Fim de Ferias!!!



AS FÉRIAS ACABARAM

Então, na data marcada vieram buscar o garoto. A surpresa foi ter sido buscado pelo seu antigo professor de DCAT, Remo Lupin. Este parecia melhor, um pouco menos abatido.


-Vamos então? – perguntou o mais velho.


Harry se despediu de Mione e de seus pais e tocou na chave de portal que Remo mostrava e perguntou:


-Mas aonde vamos.


-Para a possível nova sede da Ordem. – e Harry sentiu aquele solavanco no umbigo até que sentiu formar-se um chão sob seus pés novamente.


-Onde estamos. – perguntou ainda tonto.


-Já falei: na possível nova sede da Ordem.


-Mas ela não deveria ser protegida por um feitiço ou alguma coisa assim?


-E é. É protegida pelo Fidelis, assim como todas as sedes.


-Mas então como eu posso estar aqui?


-Ah, isso? É porque uma casa não se fecha para seu dono. – Harry não entendia nada – Bom, essa aqui é a mansão Potter – a surpresa foi a maior possível. Harry começou a reparar em volta e percebeu que o lugar era imenso.


-Mas como?


-Bom, seus pais deixaram pra você, mas pela lei só deveríamos te entregar quando tivesse dezessete anos, a maioridade bruxa, mas precisávamos de um lugar para as reuniões mais secretas e só com a sua permissão mágica ou presença podemos entrar, então resolvemos traze-lo.


-Ahn... – ele ainda estava incrédulo, olhando para os lados.


-Vamos fazer um tour?


-Claro, mas e a casa do Sirius? Ela não era o quartel general da Ordem?


-Bom, ainda usamos a velha mansão Black, que, diga-se de passagem, é bem menor e menos aconchegante que a Potter, mas quase todos membros já conheciam e as conversas mais secretas já não tinham mais tanta privacidade. Sabia que você já morou aqui? – perguntou Lupin, mudando completamente de assunto.


-Sério? Mas me falaram que quando atacaram meus pais a casa foi destruída.


-Mas naquela época eles estavam se escondendo em outro lugar, para o qual se mudaram pouco antes de serem atacados. – de repente silêncio.


Depois de um tempo andando e mostrando cômodos, Lupin pára em frente a uma porta, que deveria ser de um dos principais quartos (dentre as varias dezenas deles) por causa da localização e pelo aspecto, alem do fato de que a porta do quarto ao lado era distante, o que significa que deveria ser grande, também.


-E finalmente o seu quarto. Acho que vai gostar. Era o do seu pai e eu quase não mexi nele. – e abriu a porta.


Era realmente tudo o que Harry poderia querer. Viu que seu malão já estava lá, sua firebolt estava pendurada na parede em meio aos pôsteres que forravam a parede na frente da escrivaninha. Sobre essa havia quatro porta-retratos. Um com os seus pais abraçados em frente ao lago, o segundo com ele e Sirius (o padrinho ficava esfregando sua cabeça, bagunçando seu cabelo. Estavam na casa de Sirius. Foi tirada enquanto Harry estava lá com a ordem.) A terceira foto era uma dele com seus melhores amigos:

Hermione e Rony abraçados na frente com ele e, logo atrás, Gina e os gêmeos. A ultima foto era uma com todos os integrantes da Ordem.
-E ai? Gostou? – a voz de Lupin o trouxe de volta.


-Adorei.


-Por que não dá uma olhada no guarda-roupa. Eu que montei, mas não sabia que tipo de roupas gostava. – Harry abriu e achou que Lupin tinha bom gosto.


*****


-Remo. – chamou Harry enquanto jantavam. Era estranho chamar o antigo professor pelo primeiro nome. – Como você consegue?


-Ãh? Obrigado. – agradeceu ele a um dos inúmeros elfos que habitavam a mansão Potter e que estavam incrivelmente felizes com o retorno do amo.


-Como você consegue continuar depois de você sabe... perder o meu pai, depois o Pedro e o Sirius? Como consegue continuar vivendo?


-Harry, no começo, quando perdi os três de uma vez, eu achei que não poderia. Mas com o tempo as feridas vão cicatrizando e, alem do mais, sei que tenho que continuar vivendo. Tenho a minha vida ainda e devo vive-la pelos meus amigos. Outra coisa é que eu sei que tem gente que depende de mim agora. E isso me faz lembrar uma coisa.


-Pode falar.


