Para Sempre e Sempre



Capitulo 11
Para Sempre e Sempre


 


Acabou. Não importa o idioma que eu fale à dor que sinto nunca passara. Meu coração jamais se construirá, porque ele foi destruído pela única pessoa que amo nessa vida. Céus, como serão meus dias a partir de agora? Como poderei ser feliz se a única pessoa que me faz feliz no momento me odeia? 


Eu não deveria ter treinado. Não deveria ter bebido aquele copo quando David disse que já estava lá. Não deveria. Agüentar as conseqüências agora é o mais difícil. Difícil não poder mais cuidar da pessoa que mais amo nessa vida. 


Enquanto a via se afastar pensei em gritar, correr atrás dela e insistir para que ela me escutasse ou falar a força, aos gritos. Mas isso seria pior, muito pior.  


Suspirei apertando meus punhos e olhando para o céu. 


- Porque Merlin? – Sussurrei fechando os olhos e sentindo a brisa. 


E de repente eu queria apenas uma coisa. Vingança.


 


**


 


Não estava acreditando no que o pergaminho em minhas mãos mostrava. Coloquei a mão na boca de espanto e olhei para os lados. “Fernanda Weasley e Luan Potter ainda estão juntos? Se estiverem porque ele simplesmente agarrou nossa querida loira dos olhos azuis no corredor perto do salão principal na noite passada”.  


Coloquei o papel entre meus livros e comecei a caminhar a procura de Luan. Sim, ele precisa de uma boa explicação porque o que ele fez foi terrível.  Caminhava entre uns dos corredores próximos ao pátio quando vi uma enorme multidão e vários feitiços serem gritados. 


 - Mas o que... – Corri próximo a multidão quando ouvi a voz de David. Empurrei todos que estavam ali para que eu pudesse passar e chegar ao meio onde acontecia o duelo. – Luan o que você esta fazendo? – Coloquei meus livros na mão de David e saquei minha varinha apontando para os dois. – Já chega. – Os dois ficaram paralisados. 


- Com licença senhor Milevan. – Em meio aos alunos apareceu Minerva. – Exijo uma explicação senhorita Potter. 


- O que? – Ela olhava para mim. Luan e Felix voltavam ao normal, por sorte Minerva estava ali ou se não eles começariam novamente. 


- Na verdade professora Minerva a culpa foi minha. – Luan se aproximou mais ela levantou a mão para que ele parasse. 


- Desta vez você não pagará pelos erros de sua irmã senhor Potter. – O pior de tudo isso é que eu não fiz nada. – Vejo senhorita e o senhor Barton em minha sala. – Ela olhou para mim e Felix. E saiu. 


- Eu sou culpada até sendo inocente e tentando ajudar você. – Virei e peguei o pergaminho entre meus livros. – Se explique. – Entreguei o pergaminho em suas mãos. 


Depois que Minerva saiu os alunos se dispersou. Luan e David me contaram toda a história. E depois Luan me contou que Fernanda e ele terminaram e depois ela não foi mais vista. 


Eu me afastei deixando os dois para trás e segui até o salão comunal. Subi até o dormitório e abri a porta. 


E lá estava ela. Com os joelhos dobrados para que apoiasse seus braços e fizesse o mesmo com a cabeça. Olhava pela janela, mais seu olhar era vago. Sem vida. Deixei minhas coisas na cama e aproximei sentando ao seu lado. 


- Como esta? – Que pergunta mais idiota. Ela desviou o olhar da janela me encarando. 


- Bem. – Engoliu seco e voltou seu olhar para a janela. – Você lembra quando Luan me pediu em namoro? – Assenti. – Eu nunca te contei o que realmente aconteceu naquela noite. – Seu olhar estava vazio muito longe daquele pequeno dormitório. 


As férias haviam começado há poucas semanas, mais Fernanda sabia que ficaria até o fim na casa de sua avó, pois seus pais, Harry e Hermione foram para a Itália. Afim de, tirarem umas férias também. 


