A Partida de Edwiges



No dia seguinte, Harry amanheceu, só que desta vez ele fora observado por Sthefany. Ela o fitava sorrindo levemente, graças a isso, Harry demorou a se lembrar dos acontecimentos na noite passada, que vieram como flashs a sua mente. Seu animo parecia em um confronto, entre estar feliz e estar deprimido. Como Sthefany conseguia isso, normalmente Harry estaria chutando e quebrando as coisas, mas ela parecia o acalmar, então sorriu. Sthefany o beijou, dizendo:

- Temos que ir, dorminhoco – levantou-se.

Todos se reuniram na sala de estar, Harry pediu para que Dobby recebesse com cuidado os novos hospedes, pois não estavam acostumados a elfos. Harry, Sthefany, Susan, Herimione e Rony teriam uma reunião assim que chegassem, dos membros da Ordem. Após usarem a chave, apareceram na entrada do castelo. Despediram-se e seguiram seus caminhos. Após deixar todas as malas e armaduras nos dormitórios, foram para a reunião, no escritório de Dumbledore.

A Ordem aumentou muito o número de integrantes, de confiança, desde o incidente no ministério da magia. O escritório de Dumbledore, apinhado de gente, estava um falatório quando o grupo chegou. Ao verem que Dumbledore se levantou sorrindo, todos pararam e olharam para os recém chegados. O paladino que estava lá fez a sua costumeira reverência e muitos rostos sorriram ao vê-los.

- Bom dia a todos! – disse Dumbledore, o grupo cumprimentou as pessoas com um aceno da cabeça. – Como estavam vendo, estávamos tendo uma pequena discussão sobre a quem se aliar. Queiram sentar-se, por favor.

Harry e o grupo se aproximaram e pegaram cadeiras. Os outros observavam Harry como se ele fosse, novamente, de outro planeta, existia muita gente que nunca vira na vida.

- Vou apresentá-los – disse Dumbledore pigarrateando. – Esses são os nossos mais jovens integrantes da Ordem. Susan Marchinson – disse apontando para a loira de olhos azuis -, que vem nos ajudando muito com o que Voldemort sabe; Hermione Granger – disse apontando para a morena -, é uma grande observadora, ajuda a manter os outros dois – disse apontando para Harry e Rony -, nos trilhos; Ronald Weasley – disse apontando para o ruivo, vermelho de vergonha -, responsável pela captura de três comensais no ano passado e, finalmente, Harry Potter – nem precisou apontar e nem comentar. – Vocês sabem o que ele já fez... – disse sombriamente.

Dumbledore sorriu e todos concordaram. Continuou a apresentação:

- Esses senhores aqui – disse Dumbledore apontando para um grupo de cinco pessoas, com mais ou menos trinta anos –, são responsáveis pelos nossos aliados. Eles procuram aliados, não humanos. Trazem uma boa notícia, Lisa por favor... – uma ruiva muito bonita se levantou, meio atrapalhada e olhou para os membros mirins da Ordem.

- Sim... é... um... – disse mexendo numa papelada. –, só um minutinho... fênixes... não... pegasus... não – disse balançando a cabeça, parecia estar procurando o papel da nova raça aliada. – Ah! Sim achei! Acromântulas do Hagrid – nesse instante Rony deu um pulo na cadeira, e Hagrid que estava a um canto, estufou o peito e disse.

- Ararogue e sua família disseram que se aliam, se permitirem a ele, sua esposa e filhos, retornarem a terra natal e se mantenham afastados os caçadores – para Harry pareceu uma boa idéia, mas um bruxo fez um muxoxo de descrença.

- Além de elas matarem tudo que é vivo na área que os libertarmos, é bem capaz, que nos ataquem no meio da batalha... Elas não se importam muito se estão sugando os líquidos corporais de um inimigo ou de um aliado.

- É claro que não, Ararogue é inteligente! E não permitiria que seus filhos atacassem amigos meus! – agora foi Rony que fez um muxoxo.

- Bom... mas não é só isso que Hagrid tem... – disse Lisa. – Hmm... cinco quimeras...

- Quimeras! – exclamaram Harry, Rony, Susan, Sthefany e Hermione.

-...vinte ents... os ents eu concordo que seriam bons... Dumbledore os convenceu certo?