-Sei que seu pai deixou a sua guarda pro Sirius e que você queria viver com ele, e sei como é a família com quem você vive. E, agora que lá não é mais seguro, estive pensando se não toparia viver comigo. Sabe, acho que devo isso a Sirius e ao seu pai.


-Eu adoraria. Bom agora que é meu guardião, pode me responder mais uma pergunta.


-Mas que garoto curioso. Vá em frente, pergunte.


-Você não me trouxe aqui só pra conseguir a casa, senão não me segurariam aqui por três semanas.


-E eu que achei que não pensaria nisso. Bom, na verdade, Dumbledore, junto a alguns outros membros da Ordem acham que você deveria receber um treinamento, que vai ser dado em Hogwarts, mas vai ter inicio aqui, principalmente porque não poderíamos te ensinar a aparatar em Hogwarts.


-Sério?


-Sério. Você e mais alguns alunos vão ser treinados, mas você vai receber um tratamento especial. Digamos assim, eu e o Moody não vamos pegar leve.


-O Moody?


-O próprio. Ninguém melhor pra esse treinamento, mas como ele provavelmente vai gastar bastante tempo ocupado, eu também estou encarregado.


-Agora fiquei com medo. Mas esses outros garotos vão ser treinados pra entrar na Ordem?


-Isso mesmo. E isso me lembra outra coisa. Mais tarde os membros da Ordem mais importantes vão vir para serem permitidos aqui e para te fazerem um membro.


-Eu vou ter que fazer alguma prova ou coisa assim?


-Não, eles só vêm pra te fazer membro oficialmente, mas isso é mais uma desculpa, porque um só poderia fazer isso, mas é a desculpa perfeita pra virem aqui e você conceder a permissão.


-Ah. Tudo bem, mas eu posso saber quem são? E também quem são os alunos que receberão treinamento?


-Bom, os alunos eu não posso revelar, mesmo porque eu só sei alguns, mas quanto a quem vem hoje, creio não ter problema, uma vez que você vai conhece-los. Vem o professor Dumbledore, Nicolas Flamel, Aberforth Dumbledore, irmão do Alvo, Moody, Carlinhos Weasley e Diggory.


-Diggory. O pai do Cedrico.


-Ele mesmo. Sabia que ele é um candidato a Ministro? Provavelmente vai ganhar as eleições.


-Que bom. Pra ele deve ser difícil. Depois do que aconteceu com Cedrico.


E os dois ficaram conversando sobre varias coisas. Lupin respondia tudo o que Harry perguntava e não parecia fazer segredos. O que mais chocou Harry foi a revolta dos dementadores, resultando numa fuga de todos os prisioneiros de Azkaban e a luta dos gigantes que resultou nesses tomando o lado das trevas e os que eram a favor de Dumbledore (pequena minoria) se refugiou na floresta proibida para desgosto dos centauros que os aceitaram temporariamente e fizeram um acordo de paz com Hogwarts.


-Bom, eles devem chegar em meia hora, portanto se quiser tomar um banho e se trocar, é melhor se apressar.


Harry foi até seu quarto, selecionou algumas roupas em seu guarda-roupa novo, montado por Lupin, tomou seu banho, se vestiu, tentou arrumar o cabelo, sem sucesso e desceu.


Não demorou muito para os representantes chegarem. A campainha tocou e todos estavam à porta. Harry cumprimentou um por um. Já conhecia a maioria.


Ficaram na sala de estar, conversando, em geral sobre coisas fúteis, e Harry percebeu que aqueles homens também eram humanos. Passou muito tempo conversando com Carlinhos, com quem se deu muito bem pois eram os mais jovens com uma grande diferença entre eles e os outros. Descobriu que esse ocupava um cargo tão importante na Ordem, pois trabalhava com os dragões e conseguira convence-los a se aliarem à Ordem.


-Ah, quase me esqueci. Feliz aniversário. Não deu para ir na sua festa então está aqui meu presente.


-Não precisava. – disse abrindo uma caixa que parecia de roupa. Dentro havia uma jaqueta e um cordão.


-É couro de dragão. Vai ser útil no inverno de hogwarts e até nas outras estações, pois mantem a temperatura do corpo, portanto não esquenta demais. O cordão é de dente de dragão. – o dente vinha no meio – foi bastante complicado consegui-los.


-Obrigado.


Vendo a cena, os outros representantes que não estavam na festa também deram presentes para o garoto. Ele estranhou, mas eles explicaram que Harry agora era um deles. No final Harry anotou o aniversário de cada um para dar um presente também.


-Bom, acho que já é hora de irmos, mas antes queremos te pedir uma coisa. – todos olhavam para Harry agora – Queremos fazer uma espécie de teste. Só para saber como está no momento, assim os professores saberão por onde começar.


