Pelo bem de todos,pelo seu bem



Na manhã seguinte, Helena levantou cedo, prometera a Harry que falaria com os sacerdotes e assim faria. Não acreditava muito que algo pudesse ser mudado, mas como Harry disse, por que não tentar? Apenas sua avó já estava acordada naquele momento.



_ Aconteceu alguma coisa Helena? - ela perguntou - Ainda é muito cedo.



_ Vovó... - a senhora notou preocupação nos olhos da neta - Eu...



_ O que houve? - Nice aproximou-se da neta e segurou suas mãos.



_ Venha até a sala, preciso conversar com a senhora - a garota pediu, as duas foram então para a sala.



_ E então, o que aconteceu? - a senhora perguntou mais uma vez.



_ Bem... Acho melhor eu contar tudo - ela disse - Eu... Eu amo o Harry.



_ Oh querida, que mal há nisso? - ela sorriu para a garota, mas logo notou lágrimas nos olhos dela... Claro, eles não poderiam ficar juntos, como pôde esquecer! - Ah Helena, me perdoe! - ela puxou a neta para um abraço.



_ Não é sua culpa vovó - ela agora chorava nos braços de Nice.



_ Ah, como eu queria ficar feliz ao ouvir minha neta dizer que está amando - agora ela estava chorando também - Por que tens que carregar tamanho fardo?



_ Ele... Bem, o Harry me disse que também me ama - ela esboçou um pequeno sorriso, enquanto enxugava as lágrimas.



_ Eu já imaginava - Nice também enxugava suas lágrimas - Ele me parece um rapaz bom.



_ Harry sugeriu que eu fosse ao templo, que eu questionasse o sacrifício - a garota disse, aquelas palavras trouxeram mais lágrimas ao rosto da avó.



_ Helena, não imaginas quantas vezes fiz isso, sabes que teus pais foram mortos por tentar te proteger - ela falou.



_ Então achas que não tem jeito?



_ Eu mais que ninguém queria que houvesse jeito, não agüentaria te perder minha neta - ela tocou o rosto de Helena - Vá, temo que não surtirá efeito, mas tente, lute pela sua vida.



_ Lutarei - ela deu um pequeno sorriso - Diga ao Harry que fui cumprir minha promessa - Helena pediu antes de sair.



Caminhou nervosa para o templo, ensaiando palavras para não ser mal interpretada. Não queria que achassem que ela não ligava para a cidade, que era uma egoísta. Helena tentaria mudar seu destino, mas se não houvesse jeito aceitaria tristemente. Chegou ao local, deu um longo suspiro e entrou.



_ Bom dia Helena! - disse o senhor Arquimedes, um dos sacerdotes do templo - Veio cedo, fico feliz por isso.



_ Bom dia. Na verdade vim para falar com o senhor - ela respondeu, percebeu que o homem desmanchou o sorriso que tinha no rosto.



_ E o que deseja falar?



_ Seria melhor irmos a um local mais calmo - ela pediu, o homem a guiou para uma pequena sala.



_ Pronto, podes falar agora - ele disse.



_ Nem sei por onde começar, queria falar sobre... - ela pausou - Sobre o sacrifício!



_ E o que deseja falar sobre isso? - ele perguntou, sua expressão agora era de preocupação.



_ Senhor, não me interprete mal, eu queria saber se não há um jeito de evitar o meu sacrifício.



_ Evitar? Como assim “evitar”? Helena, sabes que estás destinada a se sacrificar desde que nasceu.



_ Sim, eu sei. Mas senhor, eu queria viver, eu queria ser feliz, eu queria... - ela foi interrompida.



_ MAS NÃO PODE! - ele gritou, Helena assustou-se - Não pode fugir da sua responsabilidade, tens obrigações com essa cidade, não pode abandonar por desejos egoístas!



_ Não são desejos egoístas, são desejos de qualquer pessoa - ela falou.



_ Você não é qualquer pessoa, você sabe disso! Você é a nossa salvação, não podes deixar que nossa cidade seja destruída!



_ Mas talvez aja outro jeito.



_ Não há! Pense nas outras pessoas, pense na sua avó, pense naquele estrangeiro - ela arregalou os olhos quando ele citou Harry - Você sente algo por ele, não sente? Soube que está morando com sua avó, vais permitir que ele morra junto com toda a cidade?



_ NÃO! - ela gritou, a possibilidade de Harry morrer por culpa dela deixou-a perturbada - Eu não vou deixar ninguém morrer... Eu morrerei para que os outros se salvem - ela disse, seus olhos estavam cheios de lágrimas.



_ Ótimo! Fico feliz que tenha entendido! - disse o homem friamente - Já que está aqui, poderia começar imediatamente suas orações.



_ Sim senhor, com licença - ela saiu da sala.



_ Maldito estrangeiro! - disse o homem com raiva, sabia que Helena deveria ter contestado aquilo por causa dele, afinal nunca se rebelara antes.



