capítulo 2



Starstrukk


Capítulo Dois


Quarta feira tinha começado muito mal. Minha mãe, vulga a velha, quase realmente me deixou sem teto depois que eu voltei pra casa ontem a noite da casa do James, ou melhor, hoje de manhã quando eu voltei. Como se não bastasse tudo isso, Lily estava brava comigo por conta da festa de ontem e por um momento pensei no que ela faria se eu tivesse ligados pras strippers aparecer por lá, sabe, por acaso e nós fingiríamos que era apenas um doce engano. Aposto que ela ligaria pros mafiosos virem me exterminar pessoalmente.


É por isso que eu não me envolvo mais com as mulheres. Num momento elas são toda doces sussurrando palavras sacanas do seu ouvido e num outro elas estão te arrastando pela orelha por alguma coisa que elas acham que você fez.


Se fosse no meu caso seria por algo que eu realmente fiz.


Logo que pisei no solo sagrado de Hogwarts, depois de cumprimentar o porteiro mal humorado, Filch, as garotas voaram pra cima. ‘Olá Sirius’, ‘Bom dia Sirius’, ‘Sirius você estava lindo na festa de ontem’ e até um ‘Sirius, será que você aprova essa minha saia nova?’ eu escutei só nos primeiros cinco minutos. Outro problema das mulheres, não das mulheres propriamente ditas, dessas garotas populares e atiradas que vivem se jogando e dando indiretas pra qualquer garoto sacana que possa as levar pra cama ou, como aqui não tem cama, pro corredor abandonado perto dos jardins no fundo da escola.


Como a maioria das pessoas pode ver eu sou um especialista quando se trata de garotas. Eu sei exatamente o que fazer pra elas ficarem comigo e o que fazer pra elas desgrudarem do meu pé e irem encontrar outra pessoa pra atormentar. Por que elas simplesmente não podem ser carinhosas, legais e não se apaixonarem tão rápido? Falando em se apaixonar, isso me lembra Emmeline Vance. Evitei ela ontem no final da festa e a acabei de ver sentada no banquinho perto da fonte da escola, provavelmente fazendo a lição de casa.


Por que ela teve que estragar as coisas desse jeito? Eu até gostava de ficar com ela, apesar de Emmy ser um tanto grudenta as vezes, mas ela sempre estava por perto quando eu precisava dela. É mesmo uma pena que ela acabou se apaixonando como as outras garotas. Uma pena.


- Sirius Black! – uma voz feminina gritou entre a multidão e quando eu me virei só consegui ver uma cabeleira ruiva parada em minha frente, apontando o dedo indicado pra mim – Nós precisamos ter uma conversa muito séria.


Olhei novamente pro lugar onde Emmeline estava sentada e ela estava me olhando, mas logo desviou o olhar. E é claro que Lily não perdeu a oportunidade de falar.


- Ah, é sobre a Emmeline também, mas isso é um segundo assunto – ela estava furiosa e ficava mais ainda com aqueles cabelos ruivos voando – Foi muito irresponsável da sua parte ter dado uma festa pro meu namorado ontem à noite.


- Bem, parece que você não andou cuidando do seu namorado direito e eu tive que cuidar, pra variar – murmurei a fazendo fechar a mão, quase simulando um soco – Ok, se acalme. Eu só queria que o James ficasse um pouco mais alegre.


- Alegre? Você embebedou o garoto.


- Nada disso, eu apenas comprei as bebidas, foi escolha dele beber ou não beber – ela aproximou o punho fechado da minha cara e eu me afastei – Ok, talvez eu tenha o influenciado.


- Influenciado? Você praticamente deve ter afundado ele na bebida. Eu não quero um namorado com barriga de cerveja, Sirius e aposto que você ainda deve querer manter seu órgão sexual já que não convidou as strippers – ela disse furiosa me fazendo engolir seco – Foi uma sábia decisão não chamá-las.


- Vejo que foi mesmo.


- Pega leve com ele, ta?


