Prefácio





Short fic H/H – Era para ser um Short¬¬

Prefácio:

Quando começou:


Há algum tempo atrás, precisamente dois meses, as coisas mudaram estranhamente...
Antes a vida dela corria bem, não só bem estava perfeita (ou ela achava assim). Mas em uma noite, de outubro, mudou radicalmente tudo. O que posso dizer...? Que deixou no mínimo, de cabeça pra baixo suas perspectivas e ideais.


Àquele sábado uma mulher de seus vinte e cinco anos encontrava-se num restaurante elegante, juntamente com seu namorado, ele lhe dissera que precisavam conversar...


-Você quer pedir agora? – perguntou nervoso.


-Não tenha pressa – ela sorriu docemente. – O que você tem? Parece ansioso... Tem alguma coisa a ver com o que quer conversar?


Ele respirou fundo. – Ainda bem que você falou. Hermione... Eu...


-O que? – perguntou curiosa colocando a mão na dele. - não conseguiria. Ela era tão doce...


Tirou sua mão da dela, Hermione franziu a testa confusa. Seria mais difícil do que imaginava.


-Vou ser franco com você.


Hermione percebeu que tinha algo errado. –Está me deixando preocupada.


-A verdade, a verdade Mione... É que eu estou interassado por outra pessoa – pronto, havia falado, e se sentia, apesar dos pesares, consideravelmente mais leve. – Quero terminar.


Ela piscou aturdida. – Perdão?


Ele suspirou. – Sinto muito. Bem...


-Sente Muito?! É só isso que você me diz? – Suas mãos tremiam. – Pensei que significasse mais pra você, Victor.


-Significa! Significa. – respondeu rápido. – Mas é que-


-O que?! – aumentou sua voz. Ele se calou. – É melhor não dizer mais nada – Murmurou. – Já entendi.


-Espere!


-O que quer? – perguntou secamente. Como pôde ser tão grosseiro?


-Você vai ficar bem?


Ela lhe lançou um olhar de desprezo. – Não me pergunte como vou ficar. – com brutalidade pegou sua bolsa e partiu.


Sempre fora decidida, não choraria na frente dele nunca! Não seria fraca.

Ela estava atordoada, não sabia o que fazer, não conseguiria aparatar. Então pegou o primeiro táxi que vira. Ainda bem que não pedira o jantar, poderia ter passado mal, de qualquer forma.




-Para onde Srta.?


-Hã...? – ela não sabia. –Er... Conhece o edifício das Magnólias?


-Oh! Sim. Fica há uns cinco quarteirões daqui.


-‘timo. – lágrimas faziam com que seu rosto, cuidadosamente maquiado, ficasse marcado. Suspirou tentando parar de chorar ‘ele não merece’.


*-* *-* *-*


A porta do apartamento se abriu e Hermione mal havia deixado que ele a chamasse para entrar, se jogou em seus braços.


-Mio- - ela o abraçou forte, enterrando seu rosto no pescoço do homem, que não entendeu nada. – O que foi? Você está tremendo!


-Ele terminou comigo... – balbuciou.


-Quem? – seus olhos se abriram. - O que?! – ficou atônito. Não podia ser, estavam tão felizes há, duas semanas atrás? Ele acariciou seus cabelos. – Venha, vamos entrar. Precisa se acalmar, primeiramente.


Era a única pessoa, além de seus pais que já a vira chorar, e não foram poucas vezes. Nele confiava, se abria e até brigava.


Eles conversaram quase a noite inteira.


-Obrigada por tudo... – falou embargada. Ela não só havia conversado como também chorado quase a noite inteira... - Acho melhor ir para casa. Você e eu, nós temos trabalho amanhã e-


-Só se fosse louco a deixaria ir. Fique no quarto de hóspedes, tem, acho eu, uma roupa limpa sua lá. E qualquer coisa você veste uma minha, imagina o charme? – ela seu uma risada e fez um bico. – Mione, sério. Acho melhor ficar aqui.


-Tudo bem... - não tinha cabeça para retrucar.


*-* *-* *-*


A madrugada estava quente.

Hermione não estava conseguindo dormir. Silenciosamente ela foi beber água, não queria acordar Harry, na verdade queria sim, mas achava que era muita maldade. Passando pelo quarto dele, a porta estava aberta, escancarada.


-Como sempre - murmurou sorrindo fraco.