-Eles pediram pra não falar nada. – disse Lupin assim que Harry o olhou meio aborrecido – parece que sou o primeiro a duelar com você. Pela sua cara é o que quer.


-Pode ser, mas como assim primeiro?


-Vai duelar com todos, até que alguém fique imobilizado ou desarmado.


-Legal. – disse ele com ironia e todos não puderam segurar o riso. – Vocês dão risada porque não são vocês que vão enfrentar um bando de caras um tantinho mais experientes.


-Pensa assim – disse Flamel – somos um bando de idosos que mal para em pé.


-Nesse caso eu sou um, bebê que mal engatinha. – todos riram – Bom, se não tenho outra opção vamos logo.


Enfrentou os bruxos e se saiu até que bem. Tirando o fato que esses sabiam vários feitiços de defesa, anulando a maioria de seus ataques, porém, de vez em quando usando alguns feitiços inesperados, muitas vezes coisas infantis acertava o oponente. Descobriu que era possível fazer feitiços sem magia quando Aberforth recuperou a varinha usando accio, antes do garoto e metade dos moveis foi destruída, e depois consertada.


Agora seria sua ultima luta: Dumbledore.


-Bom, acho que é a minha vez. Sorte a minha que vocês o cansaram, senão eu não teria chance.


-Vai zombar agora?


-Acho que sim, afinal somos todos amigos e eu adoro tirar sarro. Alem do mais, vou te dar direito à revanche quando estiver treinado.


-O senhor é quem vai precisar de revanche, pois guardei o melhor pro final. – e lançou dois feitiços em seguida. No primeiro uma serpente saiu da ponta de sua varinha e no segundo fez a serpente crescer. – Sei que não vai adiantar contra Voldemort, mas não custa nada tentar contra você, já que qualquer outro feitiço provavelmente seria bloqueado.


-Boa tentativa mas eu posso aparatar aqui, por exemplo. – Dumbledore apareceu atrás de harry, mas como se esse já o esperasse, subiu na cabeça da serpente enquanto falava, e essa assumiu posição para dar o bote.
-Já tinha pensado nisso.


-E se eu der um fim na serpente? Finite incantaten. – a serpente foi encolhendo, mas não sumiu e deu um bote em Dumbledore, que soltou a varinha, apanhada por Harry.


-Também tinha pensado nisso, por isso fiz os dois feitiços o mais forte que consegui, assim o seu contra feitiço só desfaria o segundo. Ah, e não se preocupe, a serpente não é venenosa. – e estendeu a varinha para Dumbledore, que se recuperando do choque sorriu e estendeu a mão ao vitorioso.


-Muito genioso. Vou querer minha revanche, mas nunca pensei que algum aluno, que ainda não tivesse se formado fosse capaz de fazer um feitiço tão forte. Pronto?


-Pra que?


-A revanche oras. Dessa vez não vou te subestimar.


-Quando quiser.


-Expelliarmus.


-Protectus.


-Onde aprendeu isso? Não lembro desse contra-feitiço no curso. Pelo menos não até o sétimo ano.


-O sr. Diggory usou comigo, então decidi tentar.


-Muito bom. – e logo lançou outros feitiços até que usando aquele que Harry viu um comensal usando (que solta um x de fogo) derrotou o garoto que ficou bastante machucado.


-Desculpe se peguei muito pesado.


-Tudo bem. Espero que o Remo seja um medi-bruxo secreto pra tomar conta de mim.


-Não se preocupe, amanhã você vai acordar bem. O feitiço de defesa praticamente segurou tudo.


-É. Aquele feitiço é bem útil.


-Mas tem melhor. E acho que logo vai aprende-los.


-Mas eu achei incrível como ele aprendeu rápido. Não acha, Alvo? – o sr. Diggory entrou na conversa – Eu demorei mais de mês para aprender.


-Dumbledore? – Harry tinha que perguntar – Que feitiço foi aquele? O do fogo? Lembro que um comensal o usou no ministério.


-Aquele é magia negra. E eu mesmo só o descobri recentemente. Achei que seria interessante ver como se sairia contra magia negra, mesmo que essa não seja a minha especialidade.


-Bom, melhor irmos então. Já passa das duas da manhã e o sr. Potter deve estar cansado. – interrompeu Moody, que começava a ficar bêbado. Os membros da ordem passaram, a noite inteira bebendo, exceto por Harry – acho que te vejo daqui uma semana. Remo pode te ensinar a aparatar e te dar um preparo pro treinamento. As duas últimas semanas de férias vão ser intensas.


