A Estação Celeste



_Draco Malfoy?! _ exclamou a prof. Minerva aturdida.


_Exatamente. Ele resolveu nos fazer uma visita esta noite _ disse Dumbledore.


_Você estava duelando com ele?


_Eu não creio que duelar seja a definição correta do que aconteceu aqui; eu estava mais me defendendo.


_E porque ele lhe atacou?


_Eu também adoraria saber a resposta.


_Como ele pôde entrar no castelo? _ disse o Prof. Neville _ Com todo esse esquema de segurança, todas as passagens estão sendo vigiadas...


_Nós vamos descobrir quando ele acordar _ disse a Prof. Minerva.


_Será que Malfoy é o responsável por tudo o que está acontecendo em Hogwarts? _ disse Neville.


_Eu não penso assim _ disse Dumbledore _ tenho quase certeza de que um comparsa dele está infiltrado aqui.


_O senhor tem algum suspeito? _ perguntou Minerva muito curiosa.


_Infelizmente ainda não, minha cara.


Alvo não entendeu a postura do professor, porque ele estava protegendo Pickwick? Depois daquele encontro o garoto tinha certeza que ele estava ajudando Draco


_Acho que é melhor levarmos Malfoy _ disse Minerva _ vamos deixá-lo preso aqui em Hogwarts por enquanto, até ele ter condições de confessar o que estava planejando.


_Eu acho uma idéia admirável _ disse Dumbledore.


_Sra. Estempter _ disse Minerva _ você e seus companheiros poderiam levá-lo?


_É claro _ respondeu a auror.


_Excelente, o senhor vem conosco Prof. Dumbledore?


_Eu vou pelo outro lado, para certificar que não haja mais ninguém escondido no castelo.


_Está certo, tenha uma boa noite então.


A diretora se retirou pela outra saída do corredor acompanhada dos outros professores e dos aurores que carregavam o corpo de Malfoy; Dumbledore se dirigiu para o lugar em que Potter estava escondido.


_Como vai Alvo? _ disse o professor.


_C-como o senhor me viu?


_Eu tenho alguma habilidade em enxergar através de objetos sólidos, isso pode ser muito útil às vezes, você nem imagina...


_Professor... eu... me desculpe...


_Desculpar pelo quê?


_Bem... Eu não devia estar aqui, certo?


_Isso é uma verdade.


_Mas Scorpio saiu escondido do dormitório, eu estava acordado; quis descobrir o que ele ia fazer.


_Alvo, Alvo... Você precisa controlar sua curiosidade _ disse o professor apesar de não parecer nem um pouco aborrecido.


_Professor?        


_O que foi?


_Aquele relógio que o Prof. Pickwick entregou ao Malfoy... eu já vi ele em algum lugar.


_Provavelmente foi na caverna de Gerard.


_É claro! O senhor estava com o relógio naquele dia!


_Sim. E eu o deixei com Gerard.


_Mas então como o Prof. Pickwick estava com ele?


_Eu também não tenho a menor idéia.


_E o relógio ficou com o Malfoy?


_Eu não achei que isso seria interessante... _ disse Dumbledore tirando o objeto de dentro do bolso.


_Como o senhor conseguiu pega-lo?


_Com um simples feitiço accio. Acho que ninguém o percebeu em meio a toda aquela bagunça.


_Professor, porque o senhor não entregou o Prof. Pickwick?


_Eu não acho que isso seria uma boa idéia, não nesse momento, por hora ele não pode fazer nenhum mal.


_Como o senhor sabe?


_Na hora certa você irá entender _ Alvo viu que não adiantaria insistir no assunto, então ele se lembrou de algo mais importante.


_Professor! Antes de o senhor chegar, o Prof. Pickwick contou uma coisa para Malfoy!


_É mesmo? E o que foi?


_Ele disse como entrar no andar secreto de Hogwarts!


_Ele contou? Bem... Eu já esperava por isso. Você conseguiu ouvir?


_Sim! A passagem fica na ala norte do quarto andar, no corredor com a pintura do bruxo com uma vassoura em um bosque.


_Excelente Alvo! Veja como as coisas são irônicas, Malfoy veio até aqui com a intenção de nos prejudicar, mas acabou nos prestando um grande favor!


_Sim! Quando nós iremos, professor?


_Para grande descontentamento da diretora, o Sr. Barton irá realizar uma palestra amanhã após o termino das aulas, creio que será uma boa oportunidade de sairmos sem chamar atenção. Isso é claro, se você não considerar a palestra interessante demais para ser deixada de lado _ completou um professor com um sorriso.


_Eu acho que eu não vou perder muita coisa!


_Neste caso, amanhã depois da última aula, nós iremos até o andar secreto de Hogwarts.