Harry sempre foi um pouco desleixado, o curioso é que com ele não se importava muito, achava até encantador esse seu jeito. Também tinha outros assuntos que ela jamais pensou falar com um homem e com Harry era simples e fácil, como se em seus olhos tivessem todas as respostas pra suas dúvidas. Ele a fazia rir e a incentivou muito quando todos desacreditaram dela... Haviam passado, juntos, por ‘N’ problemas e sempre haviam superado. Agora, ele lhe reconfortava quando estava se sentindo sozinha, e da próxima vez poderia ser ela, ou ele novamente, já havia perdido a conta de quem ‘devia’ pra quem.

Há quanto tempo estava ali, parada? Era melhor ir dormir...


Então, devagar foi entrando no quarto dele, como quem não quer nada. A sede, hmm, que sede?

Observando-o dormir tão calmamente até lhe deu uma certa sonolência. Sentou-se na cama com cuidado, para não acordá-lo. Lembrando do dia que havia passado, fungou, as lágrimas já invadindo seus olhos, Harry foi a única coisa boa desse dia...


Cansada e frustrada, ela se deitou na cama dele, que era grande e espaçosa. Harry sentiu o movimento e se virou, vendo-a ali, ele lhe deu espaço e cedeu lençol.


Ela sorriu agradecida. – Obrigada...


-Que nada... – ele falou com voz de sono. – Boa noite – lhe deu um beijinho na testa.


Inexplicavelmente aquilo a relaxou. Acabou se aninhando no corpo dele. Sem muita noção ele descansou a mão em sua cintura. Hermione estava com um de seus braços no ombro dele, a cabeça em seu peito.

Hmm, o cheiro dele é bom.


A carência é quase um monstro, é bela mais com garras, tem hábito doce, é um veneno... E o pior tem a chance de lhe pegar.


*-* *-* *-*


Foi sem querer, corrigindo, nada de ‘sem querer’. Queriam sim, ao menos inconscientemente, e aquela foi a oportunidade.

No máximo a melhor palavra para explicar o deslize é ‘involuntário’. A única palavra que pensaram a princípio foi ‘não acredito’.


Não podiam reclamar, nem se arrependiam. Aconteceu e foi... esplendido, prazeroso, carinhoso e forte e quente e com amor...


*-* *-* *-*

Duas semanas antes do rompimento:

Ao sábado, de tarde, duas amigas estavam em um bar, numa discussão acalorada. Afinal, existe o homem perfeito?


-Não! Gina admita. Não existe o homem perfeito, duvido até que haja par perfeito.


-Okay. – Gina disse matreira, voltando a fitar Mione. – Vou dizer alguns nomes, me diga o por quê de não serem perfeitos, certo? – Hermione ergueu uma sobrancelha.


-Okay.


-Dino Thomas.


-Infantil. – Hermione respondeu rápido.


-Neville?


-Atrapalhado demais. Não que seja um defeito tão grande... – contrapôs pensativa.


-O seu Krum?


-Victor? – Hermione perguntou sem saber o que dizer, ele não era o homem perfeito, sabia.


-Certo, esquece – cansou de esperar. -Draco?


-Não leve a mal. Mas ele é boçal – A morena comentou. Já que Draco ‘surpreendentemente’ era namorado de Gina há três anos.


-Que nada – a outra mulher abanou as mãos. – Vejamos... – estava pensativa. – O Rony... Não, ele, eu mesma sei, por convivência, que não é o homem dos sonhos de Hermione Granger.


-Um minuto! Estamos falando do ‘homem perfeito’ não do ‘meu homem perfeito’.


-Realmente. Então vamos lá... Como o ‘HP’ (Homem Perfeito) deve ser? – perguntava-se a mulher. – Tem que ser bonito.


-Carinhoso, charmoso.


-Seria proveitoso se fosse rico.


-Inteligente.


-E tivesse uma boa pegada... – Gina tremeu involuntariamente, fazendo Hermione rir. – Não ser um ‘grude’.


-Tem que me amar como eu o amo. E ser fiel.


Gina suspirou. – Estou começando a me dar por vencida. Como um cara pode ser tudo isso?


-Querida... Isso que falamos é o ideal de toda mulher. Rico, bonito, inteligente, amoroso... – gesticulou. – Mas veja, você ama seu namorado, não é?


-Claro!


-Pra você, ele não deixa de ser o seu par perfeito – mas Gina tinha os olhos estreitos, acompanhando algo ou alguém. – O que você... – ela olhava para, Mione achava, um homem alto que, agora, encontrava-se de costas para elas. Hermione deu uma risadinha. – Malfoy não gostaria de ver esse seu interesse por aquele homem.


