O Traidor



O TRAIDOR









-Quero que evite ao máximo usar magia. E vou dispensa-lo das aulas dessa semana para que possa ter uma recuperação plena. Andar vai te fazer bem, mas não exagere. E sempre devagar e respirando fundo. – foram as instruções da enfermeira antes de liberá-lo.


Harry ficou feliz por perder as aulas. Andava cansado de ficar estudando o dia inteiro. Se bem que não ganharia muito, uma vez que na quarta seria o jogo que fora interrompido e na sexta Sonserina contra Lufa-Lufa.



Sabia que agora os aurores chegariam mais rápidos, pois Dumbledore avisara a todos da Ordem que qualquer um podia entrar nos terrenos de Hogwarts pela floresta proibida, menos Voldemort. Pelo menos, por enquanto.


O tempo pareceu voar até a partida de futebol. E no dia do jogo, todos estavam muito nervosos, principalmente os jogadores.


-Calma, vai dar tudo certo. – dizia Rony à namorada.


Mas todos se acalmaram somente depois de o diretor convence-los de que era seguro. Que ele próprio tomara providências para garantir a segurança dos alunos.


-E mais uma vez o time da Grifinória entra em campo. – anunciava novamente o mesmo garoto. – e começa o jogo.


O jogo foi duro. O brasileiro era muito marcado e Dino teve que ir para o gol, quando o goleiro se machucou, pois não possuíam goleiro reserva.


Mione, depois que relaxou, jogou bem, assim como o resto do time da Grifinória, mas pareciam depender demais do brasileiro que sofria falta ou marcação dupla toda vez que pegava na bola.


O primeiro tempo acabou no zero a zero, com um jogo no qual ambos os times tinham dificuldade para atacar.


No segundo tempo, a Grifinória começou colocando pressão. Colocando m segundo atacante obrigou a defesa da Corvinal a recuar a marcação e com o brasileiro recebendo a bola na área, os defensores não podiam cometer falta.


Mas ao mesmo tempo em que o ataque do time do leão melhorava, o time adversário também. Aproveitando que os melhores jogadores adversários estavam no ataque, a Corvinal colocou seus jogadores mais habilidosos como volantes para ajudar na marcação e lançar bolas para seus atacantes, que eram seus jogadores mais rápidos. Sempre procurando colocar um garoto para ganhar de uma garota na corrida ou na força.


Nesse estilo de jogo, a Corvinal passou a dominar o jogo e logo marcou o primei9ro gol, seguido de mais dois.


-E está três a zero para a Corvinal. Eles fazem jus à fama de inteligentes. Sua tática é perfeita.


Ou quase. Aos 30 minutos do segundo tempo, seus jogadores estavam esgotados, principalmente os atacantes e volantes, principais no time. Logo, a habilidade e o brilhantismo do brasileiro começaram a aparecer.


Com um gol de bicicleta e uma assistência incrível, ele pôs o time de vermelho de volta no jogo. Aos 44, num chute de voleio, acertou o travessão.


Um minuto depois colocou seu companheiro de ataque na cara do gol, mas o goleiro da Corvinal se mostrou muito rápido. E isso também gerou um contra-ataque, pois o time avançara inteiro.


Hermione corria do lado esquerdo, há uns dez metros de distância do atacante adversário. Ambos iam a direção a diagonal. Quando o atacante se aproximou da área, Dino se viu obrigado a sair. Aproveitando a saída do goleiro o atacante deu um toque por cima, pegando Dino no contra-pé.


Hermione, até então desapercebida pela torcida, com um carrinho brilhante, conseguiu evitar o gol.


Mas o jogo acabou logo em seguida, o que significava que:


-Corvinal vence. Num jogo emocionante.


Os grifinórios cumprimentaram os adversários e deixaram o campo. Enquanto descia da arquibancada, Harry recebeu um chamado de Dumbledore. Logo estava na sala do diretor. Lá também se encontrava Carlinhos.


