A filha pródiga



Capítulo 11: A filha pródiga


Helena e Arthur conseguiram voltar para o casarão sem serem notados, passaram o resto da manhã distanciados pelos mais diversos motivos, Helga chamara Helena para ajudá-la com o preparo da poção que ela havia criado, ainda não era suficiente para curar o mais novo do Gryffindor, mas retardava a doença dando tempo a elas para buscar uma cura definitiva.


Rowena soube de tudo que ocorrera na madrugada, assim que ficou sabendo dos pensamentos de Helena, assim que a fundadora viu a carta mandada pelo barão uma ruga de preocupação e raiva misturadas surgira em sua testa, ela disse que era bom e necessário tomar cuidado com os Slytherin, mas ela aprovava o que Arthur dissera:


-Ele tem razão minha filha, essa guerra irá explodir mais dia menos dia, não se sacrifique tanto... – disse quando mãe e filha voltavam para casa apenas para pegar algumas mudas de roupa e outras coisas.


Elas haviam sido convidadas a passar mais alguns dias na casa dos Gryffindor, primeiro devido à doença de Natanael que melhorara muito desde que Rowena e Helga formularam uma poção que se aplicada em intervalos regulares fazia efeito baixando a febre do garoto, segundo porque Godric perdoara Arthur e aceitara Helena como nora, então estavam sendo feitos os preparativos para o casamento, eles ainda tinham muito a resolver quanto a isso, mas tudo corria bem.


Rowena e Helena entraram na casa simples onde moravam, vista de fora, não havia diferença quanto às demais casas do vilarejo, mas se um convidado soubesse onde procurar encontraria os sinais de magia disfarçados em pequenos detalhes como em algumas pinturas onde os retratados as vezes piscavam e se moviam, mas os convidados das Ravenclaw eram um grupo seleto que raramente incluía trouxas, nesses últimos anos resumira-se aos outros fundadores e seus filhos.


A casa era simples apenas uma sala no andar de baixo e três quartos acima, um desses quartos havia pertencido à irmã de Helena, antes era cheio de objetos que mudavam de cor de acordo com o tempo ou com o humor das pessoas que estavam no recinto, mas agora estava quase totalmente desocupado exceto pelo baú que guardava o precioso diadema em um fundo falso, com algumas, poucas, jóias acima.


Helena subiu rapidamente a seu quarto e escolheu algumas poucas roupas que não pesavam demais, Godric e Arthur ficaram de encontrá-las lá para ajudá-las com a bagagem; Rowena pegou o baú onde estava seu bem mais precioso e colocou algumas roupas na parte de cima, checando rapidamente o fundo falso para conferir se o diadema continuava ali.


Elas estavam levando as malas para a sala, de forma a facilitar para os grifinoros que viriam buscá-las, quando uma leve batida as fez se sobressaltar, Helena sinalizou para sua mãe se sentar, afinal Rowena começava a ter uma nova crise de tosses.


-Será que já é o Arthur e o Godric...? – perguntou a si mesma, encaminhando-se a porta.


Ao abrir a porta Helena ficou sem reação, claro que mesmo depois de tantos anos ela reconheceu a mulher a sua frente, sendo que achava que era coisa de sua imaginação.


“Não, não pode ser...” pensou.


-Lena? – perguntou a moça – Lena! Deus! Você está tão diferente! – a mulher abraçou Helena e disse – Quase não a reconheci, mas também quantos anos faz? Dez? Doze? Eu perdi a conta...


Helena não falava uma palavra, ainda acreditava que estava em um estado quase de transe, não podia ser! Mas ali estava, uma mulher com os mesmos olhos azuis, sendo que seu cabelo liso e sedoso era de um perfeito castanho claro, trajava um vestido simples marrom e trazia consigo uma pequena mala com alguns pertences pessoais, parecia ter saído as pressas de algum lugar, ou então que estava apenas de passagem, não parecia alguém que ia ficar.


-Que foi Lena? – perguntou a mulher com um jeito doce – Não reconheces tua própria irmã?


-Quem é Helena? – perguntou Rowena enquanto caminhava até a porta com certa dificuldade, quando viu à filha mais velha a fundadora não suportou e disse entre lágrimas de felicidade – Sarah? Sarah é você?

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