Correio-coruja movimentado

Era manhã na Toca. O Sol, ainda nascendo, estava cortado pela metade pelos altos morros e colinas que cercavam a Toca. Harry acordou com a luz do Sol batendo em seu rosto. "Maldito Rony", pensou. "Já mandei fechar a droga das cortinas quando for dormir!".

Muito pelo contrário, não guardou nenhum rancor. Não era bom brigar com as pessoas numa época como aquela. Afinal, a guerra já havia acabado. Mas a dor pelas perdas não. Mas Harry estava impressionado. Os Srs. Weasley de alguma forma pareciam ter superado a morte de seu filho gêmeo, Fred Weasley. "Fred, ainda não consigo acreditar em sua morte", pensava Harry durante quase os dois meses que estava na Toca. Havia quase dois meses que a guerra havia acabado. Ela havia acabano no dia 2 de maio, e o calendário pregado na parede da sala estava com o número 30, no mês de junho. 30 de junho. 

Harry pegou sua escova de dente, procurou uma roupa em sua mala e as carregou até o banheiro da Toca. Pôde tomar um banho para animá-lo e escovar os dentes. Depois de pronto, dirigiu-se ao quarto de novo, para guardas suas escovas de dente. E logo em seguida, desceu as escadas. Quando descia as escadas, passou pela porta do quarto de Gina. Harry ainda não havia falado com Gina. Ela e Jorge foram as pessoas mais abaladas pela morte de Fred. Harry decidiu dar um tempo até poder conversar com ela. Mas já faziam quase dois meses que esperava por isso...

- Harry? - gritou Rony, do alto da escada - Me espera! Vou só mudar minha roupa, e a gente toma café juntos! - concluiu.

- Ok, Rony - concordou Harry - Mas não demora! 

Depois de cinco minutos, chegava Rony, com os cabelos rebeldes, à mesa. 

- Bom dia, Harry, querido - disse a Sra. Weasley animada - Bom dia, Ron - e deu um beijo na bochecha do filho - Vá mais devagar! A comida não vai sair voando! - disse ela. Ron estava literalmente o seu prato de ovos com bacon. 

Harry preferiu se servir de seus cornflakes. Mais alguém descia as escadas. Harry pôde reconhecer de imediato a pessoa assim que ela chegou na cozinha. Era Gina.

- Bom dia, mãe - disse Gina, sonolenta. Ela estava com um roupão meio beje, pois ainda devia estar de pijamas.

- Bom dia, Gina, mas você nem sequer trocou de roupa! - disse a Sra. Weasley - Está com tanta fome assim?

- Na verdade, não - respondeu Gina - Vim justamente para pegar minhas roupas secas no varal. Tenho aquela blusa verde que eu gosto, e quero usá-la hoje.

Harry prestava atenção na conversa das duas. Tentava disfarçar, mas Gina já parecia perceber.

- Engraçado, Gina - começou a Sra. Weasley - Eu já tentei procurar essa sua blusa, mas não a achei - comentou.

Gina pareceu desapontada. Harry percebeu que aquela blusa verde devia ser realmente a favorita de Gina.

- Se você quiser ir lá fora procurar... - começou a Sra. Weasley.

- Eu sei onde está - interrompeu Harry. Não lhe veio nem um minuto em sua cabeça que estava parecendo estar de olho na conversa das duas - Quero dizer, eu acho. Deve estar no varal de trás, junto com outras roupas.

- Aah, é verdade - disse a Sra. Weasley - Sempre esqueço de tirar as roupas daquele varal. Vá lá, Gina, deve estar lá mesmo onde Harry falou. 

Gina olhou para Harry, como se fosse agradecer a qualquer hora, mas virou-se. Saiu em direção à porta que dava para o lado de fora da Toca. 

Harry continuou a comer seus cornflakes. Rony repetia mais um prato de ovos com bacon. Parecia um porco sentado na beira de uma mesa.

Logo em seguida, desceram Hermione e Angelina Johnson. Desde que a batalha terminara, Angelina foi para a casa dos Weasley. Era uma amiga de Fred e Jorge, e decidira ficar, a convite dos Srs. Weasley, para fazer companhia a Jorge. Desde então, estavam mais próximos. Não demorou muito para anunciar que estavam namorando.

- Bom dia, gente - disse Angelina - Acordaram cedo, hein?

- Pois é - disse Rony - Bom dia, Hermione.

Hermione ainda parecia corada quando ia falar com Rony. Todos da casa já sabiam do namoro dos dois, mas ficava envergonhada quando tinha de tascar um beijo em Rony. Ela deu um beijo discreto nele, e se sentou ao seu lado. Angelina sentou-se ao lado de Harry.

- Fred ainda não acordou, Angelina? - perguntou a Sra. Weasley.

- Acho que não, Sra. Weasley - respondeu Angelina - Não passei no quarto dele pois a porta estava fechada. Então, resolvi não abrir.