- A muito custo Senhorita Lisa – disse Dumbledore sorridente.

- Hagrid, as quimeras, são um pouco... é... impulsivas – tentou dizer Hermione.

- Mas essas ai, eu conheço desde filhotes – disse sorrindo. – Eu falei com elas, adorariam ajudar...

- Você quer dizer “se fartar” – completou secamente Snape. – Adorariam se fartar dos humanos mais próximos...

- Elas só vão comer os inimigos! Só precisam de um treinamento para saber a quem atacar – protestou Hagrid.

- É bom que elas entendam quem são os inimigos, antes que a carne mais próxima lhe suba a cabeça, que no caso são três para cada animal – disse um bruxo mal encarado, de sobrancelhas grossas e juntas. Nesse momento Dumbledore, pigarrateou e todos os olharam com perspectiva de uma decisão final.

- Acho que devemos testar as criaturas de Hagrid... E na batalha não as expor tanto aos aliados. Devo lhes lembrar que a união é algo muito importante numa guerra como essa. Sendo assim alguém se prontifica a visitar as criaturas comigo?

Todos se entre olharam como se a proposta fosse suicida. Ninguém se prontificou, até que Harry ergueu a mão, tentando ajudar Hagrid.

- Não Harry, você já tem o que fazer – negou Dumbledore. – Mas realmente preciso de um voluntário, para a coisa ficar mais democrática. Assim dois podem dar as suas opiniões, sobre as criaturas. É Hagrid, até eu tenho minhas duvidas.

- Então eu vou – disse Lupin. Tonks deu um gritinho abafado.

- Ótimo, o lobisomem vai fazer uma visita aos seus parentes – resmungou Snape. Harry lançou um olhar cortante a figura sebosa.

- Ótimo! Então eu e Remo iremos amanhã, com Hagrid, e contaremos o que aconteceu na próxima reunião. Alguém tem mais algo a declarar? – silêncio. – Então a reunião de hoje está encerrada.

- Hoje... – disse indgnado o bruxo mal encarado - nós estamos desde ontem nesse cubículo – resmungou.

- Gostaria que Maverik e Harry permanecessem – pediu Dumbledore. Todos saíram se despedindo de Harry.

Quando a sala ficou somente os três e a fênix, Dumbledore iniciou:

- O seu incidente na casa dos Khant, foi totalmente abafado – disse Dumbledore. Harry abaixou a cabeça e olhou para os sapatos. – Eu queria saber se você ainda se sente bem depois do que fez.

- Bem... – disse com a voz amarrada. – Só achei ter exagerado, com os novatos. Mas eu perdi o controle, não sei o que deu... sabe como o senhor ficou quando o Falso-Moody, me pegou? – Dumbledore confirmou meio desconfiado. – Bom eu estava um pouquinho pior.

- Potter, você sabe se chegou a emanar a sua fúria? – indagou o paladino. Harry confirmou.

- Me senti mais forte do que meus músculos são capazes de ser, tanto que vocês sabem o que aconteceu com o segundo comensal... – disse tristonho, lembrando da decapitação. – Mas eu estava defendendo Marry e o tio dela... depois que eu vi aquela senhora ser morta a sangue frio...

- Entendemos Potter. Estamos felizes que tenha libertado o seu Instinto Guerreiro, somente as pessoas com a maior coragem são capazes de fazê-lo – Harry fez cara de quem não entendeu e ele continuou. – Isso mesmo, você fica muito mais ágil, forte e sangue-frio quando consegue libertá-lo. Não me admira que não tenha restado nenhum para contar história... com todo esse poder que você tem, até que se controlou.

- Instinto Guerreiro... que dizer que eu fui mau daquele jeito, por causa disso?

- Você não foi mau... foi sangue-frio. Não teve piedade, até porque eles não tiveram de você. E se tratando de Belatrix, até que a morte dela foi pouco dolorosa – Harry deu um muxoxo.

- Dela eu não teria piedade nem na minha mais sã consciência. Além do que não foi nem capaz de responder uma pergunta fundamental, e outra, não aceitou o duelo.

Dumbledore e Maverik se entreolharam preocupados com a raiva de Harry.