Logo todos partiram deixando Remo e Harry para trás.


-Com sono? – perguntou o mais velho.


-Cansado, mas sem vontade de dormir. É difícil aprender a aparatar?


-Nem tanto. Geralmente leva um bom tempo, mas depois do que já te vi fazendo, não acho que vai ter dificuldade.


-E virar um animago? É difícil?


-Mais ou menos. Seu pai conseguiu fácil, mas o Pedro já teve mais dificuldade. Peraí, você não tá pensando em virar um, ou tá?


-Ia ser legal. Você me ajuda?


-Não sei se é uma boa idéia.


-Por favor. Eu sei que você sabe como fazer.


-Tudo bem. Eu te ajudo, mas ninguém pode saber, inclusive o sr.Weasley e a srta. Granger.


-Aaaah. Tudo bem, se é o único jeito.


-E vai ter que pedir pra Dumbledore.


-Que?


-Isso mesmo. Você precisa falar com ele.


-Tá bom. Mais alguma coisa?


-Não, nada. Boa noite, que eu vou dormir. E amanhã você começa a aprender a aparatar, e outras coisinhas.


No dia seguinte o despertador de Harry tocou às oito.


-Peraí? Desde quando tenho um despertador? Só pode ser coisa do Remo. – comentou se levantando e indo pro chuveiro – mas ainda é tão estranho chamá-lo assim.


Logo, desceu para o café, vestindo roupas novas e cansado, pois fora dormir depois das quatro e meia. Ficou pensando em Sirius.


-Bom dia, Remo.... Bom dia Dumbledore. – acrescentou ele sem disfarçar a surpresa.


-Bom dia, Harry. Come bem porque o dia vai ser puxado. – respondeu Lupin.


-Deve querer saber o que faço aqui. – disse o velho diretor – Bom, achei que poderia te ensinar oclumência, já que o prof. Snape abriu mão do cargo.


-Ah... – entendeu o garoto – falando em cargo, quem vai ser nosso professor de DCAT esse ano?


-Bom, já que Remo se recusa a aceitar esse cargo, a vaga está entre Tonks e o verdadeiro Moody.


-Ainda lembro do impostor. Ele foi pra Azkaban?


-Não. Quando me contou da volta de Voldemort, sabia que azkaban não era mais segura, e, apesar de Fudge insistir em leva-lo para lá, consegui manda-lo para uma prisão em outro país. Mas coma. – insistiu – Tenho que partir logo depois da aula.





-Muito bem. – disse ele ao encerrar a aula, muito semelhante à de Snape – Agora acho que vou deixa-lo aos cuidados do Aluado. E lembre-se: pratique antes de dormir. Amanhã eu provavelmente vou descobrir se praticou.


-Eu queria falar uma coisa antes de você partir.


-Eu sei. Tudo bem, desde que guarde segredo. Fico curioso para saber que animal vai se tornar. Não se espante. Faz duas horas que estou lendo seus pensamentos, apesar de acabar me bloqueando no final - logo desaparatou. Mas para isso, teve que sair, pois a mansão era protegida pelo mesmo feitiço de Hogwarts.


-Pronto para aprender a aparatar? – perguntou Remo, que assistira à aula.


-Claro. Por onde começamos?


-Primeiro, vamos sentar e conversar. Explicações. E também, porque acho que merece um descanso. Esse negócio de fechar a mente cansa. Que tal uma cerveja? Sei que é alcoólica, mas adoro. Foi uma grande invenção dos trouxas.


-Só se for Bohemia.


-Vejo que tem bom gosto. O mesmo de Thiago. Bom, primeiro vai aprender que é possível fazer feitiços sem varinha. Cada bruxo tem uma capacidade.
-Sério? Mas deve ser bem difícil.


-E é. Inclusive, eu não sou capaz de fazer mais do que um Vingardium leviosa muito mal feito com objetos leves. E olha que estudei desde cedo. Mas me falaram que antes de entrar em Hogwarts já fez até um vidro desaparecer.


-Mas achei que fosse normal.


-Tão normal quanto falar com uma cobra.


-Bom, mas o que isso tem haver com aparatar.


-É que os senhores que tomam as decisões, os mesmos que vieram aqui na outra noite, acham que deveria aprender a faze-lo sem varinha, caso precise fugir e tenham-na tirado.


-Então vou aprender a fazer mágica sem varinha? Isso é demais.


