capítulo 1



Starstrukk
Capítulo Um


 


Abri meus olhos lentamente e vi que ainda me encontrava naquele quarto de hotel luxuoso. Tateei ao meu lado na cama, mas só achei um pequeno guardanapo com o número de telefone seguido do aviso de que a conta já tinha sido paga por ela. Menos mal, você sabe, sair com essas garotas ricas, elas sempre acabam pagando tudo mesmo que isso seja nenhum pouco cavalheiro da minha parte. Não que eu me importe, é claro.


Levantei ainda tonto, o que me parecia ser um efeito colateral da minha noitada ontem a noite, o que resultou em mim e uma formosa loira num quarto de hotel, o que já era de se esperar. Ela estava olhando pra minha bunda a noite toda, aposto que você não resistiria. Ninguém resistiria. Levantei-me com a intenção de tomar um belo banho naquelas duchas maravilhosas ou então me deliciar na banheira tomando um champanhe, poderia até ligar para algumas amigas e tudo mais. Seria bem divertido, seria muito divertido. Mas foi então que eu olhei o relógio e todo esse sonho se acabou em menos de cinco minutos. Eram cinco e meia e minha mãe me acordaria em meia hora, e se ela não me encontrasse no quarto eu estava totalmente ferrado. Totalmente!


Virei o quarto de cabeça pra baixo a procura das minhas roupas, mas cheguei a conclusão de que aquela vadia devia tê-las roubado. Vadia!


Como eu iria embora agora? Olhei ao meu redor e a minha melhor opção era um abajur, já que eu não poderia sair só de cueca na rua, eu seria preso por desvirtuar as pobres garotas e atentado ao pudor, seja lá o que isso signifique. Não tive outra escolha, entrei no banheiro e peguei um roupão, o colocando e saindo do quarto. Logo que sai no corredor duas velhinhas me olharam sensualmente e uma delas até deu um tapa na bunda quando passei. Que ótimo, estava sendo abusado por duas velhinhas. Revirei os olhos e desci pelas escadas, não dava tempo pra esperar o elevador e ir junto com aquelas velhas taradas. To totalmente fora. Totalmente! Consegui passar pela entrada sem que me olhassem e peguei um táxi antes que mais pessoas assobiassem quando me encontrassem. Nunca passei por um momento tão constrangedor na minha vida. Só espero chegar a tempo em casa antes daquela velha aparecer no meu quarto.


Faltava apenas dez minutos pra minha mãe ir me acordar quando eu cheguei em casa e subi pela escada, que eu mesmo tinha deixado para momentos como esse. Subi rapidamente, levantei a janela, entrei, escondi o boneco que eu tinha colocado na cama embaixo da mesma e ainda deu tempo de cochilar por uns cinco minutos antes dela entrar gritando que não tinha trazido filho vagabundo pro mundo e que era melhor eu levantar.


Eu sei, é um porre ser eu.




Cheguei ao colégio surpreendentemente dentro do horário, coisa que só acontecia quando minha mãe, a dona Walburga, aquela velha coroca, resolvia me acordar das formas mais inusitadas possível – o que hoje foi falando sobre a minha vagabundisse extrema - já que o seu amor por mim era, realmente, gigantesco... Não obstante sua indignação com as minhas recentes notas.


Não, eu não sou, nem nunca fui, um mau aluno, é só que de uns tempos para cá o professor de Álgebra I e Geometria analítica (aquela palmeira!) vem pegando demais no meu pé. “Vamos esperar o colega ali parar de falar!”. Qual é! Eu tenho mais o que fazer do que ficar prestando atenção em distância de pontos em um plano cartesiano, por favor. O mesmo acontecia com a professora de crítica literária... Sério, para que eu vou usar Shakespeare na minha vida? Hamlet? Coisa de baitola.