Uma voz feminina soou e logo Emmeline estava o meu lado, sorrindo pra Lily que revirava os olhos. Ninguém pede pra Lily pegar leve, por que de duas uma, ou ela vai mostrar pra você o ‘pega leve’ na tua cara ou então ela vai achar uma boa desculpa pra não ter que pegar leve. No meu caso ela realmente tem uma boa desculpa pra não pegar leve. Eu induzi o namorado dela a beber, beber e... beber.


- Você está mesmo me pedindo isso? – Lily perguntou, nem tão brava quanto eu achei que iria ficar – Eu vi o quanto ele te deixou mago...


- Eu sei, mas bem, todos concordaram em fazer a festa pro James, então a culpa não é só do Sirius – Emmeline disse, me olhando pelo canto do olho e eu sibilei um ‘obrigado’. Por que ela estava me ajudando? – Ok?


- Ok, eu vou dar um sermão em todo mundo também – concordou Lily, sorrindo – Mas nós ainda não terminamos Black, temos outro assunto e eu falo contigo sobre ele depois.


- Tchau, Lil’ – eu disse, a empurrando enquanto ela nos dava as costas, saindo dali – Obrigado.


- Ham? Está falando comigo? – Emmeline perguntou e eu percebi então que ela já estava quase indo embora. Assenti e ela sorriu, meio sem graça – Não tem nada, não fiz isso por você.


- Não? – me aproximei, a fazendo ir mais um pouco pra trás e bater nos armários que estavam atrás dela – Certeza absoluta que não foi pra me livrar de um sermão, e possivelmente de uns tapas da Lily? Foi apenas pros outros sentirem o sermão também?


- Sirius – ela sussurrou quando eu me aproximei mais – Por favor, não me dê falsas esperanças.


- Por quê?


- Por que eu estou apaixonada por você e ficar com você vai me dar falsas esperanças – ela suspirou – Pensei que tínhamos acabado.


- Fiquei com saudades – sussurrei a fazendo sorrir – Não podemos mais ficar como antes? Mesmo que isso lhe dê falsas esperanças? Eu quero ficar com você, sem compromisso e você deve querer ficar perto de mim, apesar de tudo – ela assentiu – O que há de errado nisso então?


- Errado está em eu querer ainda ficar com você depois de você ter zombado da minha cara por estar... você sabe.


- Me desculpe, ta legal? – segurei a mão dela, a beijando.


- Droga, vem aqui logo antes que eu me arrependa, Black – ela sorriu me puxando pela camiseta e me beijando, como sempre, como em qualquer dia normal antes da noite de ontem.


Logo percebi as pessoas comentando ao nosso redor e é claro que estavam comentando sobre a gente. Eu sempre era o assunto principal da escola e como Emmeline estava comigo, ou melhor, era a minha peguete quase oficial, ela também era um dos assuntos mais falados na escola. Mas depois eu percebi que ninguém estava olhando pra gente. Estavam apenas cochichando e olhando pra entrada. Não consigo entender o por que. Nós estamos a uma razoável distância do portão da escola, aonde Filch ainda continua mal humorado mandando o pessoal entrar logo.


Foi então que eu vi pra onde tudo estavam olhando e me perguntei como não pude ter visto antes.


Parecia que uma das modelos da Victoria’s Secret, só podia ser uma delas, não tinha outra explicação razoável para a bela garota de cabelos morenos que entrava na escola como se estivesse desfilando em uma passarela que só ela podia ver. O vento fazia os cabelos dela voarem e o sol o fazia brilhar mais do que já brilhava naturalmente.


Os óculos escuros pareciam impróprios para um dia que não tinha muito sol, mas combinavam perfeitamente com ela. O IPhone estava grudado em sua orelha e ela falava sem parar e rápido demais, não sei como a pessoa do outro lado estava conseguindo entender tudo o que ela falava. Seus lábios se moviam perfeitamente e seu vestido estava do tamanho certo pra que ninguém conseguisse tirar uma foto da sua calcinha e postar no twitter pra escola inteira ver.