-Bom, vou começar a te ensinar, mesmo que não seja o mais apto. acho que o único que conheço que realmente é capaz de fazer alguma coisa sem varinha é Dumbledore. Mas vamos às aulas. Pode levar sua cerveja.


-Vamos para a sala que tem mais espaço – continuou ele – vamos fazer o seguinte: agora vou te ensinar a aparatar e depois do almoço, a fazer magia sem varinha. Não se preocupe, vai descansar um pouco antes. E depois de tudo, tenho uma surpresa. Ah, e depois da janta vamos procurar o livro que seu pai usou para virar um animago. Agora pegue sua varinha e vamos ao feitiço, que depois não vai precisar ser falado, apenas pensado, como qualquer outro.


-Tudo bem. Que que eu faço agora?


-O feitiço de fazer desaparecer coisas. Depois treinamos o de fazer aparecer e depois os dois juntos. Já te falaram que nada é criado. Todo que é conjurado já existe e pertence a alguém. Geralmente só não está presente por causa de algum feitiço que faz desaparecer. Agora tente...


E assim foi. Harry teve um pouco de problemas em fazer as coisas desaparecerem, mas faze-las reaparecerem foi bem mais fácil, porem deixaram para o dia seguinte o feitiço conjunto. Depois do almoço...
-Me dê sua varinha.


-Aqui está. – entregou a varinha, animado. Iria fazer magia sem varinha.


-Vamos tentar algo básico. Faça-me levitar com um vingardium leviosa.


-Mas você é pesado. Não seria melhor começar com algo mais leve?


-Tente apenas.


-Está bem. Vingardium leviosa. – e nada. Harry ficou desapontado.
-Anda. Concentra-se mais.


-Vingardium leviosa. – repetiu ele. E nada.


-Tenta uma oclumência antes. Livra sua mente de qualquer pensamento.


Agora tenta mais uma vez.


Harry se concentrou ao máximo em levitar o professor. E, sem se dar conta, sem nem mesmo dizer alguma palavra, conseguiu. Lá estava Lupin, na sua frente, flutuando e com um sorriso largo.


-Pode me descer agora. – mas isso quebrou a concentração do aprendiz, que deixou o mestre cair. – Não precisava ser tão rápido.


-Eu consegui. – ele não cabia em si de felicidade.


-Não vai se alegrar todo. Isso é fácil.


-Mas você disse que você só...


-Eu falei que pra mim era difícil. – interrompeu – mas você deveria fazer muito mais do que eu, afinal, descendente de... – sua voz foi morrendo.


-De?


-Thiago e Lílian Potter. Agora vamos à surpresa. Melhor sentarmos e esperarmos por Dumbledore, pois ele quer te contar a surpresa pessoalmente.


-Já to curioso.


-Imaginei que ficaria.





-Me esperando? – perguntou Dumbledore entrando na casa.


-Correto. – respondeu Lupin. – espera um pouco que o Harry ta dor...


-To aqui. Vamos?


-Que ânimo!!


-Ta tentando descobrir a surpresa desde que falei que tinha uma.


-Ah, sim. Esse é o Harry Potter que conhecemos. Tão curioso quanto corajoso.


-Vou tomar isso como elogio.


-E deveria. Mas também deveria saber que a curiosidade pode ser perigosa. – ele completou, enquanto se sentavam num sofá noutra sala.


-Bom, acho que está na hora de te contar algumas coisas que queria te contar no fim do ano passado, mas você estava tão transtornado que preferi deixar para depois.


-Eu suspeitava já há algum tempo, naquela época, mas só confirmei quando Voldemort te atacou. Antes disso vivia perguntando aos Potter, mas nunca consegui uma resposta. Eles achavam que os assuntos familiares deveriam ficar na família. Não posso culpa-los, pois no fundo concordo.


-Mas então Thiago veio para Hogwarts e mostrou muito talento. Apesar de não praticar ou estudar se saía muito bem, assim como você. Imagino que se seu pai tivesse estudado mais e vivido o bastante, seria maior do que se imagina. Bom, quando te contei sobre a profecia escondi uma parte, que já se concretizara a algum tempo. Quando Voldemort te atacou no lugar de Neville, não foi pura coincidência. Tinha que ser você.


-Mas por que?


-Simples, assim como ele é o descendente de Slytherin, você é o de Grifindor. A profecia dizia isso. Falava sobre Slytherin e Grifindor no mesmo corpo. Eu não acreditava que isso fosse acontecer, mas no seu segundo ano tudo se tornou claro. Quando Voldemort te fez essa cicatriz, ele te marcou como um igual, como diz a profecia. Logo, você também tinha alguma coisa de Slytherin.