Cumprimentei o diretor Dumbledore de nos esperava todas as manhãs nos portões da escola. Eu estudava em Hogwarts, uma escola extremamente clássica e conceituada de Londres, o que a tornava um pé no saco. Era como se eu fosse a “elite pensante” do país. Espera aí: alguém me perguntou se eu quero esse título? Não, ninguém perguntou. Aliás, eu me perguntou porque minha mente está sendo tomada por esses pensamentos sobre a minha vida, ao invés de “narrar” os fatos.


Atravessei o pátio distribuindo sorrisos e piscadelas para todos os lados. O engraçado que todas aquelas meninas pareciam me conhecer, e eu mal sabia o nome de meia dúzia delas. As mesmas pessoas que lotavam os meus perfis no Facebook, e escreviam no meu profile do mesmo com comentários maliciosos e sem pudor. Acreditem, eu tinha vergonha disso.


Só não consigo me lembrar de quando essa história começou. Eu já peguei menos de metade delas, e eu posso até imaginar os comentários das meninas com que eu fiquei. Claro, nenhum foi para valer do tipo “é ela”, porque eu sou Sirius Black, e Sirius Black nunca, repito, nunca se apaixona. E chegava a ser ridículo as garotinhas mais novas cochichando e rindo ruborizadas quando eu passava.


Enquanto passava, eu podia ouvir “Oi, Sirius”, “Bom dia, gato” e afins. Não é como se eu realmente quisesse ouvir isso às 8:30 de uma manhã de terça feira, meio da semana, ainda faltando três dias inteiros para o fim de semana.


Cheguei no salão principal da escola, ou seja, no refeitório, que no caso, agora era salão principal, pegou? Não? Eu explico: na hora do intervalo e no almoço o salão principal é refeitório e na hora da entrada, intervalos de aulas, e saída, e horários de estudos e reuniões de grupos escolares, esse era o salão principal. Basicamente isso. Enfim, cheguei no salão principal, que a essa hora era salão principal, e dei da cara com James com a maior cara de quem tinha passado os dias anteriores na maior emo feelings.


- Cara, qual é a da sua cara? – perguntei quando Emmeline se agarrou no meu pescoço.


Bom, Emmeline é minha peguete, ta entendendo? A gente fica, mas temos total liberdade para ficarmos com outras pessoas. E não é aquela coisa de ficar grudados quando estamos juntos. Nossa relação é física, e só física... Chocante, eu sei. Mas era a verdade.


- A Lily brigou comigo porque eu passei meu telefone para a Emmeline!! – ele disse mostrando-se ultrajado. Isso soou tão gay.


Tudo bem, Lily Evans é a namorada de James. Lily se mudou de Durham há... duas semanas, então James, essa semana, a interou dos assuntos, e ela descobriu que ele havia passado seu telefone a Emmeline, minha... bom, passado para Emmeline, que provavelmente ligou para James para perguntar sobre a minha existência nesses últimos dias que eu me ausentei do nosso convívio social, claro, isso porque eu minto com relação ao meu celular. Passo o número errado, ou falo que minha mãe tacou pela janela, pelo simples fato de que eu odeio tietes no meu pé. Isso inclui Emmeline, já que nós não temos uma relação propriamente dita.


- Sério? – falei. Eu sou um péssimo amigo, mas o que eu posso fazer? Falo: “cara, a Lily é uma idiota, larga ela”, até porque, de todas as namoradas do James, eu gosto mais da Lily. Aliás, a Lily costumava ser minha melhor amiga, não que ela não seja mais, mas sabe como é.


- Sério. Tanto que ele tentou colocar #lilyanswermycalls nos TTs do twitter. – Remus falou, abraçado a Dorcas.


Remus era o tipo de cara que eu admiro. Ele namorava Dorcas há um ano e dois meses, e eles muito pouco brigavam. Era o casal mel da escola, e muitas garotas odiavam Dorcas por isso. Na verdade, qualquer garota daria sua senha do Google Wave para ficar com um de nós quatro. Sim, éramos quatro. Eu, James, Remus e Peter. Falando nele, onde ele está? Ah, já sei, agarrando a Héstia em qualquer canto por aí. Essa aí só servia para isso mesmo, já que nem cérebro ela tinha... Eu diria que o lagarto dele tem mais cérebro que ela.