-Hã? O que disse?


-Gina onde você se encontra? Perdida nas madeixas negras do homem ali mais à frente? – perguntou sarcástica. – porventura, ele é o nosso HP?


-De certo modo... – Gina disse se levantando e para o espanto da amiga ao lado, foi ao encontro do homem.


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Hermione ainda continuava a observar Gina e o moreno, alto e até forte – é com certeza estava observando [u] bem [/u] – até que Gina apontou para a mesa mostrando onde estava.


-Céus! Não pode ser... – Hermione estava estupefata. ‘Como não percebi antes?’


Afinal, o moreno alto era nada mais que seu melhor amigo Harry Potter...


-E aqui está o nosso ‘HP’ – Gina pronunciou maliciosa. Hermione franziu a testa lembrando de um fato que tinha ocorrido há algumas semanas.


–Shiii! – Hermione pediu às amigas – Meu celular tá tocando.


-Oras, então atende!


-Faria isso se vocês se calassem – replicou seca, pegando novamente o telefone. – Alô? Ah! Oi Harry.


-Hum. É o... Harry! – disse uma das moças melosa, as outras davam risadinhas.


-Ai gente. É só o Harry. Ele é [u] apenas [/u] um amigo – brincou uma mulher da idade de Hermione. – Um lindo, gentil e atencioso amigo.


Hermione olhou para elas censurando. – Claro, claro que estou ouvindo... Barulho? É, são minhas amigas...


E ela, agora, procurava desesperadamente um erro, qualquer que fosse, em “Harry Potter”, ela murmurou.


-O que foi, Mione?


Ela corou. – Nada...


A mania de bancar o herói.

Não... Ele já parou faz tempo. Com relação a isso está até...

Frio.

Isso seria exagero... Conosco, Harry continua o mesmo.

Hã. Prepotente?

Ele não é!

É... Meu Deus, ele não pode ser perfeito!

Que tal irritantemente sedutor?

‘Isso mesmo, esqueça-se por algum tempo que é comprometida’


-O que faz aqui Harry? – indagou Gina.


-Você não acha que também tenho o direito de descansar? – Respondeu sorrindo. “Até o sorriso é perfeito... Mamãe com certeza adoraria esses dentes...” Hermione retribuiu o sorriso com esse pensamento.


-Ah! Claro – Gina falou.


-Como vai Victor, Mione?


-Muito bem – respondeu sem atenção, automática.


Depois de pedirem mais uma rodada de cerveja amanteigada:


-Senhoritas... – ele disse mais sério. – Tenho que contar uma novidade.


-Pelo jeito não é boa – Hermione deduziu.


-Dependendo do ângulo de ‘bom’ de vocês...


-O que é? Está me deixando curiosa. – Gina colocou o copo na mesa esperando.


-É sobre Carmem.


Ah! – Hermione lembrou tristemente. – É claro. Ele é comprometido.
Pode ser considerado um defeito, não é?



-Terminei meu noivado com ela.


As mulheres ficaram sem ação, olhando-o incrédulas.


-Só pode estar brincando – Gina exclamou alto demais.


-Gina! – repreenderam os amigos.


Ela não deu muita atenção, mas abaixo o tom de voz.


-Mas vocês estão juntos desde que entrou no curso de auror...


-Sei há quando tempo estávamos juntos, Gina.


-Bem, você, acha que não tem volta? – indagou Hermione com cautela.


Ele suspirou. Pôs o cabelo para trás e seus olhos caíram para mesa. – Ela não agüentava mais a pressão de ser a futura ‘Sra. Potter’.


-Então foi ela quem terminou?


Que mulher idiota! – Era tudo que Gina conseguia ver.


-Decidimos juntos.


-Sinto muito por você – Hermione colocou sua mão na dele. – Pode contar comigo. Para qualquer coisa.


Ele agradeceu com o olhar e não se importou com o contato de suas mãos. Pois, Depois, apertou levemente a dela.

Era um gesto tão simples, tão costumeiro de Mione, mas sempre o fortificava tanto...


Harry depois de algum tempo se despediu.


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-Por Merlin que babado! – Gina não se agüentou. Hermione a olhou meio incrédula, meio sórdida.


-Gina, você sabe o que isso significa?


-Que o Harry está solto na praça novamente? – arriscou com um sorriso torto.


-Não!


-Que ele está bem melhor sem ela?


