A Batalha Final



A BATALHA FINAL



Aquela seria a batalha final. De um lado, aurores, fênix, centauros e dragões formavam um exercito do qual dependia o futuro da humanidade. Bruxa e trouxa. Do outro lado, vinham comensais, gigantes, dementadores e muitas outras criaturas malignas. Todos seguindo Voldemort, que finalmente encontrara uma forma de entrar em Hogwarts e comandar seu exército no que seria a batalha final.

O clima indicava o que estava para acontecer. Uma tempestade caia.

Harry, à frente, com Dumbledore, desafiou Voldemort.

-Nossa batalha deve ser apenas entre eu e você. Encontre-me na sala precisa. Ambos aparataram na sala. Mesmo do lado de dentro dava para ouvir a chuva e os trovões.

-Acha mesmo que pode me vencer, Potter?

-Tenho a impressão de que vou descobrir agora.

-Você vai morrer. Mas devo dizer que pelo menos tentou. E me deu mais trabalho do que qualquer outra pessoa jamais pensou em fazer. Na verdade, devo assumir que é bem corajoso também. Nunca entendi isso, porque pra mim é estupidez, mas no seu caso pareceu funcionar.

-Antes de nos matarmos, só um rápido feitiço. Isolatus. Não era isso que fazia quando atacava alguém?

-Isso mesmo. Agora só poderemos desaparatar daqui quando só sobrar uma pessoa viva aqui dentro. Avada kedrava. – Harry se defendeu.- Vejo que aprendeu bastante coisa desde que nos conhecemos.

E começaram a trocar feitiços. Harry era obrigado a usar o escudo verde, o mais poderoso, todas vez que era atacado. Enquanto isso, Voldemort parecia não fazer o menor esforço para lutar. Também usava o escudo verde, mas o deste parecia diferente.

-Sabe, meu escudo não é o mesmo que o seu.

-Imaginava. Provavelmente é baseado nas artes das trevas, não é?

-Dessa vez você errou, Potter. Meu escudo é uma herança de família. A questão é que o último descendente de Slytherin que o conjurou foi o próprio Slytherin, por isso, é pouco conhecido.

-Ele não vai te proteger.

-Ah, vai. Mas pela sua cara de surpresa, imagino que não saiba que Grifindor também era capaz de fazer um desses. Mas o problema dele é que era guiado pelas emoções. Na verdade, nossos antepassados não eram tão diferentes. A única grande diferença é que Slytherin não via diferença em magia negra. Para ele, era magia do mesmo jeito.

-Ele não era malvado como você. – Voldemort começou a rir.

-Eu sou malvado? Uaheuaiehauiehuia. Bom, sou mesmo. Então, mas como eu dizia, - enquanto isso não paravam de se atacar – a outra diferença era a repulsa dele por trouxas. Sabe, os avós dele tinham sido queimados como bruxos, mas não eram. Por isso, morreram. E isso o fez odiar trouxas. Mas tirando isso, eram bem parecidos.

-Onde quer chegar com isso?

-Quero dizer que não somos tão diferentes como você pensa. Só temos ideais opostos. Se bem que eu sou bem diferente do Slytherin, enquanto você é bem parecido com Grifindor. Avada Kedrava.

-Avada kedrava. – de novo suas varinhas estavam ligadas, mas ao invés de um fio branco, era um fio verde intenso que as ligava e o nó no meio, além de parecer muito mais instável, era muito maior e emanava muito mais energia.

Enquanto isso, Voldemort atacava com a espada e Harry se defendia do jeito que conseguia até que:

-Expelliarmus. – e a espada de Harry voou de sua mão.

Voldemort continua atacando e Harry se defendendo fazendo magia com as próprias mãos. Mas logo o nó chega na sua varinha e os fantasmas de seus últimos feitiços começaram a sair. Precisava usar ambas as mãos para segurar a varinha e quando consegue fazer o nó sair de sua varinha e se encaminhar para o meio, Voldemort o desarma, pegando sua varinha.

-Agora tenho duas varinhas, uma espada, uma armadura com elmo e sou capaz de fazer um escudo mais forte do que qualquer outra pessoa. Você, por outro lado, mal é capaz de se manter de pé. Ainda pretende me vencer?

-Ainda pretendo te matar.

-Uahahahahaha. E como acha que vai conseguir isso?

-Tentando. Avada kedrava. – Voldemort facilmente se defendeu.

-Avada kedrava. – foi a vez do Lord das Trevas atacar. Uma luz verde e branca intensa saiu de ambas as varinhas que segurava na sua mão direita e outra verde de sua espada. Elas se juntaram no caminho.