Após as duas únicas pessoas as quais ela poderia conversar adormecerem, ela resolveu descer para a cozinha e talvez ainda encontrar sua avó para conversar. Mais ela não estava mais lá. Algo chamou sua atenção quando começou a ouvir barulho de água vindo do jardim da casa, como não estava chovendo resolveu ver o que era.  


Nada poderia ser comparado com o que Fernanda via. Uma boa parte do jardim estava coberta de flores. Flores de todos os tipos. Olhou para o chão do jardim onde havia um caminho feito de pedras brancas que dava para um lindo chafariz. E bem no alto do chafariz tinha um anjo na ponta do pé com suas asas abertas. 


Deslumbrada com tudo o que via, ela caminhou sobre as pedras brancas até chegar ao chafariz. 


- Mais quem faria uma coisa dessas? – Fernanda sentou na beira do chafariz e se encantou com a água que continha um brilho inexplicável.  


- Vejo que gostou da minha surpresa. – Ela se assustou se deparando com um par de olhos verdes.  


- Foi você? – Ele assentiu. 


- Tudo isso foi feito apenas para você. – Ela corou.  


- Para mim por quê? – Levantou e olhou para o jardim coberto de flores. 


- Porque você é a única pessoa que faz meu coração acelerar. É a única que faz com que pequenas borboletas se formem em meu estômago e é a única que faz com que fique noites sem dormir apenas pensando em seu sorriso. – Luan segurou as mãos de Fernanda e se aproximou dela lentamente. 


Assustada, Fernanda tentou dar um passo para trás mais se esqueceu do chafariz e caiu na água levando Luan junto. Fernanda começou a rir e não percebeu que Luan a olhava. E sem ao menos se dar conta Luan tomou seus lábios em um beijo doce e apaixonado.  


- É melhor entrarmos. – Ela empurrou Luan de leve e levantou saindo da água. 


- Antes que você vá quero lhe fazer uma pergunta. – Fernanda virou ficando de frente para Luan e tirou os cabelos que estavam grudados de seu rosto. – Eu tentei de várias formas fazer esse pedido mais não consegui. Se você falar não, tudo bem eu vou entender. 


- Pergunte logo Luan. – Ele suspirou tomando coragem.  


- Fernanda Weasley você quer namorar comigo? – Como um impulso nervoso que percorre em alta velocidade pelos neurônios, Fernanda sentiu seus membros tremerem e seus olhos se encheram de água.  


- Sim. Sim. – Ela repetia várias vezes enquanto ele a abraçava e tirava do chão. 


- Eu quero que use isto a partir de hoje. – Ele tirou do bolso uma aliança de prata e colocou em seu dedo. 


- Mais e a sua? – Ele levantou a mão direita mostrando sua aliança. Ela sorriu enquanto ele a tomava para mais um beijo.  


-- 


- Parece um sonho. Um sonho que eu não quero acordar. – Fernanda se ajeitou nos braços de Luan. Estavam deitados no meio das flores olhando o céu. 


- E porque não pode ser realidade?  


- Esperei tanto tempo por isso que nem parece real. – Ela sorriu e eles continuaram a observar as estrelas. 


- Eu te amo. – Luan disse olhando a reação de Fernanda que não poderia ser outra. Ela o olhou tímida, se perguntando se aquilo era mesmo real.  


- Viu? Tudo isso não é real.  


- Apenas acredite que seja e será. – Ela mordeu o lábio inferior.  


- Eu também te amo. – Ela disse tampando o rosto fazendo Luan rir. - Me promete uma coisa?  


- Prometo. – Respondeu sem pensar. 


- Promete para mim que ficara comigo para sempre? – Ele colocou uma mecha atrás da orelha e respondeu olhando fixamente em seus olhos.  


- Para sempre e sempre.  