Eu preciso conhecer essa garota, eu preciso mesmo!


- Sirius? O que você está olhando? – ouvi Emmeline me chamando enquanto eu encarava a imagem da Afrodite (pura tensão sexual) ali, perto do portão.


Pisquei algumas vezes tentando dissipar a expressão idiota que estava estampada na minha cara, enquanto Emmeline me olhava feio, me censurando, porque ela já tinha percebido a quem eu estava olhando.


- Não me diga que você está olhando para aquela garota. Black, você não presta, sabia? – ela disse se virando para o armário para pegar algum livro, ou coisa do gênero.


Eu coloquei minhas mãos em sua cintura e ela continuou sem olhar para mim.


- Mas é com você que eu estou, então deixa disso. – eu disse beijando seu pescoço, percebendo os arrepios que eu lhe causava.


- Você tem razão. Não que eu confie em você, Black, que isso fique claro. Droga, eu não devia ter te falado aqui, vou me arrepender pelo resto da minha vida. – ela disse se desvencilhando das minhas mãos. – Tenho que ir. Aula de física.


Apesar da conversa de antes, eu sabia que eu ia magoá-la, mas é a minha natureza e não há nada que eu pudesse fazer com relação a isso. Suspirei e vi James vindo na minha direção com uma expressão estranha no rosto. Certamente Lily tinha brigado com ele por causa da bebida e tudo o mais, apesar de ela ainda achar que a culpa é minha. Tudo bem, eu deveria me sentir culpado porque eu o induzi a “beber para esquecer” e porque a namorada dele está brava com ele agora e, provavelmente a ressaca está brava.


É, eu deveria me sentir culpado, mas sei que ainda assim sou um bom amigo.


- Você está ferrado. – legal, o mundo hoje resolveu achar que eu tenho culpa de tudo. Isso mesmo, Sirius Black é o culpado por tudo. Se sua privada entupiu, a culpa é do Black. Se sua cachorra engasgou, a culpa é do Black.


O dia não está para mim hoje. Agora só falta a garota nova me dar um fora – fora de cogitação. Ninguém dá um fora em Sirius Black, ninguém.


- Isso quer dizer que “minha namorada está irada com você e ela quer dar um soco no meio da sua fuça”, não é? – eu falei enquanto caminhávamos para o que eu achava que era aula Inglês.


- É. – James disse e eu ri. – Está rindo de quê? Você nunca levou um soco da Lily, não queira levar.


- A verdade é, meu caro, que ela já quase me deu um soco. – falei enquanto entrávamos na sala e sentávamos, eu atrás de James.


- Sério? Ela já falou com você?


- Logo na entrada. Ela veio para cima de mim e disse que só não iria cortar o meu “órgão sexual” fora porque eu não convidei as strippers, o que de fato deixou a festa um pouco chata. Maas, pelo menos ela te viu lá, bêbado e inocente por causa dela. Nem não inocente, você bebeu quase que o barril inteiro de cerveja. E ressaca está brava, não está?


- Está. Pelo menos você não convidou as strippers. Sabia decisão.


- Devia ter comprado mais cerveja, eu não bebi quase nada. – eu disse com falso pesar na voz.


- Claro que não. Você estava ocupado demais com as mulheres da festa. Grande Sirius. – James gargalhou e eu assenti com a cabeça. – Fiquei sabendo que a Emmeline disse que está apaixonada por você.


- É. Mas eu disse para ela que não aconteceria comigo. – eu falei dando de ombros quando senti um perfume que ainda não tinha sentido na escola, mas eu o conhecia. Era o Flora, Gucci. Aspirei e procurei a fonte do perfume.


Era ela. A garota da entrada, a garota do iPhone, aquela que a escola inteira parou para ver sua entrada. Ela era linda e aquele vestido realçava todas, todas as suas curvas (inclusive a traseira, que meu Deus).