- Mas eu já superei esse ódio... até falei pra ela que chegava a ser pena. Sthefany me ajudou a acalmar, não se preocupem, ainda não sou um poço sedento de vingança – disse olhando para o lado. Virou-se para Dumbledore, que sorriu ao ver que era, em partes, verdade.

- Queria lhe dizer Harry, que irá continuar a ter aulas com o professor Maverik. Depois de libertar esse instinto, essas aulas, serão muito mais fáceis e úteis para você. Acho que você conseguirá lutar como um verdadeiro paladino...

- Ou até melhor – completou Maverik. – Existem ataques que quanto mais poder mágico, mais fortes, precisos e rápidos são. No seu caso, poder mágico é o que não falta. Além de ser o melhor bruxo em duelos, faz bom uso da espada – Harry meio encabulado com a opinião do paladino, mas agora, aliviado em saber que parte de seu descontrole na casa dos tios de Marry, foi por um tal de instinto. – Em seis meses, você estará facilmente páreo a Voldemort.

- Pode ir Harry, aproveite as suas férias, para treinar. Estamos quase no fim, aceito a sua decisão de estar no ministério. Cabe agora a nós, preparar a defesa. Pode ir...

Harry se despediu e foi para o salão principal, onde Sthefany estava cumprimentando alguns amigos. Harry não deixou escapar a pontada de ciúmes que teve, quando um garoto do sexto ano da Lufa-Lufa a abraçou. Tentando cortar o momento, chegou dizendo:

- Voltei Sthef – ela olhou Harry e sorriu. Era incrível como ela tinha controle sobre o ânimo de Harry, pois logo já se esqueceu da existência do outro garoto. – Esse aqui é Mike Boot, amigo meu.

- Ah! Olá... – disse Mike estendendo a mão. Harry a apertou com muita relutância. – Eu nem acredito que aperto a mão do grande Harry Potter – Harry estranhou o elogio. Geralmente outros garotos não deixavam passar a sua admiração percebida.

- Que isso... – disse Harry simplesmente.

- Harry o que Dumbledore queria? – indagou Sthefany. Harry olhou de esguelha para Mike, que entendeu o sinal de que aquilo era confidencial e saiu, despedindo-se.

- Só umas instruções e me disse que eu libertei meu Instinto Guerreiro, disse que não foi a toa que eu fui meio... é... nervoso... na casa de Marry – disse Harry com cara de inocente, mas mesmo assim perturbado com o que fez.

- Viu você não teve culpa – concluiu Sthefany. – Além do que foi autodefesa.

- Já viu quem ta com cara de que perdeu o pai hoje? Olha na mesa da Sonserina – disse Hermione que se aproximara. Harry se virou e viu que havia um garoto e uma garota do quinto ano com caras muito tristes e olhos vermelhos. Harry teve um aperto no coração, Hermione pelo jeito não sabia o que isso significava para ele. – Sorte que não sabem que foi vo... – Harry saiu da frente de Sthefany e Hermione, seguindo para a torre de astronomia, refrescar a cabeça. Ao acompanhar a cena, Sthefany achou que Harry vomitaria no meio do salão comunal, pelo que sentiu de começo.

- Acho que você não deveria ter dito isso – disse Sthefany brava, sentindo um pouco do que Harry sentia, estavam realmente ligados.

- Ele descobriria de qualquer jeito – retorquiu.

- É mesmo... Mas você poderia ter dito de um jeito menos chocante.

- Nem sei porque reagiu assim, já mataram os pais dele, deveria se sentir feliz em fazer eles sentirem a dor que sente há anos.

- Você sabe que Harry não é assim – emburrou-se Sthefany. – Como você se sentiria se acabace com uma família?

- Bom, no caso do Harry, nada – respondeu friamente. – Além do que, ele, como você mesmo disse, estava se defendendo.

Sthefany a olhou friamente, porém Hermione permaneceu indiferente, não suportando a opinião da garota, foi atrás de Harry, que suspeitou ter ido ao seu lugar de reflexão, a torre de astronomia. Ao começar a subir as escadas, ouvia-se resmungos do tipo: “Porcaria de Guerra!” ou quem sabe “Quem está ganhando alguma coisa?”. Sthefany resolveu responder.