 


Alvo não conseguiu pensar em outra coisa no dia seguinte, finalmente ele iria até aquele lugar misterioso, estava tão aliviado, que não sentia nem um pingo de receio dos perigos que iria encontrar pela frente, no fundo ele acreditava que nada poderia ser pior do que os últimos desafios que havia enfrentado, mas se ele soubesse o que o esperava...


A notícia da captura de Draco Malfoy se espalhou rapidamente por Hogwarts, o assunto pautou todas as conversas do dia; Alvo não viu Scorpio em lugar nenhum, ele sentia muita pena do garoto que certamente estava sofrendo muito com o que estava acontecendo.


A última aula da tarde foi a de poções, Alvo conferia o relógio a cada minuto, estava tão ansioso, que não foi surpresa nenhuma quando sua poção de encolhimento explodiu, deixando o lugar coberto de uma gosma verde que cheirava a esgoto; o garoto nem se preocupou com a bronca do professor e os pontos tirados de Grifinória. Quando o sino finalmente bateu, ele foi o primeiro a deixar a sala e se postar ao lado do auror que já aguardava para acompanhar os alunos até o salão principal onde seria ministrada a palestra do Sr. Barton.


O local já estava lotado quando a turma chegou, as tradicionais mesas das casas haviam sido substituídas por poltronas postas em fileiras, como se fosse um teatro; a mesa dos professores havia sido substituída por um palco iluminado onde se encontrava a Prof. Minerva com uma expressão muito mal-humorada.


_Muito bem _ disse ela quando todos se sentaram _ está noite os senhores serão presenteados com a sabedoria do Sr. Barton, o 1° Ministro da Magia acredita que isso será muito importante para todos vocês; e quem sou eu, uma reles professora, para discordar disso! Espero que os senhores aproveitem esta oportunidade para aprender algo de útil, muito embora eu acredito... bem... o que acredito não interessa... tenha a bondade Sr. Barton.


O representante do ministério subiu no palco com um salto acrobático e sorriu se curvando, como se agradece a aplausos _ embora nenhum aplauso tenha sido ouvido.


_Ora, ora! Muito obrigado minha querida diretora! Como vão amiguinhos? Vejo que continuam vivos, isso já é um grande começo! _ disse ele rindo da própria piada _ Esta noite...


_Alvo _ disse o Prof. Dumbledore chegando discretamente ao lado do garoto _ esse é o momento.


O garoto se levantou e sorrateiramente deixou o lugar ao lado do professor; ninguém percebeu a movimentação, não que as pessoas estivessem prestando atenção ao que o Sr. Barton dizia, mas todos haviam caído num estado de letargia tão profundo, que mal reparavam no que acontecia a sua volta.


_Você está bem? _ perguntou Dumbledore enquanto eles atravessavam os corredores desertos e a expectativa crescia dentro de Alvo.


_Sim _ respondeu o garoto _ estou apenas um pouco ansioso.


_É compreensível. Eu gostaria de alertá-lo sobre algo antes de chegarmos ao nosso destino.


_Sobre o quê, professor?


_No andar secreto nós encontraremos com algumas criaturas chamadas natilives.


_Certo.


_As natilives podem ser inofensivas, mas eu preciso que você me prometa que não irá alimentá-las.


_Alimentá-las?


_Sim.


_Mas porque eu faria isso, senhor?


_Apenas prometa Alvo! Que por nada neste mundo irá dar qualquer tipo de comida para elas!


_Está certo senhor, eu prometo.


_Excelente! Não se esqueça disso, ok?


Com esse estranho pedido na cabeça, Alvo continuou acompanhando o professor e logo chegaram à ala norte do quarto andar; Alvo nunca havia estado naquela parte do castelo, já que era uma das áreas proibidas aos alunos; ele achou o lugar muito sombrio, repleto de armaduras enferrujadas e passagens precárias; depois de subirem uma escadaria que caía aos pedaços, eles alcançaram um estreito corredor onde no final havia uma pintura solitária, nela um homem sentado na clareira de um bosque examinava uma vassoura muito velha.


_Esse é o lugar! _ disse Alvo excitado.


_Sim _ disse Dumbledore _ o Prof. Pickwick disse o que fazer ao chegar aqui?


_Ele falou que era preciso pedir ao homem do quadro para ir ao andar secreto.


_Então vamos fazer isso. Boa noite meu amigo! _ disse Dumbledore ao homem da pintura.


_Ah?! _ exclamou ele levantando a cabeça surpreso _ Olá! Como vocês estão companheiros? Há muito tempo não recebo visitas!


_Infelizmente não poderemos demorar muito _ disse o professor _ nós precisamos muito de um favor.


_O que eu puder fazer para ajudar, cavalheiro! Será um prazer!


_Nós precisamos ir ao andar secreto de Hogwarts.