Hermione se serviu de suco de abóbora, enquanto Angelina seguia Harry, servindo-se de conrflakes.

- O jornal já chegou, Sra. Weasley? - perguntou Angelina - Estou louca para ver as notícias.

- Ainda não, Angelina - respondeu a Sra. Weasley - Mas veja, parece estar chegando - completou, apontando para a janela da cozinha.

E realmente estava chegando. O jornal estava sendo carregado pela coruja parda de sempre. E ela sempre fazia a mesma coisa: quando chegava perto da janela aberta da cozinha, soltava o jornal de suas patas, e dava a volta. O jornal adentrava pela janela da cozinha, e sempre parava nas mãos de alguém. Dessa vez, Angelina o pegou. 

Ela primeiro leu a manchete principal, antes de pular para a parte dos esportes. E podia-se ler a seguinte menchete:

                                   Ministério da Magia reformado: danos reparados.

Os danos reparados se referiam à um ataque que ocorreu assim que Voldemort foi destruído. Alguns de seus seguidores, que não eram Comensais da Morte, aparataram no Ministério da Magia e causaram destruição como em forma de protesto. Alguns foram mortos durante o confronto entre eles e os aurores, e alguns mandados para Azkaban. 

Angelina foi para a parte dos esportes. Harry se entreteu em remexer os cornflakes com a colher, enquanto Gina subia as escadas de volta para o seu quarto, com a blusa verde pendurada em seu braço. Gina raramente tomava o café. Talvez não gostasse mesmo, ou porque não queria.

Uma outra coruja apareceu voando em direção à Toca. Dessa vez, era um coruja branca com algumas listra pretas em suas asas. Ela não era como a outra. Ela entrou dentro da casa, e pousou ao lado de Harry. Havia uma carta em seu bico. Harry estendeu a mão e a pegou. 

- Harry, essa carta é de quem? - perguntou Hermione. 

- Não sei - respondeu Harry - Espera. Vou abrir ela. 

Harry abriu a carta. Ela não era grande, muito pelo contrário. Era pequena e continha um selo de Hogwarts. Harry estranhou. Hogwarts? Já não estudava mais lá.

A carta estava escrita em uma letra que mais parecia um garrancho, mas Harry reconhecia aquela letra de algum lugar.

- Harry, essas letra é familiar... - comentou Hermione - Você a reconhece?

- Ela também é familiar para mim, Hermione. Só não consigo lembrar de onde! - disse Harry. 

Harry encolheu um pouco os olhos para poder entender o que ela dizia. E depois pôde ver o que neça estava escrito:

 
       Caro Harry Potter,
                nós convidamos você e seus amigos a comparecerem no Três Vassouras, em Hogsmeade, no dia 7 de julho, às três da tarde. 
                                           Esperamos que esteja bem. 

 
- Tá bom - começou Rony - Recapitulando: o que se refere o "nós"?

- Eu não sei - respondeu Harry - Teremos que ir lá para descobrir. 

- Mas Harry, nós não podemos simplesmente dizer que vamos. Você não sabe quem é. 

- Hermione, eu reconheço essa letra. Nenhuma pessoa que ofereceu perigo para mim, pelo que eu me lembre, já me escreveu uma carta. Deve ser um conhecido, que não conseguimos lembrar a letra dele! - argumentou Harry.

- Não é tão fácil quanto parece! - insistiu Hermione. 

- Olha - começou Rony - Conversamos sobre isso mais tarde. Estamos no café da manhã! 

Angelina se levantou da mesa. Terminara seus cornflakes e subiu as escadas. Estavam dormindo ela e Hermione no mesmo quarto que Gina.  

Para surpresa de todos, mais uma coruja estava vindo em direção à Toca. Rony dessa vez parecia que ia xingar pela sua impaciência com as corujas que estavam chegando, mas Hermione tapou sua boca. A coruja mais uma vez pousou ao lado de Harry. Dessa vez, até a Sra. Weasley deixou seus afazeres para ver o que estava escrito na carta. 

Nela, podia-se ler:


            Harry Potter, 
                               pensara que tempos de paz estavam por vir pela batalha que você pôde ganhar? Como já se dizia: você ganhou a batalha, mas não a guerra. 

                                                    AGUARDE.

 
Todos ficaram perplexos. Mais uma batalha estava por vir? Quem seriam os autores das duas cartas? "Por favor, não", Harry pensou. Mas não tinha como evitar. Estava à beira de um mistério.   




O primeiro capítulo você tem aquele olhar tão sonhador de que você vai fazer uma história de tirar o fôlego! Mas é difícil, meu caro, difícil. Estou começando uma nova FIC, e espero que todos vocês possam gostar dela! Comentem e dêem notas, porque é isso que espero dos leitoras dela. Se você gostou, fique aguardando pelos próximos capítulos. Se não gostou, comente e dê sua nota assim mesmo. Eu gosto de críticas e por quê não gostar de ser criticado? De maneira boa ou ruim tá valendo!

                                                                                 Pedro Rogerio 

 

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