-Harry, chamei vocês dois aqui para uma missão muito arriscada. – Harry apenas concordou com o diretor. Ainda sentia-se honrado toda vez que o diretor mostrava confiança nele.


-O que quer que eu faça? – perguntou o garoto tentando conter o entusiasmo.


-Bom, antes de te explicar a missão, preciso te contar algumas coisas. – Nisso, Snape entra por uma porta lateral.


-Tudo pronto, diretor. – e então o professor nota a presença de Harry. – Mas ainda não sei porque precisamos dele. – diz, olhando feio para o garoto.


-Já te expliquei, Severu. Ele pode ser de grande ajuda. Bom, Harry. Pra começar, Snape não é nenhum traidor. Espalhei isso por duas razoes: ele teria uma desculpa para se arrepender de me ajudar e fingir querer voltar para o lado das trevas. O que, com muito sacrifício, foi obtido. E a outra é para o verdadeiro traidor achar que está impune e assim podermos usa-lo, como a um fantoche.


-Mas quem?


Carlinhos, quem Harry nem percebera que saíra, entrou empurrando...


-Percy? Você está me dizendo que ele é o traidor? – Harry não acreditava, mas Carlinhos, com um olhar de profunda raiva e decepção, confirmava com a cabeça.


-Mas voltando ao plano. – nisso, Percy foi atirado dentro da sala novamente e amarrado e logo a porta foi fechada. – Temos que acabar com o pergaminho do forjador antes que todo comensal tenha uma armadura. Sabemos que Voldemort fez apenas duas armaduras e um elmo, mas agora ele planeja começar uma produção em massa, pois os gigantes, mostrando que não possuem mais dúvidas quanto ao lado que escolheram, vão mostrar onde arranjam metais mágicos, que usam para suas roupas e armas. A quantidade é tão grande que Voldemort vai poder fazer armadura para todo seu exército e ainda armas mais poderosas. Além de que fará armas com poderes mágicos para os gigantes.


-E com faremos isso?


-Bom, Carlinhos e Snape se infiltrarão e tentarão chegar ao pergaminho. Carlinhos irá como Percy, pois por terem o mesmo sangue, é possível fazer uma poção polissuco mais duradoura. Escolhemos hoje à noite, porque Voldemort não estará em sua mansão. E essa é a sua tarefa.


-Me diga o que quer que eu faça.


-Bom, para que os dois cheguem ao calabouço onde as armas são produzidas sem levantar suspeitas, você liderará um ataque com um grupo dos melhores fênix. O problema é que como temos espiões em todos os lugares, não podemos confiar em muitas pessoas. O ataque será em terreno do inimigo e vocês estarão em pequeno número.


-Mas e se chegarem reforços?


-Você e Sirius, – Snape contorceu o rosto ao ouvir o nome – que já está completamente recuperado, farão feitiços anti-aparatamento.


-E quem mais vem comigo?


-Remo e Lucas, que demonstrou ser de confiança.


-E quando partimos?


-Assim que seus três companheiros chegarem.


Carlinhos logo se transformou em Percy. E aparatou com Snape.


Deram um tempo para que esses se posicionassem e os quatro aparataram para frente do esconderijo de Voldemort, após breve explicação de Dumbledore. Cada um carregava uma chave de portal, que para ser ativada, bastava dizer “Hogwarts” tocando-a. isso era pro caso de serem aprisionados ou desarmados ou qualquer outra necessidade.


Assim que Harry sentiu o chão sob os pés, lançou o feitiço anti-aparatamento mais forte que conseguiu, bem a tempo de se defender de um feitiço que já fora lançado.


Os quatro eram muito bons. Lucas melhorara bastante com o treinamento da Ordem. Logo começaram a sair comensais do esconderijo e depois de dez minutos havia dez comensais para cada fênix.


Pela primeira vez Harry via Sirius lutando seriamente. Com Bellatriz, ele ainda estava fraco e mal-alimentado, além de que a varinha não era sua própria.