- Cara, para de olhar a bunda da garota! – James me repreendeu rindo.


O que eu podia fazer afinal? Ela estava virada de costas para mim e ele esperava que eu olhasse o que? O cabelo dela, que por sinal era incrivelmente sedoso e brilhava mais que o meu! Não que eu fizesse por onde, claro, mas meu cabelo era motivo de inveja por todos os garotos e garotas de Hogwarts. Aposto que até a Mary MacDonnald (a cheerleader nojenta) me inveja e gostaria de ter um cabelo como o meu.


Ela se virou para mim e eu percebi que a constatação de ser modelo da Victoria’s Secret era sério mesmo. Ela era linda, muito mais do que todas as garotas que eu já vi, inclusive as strippers. E por incrível que pareça ela pareceu ignorar completamente a minha existência, como se eu fosse um outro qualquer, como o Snape.


Passou por mim e por James, ainda desfilando como se estivesse numa passarela em Milão e foi se sentar duas cadeiras atrás de mim.


Eu precisava conhecê-la, mesmo ela tendo ignorado os meus olhares super sedutores. Fazer o que? Sirius Black é pura sedução.


A professora começou a aula e como de praxe eu dormi a aula toda. Eu pelo menos parte da aula, até o momento em que eu senti o meu celular vibrar no meu bolso. Vivendo perigosamente. Se a McGonagall me pega com o celular ela me manda para fora e me põe na detenção para o resto do ano. Devo admitir que o meu poder de sedução não funciona com a McGonagall, talvez porque ela seja velha e não se atraia por garotões... mesmo os sexies como eu, no caso.


Qual é a da garota?


James


às 8:35 




Sei lá, ela me ignorou totalmente, você viu?, eu mandei e olhei para McGonagall, que estava totalmente envolvida em sua explicação sobre Shakespeare ou qualquer outro autor ou autora, não sei e não queria nem saber. Eu estava feliz com a minha capacidade de absorver a matéria por osmose.


Vi. E também vi você a encarando como se fosse engoli-la ou algo do tipo. Acho que a Emmy não vai gostar de saber disso.


James


às 8:43


Eu já disse que não sou namorado dela. Nosso relacionamento é aberto. Dãr., mandei e novo e ele riu na minha frente. Olhei para trás e lá estava ela parecendo compenetrada na explicação da professora. Eu ri e ela pareceu perceber que eu a olhava. Seu olhar encontrou o meu e ela não pareceu esboçar nenhuma emoção, para depois olhar para a lousa novamente.


Das duas uma: ou ela não tinha ido com a minha cara (IMPOSSÍVEL!) ou ela estava ignorando nunca tentativa de me deixar louco e inchar seu ego, o que estava realmente dando certo.


Ok, eu ainda não tinha chegado ao ponto da loucura, mas eu chegaria se ela não se rendesse ao meu poder de sedução.


O sinal tocou, a professora se despediu e nós saímos da sala. James deu uns tapinhas no meu ombro quando a garota saiu da sala rapidamente antes que eu pudesse dar um passo em direção a mesa dela.


- Tudo bem, ela não vai fugir de mim por tanto tempo. – eu falei rindo andando com James pelo corredor.


O legal era que eu e James tínhamos quase todas as aulas juntos, a não ser por Calculo e Literatura, enquanto eu tinha Álgebra e Geografia.


 Lily se encontrou com a gente na porta da sala de Química. Pendurou-se no braço de James e olhou feio para mim. Não acredito que ela ia continuar me culpando pelo James ter se embebedado ontem. Eu não tinha culpa que ele era fraco para beber, sério!


- Você viu a garota nova? Ouvi dizer que ela acabou de se mudar da Escócia. A família dela é podre de rica e seu nome é McKinnon. Digo, não é McKinnon, só o sobrenome é McKinnon, mas o nome eu ainda não sei.


- Como você sabe de tudo isso? Só estamos na segunda aula! – eu falei impressionado com todas as informações que ela nos deu.


