de seguidores aumentou. – Dumbledore olhava fixamente para Voldemort.


- Sim. Algumas pessoas sabem reconhecer a verdadeira magia e para quê ela deve ser usada. Você, no entanto, ainda parece querer ensinar magia para trouxas.


- Hogwarts ensina magia para aqueles que possuem o dom de usá-la. Não ensinamos nossos alunos a virarem assassinos. Onde está a Srta. Evans, Tom?


Voldemort esboçou um sorriso maldoso.


- Então veio com esses dois meninos para buscar minha querida esposa? Eu sinto muito, mas ela me pertence agora.


- Tom, você sabe que ela não agüentará viver por muito tempo aqui. Poupe-a de sofrimento, entregue-a para mim e iremos embora. Essa luta não é para agora.


- Porque vocês não tentam pegar ela de volta?


 Voldemort lançou um feitiço contra Dumbledore, que revidou rapidamente. Os dois começaram a guerrear com feitiços. Os comensais atrás de Voldemort começaram a se aproximar, mas Voldemort gritou:


- NINGUÉM TOCA NELE! ELE É MEU.


Os dois grandes bruxos continuaram a luta, Tiago e Sirius esconderam-se atrás de uma árvore.


- Sirius, nós dois teremos que passar por todos os comensais e correr atrás de Lilian. Está pronto?


- Espera. Os aurores já devem estar a caminho.


- Não vou esperar auror nenhum. A Lilian está lá em cima, precisamos tirá-la de lá imediatamente. Se quiser ficar, pode ficar. Eu vou.


- Espera, eu não vou deixar que você vá sozinho.


Os dois olharam pelo esconderijo mais ou menos a posição dos comensais.


- Está pronto, Almofadinhas?


- Estou sempre pronto. Vamos.


Os dois saíram correndo agachados pelo lado direito dos comensais. Alguns comensais viram os dois correndo e começaram a lançar feitiços contra os dois.


- ESTUPORE!!!


Tiago conseguiu derrubar um comensal. Ele viu Sirius fazendo o mesmo logo atrás.


Estavam agora muito perto do castelo, porém uma legião de comensais seguiam os dois garotos.


Tiago virou-se de frente para os comensais, que estavam mais atrás, e gritou:


- INCENDIO!


O jardim começou a pegar fogo, bloqueando a passagem dos comensais. Tiago e Sirius continuaram correndo para o castelo.


- Onde fica o quarto onde ela sempre ficava???


- Ali Pontas! Mas as luzes estão apagadas, talvez tenham mudado ela de local!


- Venham comigo. – Snape apareceu perto deles.


- O que faz aqui Ranhoso? Você... VOCÊ TAMBÉM É UM MALDITO COMENSAL!


Tiago tentou estuporá-lo, mas Snape bloqueou o feitiço.


- Sou a única chance que vocês têm. Me sigam, eu os levarei à Evans.


- COMO PODEMOS CONFIAR EM VOCÊ? VOCÊ FEZ PARTE DISSO TUDO SEU CANALHA!


Sirius segurou o amigo antes que Tiago voasse em cima de Snape.


- Pontas, talvez ele esteja certo. Que chance tempo de achar Lilian a tempo nesse castelo imenso com um exército de comensais atrás?


Tiago se recompôs e Sirius o soltou.


- Eu juro que vou acabar com você depois disso tudo, Ranhoso.


- Vamos logo, não tempo muito tempo.


Os três saíram correndo, Snape os levou até a masmorra onde Lílian estava presa. Ele destrancou a porta, Lilian ouviu o barulho e se afastou, esperando pelo pior. Snape abriu a porta e Lilian foi pra cima dele, segurou o colarinho da capa dele e gritou desesperada.


- Severo por favor! ME MATE!!!


- Lilian...


Sirius e Tiago entraram no quarto, e o moreno olhou para a ruiva. Ela afastou-se de Severo e não se aproximou de Tiago.


- O que é isso? É algum truque de Voldemort, Severo?


- Lily sou eu...


Lilian correu para os braços de Tiago, que a abraçou apertado. Snape saiu da masmorra sem olhar para trás, enquanto Lilian beijava os lábios de Tiago.