Agora entendia porque ele e seu pai eram considerados talentosos. Sabia que hoje era mais forte que o padrinho, mas sabia também que a diferença era mínima.


O problema é que os comensais que enfrentavam também não eram novatos. E esses logo ficaram desconfiados de um ataque vindo de apenas quatro.


-Desistam. Por melhores que pensam que são, vão perder. – Harry defendia os quatro, enquanto os outros três atacavam. Enquanto isso o garoto atacava sem varinha.


Os comensais, apesar de confiantes, não pareciam saber como ultrapassar aquela barreira. Nenhum dos lados parecia estar avançando, pois ninguém era abatido.


Transcorrido um tempo de batalha, comensais começaram a aparatar para a batalha.


-Quebraram o feitiço.É hora de irmos. – anunciou Harry, e logo os outros voltaram para a escola.


Harry, preocupado com o bem estar de Carlinhos e Snape aparatou dentro do esconderijo. Viu Percy (Carlinhos) desmaiado e Snape tirando uma chave do pescoço de um comensal estirado no chão.


-Leve-o para a escola. – falou Snape e foi o que Harry fez. Colocando a chave de portal na mão de Carlinhos, falou “Hogwarts” e no momento que o companheiro desapareceu, viu Snape abrindo a porta.


-Lá estão eles. – um bando de comensais vinha atrás deles.


-Entre, rápido. – Snape não pediu duas vezes. Protegido por um feitiço, Harry entrou.


-Onde estamos? – perguntou olhando ao redor – E o que aconteceu?

-Eles nos descobriram. Voldemort nunca confiou em mim. E essa porta é lacrada com todo tipo de feitiço.


-Eles vão dar um jeito de entrar. – falou Harry reparando numa mesa no centro da sala redonda, onde a única decoração era uma lareira que crepitava. No meio da sala, havia uma caixa de madeira sobre uma mesa. O cenário parecia de outro mundo. A porta começava a tremer.


Snape foi até a caixa e começou a tênar abri-la.


Nisso a porta estourou e Voldemort entrou por ela.


-Temos que sair. – avisou Harry, mas Snape continuava mexendo na caixa.


Harry começou a defender os dois dos ataques que vinham, mas Snape parecia em outro mundo. Desesperadamente abria a caixa.


As forças de Harry iam se esgotando, quando o professor de poções finalmente abriu a caixa e de dentro dela, tirou um pergaminho.


Então, tentou desaparatar.


-Não dá para desaparatar dessa sala. – Voldemort ria. Não se preocupava em atacar. Sabia que não tinham como sair.


Snape, com um sorriso débil, pegou sua chave de portal e perguntou a Voldemort:


-Sabe o que é isso? Uma chave de portal.


Para decepção de Snape, Voldemort começou a rir ao invés de se desesperar.


-Pode até se salvar, mas o pergaminho fica aqui. Ele não pode ser transportado por nenhum tipo de magia. Nem mesmo vingardium leviosa. – Voldemort ria. – E agora sei que você nunca esteve do meu lado. Do lado vencedor.


Então Voldemort começou a atacar a barreira de Harry, não querendo que seus inimigos escapassem.


Para espanto de todos, principalmente Harry e Voldemort, Snape saiu da barreira de proteção correndo e num último ato atacou o pergaminho na lareira. Ele se incendiou no momento que foi tocado pelo fogo, sendo consumido pelas chamas e menos de um segundo.


Porém, esse ato de coragem custou à Snape sua vida, pois foi atingido por mais de dez avada kedravas, incluindo o do próprio Voldemort.


Harry, rapidamente agarrou o pé do professor e usando sua chave de portal voltou a Hogwarts. Mais uma vez retornava com um corpo.


Dadas as explicações, Dumbledore mandou-o à ala hospiotalar, pois sabia que o garoto não devia ter feito nenhum feitiço. Pensava se agira certo colocando Harry em risco novamente, mas esqueceu-se disso assim que viu o corpo de Snape e lembrou do trabalho que teria para esclarecer tudo.