- Você sabe, a Dorcas é a própria Gossip Girl. Ela sabe de tudo, é incrível. – ela disse puxando o James para o balcão bem mais a frente do que geralmente pegávamos. Eu não tive escolha a não ser segui-los.


Certamente agora a aula de química teria muito menos explosões e fumaças com cheiros horrorosos pela nossa parte, já que a Lily era do tipo de fazia tudo sozinha, e eu não iria fazer nenhuma objeção, óbvio. A não ser que eu quisesse mais uma ameaça de perder o meu “órgão sexual”.




Sabe quando eu disse que o dia não estava para mim? Eu tinha razão. Menos em uma coisa. A novata está mesmo me ignorando, e eu achei que isso estivesse fora de cogitação. A não ser que você considere revirar os olhos quando eu a olho e cruzar o pátio quando eu me aproximo algo que não seja fuga ou algo no gênero.


O que é? Será que eu estou fedendo, ou sei lá? Ou será que o meu senso para mulheres está falhando hoje? Tudo bem que a Emmeline continua no meu pé. Ok, eu sei que não devo tratá-la assim, pego e jogo fora quando quiser, sei que é errado, tá bom? Mas algumas vezes ela me enche, me enche muito.


Eu já estava incomodado com os olhares que ela me lançava quando percebia que eu encarava a McKinnon. Era esse o nome dela não era? Que seja.


- Você quer parar de olhar para ela? – Emmeline falou me dando um tapa no braço.


- Emmeline, você sabe desde o início que eu tenho livre direito de ficar e/ou olhar e/ou fazer você-sabe-o-que com quem eu quiser. – eu falei um pouco mais duro do que eu realmente desejava.


Ela abriu a boca para responder várias vezes e não conseguiu emitir nenhum som e então eu comecei a sentir a minha consciência, se é que eu tinha uma. Ela se levantou a saiu de perto de mim, caminhando até o banheiro.


- Você! – Lily gritou apontando o dedo durante para mim – Você não presta! – ela bufou e saiu atrás de Emmeline.


- Cara, você foi muito duro com ela. Ela está... – Remus começou e eu espalmei a mão na frente dele para ele não falar aquela palavra com ‘a’.


- Eu sei, ok?


- E então? Você a forçou a voltar com ele, disse sacanagens no ouvido dela... – Dorcas começou e eu a interrompi.


- Como é? Eu não disse sacanagens coisa nenhuma!- não que eu me recorde pelo menos. – Eu só disse que podíamos voltar a ficar sem compromisso e que eu apostava que ela queria ficar perto de mim.


- Não acredito que você disse isso! Você é um sacana, Sirius. Sério! É óbvio que ela ia voltar para você se você dissesse que queria ficar com ela ainda! – Dorcas continuou com um olhar reprovador.


O que estava acontecendo com o meu dia? Eu estava levando de todos os lados. Ótimo mesmo. Só não vou dizer que eu quero morrer porque isso não faz parte de mim, digo, eu me amo demais para dizer algo assim.


- Mas eu quero! Eu só não quero nenhum compromisso sério! Eu quero poder ficar com quem eu quiser... Além dela, claro.


- Safado! – Dorcas me acusou e eu revirei os olhos.


O sinal tocou quando eu avistei Emmeline voltando com Lily posta ao seu lado com os olhos vermelhos. Ah não! Eu tinha a feito chorar! Eu detesto ver mulher chorando, eu não sei o que fazer. Droga! Era só o que me faltava, ter que consolá-la.


- Vamos, temos educação física. – ela disse pegando a bolsa e esfregando os olhos nem parando para me olhar nos olhos.


James olhou para mim e deu de ombros. Eu sorri fraco enquanto andávamos até o campo. Hoje íamos fazer aula de “atletismo” no campo. Eu achava uma bosta, quero dizer, eu era tão bom em tudo que eu odiava humilhar o resto do pessoal do ano, não querendo me achar nem nada, então eu decidi usar uma desculpa que estava sentindo fisgadas na panturrilha e não fazer a aula.