Fernanda terminou de contar a história com as lágrimas tomadas por todo o seu rosto. Soluçou várias vezes impedindo que o choro viesse mais foi impossível. 


- Ele prometeu. Ele prometeu e não cumpriu. – Ela limpou o rosto. 


- Você não acha melhor ouvir o que ele tem a te dizer? 


- Não quero. – Foi à única coisa que ela conseguiu dizer antes que começasse a chorar novamente. Eu a abracei deixando que ela me molhasse com suas lágrimas. – Ele prometeu. – Ela repetiu. 


- E o anel? – Ela se afastou do abraço. Olhou para sua mão e o anel ainda estava lá. Ela tirou e me entregou. – É isso mesmo que você quer? – Ela negou e me abraçou novamente. E então eu a deixei chorar sem dizer uma palavra.
 


**


  


- Eu sinto muito. – Disse ao lado de Luan no salão comunal em frente à lareira. – Ela não quer ouvir o que você tem a dizer. 


- Eu não acredito. – Ele colocou a mão no cabelo e fechou os olhos. – Você acredita em mim? Acredita que eu não quis fazer aquilo? 


- Mais é claro que acredito. – E de repente lembrei-me do anel. Tirei do meu bolso e o observei na palma da minha mão. – Ela não quer mais esse anel. – O entreguei e ele não aceitou. 


- Esse anel pertence somente a ela. 


- Pois se ela não quer eu aceito. – Priscila pegou o anel de minha mão e colocou no dedo. – Perfeito. 


- O que? – Gritei. – De onde você apareceu? – Olhei para os lados. 


- Se ela não quer eu quero. 


- Você só pode estar ficando louca. – Luan levantou gritando. – Primeiro me faz perder a pessoa que mais amo agora pega o anel que eu dei para ela? – Ele se aproximou ferozmente dela, mas segurei em seu braço. 


- Não Luan. – Pedi e ele se afastou. 


- Ela teve o que merece. – Ela disse com a voz firme. Sem pensar saquei minha varinha e a lancei para longe. Priscila bateu na parede perto de uma das janelas e caiu no chão. 


- Sua estúpida. – Me aproximei e peguei o anel que estava em sua mão. – Isso pertence apenas a Fernanda. 


- Você esta louca? – Luan sussurrou. – Tem noção do que acabou de fazer? – Ele segurava meu braço e aparentemente parecia bastante irritado. 


- Acho que eu posso responder para o senhor. – A voz de Minerva ecoou pelo salão comunal. Luan me soltou e eu tive a certeza de apenas uma coisa aquele momento. Eu estava totalmente e absolutamente ferrada.


 


**


 


- O que esta acontecendo com a senhorita? – Minerva andava de um lado para o outro da sala que antes era ocupada por Dumbledore. 


- Eu... 


- Não quero que me responda. Quero apenas que me escute. – Ela sentou lançando um olhar preocupado. – Embora suas notas ainda estejam boas. – Só não entendi a ênfase que ela deu no ainda. – A senhorita anda arrumando muita confusão. Primeiro um duelo com o senhor Barton. Exijo que venha até minha sala e a senhorita não apareceu. Fui a sua procura e a vejo atingindo uma colega. O que aconteceu? 


- Desculpe, mas eu tive motivos para não vir. 


- Deixasse seus motivos para depois. – Suspirou. - Vejo que muitas coisas mudaram para a senhorita desde o começo do ano.  Não vejo alternativa a não ser deixá-la essas ultimas semanas de aula de detenção. 


- E o que será? – Não pode com eles, junte-se a eles. 


- Ajudar os elfos na cozinha, limpar a biblioteca, ajudar os professores. Nada mais justo. – Ela anotava tudo o que eu iria fazer. – Agora vá direto para seu dormitório, não quero que passe o Natal no colégio fazendo atividades extras. 


Assenti e me levantei caminhando até a porta.  




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