Resolvendo



Cap. único*:




-Mione, como você está? Que saudade – Gina lhe abraçou e Hermione sentiu um cheiro adocicado. Empurrando-a rápido, ela saiu correndo com a mão tapando a boca. – Mione? Mione? Hermione?


-Aqui... No banheiro. Ai... Como odeio isso... – encontrava-se limpando a boca.


-O que estava havendo?


-Não se aproxime – levantou a mão enquanto Gina ia se aproximar. Hermione já estava começando a ficar enjoada de novo – Me desculpe Gina... – falou cansada. – Você me pegou num mau dia. Geralmente eu só fico com tonturas...


-O que você tem? – perguntou preocupada. – Vim assim que recebi sua carta.


Hermione olhou nervosamente para Gina que estava na porta do banheiro. – Acho melhor você me esperar no meu quarto, de preferência sentada...


Gina franziu o cenho – Mas não demora... Estou realmente preocupada.


-Você entenderá – logo que Gina partiu.


-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-




-E... Então?


Hermione ficou o mais distante que pôde de Gina. – É difícil dizer isso.


-Tente de forma simples e objetiva. – imitou a própria amiga.


-Certo. Vamos lá. Estou grávida.


Gina piscou e piscou até dar um grito de excitação. E ia correndo até Hermione, mas esta a impediu.


-Seu perfume.


-Entendo. Mas é demais Mione. Oh Merlin! Você já contou pro Victor? Quando souber ele vai querer voltar correndo para você!


Certo, tudo bem que não achava o homem o melhor dos partidos para amiga, e já até lhe tinha dito. Mas se Mione gostava, o que podia fazer?!


-Não é do Victor – ela baixou os olhos pro colo. – E eu, na verdade, não quero mais ficar com ele.


-Não é? O que?! – estava chocada. - Certo vamos por etapas – Gina prendeu o cabelo. - Você não quer voltar?


-An An... – balançou a cabeça em negação.


-Céus Hermione! Por quê?


-Ah! Gina... Estive me enganando esse tempo todo. Era simples dizer estar apaixonada por ele, mas você sabe, de verdade eu não o amava. Finalmente abri meus olhos para isso, foi até bom ele ter terminado, estava já desgastado o nosso namoro.


A ruivinha a olhava atentamente. –Eu sei. Que bom que percebeu. Mudando de assunto... Como você sabe que não é do Victor, o seu filho?


Hermione ergueu a cabeça. – Você sabe o quando sou cuidadosa não é? – Gina assentiu. – Por isso mesmo.


-Então de quem é? E por que você não se precaveu?


A morena desviou o olhar para a janela. – Aconteceu rápido demais. E pra ser sincera, eu só conseguia ver seus olhos, senti-lo, quer(is) ele mais do que pensei querer alguém, eu perdi todo meu bom senso – ela começou a chorar. – E eu realmente senti amor, Gina. Foi chocante.


A boca de Gina estava ligeiramente entreaberta. E então Mione murmurou o nome do ‘cara’.


-Quem?


Hermione fechou os olhos. Era estranho, não conseguia encarar Gina. – Harry - a outra mulher engasgou.


-Há quanto tempo?


-Dois meses.


-Ele já sabe?


-Não contei ainda.


-O que foi? Está bem, Mione?


-Ah. Nada – murmurou sem graça. – Não foi nada – deixou de apoiar-se na mesa do amigo.


-Tem certeza?


-Cla...ro. – ela quase caiu desta vez, mas o homem do seu lado a segurou primeiro, a sentando no sofá, que ficava do lado oposto da sala.


– Acho melhor você ficar sentada um pouco – quando Hermione tentou se levantar e ele, gentilmente, a pôs sentada novamente.


-Eu estou bem, Harry. – reclamou. – Preciso ir.


-Nem pensar. Acho melhor você ir na área de enfermagem. Não pode estar bem.


-Não foi nada. Eu já lhe disse. Só não tomei café da manhã.


-Mas Mione...


-Não deu tempo – Se apressou a dizer. – É sério estou bem – ele lhe olhou duvidoso. – sabia que está parecendo minha mãe? – franziu a testa em desgosto.


-Você sabe faz quanto tempo?


-Três semanas.


Gina ficou radiante. - Eu posso ser a madrinha do seu bebê?


Hermione a olhou feliz. Não a julgara. - Claro.


-Ai imagina que gracinha ele vai ser! Você já pensou nisso? Uma criança prodígio, além de lindinha, né?!


Hermione riu.