-Ta bom. Na parte do Slytherin eu até acredito, mas eu não posso ser descendente de Grifindor.


-Posso saber por que não?


-Simples. Quando vesti o chapéu seletor, ele queria me mandar pra Sonserina. Se eu fosse descendente de Grifindor, ele não teria tido dúvidas sobre aonde me mandar.


-Mas o chapéu seletor não se importa com seu sangue na hora da seleção.


Mas sim com a sua cabeça. E você tinha uma vontade de se provar, alem da coragem e determinação que te colocaram na Grifinória.


-Mas continuando...


-Tem mais? Pensei que essa tivesse sido a surpresa.


-Parte dela. A outra parte é um outro tipo de treinamento que vai receber.

No seu segundo ano recebeu sua herança como um Grifindor, mas eu a tirei de você. A espada de Godric Grifindor. No ultimo ano, em DCAT, os alunos aprendem que existem outros objetos de luta, além da varinha, mas só aprende-se sobre isso num curso de auror ou especialização em DCAT.


Esses objetos muitas vezes são capazes de superar uma varinha, por isso, vamos te ensinar a usar a espada. Apesar de acharem que elas servem para o ataque, afinal é para isso que os trouxas as usavam, elas servem mais para defesa. Muito melhores que escudos, se bem feitas e bem usadas, são capazes de bloquear qualquer feitiço. O problema é que já não são mais feitas e, por isso, não sabemos muito sobre elas. Mas posso te garantir que vai ser uma vantagem. Bom, amanhã começamos um treino leve e com Moody, vai aprender a realmente usar uma, pois ele também herdou uma das poucas que ainda existem, mesmo que eu deva dizer que não é tão nobre quanto a sua.


-Nossa! Já são oito e meia! – exclamou Harry ao conferir o relógio. Fora um presente de aniversário. – Aceita jantar conosco, prof. Dumbledore.


-Aceito. Estou morrendo de fome. Mas Alvo, por favor. Pelo menos aqui; somente na escola me chame de prof. Dumbledore.


-Está bem, Alvo. Vamos comer agora?


-Claro.




-Achei! – falou Lupin empolgado, depois da janta, no quarto do menino que sobreviveu (4 vezes) – esse foi o livro que seu pai usou para virar animago.

Procuramos durante anos e não achamos. Então, depois das férias de natal do nosso 5º ano, seu pai veio com ele. Muito depois descobrimos que ele roubara da seção restrita, mas estava tão empolgado em ter meus amigos comigo durante minhas transformações, que nem reclamei. Agora vejamos. Vamos ter que fazer uma poção e um feitiço. Pode deixar que eu cuide das poções. Vou pedir pros elfos arranjarem os ingredientes. Deve estar pronta em uma semana. Mas acho que você é mais indicado do que eu para fazer o feitiço, já que nenhum de nós sabe fazer e você que vai se transformar. Assim pode visualizar o animal que escolher ser.
-Eu escolho o animal?


-Escolhe, se quiser algum dos que pode ser escolhido.


-Isso quer dizer que não posso me transformar em qualquer animal?


-Na verdade pode. É assim: tem certos animais que pode escolher, mas muitos, principalmente os mágicos, não podem ser escolhidos.


-Mas você disse que posso me transformar em qualquer coisa.


-Esses que não podem ser escolhidos podem ser no que se transformaria sem escolher. Foi o que os marotos fizeram: não escolheram. Transformaram-se nos animais com os quais combinavam.
-É isso que vou fazer. Vou deixar com o destino.


-Está bem. Quer começar a praticar o feitiço?


-‘Bora.


E assim passaram os dias. Harry estava sempre ocupado, treinando. Principalmente depois da chegada de Moody. Vivia com os braços cansados, mas mesmo assim, depois de conseguir aparatar, começou a treinar quadribol todas as manhãs, afinal, seria capitão. Quando foram ao beco diagonal, ficou feliz ao constatar que sua firebolt continuava sendo a melhor vassoura.


E ficou ainda mais feliz ao encontrar os dois melhores amigos de mãos dadas.


-Mãos dadas? Tem alguma coisa errada. – disse para Lupin quando avistou os amigos – eu vou lá falar com eles.


-Está bem. Nos encontramos na Florean Fortescue para um sorvete daqui duas horas. Vou levar seu material para casa e fazer algumas outras coisas. Até mais.


-Até. – e viu o amigo desaparatar.


-Oi dois. – disse, chegando por trás dos dois.