Quando foi pegar Percy para leva-lo ao ministério, porém, este havia escapado.



Madame Ponfrey, apesar de brava por Harry ter se colocado em risco, pareceu feliz quando soube da história.


-Não sei se foi prudente pedir a ele que fizesse isso, mas fico feliz em saber que finalmente tiramos essa vantagem das mãos de Voldemort. – Harry pôde ouvi-la dizer ao diretor durante a noite.


No dia seguinte, Harry só encontrou os amigos à tarde, pois estes tinhas aulas. Sexta levantou tarde e foi direto para o almoço. Comeu com Gina e logo foram para as arquibancadas assistir a Lufa-Lufa contra Sonserina.


Sonserina perdeu de lavada (6x0). O time da Lufa-Lufa era constituído de muitos nascidos trouxas, o que era uma baita vantagem sobre qualquer time.


Quando voltou ao salão comunal, feliz por ver a Sonserina perder, ficou conversando com os amigos até que todos foram dormir e ele foi dar uma volta com Gina para matar as saudades.


Andando por corredores perto da sala do diretor que Harry não conhecia, pararam para ver os quadros dos quatro fundadores que eram divididos dois de cada lado de um brasão de Hogwarts.


-Vou ao banheiro. – avisou gina, se encaminhando para o final do corredor.


-Leva o mapa para garantir que não vai ser pega. – pediu Harry, correndo para entregar o mapa do maroto à namorada. – Vou te esperar aqui.


E ficou admirando Godric Grifindor.


-Olá, meu jovem. – Harry se espantou. Esses quadros não costumavam conversar com os alunos.


-Oi.


-Meio tarde para perambular, não acha?


-Não sei. Amanha é sábado, sabe. E até onde eu sei, é de família isso.


-O que quer dizer?


-Eu sou descendente do senhor. Não sabia?


-Não. Nunca me falaram. Se bem que agora me lembro do seu pai. Vocês são quase iguais.


-Achou mais um descendente? – perguntou Rowena Ravenclawn, fundadora da Corvinal. – Que pena que a filha de Dumbledore tenha morrido. A minha linhagem depende dos filhos do Aberforth.


Harry mais uma vez percebeu que não sabia nada sobre a vida de Dumbledore, mas não se sentiu a vontade para perguntar nada.


-Mas então, - Grifindor – como vai seu pai?


-Ele morreu quando eu era pequeno.


-Sinto muito. Imagino então que não saiba da sala dos herdeiros. Uma sala que criamos, onde somente nossos descendentes possam entrar.


-Não conheço, não. Onde fica? – Grifindor se animou e indicou o quadro com o brasão da escola.


-Basta colocar sua mão no animal correspondente ao seu ancestral.


E Harry o fez. Mas quando o quadro se abria, ouviu Gina voltando e tirou a mão. O brasão voltou ao lugar.


-Pena, mas quando quiser agora, basta aparatar lá dentro. Não precisa dar a volta. E lembre-se de manter segredo.


Harry e Gina tiveram mais uma noite louca e não voltaram aos dormitórios. Foram direto para o café, onde encontraram rony e Mione, que parecia ainda triste pelo jogo.


-Relaxa. Você jogou bem. e tem que se preparar para o jogo contra a Sonserina que vai ser daqui dois dias. – tentou animar Harry – e lembre-se que cada gol vale trinta pontos na taça das casas e você salvou um gol.


Continuaram o café animando a garota, que ao final, não estava mais triste, mas determinada e vencer a Sonserina.



N/A: desculpem a demora para atualizar, mas estive muito ocupado e com uns problemas familiares... mas prometo fazer o possivel para nao deixar ngm mais esperando... por favor, votem e comentem ...


queria aproveitar para agradecer ao dmitri e ao shadow sin por comentarem e inclusive fiz um correçao no cap11 graças a um deles que percebeu uma falha...

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