***************************



Harry, Rony e Hermione conversavam na casa de dona Nice sobre o dia que retornaria, Harry não queria nem pensar naquilo, pelo menos não por enquanto. Gostava demais de Helena, como poderia ficar longe dela? Mas outra coisa veio a sua mente quando notou que já era quase noite e Helena não voltara, será que conseguira alguma coisa ao falar com os sacerdotes?



Não estava prestando atenção nas palavras de Hermione que no momento falava na provável preocupação de todos de sua era com suas ausências. Será que achariam que tinham morrido? Hermione suspirou ao imaginar a preocupação dos pais, mas então notou a expressão distante de Harry.



_ Harry - ela chamou, mas o amigo não respondeu - HARRY!



_ Hã? - ele pareceu “acordar” - desculpa Mione, não tinha te ouvido!



_ O que foi cara? Você está assim o dia todo - perguntou Rony.



_ Não foi nada - Harry disse.



_ Não tente nos enganar Harry, posso não saber o que está acontecendo, mas vejo em seus olhos que há algo errado - disse Hermione - É a Helena não é?



_ Sim - ele confessou.



_ Você gosta mesmo dela, não gosta? - Harry confirmou com a cabeça - Então está triste porque teremos que ir embora?



_ Também.



_ Também? - questionou Rony.



_ Há algo mais que me preocupa, algo ainda pior que meu retorno.



_ O quê? - Hermione perguntou, mas quando Harry ia falar alguma coisa a porta abriu, Helena acabara de chegar.



_ Boa noite - ela cumprimentou, todos fizeram o mesmo. Hermione notou certa tristeza no olhar dela e achou melhor deixá-la sozinha com Harry.



_ Bom, amor, você não quer dar uma volta? - perguntou Hermione a Rony.



_ Ah, sim! Claro - Rony parece ter entendido Hermione, os dois deixaram a sala. Harry foi até Helena, mas ela não o olhava nos olhos, ele segurou seu queixo e a fez encará-lo.



_ E então? - ele perguntou, mas não precisou de resposta. Os olhos de Helena encheram-se de lágrimas - Não pode ser - ele a abraçou forte.



_ Eu sinto muito Harry, mas não há como mudar - ela chorava nos braços de Harry - Eu não posso deixar que pessoas morram por minha causa.



_ Droga! Será que não vêem que não podem fazer isso com você?



_ Eu que não posso fazer isso com eles Harry, é a minha missão, pelo bem de todos, pelo seu bem...



_ E se você for embora comigo?



_ E minha avó? Meus conhecidos? Deixou-os aqui para morrerem pela fúria de Ares?



_ O que você quer que eu faça? - ele estava desesperado - Quer que te deixe aqui para morrer? Quer que eu te abandone? Eu não posso fazer isso Helena, te amo demais para te ver morrer!



_ Eu sinto muito - ela chorava, era tudo que podia fazer - Sinto muito ter feito isso com você, sinto ter te envolvido em minha vida, em meus problemas.



_ Não fala assim, não é sua culpa - ele a trouxe para perto de si mais uma vez, seus lábios buscavam os dela com urgência.



_ Harry, você vai voltar para seu tempo, eu te ajudarei, e então vai me esquecer, vai encontrar uma garota que não te faça sofrer.



_ Te esquecer? Como eu poderia te esquecer? Como eu poderia voltar e esquecer tudo que tivemos?



_ Não torne tudo mais difícil - ela implorou - Por favor - ela chorava, seus olhos já estavam inchados, Harry sentiu seu coração mais triste que nunca.



_ Eu não quero te esquecer - então lágrimas brotaram dos olhos dele. Helena aproximou-se dele e tocou-lhe a face.



_ Eu sei, eu sei - ela enxugou o rosto dele - Será que poderia te pedir uma coisa?



_ Qualquer coisa.



_ Faz de mim a mulher mais feliz desse mundo, ama-me intensamente esses dias que me restam, não fica zangado comigo.



_ Você nem precisaria pedir isso, é tudo que mais quero, te fazer feliz - ela deu um pequeno sorriso - Amar-te-ia intensamente para sempre, não estou zangado com você.



_ Amo você Harry - ela encostou a testa na dele.



_ Eu também te amo - Harry acariciou seu rosto e depois beijou-lhe os lábios gentilmente.



N/A: Ai gente, desculpem-me ok?! Sei que demorei para atualizar a fic, sorry!! Não sei se o capitulo ficou muito legalz não, desculpa por isso também ok?! Agradeço a todos que lêem esta fic, comentam e votam! Desculpa a demora Helena, mas tava numa época complicada, vestibular... ai já viu neh!? Eu não vou desistir da fic não (confesso que já tive vontade varias vezes, heheheheh!!). Ela está quase acabando, deve restar uns 3 ou 4 capitulos, eu acho...! : ) Bom...Obrigada a todos mais uma vez!! beijus!! Pink_Potter : )





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