Malfoy...Marylin Malfoy



Outro sábado tinha chegado e Gina até tinha medo de ir tomar o café da manhã. Só de pensar que teria de encarar Harry… dava-lhe uma volta no estômago! “Digo-lhe um “oi…” bem discreto, ou apenas sorrio? Ou talvez seja melhor nem dizer nada…porque é provável que ele não me queira falar! Bem, seja como for, tenho de o encarar…mais cedo ou mais tarde, vamos ter de nos falar!” E com este pensamento, Gina desceu as escadas do dormitório e se dirigiu para o Salão Principal.
Quando lá chegou, deparou-se com toda Grifinória já sentada em seus lugares e só um sobrava, claro, o de Gina. O pior era que o único lugar era exactamente ao lado de…Harry. “Maldita hora que eu decidi acordar!”, pensou ela enquanto se dirigia para o lugar que lhe havia sido “reservado”.

- Bom dia. – disse ela a Ron, Hermione e…Harry.
- Bom dia, irmãzinha! – disse Ron, parecendo muito feliz.
- Bom dia, Ginaaa!! – disse Hermione, também parecendo muito feliz. Só Harry não respondeu. Gina ficou um pouco assustada. “Será que ele nunca mais me vai falar?”, pensou, enquanto mordiscava uma torrada. Não tinha fome nenhuma, mas mesmo que tivesse, não conseguia comer. Só de pensar que poderia perder a amizade de Harry por causa duma coisinha estúpida como aquele Malfoy, perdia a vontade de comer.
Decidiu então levantar-se e ir para o seu quarto. Era melhor estar lá, bem fechada, não fosse alguma coisa de mau acontecer. Mas mal Gina deu sinais de que se ia levantar, Harry interviu:
- Gina…desculpa…errr…será que podia dar uma palavrinha com você?
- Err…claro, Harry…diga!
- Vamos lá para fora um pouquinho, pode ser?
- Claro, vamos! – E seguindo Harry, eles foram para fora do Salão Principal. Mesmo quando Gina ia falar, Harry começou:
- Escute, Gina…eu fiquei mesmo muito magoado com o que vo…
- Eu sei, Harry, e eu quero pedir imensas desculpas! Eu fui uma parva, sinceramente, eu acho que nunca fiz algo tão burro quanto isto! Mesmo sabendo que é muito provável que você nunca mais me venha a falar, eu lhe quero pedir desculpa, mesmo, eu…
- Gina, Gina…! Ok, eu compreendo, mas será que poderia me deixar acabar de falar? É mesmo necessário a sua total atenção e nada de interrupções! Pode ser? – disse Harry, e nesse momento Gina começou a sentir a cara muito quente. Será que ela tinha de fazer burrices sempre que falava com ele? Resolveu responder:
- Claro…desculpa…outra vez!
- Não faz mal. Então, como eu ia dizendo… eu fiquei muito magoado com o que você fez, e isso é óbvio, porque eu estou mesmo apaixonado por você, caso ainda tivesse alguma dúvida… – nesta altura, Harry tinha a cabeça baixa de tanta vergonha. Mas não tanto quanto Gina, que cada vez mais ficava com vontade de se mandar da torre de Astronomia e sumir dali para sempre! – Mas eu não posso obrigá-la a gostar de mim, você faz o que entende! Eu só gostaria de saber o que lhe vai na cabeça. Mais precisamente, o motivo que a levou a acabar comigo. Você sempre pareceu apaixonada por mim e quando começamos a namorar acaba comigo! Eu fiquei um pouquinho confuso com o que fez. Bem, confuso entre muitas mais coisas, como triste, magoado, desesperado… mas isso não interessa, o que interessa agora é que eu gostaria mesmo de saber o porquê de tudo isto! Eu sei que posso não ser o seu melhor amigo, nem o seu confidente, mas… eu amo você, e acho que sou das poucas pessoas que nunca, em circunstância alguma, iria contar a alguém ou fazer alguma coisa para a prejudicar! Por favor… será que posso saber o porquê de acabar comigo? – Gina ficou perplexa. O que fazer? Contar-lhe tudo, incluindo que Malfoy está dentro de tudo, ou mentir-lhe, contar-lhe a velha história do “a sério, Harry, o problema não é você, sou eu mesmo!”? Não, ela não podia fazer-lhe isso. Seria demasiado cruel! Harry devia ter ficado um montão de tempo a pensar no que lhe dizer, desabafou com ela, disse-lhe tudo o que lhe ia na alma, e agora ela lhe ia mentir? Não, não podia! Resolveu contar-lhe a verdade:
- Bem, Harry… eu… bem, a verdade é que é tudo uma longa e complicada história. Eu quero-te contar, mas gostava que fosse noutro sítio, aqui as paredes têm ouvidos… encontramo-nos daqui a 20 mins. junto ao lago, pode ser?