Quando cheguei ao campo avistei a garota, McKinnon, falando com a Hoch e mostrando um papel. Encostei-me e coloquei um dos pés na grade, com as mãos no bolso da calça. Ela se virou e logo que me viu ali encostado mudou o rumo e foi para a grade do outro lado. Certamente ela não faria aula, assim como eu, já que não foi se trocar nem nada.


O pessoal começou a chegar e se aquecer (fazendo polichinelos).


- Você não vai fazer? – Peter perguntou me olhando com cara de duvida.


- Não. Não estou afim.


- Hum, ok. – ela falou dando de ombros e indo até o centro do campo onde Hoch dava as coordenadas.


Eu cruzei o campo atrás deles e fui me encostar na grade ao lado dela. Se ela fugisse agora ela estaria deixando claro que a coisa é pessoal, aposto que ela não iria querer confusão no primeiro dia, então, eu sabia que eu estava em vantagem.


Encostei-me ao lado dela e ela cruzou os braços, enrijecendo a expressão. Ela estava tomando isso como pessoal, eu sabia.


- Olá. – eu puxei conversa e ela pareceu indisposta a conversar.


Olhou para mim e sorriu. Ok, por essa eu não esperava.


- Oi, prazer.


- É todo meu. Sirius Black, a seu dispor. – eu disse pegando sua mão e a beijando. Eu era um cavalheiro, fala sério.


- Marlene McKinnon. – ela disse sorrindo, mas então a minha ilusão de um sorriso genuíno virou fumaça quando eu percebi que o sorriso não chegava a seus olhos.


- E então, gostando da escola?


- Não é lá essas coisas, mas é a melhor, então não posso reclamar.


- Hum, entendo. Você está acostumada a altos padrões, não? – eu perguntei voltando as mãos aos meus bolsos.


- Sim. Como sabe?


- Ouvi falar. Gossip Girls não são exatamente ficção por aqui. – eu ri da minha própria piada e ela revirou os olhos. – Eu não te agrado? Percebi que você não olhou para mim a manhã toda.


- Talvez porque você ache que você deve sempre brilhar mais do que qualquer um por aqui. – isso não soou como uma acusação em sua doce voz.


- Talvez. – eu sorri e percebi que, diferente das outras, meu sorriso não lhe causava nenhum efeito colateral como causava em qualquer outra garota na escola. – Não vai fazer a aula?


- Não. Você não vai? Não parece do tipo que perde uma aula dessas. – ela comentou sem me olhar.


- Não. Na verdade aula de atletismo não é muito a minha cara. – eu disse e ela deu de ombros pegando seu celular e entrando no twitter e digitando algo mais rápido do que eu podia ver.


- Bom, tchau. Isso aqui está muito chato. – então eu saquei que o “isso aqui está muito chato” se referia a minha companhia.


Eu tinha razão, essa coisa da novata está ficando pessoal. Eu ainda vou fazê-la se arrepender. Ela vai gostar de mim, escreva.




N/Vanessa: Eu sei, demoramos, mas digo o motivo, comentários. Eu sei, motivo fútil, mas é verdade. Comentários me animam e animam a Gih. Culpem ela pela demora, eu adoro Starstrukk e sempre quis postar. Então, reclamações com ela. Chega de notinha, sou péssima nisso. Espero que leiam, gosteo e COMENTEM. E obrigada a quem comentou também, MUITO obrigada *-* Beijos.


N/Gih: Sentiram o poder da Marlene? Eu senti, e eu ATOOOORON a Marlene de skk, ela é tão bitch, coitada. Me sinto mal pela Sirius, mesmo ele sendo um cachorro. Ah não, desse jeito eu vou entregar a fic. Se bem que a fic é mara, o Six é mara e a Marlene é mara. Não tenho mais o que dizer, percebam. Acho que é só então, comentem e façam a autora aqui mudar de opinião de querer postar. Gih Meadowes.

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