Harry, tentando se desviar do feitiço, se transformou em fênix, mas infelizmente não adiantou. O feitiço o atingiu em cheio e enquanto ele era jogado para fora através de uma janela, virou pó.

Voldemort começou a gargalhar.

-Finalmente o fim de Harry Potter. – e aparatou para o meio da batalha que continuava.



Enquanto isso, Rony lutava lá embaixo. Quando finalmente derrubou seu primeiro comensal, viu Carlinhos ser derrubado por Percy e não se levantar.

Quando Percy levantou a varinha para finalmente matar o irmão, Rony aparatou entre os dois. Agora duelaria com a pessoa que mais odiava. A mesma que um dia já chamara de irmão.

-Não se meta. Espere a sua vez.

-Se quiser mata-lo, vai ter que me matar antes.

-Sabe, eu ainda tinha esperança para você. Achava que perceberia que estou certo, mas parece que não.

-Nunca. Você que se perdeu no meio do caminho. Avada kedrava. – Percy se defendeu. Rony ficou surpreso com isso. Não eram muitos os capazes de se defender daquele ataque.

-Sabe, o Lord me concedeu poderes que você nem imagina. Pena que não sobraram armaduras, exceto pela que ele usa. Avada kedrava.

Rony desaparatou.

-Expelliarmus. – atacou Rony, mas Percy reverteu o feitiço contra Rony, que foi atacado contra uma árvore, e caiu quase sem conseguir se mover e desarmado.

Juntando a pouca força que ainda tinha começou a se levantar, mas Percy se aproximou e deu-lhe um vigoroso chute na barriga. Rony rolou e sentiu um galho sob as costas, o que aumentou sua dor.

-Agora vou matar esse que você chama de irmão na sua frente para mostrar meu poder. Avada... – Percy ergueu a varinha, mas não terminou de falar.

Rony, desesperado, levantou o suficiente para pular contra o inimigo, o que fez com que os dois caíssem. Somente então Rony percebeu que o galho que o machucava era na verdade sua varinha. Engatinhou até ela o mais rápido que pôde, mas Percy se recuperara do susto e já estava de pé novamente.

-Não adianta correr. Vou te pegar. – e lançou Rony contra a árvore novamente. Rony sabia que essa era a sua oportunidade. Mas não conseguia se mover. Via Percy se aproximar com um sorriso débil. – sei que faz muita questão de morrer primeiro, mas não te darei esse prazer. Vai assistir seu amado irmão sucumbir antes de ser mandado para o inferno.

Porém, para desgraça de Percy, um dragão se aproximou, querendo proteger Carlinhos.

-Criaturas malditas. – e lançou um feitiço nos olhos do dragão, que o cegou, fazendo com que perdesse a noção de espaço e ir parar longe deles.

Mas com isso, Rony teve tempo o bastante para, juntando todas as suas forças, pegar sua varinha e atacar Percy.

-Avada kedrava. – estava feito. O traidor pagara. Agora o nome Weasley estava limpo novamente e livre daquela raça suja. Rony já podia morrer em paz. Engatinhou até Carlinhos, mas o dragão, agora com a visão boa novamente voltou antes que chegasse ao irmão, e o levou embora, indiferente à presença de Rony.

Agora morreria só e ao relento, mas satisfeito de saber que seu irmão receberia cuidados. Então, ele viu Hermione.

-Estou no céu.

-Não hoje. Não é hoje que o senhor vai se livrar de mim. – e usando uma das chaves de portal que carregava a mando da enfermeira mandou o amado para a ala hospitalar, onde se encontravam muitos medibruxos que serviam a fênix.



Voldemort olhou à sua volta. A batalha duraria muito, mas sabia que agora sem o Potter, a vitória seria sua. Só havia mais um empecilho do qual tomaria conta agora. Um empecilho do qual há muito queria se livrar.

-Cadê o Harry? – a ruivinha que sabia ser amiga do Potter parecia querer ataca-lo.

-O Potter? – olhava para aquela garota entre surpreso e chocado. Como podia ser tão estúpida? Essas pessoas com emoções são realmente muito burras.

Então ela se transformou num tigre e o atacou.

-Ah, então era você na estação. – e com um aceno de varinha jogou-a longe. – vou te mandar para junto do seu amiguinho, o Potter. Avada...

-Não ouse tocar um dos meus alunos. – era Dumbledore. Finalmente Voldemort teria sua satisfação plena.

-Finalmente. Há anos que quero acabar com você. Seu velho, você realmente achou que Potter podia me vencer?