- Claro, Gina. Fico contente que me queira contar… espero que não me minta…
- Não vou mentir, Harry. Eu não sou assim tão falsa! – naquele momento Gina vê Malfoy a passar e se lembra: “Ele descobriu algo a mais… oh meu Deus, como me pude esquecer!” – Harry! Harry, espera! Err… desculpa, será que podemos nos encontrar dentro de uma hora? É que eu me lembrei que tenho uma coisa para fazer! Depois explico, tá? Desculpa!
- Ah…tudo bem, Gina… Dentro de uma hora, combinado! – e assim que vê Harry dobrando a esquina de volta para o Salão Principal, Gina trata de avistar Malfoy, com ou sem amigos, para ir falar com ele. Era importantíssimo saber o que ele tinha descoberto a mais que ela, e quanto mais depressa melhor, ela não tinha nada a perder! Depois de tudo o que Harry tinha dito, ela queria que o pesadelo acabasse para eles os dois voltarem! Sim, ela tinha decidido que ela e Harry tinham de voltar…!
Assim que avistou Malfoy, ficou aliviada por saber que estava sozinho. Correu para ele e o agarrou por um braço:
- Malfoy, finalmente! Que coisa é essa de ter descoberto algo a mais que eu? Eu preciso saber, mas rápido, não há tempo a perder!
- Oh, oh! Parece que a menininha Weasley já acabou a conversa com o menininho Potter Perfeito, hein? Já estava ficando farto de esperar!
- Ah, não sabia que você se importava! Estamos inovando, não estamos!?
- Não seja parva, Weasley Pobretona!!! – disse Draco, como que “para despachar o assunto”!
- Hey, não admito que me trate assim! Era só brincadeirinha, que coisa!
- Ok, vamos falar lá fora, pode ser? Não quero que meus colegas me vejam com…você!
- Sim, mas seja rápido! – e assim se dirigiram para fora do castelo. Foram para trás de uma árvore, onde ninguém os poderia ver:
- Então diga, Malfoy, que raio foi que você descobriu a mais? - disse Gina, já com impaciência.
- Bem… eu não queria acreditar que você e eu pudéssemos…bem, você entende! Então eu fui ter com uma velha tia minha que diz que conhece tudo sobre toda a nossa família. Ela um pouco louca, mas me mostrou um livro sobre nossa família que me chamou à atenção… uma rapariguinha ruiva. Não existe ninguém ruivo na minha família! Mas aquela rapariguinha era ruiva! Mas a página que mostrava a família dela havia sido arrancada, não pude ler coisa alguma acerca do assunto. Só vi a sua foto! Se chamava Marylin Malfoy. – disse Draco rapidamente como se achasse que se não dissesse tudo logo se esqueceria.
- Oras, Malfoy, o que tem a rapariga ser ruiva!? Isso não quer dizer nada! Ela pode ser filha de mais de milhão de pessoas!
- Mas, Weasley, ela era parecidíssima a você! Os mesmo traços do rosto, os mesmos olhos… - Draco ia chegando sua mão perto do rosto de Gina mas logo acordou. “Draco, Draco, ela é uma Weasley! Uma Weasley pobretona! Trata de arrumar este assunto para poder voltar à sua vida habitual!”, pensou ele, enquanto a sua face pálida ia ficando um pouquinho mais corada.
- Que se passa, Malfoy, ficou com vergonha de mim, foi!?
- Qual vergonha de você, qual quê! Não seja mais parvinha do que já é! Acha que algum dia seria capaz de perder meu tempo com você?