-Harry!? – disse a garota pulando no seu pescoço.


-E aí véiu? Como você ta? – perguntou Rony, com as orelhas bem vermelhas, dando um abraço no amigo.


-Tudo bem. Meio dolorido, só.


-Por que? Que que você tem feito?


-Treinado muito quadribol. – não sabia muito bem o porque mas não queria contar para seus amigos.


-E para onde te levaram?


-Não sei. Alguma outra sede da ordem. – completou baixando o tom de voz.


-Você vem com a gente comprar os livros?


-Claro. Tenho duas horas.



-A gente precisa conversar. – disse Hermione quando foram comprar vestes para Rony, que ficara ainda mais alto, e ficou sozinha com Harry e parou este quando tentou beija-la – Acho melhor a gente se sentar.


-Que foi? Qual o problema? Vai falar que ta ficando com outra pessoa? – ela baixou a cabeça – Eu até sei quem. Só queria ver se me contariam.


-Mas, como?


-Vi os dois de mãos dadas.


-Ai, Harry. Desculpa. Eu achei que te amava mas…


-Mas o que? Ele é melhor que eu? Eu não era bom o bastante pra melhor aluna de Hogwarts? – ele estava extremamente exaltado. Não sabia como tinha se controlado até então. Achava que era porque esperava que os amigos dessem alguma explicação para estarem de mãos dadas, mas ao invés disso, Hermione confirmara tudo.


-É que eu fui para a casa dele depois que você partiu e ele se declarou e eu...


-Então quer dizer que fica com todo mundo que se declara?


-Pára com isso. Deixa-me falar.


-Pra que? Eu já entendi. Você me traiu, você e o Rony me traíram.


-Mas a gente ainda pode continuar amigos.


-Pode? Você realmente acha isso. Você, justo você. Como pôde? Pelo menos podia ter falado comigo antes, ter terminado.


-Mas eu o amo.


-Assim como me amava?


-Mas eu também te amo. Só que como um irmão.


-Há. Isso era pra melhorar alguma coisa? Quer saber? Não vou ficar aqui discutindo. Tchau. – e desaparatou no seu quarto. “Era o único que podia fazer isso, pois era um Potter” pensou. Não conseguia acreditar no que acontecera. Iria para Hogwarts em dois dias e teria que vê-los. Isso acabou com ele. Sorte que não retomaria os treinos até a volta para a escola.
Resolveu voar um pouco para esfriar a cabeça.


-Harry? Ouvi você chegando. – disse Lupin entrando. – finalmente a poção para se transformar num animago está pronta. Sei que errei bastante antes de acertar mas consegui.


-Sério? – isso pareceu animar bastante o garoto, que estava decidido a não pensar mais em Mione. – vamos fazer isso então.


-Você já faz o feitiço perfeitamente?


-Já. Pelo menos com objetos. Mas com pessoas não deve ser muito diferente.


-Então beba esse cálice e faça o feitiço apontando a varinha para o ombro esquerdo logo em seguida.


-Está bem. – e assim o fez. Sentiu seu corpo diminuindo. Sentia dor, muita dor, mas sabia que era assim na primeira vez. Sua visão foi melhorando, sua audição também. Sentiu seus braços virarem asas e suas pernas garras. Terminou.


Sabia que era alguma ave. Mas qual? Bom, só tinha um jeito de saber. Tinha que chegar ao banheiro para ver-se no espelho. Andando não daria certo. Tomou coragem. Então, e bateu fortemente as asas. Não foi difícil. Era como se já soubesse voar. “Instintos”, pensou.


Voou, passando perto da cabeça de Remo, esse sorria satisfeito, com uma maquina na mão. Foi até o espelho e se espantou. Virara uma fênix. Isso era demais. “Agora podia voar sem sua firebolt. Firebolt? Como será que era mais rápido?” parou de pensar nisso, pois começou a sentir-se extremamente cansado. Voou de volta para a cama e voltou ao normal, como o livro ensinara.


-Vou te deixar dormir. – falou o lobisomem apagando a luz e acrescentou antes de fechar a porta – foi incrível. Vou revelar as fotos agora mesmo e amanhã te mostro.





-Bom dia.


-Bom dia. – respondeu Remo – acordou cedo. Pensei que fosse dormir mais, do jeito que parecia cansado.


-Acho que acostumei, afinal, sempre vou dormir cansado por causa dos treinos e acordo cedo do mesmo jeito, não é?


-Verdade. Mas só acorda cedo porque quer treinar quadribol.


-Eu sei. não estou reclamando. Bom apetite – e começou a se servir.