-Nunca soube, mas ele estava disposto a tentar. Agora sei que foi um erro. Deveria ter sido eu a te enfrentar desde o começo.

-Agora tem sua chance. – Dumbledore sabia que, de acordo com a profecia, não tinha chance, mas tinha que tentar. Além de ter que tentar proteger a escola e seus alunos, sabia que se não conseguisse parar aquele monstro, valia a pena morrer tentando.

-Avada kedrava. – pela primeira vez o diretor usou a pior das maldiçoes. Aquilo pareceu surpreender Voldemort, que logo bloqueou a maldição.

-É a primeira vez que usa essa maldição. Meus parabéns. Finalmente criou coragem.

-Na verdade, é a segunda. A primeira foi para matar um homem bem parecido com você.

-Ah, sim. Eu lembro da história. O único capaz de por fim àqueles tempos de trevas. Dessa vez não vai ser tão fácil. – e lançou um feitiço estuporante, que mesmo tendo sido bloqueado pelo diretor, o derrubou e desarmou.

Dumbledore estava velho. Em termos de magia isso não mudava muito, mas ter sido derrubado e não ter a varinha em mãos o colocou numa situação bem ruim. Sentia a chuva no rosto e o corpo afundando na lama. Sabia que aquele era o fim.

-Velho tolo. Nunca te temi. Temia que conseguisse montar um exército maior que o meu, ou que através daquela maldita profecia achasse um jeito de me vencer, mas agora você perdeu. Seu maior pupilo está morto. E assim que eu me juntar ao meu exército, essa batalha estará ganha.

-Devia ter te impedido quando desconfiei de você na história da câmara secreta.

-Realmente. Naquela época ainda era mais poderoso do que eu. Bem agora, vou te deixar ai – e amarrou o oponente magicamente – vendo o fim da sua escola e dos seus queridos alunos.

-Não.

-Cale a boca. – e lançou um feitiço, tirando a fala do diretor. – Vou começar por essa ruivinha, amiga do Potter. Avada... mas o quê?

Começou a ventar forte e entre ele e Gina, que estava desacordada, começou a acumular poeira. O vento, de repente, começou a girar em torno do monte de poeira, que Voldemort logo iria descobrir ser cinzas, e a pilha de cinzas começou a emanar uma luz vermelha, carregada de magia. De dentro dela saiu uma minúscula fênix, que ao abrir as asas começou a crescer e tomar as proporções de um ser humano.

Voldemort viu Harry Potter surgir na sua frente.

-Mas... Mas eu matei você.

-Parece que não.

-Então matarei agora. Avada kedrava. – mas Harry simplesmente emanava uma luz vermelha, que o protegeu. – Vejo que agora consegue fazer um escudo igual ao meu. Mas isso não vai te ajudar muito. Está desarmado, e só está vivo por um milagre.

-Agora sim, vamos ver quem vai vencer esta batalha.

Voldemort então começou a atacar e Harry se defendia com o escudo. Começava a sentir que estava novamente perdendo terreno. Gastava muita força com o escudo e seus ataques, lançados todos pelas próprias mãos, não surtiam efeito.

-Mas me diga. Como fez para voltar, estou curioso. – perguntou Voldemort, que uma vez passado o susto, percebia que levava grande vantagem e iria ganhar.

-Foi uma coisa que nunca vai entender. Meu amor por todos que aqui estão, por Hogwarts, até por Dumbledore, que em muitos momentos foi como um pai para mim. Mas principalmente meu amor pela Gina. Sei que tenho uma missão a cumprir e vou cumpri-la.

-Sua única missão é morrer. Sabe, você deveria ter virado meu aliado quando te dei a oportunidade. Juntos, teríamos sido invencíveis. Aliás, invencível, eu já sou. Mas assumo que com você teria sido maior ainda. Mas agora, você vai morrer.

E sacou, para acabar com as esperanças de Harry, a varinha do garoto.

Antes de Voldemort lançar a maldição, porém, um alto pio veio dos céus. Fawkes, assim como no seu segundo ano, trazia a espada de Grifindor para Harry.

Quando ele a empunhou, com a esperança renovada, o brilho vermelho que emanava dele se intensificou e se estendeu até a espada.

Voldemort, recuperando o fôlego, gritou com mais raiva do que nunca:

-AVADA KEDRAVA!!!

Harry mais uma vez viu aquela luz verde da espada do inimigo juntar à branca e verde das varinhas. Só que dessa vez, elas não apenas formaram um feitiço poderoso. Um furacão de energia vinha em sua direção, fazendo um buraco no chão, tamanha a energia.