Hermione suspirou. – Você não tem jeito mesmo – balançou a cabeça sem conter o sorriso.


-Vai dizer que você não pensou nisso? Duvido que você não tenha, nesse tempo em que percebeu que era o Harry, procurado um defeito nele.


Hermione ergueu uma sobrancelha. – Vou me resumir a ficar calada.


-Porque bem, nenhuma mulher, que eu tenha ouvido, foi reclamar nos jornais que o Harry não tinha... Hmmm... ‘Potencial’. – Gina insinuou movimentando as sobrancelhas de modo quase frenético.


-Gina! – Hermione lhe lançou um olhar assombrado.


-Vai dizer que você nunca, nunquinha, nem uma vez, pensou no corpo [i] inteiro [/i] do Harry. – Ela continuou e Mione começou a corar.


-Gina!


-Vai me diz Mione, pensou ou não?


-Nunca! – Vendo o olhar de plena desconfiança da amiga. – Só uma vez, mais foi um sonho quase inocente...


-‘Quase inocente’? Que história é essa? Você mesma que sempre diz que não existe o quase ou é ou não.


-Não vou discutir isso aqui com você – a morena respondeu olhando pros lados.


-Sabe... – bebeu um pouco da sua cerveja amanteigada. – quem cala... Consente. Quer dizer que de inocente, querida, nem o nome.


Hermione nada falou, fingiu que não ouviu o comentário maldoso de Gina.


-Certo, se você não quer falar, então a gente muda de assunto. Mas como seria a fantasia dessa morena aqui com o melhor amigo? – Gina se perguntou, mais para quer instigar, colocando o dedo indicador na boca. – Então Mione você não me respondeu. Achou algum defeito no Harry?


Hermione voltou-se imediatamente para a amiga. Olhando-a séria, séria demais pr’aquela ocasião, Gina observou. – Ainda não... - disse fracamente. O sorriso da mulher ruiva se desfez.


-Você não ficou chateada com a brincadeira que fiz não é? É que às vezes exagero, me desculpe Mione. Era só uma brincadeira e...


Para a confusão da mulher ao seu lado Hermione sorriu. – Sonhei isso na época que estava em Hogwarts. Bom, sem querer eu, na verdade acho que foi premeditado, - falou pensativa. - Puxava o sobretudo do Harry e bem, ele estava nu. – Hermione pôs a mão no queixo. – Quando acordei, no outro dia, não consegui nem olhar pra cara dele, me senti uma pervertida... – ela confessou rindo um pouco. – Se soubesse dos sonhos que viriam depois...


Foi à vez de Gina olhar a amiga em espanto. – Você disse uma vez só...


-E você acreditou? – Hermione perguntou irônica, então depois ela ficou um pouco mais ‘ajuizada’. – No outro dia me sentia péssima por isso. Acho que fui me acostumando... Meu sétimo ano foi terrível com relação a sonhos.


-Você nunca me falou.


-O que você queria que dissesse? Tem coisas que nós só guardamos conosco.


-Verdade. – Gina adquiriu um ar engmático.


“Lembrei de um fato esplendido!”

Harry acabara de voltar de um teste de quadribol, era o capitão da grifinória e monitor-chefe. Passando pelo retrato da mulher gorda, para entrar no salão comunal, seu rosto demonstrava cansado mesclado com satisfação. Encontrou-me, junto a Mione no fim (graças a Merlin) de uma conversa comprometedora...

Foi assim:


-Meninas – ele cumprimentou e depois foi guardar suas coisas.


-Oi Harry – disseram juntas.


Quando ele desceu.


-Como foi o treino?


-Produtivo. Consegui dois artilheiros ótimos. Como foi o dia de vocês?


-Ah. Normal. Sem nada demais – Gina disse rápido.


-Certo – Harry encolheu os ombros, sorrindo. - O Rony já chegou?


-Pensei que viesse com você...


-Mudança de planos. Encontramos a Luna no meio do caminho. Não foi difícil deixá-los mais à vontade. – ele sorriu torto. E ainda estava com um sorriso de quem sabia de ‘algo’ mais.


-Então você pelo menos sabe – Hermione disse sorrindo. – Que qualquer que seja o lugar onde Luna esteja o Rony estará.


Gina deu uma risadinha. – E você Harry como anda o coração? – ela perguntou curiosa.


-Por que a curiosidade, pequena?


-Odeio a sua mania de me chamar assim, por que me chama? Mas só estava curiosa...