Passaram o dia juntos. Jogaram vídeo game, voaram (Lupin na firebolt e Harry transformado), arrumaram as malas do estudante, etc.


-Aqui. – disse Remo antes de fechar a mala – Dumbledore pediu para te entregar. – era o mapa do maroto. - Veja se consegue encontrar novas passagens. Agora que os gêmeos saíram da escola, não tem mais ninguém para faze-lo.


Na manhã seguinte, os dois saíram mais cedo do que precisavam, pois aparatariam na estação.


-Que tal um sorvete, antes de embarcar? – ofereceu Lupin.


Depois do sorvete e mais um tempo, o garoto resolveu embarcar.


-Foi realmente divertido. – Harry percebeu que Remo se tornara seu melhor amigo.


-A casa vai ficar vazia sem você. Acho que vou passar mais tempo sem fazer nada agora. Ah, tenho mais um presente. Comprei com o Moody e Dumbledore. – disse entregando um cinto. – ele fica transparente. É para carregar a espada e a varinha quando sair. – Harry estava emocionado.


-Obrigado. Bom até o natal, ou ano que vem, então. – acrescentou dando um último abraço no amigo e professor. E embarcou. Não foi difícil achar uma cabine vazia. Decidiu por uma mais no meio do trem.


Logo os alunos começaram a chegar. O trem virou uma algazarra. Viajou em companhia de seus companheiros de ano, Dino, Simmas, Neville, Parvati e Lilá.


Jogaram snap explosivo quase a viagem toda e, Harry descobriu que todos eram realmente legais. Ele apenas não se enturmara antes, e se arrependia disso.


Estavam jogando agora Neville e Lilá contra Simmas e Dino. Lilá estava ficando muito brava com Neville que ficava fazendo besteira.


-Por que não ta com o Rony e a Granger. Ah, é. Os dois são monitores.


-Isso. – não queria falar sobre aquilo, então mudou de assunto – ah, eu acho que nunca agradeci o presente que me deu. Adorei aquela camisa.


-Que bom. – falou Parvati, abrindo um sorriso e chegando mais perto e falando mais baixo para que ninguém ouvisse. Harry teve que concordar quando os amigos disseram que ela era a mais bonita do ano deles – Eu vou sair com qualquer desculpa. Sai depois e me encontra no fim do vagão.


-Ta.


-Eu vou me trocar. Já volto. Enquanto isso vocês vão terminando a partida. – Parvati anunciou e saiu.


-Bom, acho que também vou então. Depois a dupla que perder...


-A gente. – acrescentaram Lilá e Neville juntos, o que gerou risada.


-Vai e assim ninguém fica sem nada para fazer ou sem dupla.


-Ta bom. – concordou Dino e todos assentiram com a cabeça.


E Harry pegou suas coisas e saiu. Ninguém desconfiara. No final do vagão havia cabines para trocar de roupa. Bom, Parvati deveria estar por ali. Ela o chamava por uma porta entreaberta de uma das cabines.


-Aqui. – e assim que ele entrou, ela pulou em cima dele. Decidiu aproveitar.


Ficaram ali por um bom tempo. Ela parecia bem experiente e ele gostou muito de seu beijo. Ela também parecia bem satisfeita. E acrescentou no final – Acho melhor a gente se trocar e ir andando, senão podem desconfiar. – e começou a se despir. Harry ficou sem ar. Ela realmente era perfeita. – você não vai se trocar? – ela parecia um pouco nervosa, mas bem menos que Harry, que começou a tirar a camisa, e, em seguida o sapato a meia e a calça. À essa altura, ela estava só de calcinha e olhava entre nervosa e ansiosa para o rapaz.


Resolveu ajuda-lo a se livrar da calça e a beija-lo.


-Você não precisa fazer isso. – ele não sabia como podia pensar em falar isso agora.


-Mas eu quero. Sou apaixonada por você desde o terceiro ano. No quarto, quando fomos ao baile, você praticamente me ignorou, me fazendo acreditar que não tinha chances. Agora decidi ir atrás do que eu quero, e o que eu quero é você.


-Se você tem certeza. – e abriu um sorriso de orelha a orelha. Por que não aproveitaria?


E assim o fez. Sabia que agora estaria namorando Parvati Patil, mas o que havia de errado nisso? Quem não gostaria de estar em seu lugar?


Resolveram que voltariam juntos. Diriam que encontraram Rony e Mione no caminho, mas os dois não foram até a cabine porque tinham coisas de monitor pra fazer, porem, quando saiam da cabine...


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