- O que vocês estão fazendo aqui??? – ela disse ainda abraçando o amado e chorando ao mesmo tempo.


- Viemos buscar você. Pontas, vamos logo antes que os comensais cheguem!


- Espere, eu não posso sair. Voldemort nunca vai parar de me perseguir se eu for embora. Eu falei pra vocês não virem...


- E nós viemos, como dissemos que faríamos. Vamos logo, minha ruivinha, o tempo ta um pouco curto hoje.


Os três saíram correndo da masmorra, sendo Sirius na frente e Tiago puxando Lilian logo atrás. Correram por um bom tempo, até que se viram perdidos dentro do imenso castelo.


- Temos que ir para os jardins, e contornar o castelo!


- Ficou doida? Não tempos tanto tempo de sobra!


- É o único jeito. Às vezes minha masmorra muda de posição, pra que fique mais difícil achá-la.  O único jeito de saber onde estamos é estar fora do castelo.


Ela desta vez foi na frente, guiando-se pelo conhecimento obtido do mapa do castelo quando Voldemort a mandou limpar todos os aposentos. Rapidamente eles chegaram ao jardim.


- Aqui estamos. Eu não sei onde é a saída pelos jardins.


- Nós sabemos, vamos em direção à fumaça do jardim em chamas.


Continuaram correndo, até darem de cara com três Comensais.


- Vejam só... a Milady e seu amante tentando uma fuga rápida? SEMPERSORTIA!


Uma grande cobra naja saiu da varinha do comesal. Com um aceno rápido da varinha, Tiago cortou-lhe a cabeça.


- É só isso que você pode fazer? PETRIFICUS TOTALUS!


- PROTEGO! INCENDIO!


O jardim começou a pegar fogo e os cinco garotos começaram a duelar. Tiago empurrou Lilian para trás de uma coluna para protegê-la. Snape juntou-se aos dois e juntos derrubaram os comensais.


Sirius e Tiago se recompuseram e acenaram com a cabeça para Snape, agradecendo a ajuda. Lilian saiu de trás da coluna, Snape lhe deu a varinha.


- Consegui recuperar sua varinha.


- Obrigada. Vamos logo.


Os quatro correram pelo jardim até encontrarem novamente Dumbledore e Voldemort ainda duelando brutalmente. Voldemort viu que Tiago e Sirius pegaram Lilian, virou-se para os comensais e gritou:


- NÃO DEIXEM QUE ELA FUJA!


Os comensais, antes presos pelas chamas, libertaram-se e lançaram feitiços contra os quatro. Eles se protegeram e continuaram lutando, agora contra muitos Comensais. Lilian estava fraca, não tinha forças para lutar, fora que o vestido que usava não ajudava a se locomover. Lúcio Malfoy aproveitou dessa situação.


- ESTUPEFAÇA!


Lilian voou por alguns metro e caiu, desmaiada. Tiago tentou socorrê-la, mas Malfoy o desarmou. Lúcio gargalhou e olhou para o moreno.


- E agora Potter? Parece que acabou por aqui.


- Você é que pensa. – Tiago sorriu triunfante.


Na entrada para o Castelo, alguém gritou um feitiço, e no céu apareceu um “A” grande cruzado por duas varinhas. Os aurores, juntos de Lupin, chegaram e começaram a atacar. Voldemort rapidamente aparatou, e o mesmo fizeram os comensais. Tiago correu até o corpo de Lilian e tirou os cabelos da ruiva da frente do rosto dela. Dumbledore correu para junto e checou o pulso.


- Ela está bem. Alguns dias da madame Ponfrey a deixarão nova em folha.


Tiago a levantou no colo, e sorriu para os amigos.


- Vamos embora.


 


* * *


 


Caros leitores, muito obrigada por acompanharem esta fic! Acredito eu que este foi o penúltimo capítulo! É triste pensar que depois de quatro longos anos finalmente eu concluirei mais uma obra. Por favor, leiam “Meu, Seu, Nosso Futuro”, que é outra fic que promete ser muito boa, e está só no começo!


 


Obrigada e até o próximo capitulo.

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