- Mesmo que fosse, você é desprezível, nunca eu iria ter alguma coisa com você! E eu não sou parvinha nenhuma! Tanto não sou que fui capaz de descobrir algo mais do que uma infeliz coincidência de que uma rapariga é ruiva como eu! Oras, Malfoy! Pensei que fosse mais inteligente! E se não fosse por mim, ainda hoje você estaria na ignorância acerca desta INFELIZ história! Portanto trate de ter mais respeito pelos outros! – Gina até se surpreendeu de ter dito tanta verdade na cara de Draco. Nunca pensou que seria capaz de tal coisa.
Draco também parecia surpreendido. Como era possível uma garotinha como ela ser capaz de dizer tanta coisa!? Ela tinha razão, mas ele não ia ceder. Ele era Draco Malfoy, tinha sempre razão!
- Respeito!? RESPEITO!? Mas porque eu teria respeito por uma infeliz como você! É melhor que baixe a sua crista, porque aqui quem dita as regras sou eu! E se eu estou de dizendo que há algo estranho no facto daquela rapariguinha ser ruiva, é porque há mesmo! Eu tenho sempre, ouviu, SEMPRE razão! E você, Gina, devia estar muito contente por eu estar ajudando nesta porra! Eu podia muito bem não acreditar em você e lhe virar as costas! Mas não… Eu também me preocupei! Por isso cala essa boca imunda para falar de mim, ouviu!?
- Você… você me chamou de Gina? – A moça não tinha ouvido nada do que Draco havia dito a partir do momento que ele a chamou de Gina. Ele não gostou muito da atenção que Gina havia tomado a esse facto, e até ficou um pouco irritado por ela não ter reparado em mais nada, por isso retorquiu, com um misto de raiva e embaraço:
- Eu!? Eu nunca chamei você de Gina! Que nome imundo, esse! Gina… ‘tá sonhando, mocinha! E além disso! Eu presumo que você tenha ouvido o resto que eu disse, não!? Eu a acusei dum monte de coisas, e você repara logo nessa sua…ilusão auditiva!?
- Quer dizer, você me chama de Gina e eu é que ando tendo ilusão auditiva!? Me poupe, Draco Malfoy, seu…seu…seu estúpido! – e dito isto Gina corre para fora dali o mais rápido possível. Não tinha gostado nada daquela discussão. Não sabia porquê, mas o facto de ter dito aquela baboseira toda para Draco fazia com que ela se sentisse mal. Muito mal. Mas não se queria importar com isso. Ainda faltavam 20 minutos para o seu encontro com Harry, por isso subiu ao Salão Comunal da Grifinória, se dirigiu ao seu dormitório, se penteou, lavou a cara, pôs um pouquinho da sua essência de baunilha (que cheirava muitíssimo bem) e respirou fundo, pensando: “Não vou deixar que aquele Malfoy nojento me estrague o dia. Não vou não! Agora tenho de me preparar para explicar tudo para Harry.” Gina olhou para o relógio e reparou que estava quase na hora. Então desceu, passando por Ron e Hermione, que interromperam o seu pensamento, que estava colado na explicação para Harry:
- Gina Weasley, chegue aqui, agora! – disse Ron, com uma voz e cara de raiva.
- Que foi, maninho? Quer alguma coisa? – disse Gina, tentando ser o máximo simpática possível. Hermione interrompeu Ron antes que ele explodisse:
- Gina, minha querida. Eu acho que nós deveríamos falar. A sós. – e interrompeu mais uma vez Ron, antes que ele pudesse pronunciar o que quer que fosse – conversa de raparigas. Depois você fala com Ron. Ele está muito irritado neste momento. – lançou um olhar reprovador em Ron. Indicou a Gina um lugar numa poltrona bem ao canto da sala e a Ron o buraco do retrato da Dama Gorda. Ron saiu, meio que emburrado, enquanto Hermione se dirigia para Gina, se sentando na poltrona posta em frente a esta.


N/A: Eh, genti, eu sei k'este kap. na fikou da melhor maneira, mas, cmo devem ter reparado, eu demorei monts d tempo pa fazer este kap. pk a eskola tva apertandoo! Mas agra k xegam as férias d Natal *aki em Portugal* eu tou postando, apesar d ter fikado cm mta conversa e poka acção!=P Espero k se divirtam!!XD Bjões d moi********

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