- Ela ainda não atendeu a nenhuma ligação? – perguntei. Tudo bem, isso é meio óbvio já.


- Sirius, as vezes eu acho que você é tão insensível e burro – murmurou Emmeline, me dando um selinho – É claro que ela ainda não atendeu nenhuma ligação, já que se ela tivesse atendido ele não estaria totalmente na fossa como ele praticamente está agora.


- Obrigada pelo apoio, Vance – James murmurou, revirando os olhos.


Emmeline fez uma cara de triste e soltou um muxoxo como reclamação, o que me fez controlar uma vontade enorme de dar uma gargalhada da cara dela. Dizer que o cara ta na fossa é a última coisa que ele realmente quer ouvir de seus amigos... quando está na fossa. Mas enfim, todos podem perceber pela cor dos cabelos dela que ela realmente não sabe nada sobre isso. Nada contra as loiras, aliás. Porém Emmeline faz jus a esse preconceito bobo contra elas.


- Não fica assim, Jay – Dorcas disse, sentando ao lado dele e passando o braço pelos ombros dele – Nós ficamos sem saber o que fazer e até o que falar.


- Ela tem razão – concordei – e nós não vamos te deixar nessa pior por muito tempo meu caro amigo.


- Ah por favor, Sirius, não me venha com nenhuma história maluca pra me animar – James resmungou, me fazendo revirar os olhos. A gente querendo ajudar e as pessoas reclamando, que ódio – Não quero ir a nenhum clube de strippers e não quero que leve nenhuma delas até a minha casa também.


- Que estraga prazeres você, Jay – Remus murmurou e Dorcas lhe lançou um olhar cruel – Brincadeira amor, só estava querendo que pelo menos o James também quisesse ficar feliz como nós queremos que ele fique.


- Não entendi o que ele falou – Emmeline sussurrou no meu ouvido, me fazendo rir – e nada de strippers mesmo, Six.


- Entendi, sem strippers, só a Vance – sussurrei de volta, a segurando pela cintura antes de dar um beijão, o que fez algumas garotas animadinhas que passavam ali pra me ver soltarei algumas exclamações de desânimo.


O que eu posso fazer? Nem todas merecem Sirius, mas Sirius merece todas. Ou quase todas, ainda estou me lembrando da vadia rica que me deixou sem roupas.


- COF COF, obrigada por nos deixarem de fora dessa... conversa estranha de vocês – Dorcas quase gritou, me fazendo soltar a Emmy.


- Qual é o seu problema, Dorcs? Está com inveja por que Remus não tem a pegada que o Sirius tem? – provocou Emmeline e Dorcas apontou o dedo pra ela, sendo contida pelo Remus antes que alguma coisa acontecesse.


Mulheres!


- Voltando ao assunto do James – Remus falou, acalmando a namorada dele – Acho que nós deveríamos...


- Dar uma festa – quase gritei de tanta empolgação. Festas foram a segunda melhor coisa que Deus inventou depois das mulheres – É isso! Nós damos uma festa pro James e tudo acaba em felicidade, bebida e mulheres.


- Eu não quero mulheres, só quero a Lily de volta – James resmungou num tom quase inaudível pelo fato de estar com o rosto coberto por suas mãos. Espero que não esteja chorando – E nenhuma festa idiota vai fazê-la voltar pra mim, isso é um fato.


- Seu pessimismo me fere – finalmente Dorcas disse algo que preste! – Nós podemos convidar a Lily.


- E forçá-la a dar uma chance pra você – Emmy disse, mais empolgada do que qualquer um – Vou mandar fazer os convites imediatamente. Só me dizerem aonde será a festa.