-Sério! – Estava já fazendo planos e planos. – Mas espera! Perguntas que não querem calar – Gina ergueu a sobrancelha. – Quando, onde e como [i] isso [/i] aconteceu?


-Respectivamente: no dia que terminei com Victor, em outubro. – Gina deu um gritinho. – No quarto dele. E eu já disse, foi de repente.


-Como você foi parar lá?


-Saí do restaurante e peguei um Táxi, sem saber pra onde ir, eu pedi para que o taxista me levasse no edifício onde ele mora. Quando Harry abriu a porta, eu mal dei tempo para falar algo, o abracei tão forte que tenho pra mim que ele quase morreu asfixiado... Conversamos a noite inteira. E quando disse que iria embora Harry não deixou, não retruquei, estava cansada demais. Ele arrumou o quarto de hóspedes para mim. Não estava conseguindo dormir, então fui pegar água, mas no caminho vi a porta do quarto dele aberta. E eu fiquei ali por alguns minutos pensando que não me importava muito com o seu pequeno desleixo.


-Só com ele – Gina murmurou. – Se fosse comigo, e deixasse uma toalha no lugar errado, me comeria viva.


-Quer que continue? – replicou.


-Você não pararia...


-Então entrei em seu quarto e sentei em sua cama. E fiquei velando o seu sono. Mas aquilo me deu sonolência e sem nem ligar muito para ‘a moral e os bons costumes’ – Hermione falou sarcástica. – me deitei ali, acho que me mexi demais, porque Harry se virou para mim e me deu espaço e lençol. Estava tão carente naquele dia que me aninhei à ele, Harry pôs a mão em minha cintura, coitado, estava morto de sono.


-E ai?


-Minha mão foi para o ombro dele e minha cabeça eu pus em seu peito.


-E como...?


-Você já está querendo saber demais não acha Gina?


-Na verdade não. Mas me diz... – Ela queria perguntar ‘ele superou as suas expectativas?’ Mas mudou de idéia, pelo jeito dela, a resposta era: ‘com toda certeza’. - Como foi o dia seguinte?


-Nós conversamos seriamente. Deu tudo certo como você viu. Ainda somos... Amigos. – suspirou.


-Quando você vai contar para ele? – mudou de assunto. – no dia que seu filho nascer?


-Não seja irônica.


-Então?


-To criando coragem.


-E mes-


-É a campainha.


-É bom atende-la então.


-Não estou querendo ver ninguém. Estou toda enjoada, você viu.


-Vamos juntas.


-Só se você abrir a porta.

*-* *-* *-*




-Hermione eu... - parou quando a ruiva abriu a porta. - Oi Gina – a abraçou desconsertado - onde está a Mione?


-Estou aqui –respondeu bem atrás de Gina.


Harry parou e pensou um pouco, olhando de Gina para Hermione. Mudou de idéia.


-Está bem?


-Por que não estaria? – sorriu abraçando-o.


-Não tente me enganar, mocinha – ele se afastou e penetrou seus olhos com os dele.


Ela tentou não olhar para seus olhos e sim um pouco acima deles. - Não seja tolo – murmurou. – já disse, não precisava ter se preocupado.


-Até parece que isso me conforta – contestou dirigindo-se a Gina. – Acredita nela?


-Por que não? Bem, Mione eu já vou tá? Acho que vai preferir, você tem que... Ah. Os pratos, certo?


-Que conversa mais louca é essa? Estão falando em código por algum acaso que ainda desconheço?


Elas se entreolharam.


-Tchau – Cantarolou Gina.


Muy amiga, Weasley!




-E ai?


-O quê? – era melhor se fazer de desentendida.


-Não vai me explicar?


-Explicar o quê? – não estava preparada, Gina havia lhe deixado em maus lençóis.


-Hermione...


-Não há nada. Coisas da sua cabeça, Potter.


-Devem pensar que ainda sou um ‘aluado’ não é? Por favor, Mione. O está havendo? Está muito estranha estes dias. Acha que não percebo, eu – ‘capto tudo de você’ – mesmo você dizendo que não precisa, me preocupo contigo.


-Por que tanta inquietação?


Ele agora estava com vontade de chacoalhá-la.

Ora ‘Por que’! Porque sim! Porque não dá para ficar despreocupado.


-E porque não?


-Por eu ser uma mulher crescida e independente? – ele revirou os olhos.


-E daí?


Ela gargalhou. – Não bastam estes argumentos?


-Eu ser seu amigo bate todos dois.


-Não é nada!


-Então jure.


-Não vou jurar por besteiras – cruzou os braços.


-Certo – se aproximou. – ao menos olhe em meus olhos. – segurou sua cintura.


