Prólogo




Narrado por Rose Weasley

Sempre ouvi histórias dos meus avós, pais, tios e primos de como a Hogwarts é maravilhosa. Mas nunca me senti preparada psicologicamente para encarar tudo. Na época dos meus pais e tios até que era legal - pelo que eles me contaram -, mas e nessa época? Que lembranças eu levarei comigo pelo resto da vida?

Estar na plataforma 9 ³/4 com tantos rosto animados, e seus pais esperando o seu melhor e quando chegasse o natal, você tenha histórias interessante para contar ao irmão mais novo... isso sim era muito estranho.


Estava tão nervosa que não conseguia prestar atenção sobre o que a minha família conversava, eu encarava aquele trem vermelho, esperando que ele enguiçasse quando estivermos a caminho de Hogwarts. Mas alguém me chamou atenção. Não muito próximo, um casal de loiros e seu filho - igualmente loiro-, encaravam o trem,assim como eu fazia instantes atrás. A mulher discutia algo com o homem e este contorcia o rosto em reprovação. O garoto estava sério, olhando fixamente para o trem, como se quisesse olhar além dele. Talvez ele também não esteja preparado para a tão esperada Hogwarts, pensei.


- Então, aquele é o pequeno Scorpius – comentou papai em voz baixa. – Não deixe de superá-lo em todos os exames, Rosinha. Graças a Deus você herdou a inteligência da sua mãe. 

- Rony, pelo amor de Deus. – O tom que mamãe usara mesclava seriedade com diversão. – Não tente indispor os dois antes mesmo de entrarem para a escola! 

- Você tem razão, desculpe – disse com falso arrependimento, e logo acrescentou –, mas não fique muito amiga dele, Rosinha. Vovô Weasley nunca perdoaria se você casasse com um sangue-puro.


Senti meu rosto queimar e olhei novamente em direção do garoto loiro. Ele parecia sério, seus olhos continuavam olhando fixamente para o trem.


-Rose, tudo bem querida?-perguntou mamãe.


Olhei para ela e assenti. Alvo se despedia dos pais e de Lílian, fiz o mesmo.


-Vamos!- gritou James debruçado na janela.


Alvo entrou primeiro e o segui logo após, dando o último aceno à minha família.

Agora eu tinha certeza que não tinha mais volta. Mas eu me senti bem pela primeira vez na estação King's Cross, porque algo diferente estaria à acontecer. 

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