O sorrido desapareceu do rosto do homem, ele baixou os olhos para a vassoura e pareceu distraído por um tempo.


_Você tem certeza disso? _ disse ele finalmente _ Pense bem, aquele lugar não é nada agradável!


_É um caso de extrema importância.


_As últimas pessoas que foram para lá nunca mais voltaram _ disse o homem ainda sem levantar os olhos.


_Eu compreendo _ disse Dumbledore _ mas não temos alternativa.


_Está certo... neste caso, será que você poderia me fazer um favor? _ disse ele ficando animado novamente.


_É claro.


_Fale para Dot que a concha está guardada embaixo do painel dos ventos, entenderam? Embaixo do painel dos ventos!


_Entendi perfeitamente.


_Muito bem! Então eu lhes desejo boa sorte! _ disse ele se curvando, em seguida montou na vassoura e voou até desaparecer da pintura, instantes depois Alvo e Dumbledore ouviram o barulho de engrenagens trabalhando e a parede onde estava o quadro desapareceu, em seu lugar se materializou um elevador antiquado e enferrujado,  sua porta abriu com um longo gemido.


_Você está pronto Alvo?


_Sim, professor!


_Então vamos lá...      


Eles embarcaram no elevador que rangeu com o peso dos dois corpos, o veículo permaneceu parado, Alvo se perguntava se aquele elevador ainda funcionava quando um movimento repentino respondeu a sua dúvida; com um estalo ruidoso as portas se fecharam e o elevador começou a subir como se fosse um foguete.


_Se segure em alguma coisa! _ disse Dumbledore.


Alvo mal conseguiu ouvir as palavras do professor, o barulho gerado pelo elevador em movimento era incrível, ele se sentia dentro de uma turbina.


A frágil estrutura parecia prestes a desmanchar, as paredes enferrujadas tremiam descontroladamente e vários parafusos voavam pelo ar. A velocidade era tanta que os dois aventureiros estavam com os corpos grudados no chão, Alvo temia o momento em que o elevador parasse; isso é claro, se ele conseguisse parar.


_Não pode estar faltando muito! _ disse Dumbledore_ Mantenha-se firme!


A pequena lâmpada que mal conseguia iluminar o ambiente começou a piscar, depois de algum tempo ela se apagou de vez, o lugar ficou completamente escuro. Alvo ouviu o barulho de ferro se partindo, em seguida sentiu algo muito pesado caindo sobre o seu braço esquerdo.


_ALVO! VOCÊ ESTÁ BEM? _ gritou Dumbledore.


O garoto não conseguiu responder, sentia uma dor alucinante no braço.


_VOCÊ PODE ME OUVIR?


A dor começava a minar as forças do garoto, ele já estava fechando os olhos quando de repente...


O barulho havia desaparecido, Alvo abriu os olhos, eles estavam no elevador com as portas abertas tendo como vista o corredor que eles acreditavam ter deixado para trás.


_Professor?


_Sim, Alvo.


_O que aconteceu?


_Eu também não consigo entender.


_Nós... Chegamos?


_Eu acredito que nós voltamos.


_Mais como?


_Eu acho...


Alvo nunca chegou a saber o que Dumbledore achava, pois num piscar de olhos eles estavam novamente no elevador subindo descontroladamente na escuridão total; Alvo voltou a sentir dor no seu braço esquerdo, ele ouviu mais barulho de ferragens se partindo, seu corpo inteiro ficou preso naquela estrutura metálica destruída...


_Embarque na plataforma 86 em dois minutos para quem está na realidade alfa e em oito dias para quem está na realidade beta!


_Ei Claus! Aquela velhinha quer saber como ir ao ano de 1967.


_E o que ela quer fazer lá?


_Ela disse que foi o ano em que conheceu o marido.


_Ah! E ela gostaria de reviver esse momento?


_Na verdade ela disse que gostaria de dar um bom chute no traseiro do coitado, disse que não sabe onde estava com a cabeça quando aceitou o pedido de casamento do infeliz.


_Essas pessoas! Sempre querendo alterar o passado, como isso resolvesse o futuro!


_Então o que eu digo a ela Claus?


_Diga que se ela não quer mais o marido, que o mande embora no presente! Está quase acabando o meu turno e estou sem paciência de organizar uma viagem tão distante.


_Está certo Claus. Ei quem são aqueles?


_Eles chegaram a pouco.


_Você não perguntou de onde vieram?


_É claro que não! A minha regra é simples; as pessoas me fazem perguntas, não o contrário!


_Mas eles parecem inconscientes!


_Pois então quando acordarem eles que venham falar comigo! Eu não seria capaz de atrapalhar o sono de alguém, detesto quando fazem isso comigo!


Alvo piscou os olhos, a claridade incomodava sua vista desabituada com toda aquela luz... luz?!