-Certo, pequena. Vou responder as suas perguntas. Te chamo assim porque acho que combina com você e porque sou maior que você.


-Então porque não chama a Mione de pequena, ou a Lilá e a Partavi ou o Dino e Simas e Neville de pequenos? Ou o Rony? Ou o M... Ah! Você entendeu.


-Porque eles já têm seus apelidos. E sobre a outra pergunta, meu coração vai bem, calmo e sem complicações e espero que continue assim até os fins dos meus dias.


-E aquela menina que disse que estava saindo?


-Vocês não souberam? Pensei ter contado... – ele disse distraído. – Terminamos.


-Ah. É mesmo! – Gina exclamou e Hermione a olhou sem entender. – Disseram que Harry terminou com ela. E a razão era de ela ser muito ciumenta. É verdade?


-Você está sabendo bastante, hein Gina? – perguntou mordaz. - No entanto sim, – ele anelou. – É verdade. Ela fez um escândalo por besteira, então repensei sobre o nosso relacionamento e percebi que poderia viver sem ela... Não estava a mesma coisa de antes e vi que era o certo a fazer. Não queria que ela sofresse e também não queria sofrer.


[Flashback]

–É isso mesmo que ouviu! – ela gritava histérica. – Você gosta mais de seus amigos do que de mim.


-Catherine... Você sabe que isso não é ver-


-Ah! Não?! E você ainda tem a cara de pau de desmentir! – a garota ia na sua direção. – Você nunca gostou de mim verdadeiramente! Sempre preferiu o quadribol a mim...


-Isso não é verdade! – ele replicou indignado.


-Jogar aquele jogo chato (xadrez) com seu amigo Weasley... – continuou sem dar atenção.


Harry suspirou, estava sendo ridículo. Algumas pessoas já estavam os olhando interessadas.


-Pare de gritar - falou alterado. Ele odiava escândalos, ainda mais quando o envolviam.


-Ou ajudar sua amiga [u] sabe-tudo [/u] em algum trabalho idiota! – ela gritou mais alto ainda.


-Não xingue ela, não na minha frente – apontou pra menina.


-E agora você a defende! – indignou-se. - Ela é mesmo uma sabe-tudo insuportável. E você não pode negar! – ela afirmou raivosa.


-É melhor ser uma sabe-tudo que uma menina fútil como você – ele revidou no cume de sua cólera. Falar mal de seus amigos já era demais! – Já disse para não xingá-la. Ela não tem culpa de nada. Você é como as outras! Não acredito que cai nessa – disse enojado. - Se não gosta de meus amigos, não gosta de mim. – Disse virando-se furioso. – Acabou.


-Harry! Harry! Eu não quis dizer isso... – Ela tentava reverter a besteira que fez. –Harry Potter! Volte aqui!!!! – Ela gritou desesperada. Ele sorriu falsamente, como alguém poderia conhecer tão pouco ele?

[Fim do flashback]




-Bem, não foi tão refletido assim... – Harry pensou alto coçando a cabeça.


-Não entendi...


-Deixa pra lá. O que importa é que descobri a tempo que Catherine era a pessoa errada. Ou eu era a pessoa errada pra ela.


-Sempre achei que ela não fosse a garota ideal pra você – Gina comentou ‘inocentemente’, olhando de lado para a amiga.


-Mesmo? E quem seria essa tal garota? – Harry ergueu uma sobrancelha.


-Ah! Você sabe... – fez doce.


-Com certeza não.


Hermione observava onde a menina queria chegar.


-Bem... Às vezes nós procuramos no lugar errado, sabe? Porque você não presta mais atenção?


-Gina, - Harry a olhou balançando a cabeça. – Mione e você deveriam escrever um livro, “como entender as garotas”. Vocês fariam sucesso! E então, quem sabe, entenderia seus enigmas de esfinge – o rapaz declarou. – Boa noite meninas – deu um beijinho em cada uma e subiu pulando degraus, dirigindo-se para seu quarto, o último e mais alto do dormitório masculino.


-Que estória é essa Gina?


Gina apenas lhe lançou um olhar divertido.



Como aqueles dois eram cegos! E olha que não foram poucas as minhas investidas, mas não vem ao caso. Mas agora a Mione está com o Krum...


-Ah. Gina. To indo.


-E vai me deixar sozinha aqui, Mione? Poxa! Você e Harry com essa mania de trabalho em primeiro lugar... Hoje é sábado, pô.


-Não é nada disso. Marquei de jantar com o Victor.


-Ah...


(continua)

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