-Seus, seus olhos?


-É. É muito fácil, como sempre disse. Diga olhando-os. – levantou seu queixo com uma das mãos.


Ela tremeu involuntariamente. E arfou. – Não posso dizer olhando em seus olhos, Harry – finalmente respondeu. – Tem sim uma ‘coisa’ para contar, mas ainda não estou pronta, entende?


-Entendo.


-Acho que você tem algo pra me contar a mais, não é?


-Hã?


-Vai, o que foi? – ela acariciou seus cabelos.


-do que está falando?


-Quando chegou aqui pude ver que queria falar algo além de perguntar como estava.


-Ah. Esquece. Lembrei de algo mais interessante. Foi, àquele dia, para a enfermaria?


-Eu quero saber.


-Primeiro me responde.


-Não... Não fui.


-E por que ‘não’?


-Porque já sabia o que tinha.


-De novo com a história de fazer jejum? Você está com o peso ideal Mione!


-Não daqui a sete meses – sussurrou amuada. – Agora me diz.


Harry franziu a testa. – Dizer o quê? – obscureceu com a mudança de assunto.


-O que queria me falar.


-Está me confundindo. Deixa pra lá. Mas como assim sete meses?


-Está me enrolando – brigaram em uníssono.


-Me conte a tal ‘coisa’ e eu te conto a minha – Harry pediu.


-Não é justo, você terá que saber de todo jeito o que tenho pra contar.


-Também terá que saber o meu.


-Você venceu – ela esfregou a testa. – É melhor assim. Bem, o assunto é, é que... Bom, é... – gaguejou. - Estou grávida – disse fracamente. Não acreditava que fora tão inconseqüente, com tantos métodos e...


Harry arregalou os olhos. Hermione gelou. Então ele deu um largo sorriso. – Você esta tentando dizer que... Que? – Nossa, ele estava abobado.


-Sim. – ela engoliu audível. - Mas se não...


Hermione sentiu o cheiro dele novamente invadi-la, e se viu pressa nos braços forte do moreno. E depois, de um arrepio, também se tocou que ele estava beijando-lhe o pescoço.


-Harry...


-Você arrasou meu coração – disse antes de seus lábios tocarem os dela. – Era isso que vim lhe dizer – As bocas se encontram, e apreciaram e saborearam e... - Xeque mate...

*-* *-* *-*




A barriga protuberante (até um pouco grande demais para aquele período) dela era a coisa mais sensacional que ele já vira... Céus! Estava nas nuvens.

Imaginava-se cuidando, ensinando quadribol ao filho. E se fosse menina? Ele adoraria do mesmo modo, só não ia querer namorado em sua porta.


-Namoro! Onde já se viu! – ele resmungou passando a mão, carinhosamente na barriga de Mione.


- O que disse Harry? – ela perguntou sorrindo. Estavam ali para saber o sexo do bebê. E ele já estava com ciúmes da possível filha?


Fazia pouco mais de três meses que Hermione ouviu as duas coisas que mais queria desde pequena, uma ela sabia: Seria mãe.

E a outra era, que nem imagina, descobrir que Harry a amava...


Escolheram uma médica trouxa, a própria ginecologista de Mione, no caso. O mundo bruxo fora deixado de lado por algum tempo, queriam curtir aquele período.

Todos já sabiam, claro.


“Por isso mesmo escolhemos ficar um tempo fora do universo HP, que também pode ser ‘Harry Potter’ ou Homem Perfeito (meu Homem Perfeito).”.




-Sra. Potter – a atendente chamou.


Ah! Ia esquecendo, também casara.

É, sua vida tinha tomado um rumo diferente e incrivelmente prazeroso. Era tudo um sonho, mas não se importava no momento quando iria acordar.


*-* *-* *-*




-Não sei quantos bebês estavam esperando... – A médica trouxa sorriu marotamente. -Parabéns Mamãe e papai, são trigêmeos.


Fim ^^




(continua)


*-* *-* *-*




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Hehuhehuhehuhe

Assim, eu estava sem fazer nada e sem criatividade (detalhe) para o outro cap. da minha fic.

Como já diz o nome: Era para ser uma short...

Mas foi indo, e indo, e eu achei muito maneiro fazer isso, porém também sem noção alguma!

Espero que tenham gostado, ou melhor, espero que alguém tenha lido isso aqui. ^^

E comentem, tá?!

Nussa, eu viajei legal. ^^’

Mas adorei.


*Bem, era pra ser cap. único esse, mas acabei u]fazendo uma continuação, então eu vou postar a continuação aqui!^^ (só pra esclarecer}

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