Início de um plano



Capítulo 10: Inicio de um plano


De longe um par de olhos curiosos observava o desenrolar daquela cena no jardim, ser pequeno e considerado insignificante havia lhe rendido informações uteis para o seu amo, ele conseguiu entrar na propriedade sem esforço, mesmo com o seu peso extra, era apenas uma questão de saber falar com as criaturas certas...


Os Gryffindor por mais nobres que pudessem aparentar tratavam os elfos como capachos, e, Rodolphus sabia exatamente como falar com alguém quando queria algo, ele não era apenas o traiçoeiro “pirraça” como as cozinheiras e criadas da mansão dos Slytherin o chamavam devido as suas peripécias envolvendo estragar comida e derrubar todas as panelas com um feitiço, apenas para atrasá-las...


Rodolphus sabia melhor do que ninguém, como conseguir determinada informação, ou como entrar na casa de um terceiro sem ser percebido pelos donos e era justamente isso que fazia ali...


Ele manteve-se calado atrás de um arbusto, tentando ouvir o máximo que podia da conversa de Arthur e Helena, ele quase gritou de jubilo quando o Arthur levantou a voz e perguntou:


Queres desistir do casamento?


Porém percebeu que a resposta de Helena havia sido dada de forma silenciosa, quando se atreveu olhar para os dois, os viu se beijando, tentou tomar nota mental de tudo o que vira, de forma a repassar para o barão o mais cedo possível.


Vendo que o mais importante já havia se passado saiu de forma silenciosa e calma, passando pelos limites da propriedade sem dificuldades, montou o cavalo baixo e cocho que pegara emprestado do barão e foi para a mansão dos Slytherin.


***


-Uma vergonha... – resmungava Salazar com sua voz sibilada para o filho – Pedir a maldita Ravenclaw em casamento e, ainda por cima, ser derrotado pelo filho do Godric...


Jonh nem se dava mais ao trabalho de contestar ou tentar fazer o pai ver o outro lado da história, ficava calado, fingindo não ouvir mais, todo dia desde o duelo o pai o lembrava de seu fracasso. Como uma gota d’água batendo sempre no mesmo ponto, o barão estava cansado de ouvir e passava maior parte do tempo pensando em como impedir o casamento entre Helena e Arthur.


Rodolphus entrou na sala apressado e quase esbarrou na mesa de centro onde vários pergaminhos com anotações feitas pelo Salazar descansavam quase esquecidos, o barão trocou um olhar com o criado que entrara na sala apressado e sinalizou para que Rodolphus se retirasse do recinto.


O criado o obedeceu e foi para a cozinha, ficou esperando ali pelo barão que não custou muito apareceu agitado.


-Então, o que descobriu? – perguntou rispidamente.


-Eles vão se casar, senhor – respondeu Rodolphus – a garota a princípio queria tentar uma outra solução mais apacificante...


-Você quer dizer apaziguadora? – perguntou o barão corrigindo o criado.


-Exato, mas o filho do Gryffindor não acha necessário...


-Previsível – murmurou o barão e vendo a pausa que Rodolphus havia feito sinalizou para que o criado prosseguisse.


-De toda forma, senhor, eles se gostam muito... – completou Rodolphus tentando obter uma permissão para continuar, não fazia idéia de qual seria a reação de Jonh.


-Como assim? – argüiu o barão perdendo parte de sua compostura e encarando o criado com olhos furiosos.


-Senhor, eles estavam a trocar caricias e beijos no jardim – falou Rodolphus sem encarar o barão face a face.


-O que? – o barão lançou derrubou uma pilha de pratos resultando em um enorme estrondo que ecoou por toda a cozinha, logo uma elfa apareceu e limpou a bagunça formada como se nada tivesse acontecido – Estais me contando a verdade Rodolphus? – perguntou desconfiado.


-Sim, senhor – respondeu prontamente o criado.


-Isso é tudo?


-Sim, senhor – repetiu a resposta.


-Então podes se retirar; me destes muito em que pensar...


Rodolphus fez uma reverencia desajeitada e saiu com passos apressados, certamente com medo de ser chamado de volta àquela cozinha, o barão agora pensava em uma medida drástica que nunca, até aquela noite havia lhe passado pela mente, foi somente com a fúria que teve ao saber que Arthur e Helena estavam trocando caricias em um jardim antes do nascer do Sol que lhe deu tal idéia.


Ele sabia que não podia executar nada sozinho, e, não confiando em mais ninguém pensou em uma maneira de atrair a atenção de seu pai para uma proposta que o faria ou se vingar de Helena, pois se ele não podia tê-la ninguém mais poderia, ou conquistá-la para si.


Voltou à sala e encontrou seu pai lendo os pergaminhos que lia e relia desde que os havia encontrado, murmurando aqui e ali frases sem sentido ou ininteligíveis.


-Pai. Temos que conversar sobre algo... – falou Jonh sentando-se na poltrona a frente de Salazar que apenas levantou o olhar e acenou para que o filho continuasse – Sei que o senhor pesquisa há muito tempo uma maneira de expurgar Hogwarts dos nascidos trouxas e creio que posso conseguir um meio para o senhor conseguir o tão desejado diadema da Ravenclaw...


-Continue meu filho, você tem a minha atenção – falou Salazar se levantando e serviu dois copos com um pouco do Wisk de fogo, voltou a se sentar e entregou um dos copos ao barão que deu um gole na bebida e disse:


-Eu tenho um plano para que consigas o diadema da Ravenclaw, contudo, preciso de seu apoio e aprovação se tudo correr como planejado e eu consiga a mão da Helena...


-Queres dizer que tens um plano para conseguir o diadema daquela amante de trouxas e tudo que pedes em troca é a mão da filha mais nova...?


-Exato, o senhor me ajudará em alguns pontos e em poucos meses, talvez semanas, terás toda a informação necessária para criar esta criatura que expulsará os nascidos trouxas de Hogwarts a nosso comando... – falou Jonh calmamente.


-Negocio fechado meu filho, podes começar a me contar tal plano – Salazar estava animado com a perspectiva de conseguir o que almejava.


Os dois Slytherin brindaram com seus copos e se puseram em uma conversa animada sobre os próximos planos.

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