Todos olhamos um para o outro e depois em seguida para James, que demorou alguns minutos até perceber que nós estávamos olhando realmente pra ele e começou a rir. Qual é o problema em fazer uma festa na casa dele? Nossas festas sempre acontecem na minha casa, mas dessa vez não está, mamãe ainda está me perseguindo por conta da última. Que seja, aquela velha pega no meu pé por tudo.


- Ah não gente, por favor, isso não vai colar – James disse – Aliás é uma festa em plena terça feira, quem é que vai?


- Não é apenas uma festa qualquer em uma terça qualquer, meu amigo – dei palmadinhas nas costas dele, me afastando quando o sinal tocou – É a festa de Sirius Black numa terça feira da festa de Sirius Black. Todo mundo vai estar lá, confie em mim.


- Mas nem temos tempo de divulgar a festa – reclamou Dorcas, de novo.


- Dorcas, você está falando com Sirius Black. Eu só preciso falar pra uma pessoa e logo todas vão estar sabendo. Confie em mim, vai dar tudo certo.




- Vai, vai, vai – todos gritavam enquanto James virava o super copo de cerveja, não deixando uma gota cair.


Eu disse que a festa ia dar o que falar, só precisou eu ir correndo contar pra Mischa, a garota que dá as notícias pelo rádio da escola e pronto, em um segundo toda a escola sabia aonde seria a festa, a que horas começa e até quem ia ou quem não iria. A casa do James estava cheia, as gatinhas não paravam de chegar e eu já estava completamente colado em uma. Não sei o nome dela, com um vestido minúsculo daquele eu nem fiz questão de perguntar. Pra que? Eu tenho certeza de que na manhã seguinte não vou nem lembrar que fiquei com ela.


Claro que é bem possível de que eu não fique apenas com ela essa noite. Faz até mal pra minha reputação ficar apenas com uma só, as pessoas vão falar que eu estou broxando. É o que elas falam, é terrível, mas podia ser bem pior. Eles podiam ficar enfiando minha cabeça na privada e dando descarga igual fazem com os nerds.


Já até podia sentir os olhares das outras garotas pra cima de mim enquanto a garota me beijava. Todos deveriam estar murmurando o quanto eu era cachorro ou então apostando quanto tempo mais eu ficaria aqui com essa garota – que sinceramente já está me enjoando. Detestava quando elas começavam a cochichar desse jeito e olharem pra mim, pareciam até que estavam se divertindo as minhas custas.


Mas o que eu posso fazer? Eu sou a sensação da escola.


- Oh Sirius, você é demais – sussurrou a loira a minha frente, me puxando pela camisa pro banheiro, mas eu hesitei – O que foi?


- Preciso de um drinque – eu disse, olhando pros lados e encontrando Emmeline nos olhando com uma cara estranha e logo depois sorriu, sumindo.


- Desde quando ‘preciso de um drinque’ virou gíria pra chutar alguém? Você não vale nada.


Ela deu um tapa na cara e saiu dali, indo falar com as amigas dela que me olhavam feio.


Como se eu não tivesse me acostumado com isso também. Amigas das garotas chutadas. Elas eram o pior tipo de garotas do mundo, elas sempre vinham me xingar por ter feito as amigas dela sofrerem, mas depois voltavam pra dar em cima de mim. Realmente eu acho que não entendo as garotas direito, elas são tão confusas. Massageei a bochecha antes de sentir duas mãos geladas e bonitas tocando o meu rosto, me fazendo encarar os olhos azuis da garota loira em minha frente. Emmeline Vance. Ela estava incrivelmente bonita e preocupada com meu rosto.


- Isso que dá ficar com uma garota e depois jogá-la fora – sussurrou Emmeline massageando a minha bochecha – Espero que saiba que eu posso não estar por perto quando isso acontecer de novo.


- Mas você sempre está presente, ainda bem – respondi, a segurando pela cintura e dando um beijo no pescoço dela – Você está incrivelmente linda.


- Você está lindo também – ela disse, fazendo aquela cara estranha de novo.


