A visita



Já faziam horas que Draco e Luna estavam à porta da Ala Hospitalar, estavam exaustos, e sem perceber, os dois caíram no sono

- Hei, Draco, Luna, podem entrar, mas não se esqueçam de que depois vocês terão que ir para seus quartos para se arrumarem, o banquete de começo de ano vai ser daqui à três horas e meia!

Estas palavras bastaram pra que Draco e Luna acordassem, e em um pulo dois já estavam de pé

- Que horas são? - disse Luna bocejando

- São 11 horas da manhã

- Já??????? Como assim? A gente passou a noite aqui?

A enfermeira alta e magra confirmou com a cabeça

- Já, mas até que não foi muito tempo, vocês chegaram aqui mais ou menos meia noite, os últimos alunos, os que estão entrando para a escola agora, os do 1º ano, chegaram em Hogwarts quase 5 horas da manhã, como eles não tinham a casa determinada e era impossível fazer o banquete naquele horário, Dumbledore afastou as mesas e colocou vários colchonetes no refeitório para todos dormirem, o banquete e a cerimonia será no almoço de hoje, e a maioria deles já estão prontos

- Tudo bem... vamos ver como Gina está Malfoy? – Luna virou a cabeça para falar com Draco – Malfoy? Malfoy? – o garoto já não estava ao lado da garota já fazia um tempinho. Luna olhou para dentro por cima do ombro da enfermeira, o garoto estava ao lado da maca de Gina, mas parecia que demonstrava medo e nojo, pois não tocava na garota, Luna saiu correndo para perto da amiga também

Draco estava olhando atentamente para o rosto com pequenos pedacinhos de gaze de Gina, que ainda estava desacordada. O garoto estava totalmente incapaz de falar algo. De repente, surgindo do nada, como sempre acontecia, Luna apareceu do outro lado da maca e pegou a mão da garota

- Calma Gi, vai acabar tudo bem, daqui a pouco você vai estar acordada

- Você é doente garota? Ela está desmaiada, não pode te ouvir!

- Como você tem tanta certeza? Você aqui que é o idiota! Ela está me ouvindo, o subconsciente dela está captando e registrando tudo. Você não lê não garoto?

- Essas drogas que você lê, não! – Draco não sabia o porquê do aborrecimento tão rápido

Luna já estava pronta para responder à altura, mas foi impedida por Gina que deu o primeiro sinal de que já não estava mais tão mal. Esse sinal foi uma pequena e leve movimentada na cabeça. Os dois ficaram em silencio por alguns minutos, apenas observado Gina. Luna começou a falar de novo com a ruiva

- Tá bom Gina, a gente pára, - Draco revirou os olhos - sabemos que você quer silencio, passamos a noite inteira esperando e torcendo para que você ficasse bem, e eu sei que você vai ficar, eu sei disso, você é uma menina forte, capaz de superar muita coisa, e isso não será uma exceção, acredite

Se Draco não estava acreditando naquela bobagem de subconsciente, não ia ser agora que ele ia acreditar vendo Luna falando sozinha mais do que o normal

- Gente... – a enfermeira aparecera por trás de Draco – vocês não podem mais ficar mais ficar aqui, Dumbledore mandou vocês irem dar mais uma descansada para não ficarem cansados na hora do banquete.

Os dois fizeram ok com a cabeça. A enfermeira deu algumas informações a eles, como qual o dormitório que eram para irem e que a bagagem já se encontrava lá. Luna despediu-se de Gina, agradeceu a enfermeira e os dois foram. Eles não trocaram sequer uma palavra durante a caminhada até os dormitórios, apenas viraram em corredores diferentes sem ao menos darem tchau um ao outro.

Draco estava sozinho agora, estava andando em direção à sala comunal da Sonserina, nos corredores totalmente desertos da escola, ele estava perdido em seus próprios pensamentos. “Draco, não!”. Ele lembrava-se do simples movimento que Gina fizera com os lábios antes de ser atingida pelo feitiço. “O que você fez com ela?” “Eu não sei!”. Draco frustrou-se ao lembrar dessa maldita pergunta na qual foi feita a ele trilhões de vezes. “Ela está morrendo!” “eu sei, isso é ótimo! Ficaremos livre dessa louca!”. A lembrança repartida com Pansy fez Draco sentir um arrepio que atravessou todo o seu corpo. Sem perceber o tempo que havia passado, Draco se viu diante do quadro que servia de porta para a sala comunal da Sonserina, só conseguira chegar até lá porque seus pés já sabiam o caminho decor

- Putz! Qual será a senha? Era só o que me faltava, ficar preso do lado de fora, ô azarzinho maldito viu?!

- Dããããã! – Draco levou um susto, era o personagem do quadro que falara - Ainda não foi dada, Dumbledore ordenou que eu deixasse os alunos entrarem!

Com isso, o quadro afastou-se, mostrando o buraco que servia de entrada. Draco foi entrando e subindo as escadas, indignado com o tom que o quadro falara com ele “quem ele acha que é? Acha que está lhe dando com qualquer um? Ai é que ele se engana, ele está falando com Draco Malfoy! E ele vai pagar!”. Draco entrou no dormitório que fora indicado pela enfermeira. Entrou em silencio, viu que os amigos ainda estavam dormindo. Passou os olhos pelo quarto à procura do seu malão. Ele estava em um cantinho, meio esquecido, encostado na mesma parede onde estava a porta que Draco estava parado. Correu seus olhos novamente pelo quarto. Na parede oposta à porta, estava uma cama vazia, na qual Draco deduziu ser a dele. Ele pegou a grande mala e foi arrastando até chegar ao lado da cama dele. Abriu-a, agachou-se no chão para separar o seu “pijama” (o que consistia em um conjunto pesado de moleton larguíssimo) “ pra que eu vou colocar meu pijama? Já vou ter que levantar mesmo!”. Ele devolveu o conjunto e passou a procurar vestes limpas para coloca-las depois do banho. Depois de fuçar a mala por um tempinho (sem grandes resultados) atentou-se um pouco e percebeu que os altos roncos de Goyle haviam parado. Ficou aliviado em saber que ficaria em um silencio, tranqüilo sem aqueles estranhos sons... “pera ai! Desde que Goyle é gente, se é que pode-se chama-lo de gente, ele ronca, e o que é pior... todo o tempo!”. Draco ficou com uma ponta de preocupação. “Bobagem!”. Ele continuou a remexer a mala até que ouviu o rangido da porta do dormitório, sentiu um ventinho golpea-lo pelas costas e novamente o rangido, sinal de que alguém entrara no quarto. Draco engoliu seco. Pôs as mãos nas vestes à procura da varinha, quando estava com ela em punho, pronto para tira-la e lançar um feitiço em direção ao intruso, sentiu uma mão quente sobre seu ombro, ficou de certa forma imóvel, pois começara a tremer medrosamente. Ao seu ouvido, Draco escutou uma voz muito familiar

- Voltei!

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