Esse seria seu fim. Juntando toda a coragem que fluía em seu sangue, Harry atacou Voldemort, assim como seu feitiço.

De fora, tudo que se viu uma luz branca envolve-los. Todos que lutavam pararam. Então, em torno da luz branca começou a rodar uma luz verde e de dentro, como que vinda do centro, surgiu uma forte luz vermelha.



Harry fechou os olhos e começou a gritar quando entrou em contato com aquele turbilhão de energia. Não sabia o que o impelira atacar daquele jeito, mas sabia que não ligava se morresse e sabia, também, que se não tentasse acabar com aquilo naquele momento, ninguém mais seria capaz de parar Voldemort.



Voldemort viu Harry atacando seu feitiço. Idiota, procurou a morte. Tinha que admitir que nunca vira tanta coragem, mas seu pensamento foi interrompido, quando ouviu um grito se aproximando. Em volta dos dois agora havia uma luz branca resultante do choque da espada de Harry com o feitiço.

Sentiu o grito se aproximando e junto com a proximidade, Harry Potter apareceu na sua frente, iluminado por uma energia vermelha que o cegava. Não sabia de onde vinha tanta força, mas sabia que tinha que se defender. Com toda sua força, bloqueou o ataque.



Harry, quando abriu os olhos, viu na sua frente Voldemort se defendendo. De algum jeito atravessara o feitiço com golpe que desferira contra Voldemort. E esse golpe, ainda interminado, encontrava seu destino agora.

À sua frente, viu Voldemort se defender com a varinha e a espada, conjurando seu melhor escudo. Agora, ele sabia que nem toda aquela defesa, nem a armadura que o inimigo usava iria deter seu ataque.

Sentiu quando a espada entrou em contato com a de Voldemort, que se partiu em minúsculos pedaços que virariam adubos. Viu sua varinha voa para longe junto com a de seu adversário. No final viu sua espada penetrando o corpo do que fora o maior Lord das Trevas.



A luz branca em volta dos dois se dissipou, assim como a luz verde. Harry já não brilhava mais também. Agora todas a atenção de todos que se encontravam no local da batalha recaia sobre a espada, que pertencera a Grifindor, que brilhava intensamente no peito de Voldemort, atravessando seu corpo e coração.

Então, todos que lutavam pelo lado do bem gritaram em comemoração e atacaram com vontade redobrada. Os que representavam o lado das trevas tentavam inutilmente se defender, pois nunca viram seus inimigos carregados de tanta vontade e poder, enquanto eles próprios perdiam as esperanças vendo seu mestre vencido.

Soaram então a retirada, mas quando se voltaram para a floresta proibida, onde tinham que chegar para fugir, viram Harry Potter, com sua varinha e sua espada cheia de sangue de seu mestre no caminho.

Ele os encarava com raiva, e estes sabiam que era o único caminho para a salvação. Harry, sozinho, começou a correr em direção aos que tentavam fugir.

Antes mesmo de chegar perto o bastante para lançar uma maldição, viu a maioria dos inimigos à sua frente tombar, atacados pelos seus aliados que os cercavam.

Harry, protegido pelo escudo vermelho se chocou com seus adversários, trocando feitiços, como um meteoro do tamanho da lua se chocando com a terra.

Somente quando a batalha acabou, Harry percebeu que ainda chovia. Procurou Gina e a encontrou junto com um ajudante de medibruxo, que logo a transportou para a ala hospitalar usando uma chave de portal.

-Harry, - o garoto ouviu o diretor chamando-o. ele estava sentado, encostado numa árvore. – me perdoe por faze-lo passar por isso.

-O senhor não me fez passar por nada. O culpado por tudo isso é o Voldemort.

-Mas eu devia tê-lo enfrentado desde o começo.

-Não fale nada. O senhor precisa descansar.

-Sim, descansar. Agora é para sempre. Fale para Minerva que conto com ela para manter a escola. E diga que ela deve relaxar também. Não deve ser tão séria o tempo todo.

-O senhor não vai morrer...

-Sim, vou.

-Mas o senhor não pode.

-Meu último pedido é que eu seja enterrado junto com minha mulher e filhos. – Harry não sabia que Dumbledore já tivera filhos. Nem que fora casado. O garoto simplesmente assentiu com a cabeça, entendendo que o diretor morreria e ele não tinha o que fazer. – Ah, e só mais uma coisa. Estou orgulhoso de você.

Harry começou a chorar e foi em busca da profª McGonnagal, que estava na ala hospitalar, assim como todo mundo que lutara.

Antes, porém, deixou o corpo do diretor na sala dele.

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