- Ninguém. Nas guerras a humanidade, só tem a perder – Harry a ouviu e sentiu acalmar-se um pouco. Com as mangas limpou o rosto e viu que Sthefany estava aparecendo na escada. – Imaginei que estaria aqui, posso sentir um pouco do que você sente...

Harry evitou olhar para ela. Foi para o parapeito e ficou observando a neve na escola. Um vento muito frio lhe cortava o rosto. Sthefany ficou ao seu lado, também contemplando a neve.

- As coisas poderiam ser mais fáceis – resmungou Harry.

- Verdade – concordou Sthefany, passando o braço esquerdo pelo pescoço de Harry.

- Você é um amuleto, sabia? – Sthefany riu. Gostava quando Harry dizia que ela o acalmava.




Malfoy que passava pela entrada da torre de astronomia, com a sua turma, não gostou de ver o Potter e a Martin, saírem felizes, aos beijos, da torre. Se virou para fitar o grupo de alunos.

- Precisamos acabar com essa felicidade – impôs.

- Mas como? – indagou Crabe. – Você viu no que deu da ultima vez... ele está praticamente invencível.

- Não seja tolo. O Lorde das Trevas é muito mais forte que aquele garoto – retorquiu como se fosse ridículo o que ele falava. – Além do que, não precisamos enfrentar Potter, para lhe causarmos dor. Podemos eliminar alguns de seus amiguinhos mais fracos – disse com os olhos brilhando.

- Já sei por onde começar – disse Parkinson olhando para o corujal, com uma cara sedenta.

- É um começo – elogiou Malfoy. – É uma branca, não é?

- Edwiges – disse Nott.




- Aonde vamos dormir? – indagou Sthefany, para Harry. Este ergueu as sobrancelhas e deixou um sorriso escapar.

- Pois é...

- Hey pombinhos – disse a voz de Rony, aos pés da escada que eles começaram a subir. – Não pude deixar de ouvir a conversa – Harry o olhou constrangido e raivoso ao mesmo tempo. – Você sabe que os monitores-chefe podem usar dormitórios individuais, assim como banheiro. Então a senha é: Canons. Você sabe onde é Harry, não vou usá-lo. Agora até mais, tenho que falar com a Mionizita, sobre um encontro... umm... romântico. Tchauzinho – disse se afastando, deixando os dois meio abobados.

- Não é tão mal ter amigos monitores-chefe – concluiu Harry. – Então, vamos pegar nossas coisas?

- Quero só ver que desculpa vou dar para as outras garotas – imaginou.

- Oras, não dê – propôs Harry. – Não vou dar explicações aos outros...

- Sempre me esqueço que sou tecnicamente adulta.

Os dois subiram, pegaram seus malões e seguiram para o quinto andar. Entraram num quarto muito confortável e espaçoso. Harry lamentou não ter sido escolhido monitor.

- Porque Dumbledore não escolheu você para monitor? – indagou Sthefany.

- Ele disse que eu já tinha responsabilidades demais – respondeu tristemente. – Tinha razão.

Eles arrumaram todas as coisas e depois se jogaram na cama para conversar e esperar o tempo passar, até a hora do almoço. Harry pegou o álbum de fotos do seus pais e começou a mostrar para Sthefany.

- Olha só... a sua mãe é linda, uma ruiva de olhos verdes – disse observando de perto a foto. – Você tem os olhos dela, mas o resto é igual ao seu pai.

- E você? De quem conseguiu esses olhos? – disse suspirando e fitando-a, fazendo-a rir.

- Do meu pai... – Harry não deixava a sua felicidade ser abalada. Uma coruja entrou pela janela da sacada e deixou uma carta, sem remetente, no corpo de Harry.

Harry recitou em voz alta:

Tem uma surprezinha para você no corujal... espero que goste.

Harry olhou para Sthefany, perguntando se fora ela quem mandou o bilhete, mas ela estava muito desconfiada da carta anônima.

- Vamos – disse ele, levantando-se da cama.

Ao chegar no corujal, de primeira vista, não viu nada, mas após entrarem e fecharem a porta, os joelhos de Harry cederam. Atrás da porta haviam escrito palavras com sangue.