Ele se levantou com um pulo, olhou ao redor e ficou atônico. Nunca tinha visto um lugar parecido, lembrava um pouco uma estação, mas... era completamente diferente. Um céu cristalino brilhava sobre sua cabeça, mas não apenas sobre ela, o céu também estava ao seu redor e sob seus pés; o piso do lugar é formado por nuvens espessas e fofas que pareciam algodão; várias pessoas desembarcavam de carrinhos voadores vermelhos que mais pareciam trenós; não havia paredes no lugar; vários vendedores ambulantes circulavam com produtos como nuvens doces com cereais e extrato de estrela cadente; um homem de aspecto mal-humorado sentado numa mesinha indicava aos passageiros quais eram as próximas viagens:


_Embarque na plataforma 23 em três minutos para a realidade alfa, quatro meses para a realidade beta.


_Ei moço _ perguntou um senhor baixinho que se aproximou do homem _ e quanto tempo demora para quem está na realidade chuvinista?


_Essa não é a minha jurisdição, pergunte no balcão de informações XY3.


_E onde fica esse lugar?!


_Não tenho a menor idéia, tenha um bom dia!


Um garoto que parecia ser o ajudante do homem se aproximou e lhe disse algo ao ouvido, aquele garoto... seria mesmo ele?


_DONI! _ disse Alvo.


_Ei veja só Claus, um deles acordou! Como você sabe o meu nome estranho?


_Você não se lembra de mim?! Sou eu, o mudinho! Professor! Acorde professor, veja quem está aqui!


Dumbledore abriu os olhos lentamente.


_Olá Alvo. Nós chegamos?


_Acho que sim, Doni está aqui!


_Doni! _ disse Dumbledore _ Como você chegou aqui?


_Ora! _ disse o garoto _ Eu sempre estive aqui! Eles devem ter batido a cabeça Claus _ cochichou ele para o homem.


_Este é o andar secreto de Hogwarts? _ perguntou Dumbledore.


_Já tivemos esse nome _ disse Doni _ quanto tempo faz mesmo Claus?


_Cinco meses para realidade alfa e duzentos anos para realidade beta.


_Agora nós temos um novo nome; Estação Celeste. Como vocês chegaram aqui?


_Por um elevador _ disse Dumbledore _ mas creio que tenhamos dormido durante a viagem.


_Você realmente não se lembra da gente Doni? _ perguntou Alvo.


_Não, nunca vi ninguém parecido.


_O que vocês vieram fazer aqui? _ perguntou Claus.


_Nós precisamos encontrar a Pedra das Nove Luas.


Claus e Doni trocaram um rápido olhar e em seguida caíram na gargalhada, eles riram tanto que Claus lacrimejava enquanto o garoto rolava no chão com as mãos na barriga.


_De novo! _ disse Doni _ Quantos já vieram por causa disso nesta semana Claus?


_Quinze na realidade alfa e dezoito na realidade beta.


_É mesmo? _ disse Dumbledore _ E algum deles teve sucesso?


Os dois novamente explodiram numa gargalhada.


_Sucesso? _ disse Doni _ Algum deles teve sucesso Claus?


_Zero na realidade alfa e na realidade beta... zero também!


_E por quê? _ perguntou Dumbledore.


_Porque essa pedra não passa de uma lenda _ disse Doni _ mamãe sempre me conta essa história para me fazer dormir.


_Ainda assim nós gostaríamos de saber mais sobre o assunto _ disse Dumbledore.


_Neste caso _ disse Doni _ vocês precisam ir ver o ancião da montanha.


_E onde nós podemos encontrar ele?


_Ora! _ disse Doni _ Onde se encontra o ancião da montanha, Claus?


_Na montanha. E isso é em qualquer realidade!           


_Desculpem minha ignorância _ disse Dumbledore _ mas qual montanha?


_Você é cego?! _ disse Claus _ Aquela montanha!


Claus apontou para uma direção que Alvo e Dumbledore apenas conseguiram enxergar o céu cristalino.


_Infelizmente não consigo vê-la, você consegue Alvo?


_Não _ respondeu o garoto.


_Uau! _ disse Doni _ eles não conseguem ver a montanha! Em que realidade eles devem estar Claus?


_Em alguma que não é da minha jurisdição.


_O que faremos então, meus amigos? _ perguntou Dumbledore.


_E eu é que sei? _ disse Claus _ Eu por acaso sou a sua mãe?


_Fique calmo Claus _ disse Doni _ eu gostei deles, o barbudão é engraçado, posso levá-los até lá?


_Você é quem sabe _ disse Claus _ nosso turno termina daqui a três minutos na realidade alfa mesmo.


_Então está certo! _ disse Doni _ Vamos antes que o céu apareça na lua, vocês não vão gostar nada do movimento refluxo que acontece!


 


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