Cortesia do Lorde das Trevas

Colada de alguma forma estranha, havia uma ave branca, ensangüentada na porta. Já não se mexia mais, estava claramente morta. Sthefany chocada, sentiu de longe a tristeza que Harry emanava. Aquela fora a coruja que ganhara de Hagrid, ao entrar para Hogwarts, fora seu primeiro presente. Com a voz embargada ele pronunciou, adiantando-se para retirá-la da posição:

- Edwiges! – As outras corujas piavam tristemente. Harry a retirou e notou que não havia um pingo de vida no seu mole corpo. Haviam a matado a sangue frio. Sem conseguir conter o choro, sentiu as lagrimas escorrerem por seu rosto. Sthefany que já não agüentava ver aquele rapaz bom, sofrendo, saiu do corujal e foi procurar os responsáveis.

- Sonserinos me pagam – gritou. Harry ouvira, mas estava muito chocado com o corpo em suas mãos.

Harry se levantou e foi levá-la para enterrar próxima a floresta proibida. Abrindo caminho pela alta camada de neve, se ajoelhou próximo a um pinheiro e começou a cavar, com as mãos. Derramando lágrimas na terra, não se importara com o frio que sentiu nas pontas dos dedos dormentes. Enquanto aprofundava o buraco, ouviu alguém se aproximando. Era Dumbledore, que não escondeu a dor que sentia por ver Harry triste daquela maneira.

- Oh Harry eu sinto muito – disse Dumbledore tristemente.

- Ela foi assassinada – disse indignado. – assassinada. Outra... covardes! Não tem nem o capacho de usar o próprio nome.

Ajudando-o a enterrar Edwiges, Dumbledore lamentou por aquele garoto ter que sofrer tanto. Disse para si mesmo que tentaria reparar o dano, não através de vingança, algo melhor. Depois de cobrirem o corpo com terra, se levantaram e Dumbledore, limpou as mãos dos dois. Harry tinha um pouco de sangue nas veste, que foi limpo também.
Já conformado com perdas, Harry levantou a cabeça e seguiu em frente, mas se lembrou de Sthefany.

- Aonde foi a minha Sthefy?

- Ela me avisou e depois sumiu – respondeu calmamente. Harry preocupado começou a olhar para todos os lados a procura dela. Poderia ter se metido numa encrenca, na procura dos culpados. Não precisou procurar muito, ouvira gritos vindos de dentro do castelo.

Correndo Harry chegou para ver a cena de Sthefany, Rony e Hermione apontando as varinhas para um grupo de sonserinos apavorados, cheio de furúnculos e muitas azarações estranhas, que nem Dumbledore conhecia.

- Sem coragem agora, Malfoy? – indagou Sthefany.

- Na verdade eu acho que ele está sem sentidos, Sthefany – disse Hermione.

- Ele confessou ter feito o que fez. Estava rindo de ver Harry enterrando Edwiges. Só podem ter sido essas cobras asquerosas...

- Agora chega senhorita Martin – disse Dumbledore que observou por instantes a cena. Os alunos que lá estavam, pareciam concordar com a atitude dos três. – Podemos saber quem são, mas não devemos nos rebaixar a eles. Agora volte para seu quarto e esfrie a cabeça.

Dumbledore se lembrou que Harry estava atrás dele, mas quando se virou viu que ele havia saído. Olhou para o grupo sonserino, onde esperou o encontrar socando Malfoy e acertou. Malfoy já inconsciente tinha a cara coberta de furúnculos e, agora, sangue dos fortes golpes que Harry o dava, estava novamente emanando a aura de fúria. Rony pulou junto e começou a chutar as costelas de Crabe. Sthefany estava se decidindo se usava crucio ou não, quando Dumbledore gritou:

- Chega! Terei que dar detenções! – Harry era o único que parecia não querer parar de socar, Dumbledore se adiantou e o puxou. – Chega Harry...

- Assassinos! Covardes! Não tem nem coragem de deixar o nome! Coloca o nomezinho daquela outra cobra, que pelo menos, tem coragem, mas é tão suja quanto vocês! – ele ainda lutava para Dumbledore o soltar. – Dumbledore, me largue! Foram eles, são os únicos que me odeiam o suficiente.

- Eu sei que foram Harry. Mas você tem que se controlar. Agora Sthefany, leve-o. Depois conversaremos.

Muito relutante, levando outro indignado, Sthefany levou Harry para o quarto de monitor de Rony, seguido pelos dois amigos, também de cara amarrada. Todo o salão que olhou a cena estava indignado com os sonserinos. A professora McGonagall consolou Harry, com batidinhas na suas costas. Hagrid que entrara nervoso no salão já dava altos brados de xingamento aos encurralados sonserinos. Apenas Malfoy e Crabe estavam inconscientes, o restante passava vergonha.

Bufando Harry se jogou na cama, os restantes o observavam atentos. À medida que perceberam que sua raiva foi esvaecendo, começaram a fazer comentários de consolo. A sua mão latejava de dor.

- Agente compra outra Harry... – consolou Hermione.

- Vamos fazer bons planos para o Malfoy depois dessa, vou pedir algumas especialidades para os meus irmãos – disse Rony. – Ah ele não perde por esperar...

- Malditos! – rosnava Sthefany.

- Sthefany, você decididamente encarnou o espírito grifinório... – comentou Rony.

Quando se lembraram que ainda não haviam almoçado, o grupo se levantou e foi para o Salão principal. Sobre os olhares recebiam gritos de apoio.

- Eu teria usado Crucio... mas é ilegal – disse um lufa-lufa.

- Belos socos Harry! Tomara que não tenha concerto! - bradou uma garota da Corvinal.

- Eu queria te dizer que estou do seu lado agora – disse uma sonserina, que Harry já vira andando com Susan.

- Seja bem vinda – disse Harry com um sorriso. A garota retribuiu e foi sentar-se com Susan que já estava na mesa da Grifinória.

Comendo calmamente Harry se descontraiu um pouco do que acabou ocorrendo. Mas mesmo assim, quando via a imagem do seu fantasminha, o seu coração apertava. Ela sempre lhe trouxera as melhores mensagens de sua vida, era a coruja mais inteligente que já vira. Porque tinha que morrer? Mas essas coisas sempre passavam pela cabeça já acostumada de Harry e ele olhava para frente.

Dumbledore pediu para que apenas Harry fosse ao seu escritório naquela noite. Os outros estranharam, pois esperavam detenções. As 7:00h, Harry muito relutante em deixar o consolo de Sthefany para trás, saiu para o escritório de Dumbledore. Chegando ao local, murmurou a senha e entrou. Dumbledore lhe esperava olhando pela janela.

- Sente-se Harry – disse Dumbledore calmamente. Harry se sentou, esperando o sermão que ouviria. – Então... Malfoy e seus amiguinhos, não querem lhe ver feliz...

- Isso pra mim não é novidade.

- Entendo Harry. Não darei detenções, sei que era impossível controlar.

O ato deles foi totalmente imoral...

- E covarde – completou.

- Exatamente.

- Se pelo menos Edwiges ressuscitasse... – disse Harry olhando para Faweks.

- Eu te chamei aqui, para ver se conseguirei amenizar essa sua perda.

- Como?

- Lhe dando um pássaro novo – disse sorrindo.

- Hermione queria comprar uma coruja nova, mas falei que por enquanto não... – disse encolhendo os ombros.

- Não estava pensando numa coruja – corrigiu Dumbledore. – Tratei de verificar se havia o pássaro que eu queria lhe dar hoje, depois do incidente. Fawkes me ajudou e digo que conseguimos. Ela ainda não tem nome, é muito jovem, mas tenho certeza de que você escolherá um bom. Você aceita a responsabilidade de ter um pássaro como este?

Harry ergueu as sobrancelhas. A ave não parecia ser comum, para que tanta cerimônia? Harry ainda não estava certo de ter outro bicho de estimação, mas decidiu não recusar.

- O que ela tem de tão especial?

- Ela faz muitas coisas e é muito rara. Sabe escolher o dono, assim se você não for digno, ela o rejeitará.

- Ta... Ok. Aceito.

Dumbledore deu um sorriso e foi para trás da escrivaninha pegar aparentemente uma gaiola. Harry com expectativa lhe subindo a cabeça, esticou o pescoço para ver. Não sabia se conseguiria substituir a sua fiel Ewdiges, mas seria bom ter uma nova companheira, dotada de asas.

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