- Você está bem, Emmy? – perguntei, a fazendo assentir rapidamente – É que, já é a segunda vez que eu vejo você com essa cara estranha, até parece que você está triste, porém não vejo um por que.


- Que cara triste? – ergui uma sobrancelha e ela suspirou – Não é nada demais.


- Se não fosse nada demais você não estaria se preocupando com isso. Vai me conta, eu não sou a pessoa mais indicada pra isso, mas eu posso tentar.


- Você nunca entenderia – ela suspirou, arrumando minha camisa – É que parece que todos estão namorando, digo, até o James que está vivendo num momento confuso com a Lily está namorado mesmo assim, Dorcas e Remus sempre forem firme e fortes e... bom, eu só tenho você.


- Não vejo por que isso te preocupa – eu gargalhei enquanto ela ainda continuava séria, evitando meu olhar – Toda garota daria tudo pra ter o que você tem, eu.


- Mas você não é meu namorado.


Gargalhei, olhando pra ela como se aquilo fosse um tipo de pegadinha maluca que ela estava fazendo comigo. Namorado? Ela realmente estava fazendo todo esse drama por que não tinha um namorado e quer que eu me transforme em um? Emmeline só pode ter pirado completamente ou então ela fumou alguma coisa estranha antes de vir pra cá. Não estou acredito nisso, não mesmo.


- Mas Emmeline... – eu comecei rindo, mas ela me interrompeu voltando a ficar com aquela cara estranha.


- Eu sei, você avisou que tudo o que iria acontecer entre a gente era apenas físico, carnal, seja lá a merda da palavra que você usou – ela se estressou e eu ri mais ainda – Eu tentei fazer com que você não entrasse na minha vida desse modo, mas não deu. Pare de rir isso não é engraçado.


- Admita, isso é muito engraçado. Você está apaixonada, tolamente apaixonada.


- Não estou apaixonada – ela gritou, ficando mais nervosa – Só pensei que você fosse entender, mas não, você é idiota demais pra ficar com alguém seriamente Sirius. Você é um covarde e vai passar toda a sua vida sozinho.


- Você não sabe nada sobre mim – eu disse a puxando pro outro lado da sala, mas ela não se mexeu – Qual é, vai ficar preocupada com isso? Eu avisei que me apaixonar não iria acontecer.


- Eu sei disso, mas eu nunca disse que eu não iria – Emmeline aproximou a boca dela no meu ouvido antes de dizer – Espero que aproveite sem mim.


Oh não!


- Está terminando comigo? – sussurrei no ouvido dela, a fazendo assentir – Você vai se arrepender.


- Sério? Paga pra ver.


Ela tirou minhas mãos da cintura dela e saiu dali, sem nem olhar pra trás. Que ótimo! Essa era a primeira garota que resistira a mim. Mas se você quer saber, ela não era boa o suficiente. Quero dizer, elas nunca são.


Fui até James que estava perto do barril de chop cercado por um monte de gente virando mais um. Pobre James, seu nível alcoólico já estava alto o suficiente para estar trançando as pernas. Quando eu digo que eu não entendo as mulheres é disso que eu estou falando. Elas te envolvem te enganam e depois de largam, te deixando assim, nesse estado miserável. Claro que essa é uma regra que não se aplica a mim, porque eu, bem, não me apego. Meu coração é de pedra.


Encontrei Remus no meio do caminho atracado com Dorcas, e fui pedir ajuda para levá-lo para o quarto.


- HEM HEM – limpei a garganta e me joguei no sofá ao lado de Remus.


Remus fez uma careta e olhou para mim como quem diz “pois não?”. Eu fiz minha melhor cara de santo e falei.


 


- Você deve um pouco de solidariedade ao seu amigo. E não estou falando de mim. Olha só para o James. Cara, ele está muito ruim. Parece até que ele cheirou alguma coisa! Olha só! – eu falei quando ele cambaleou e caiu sentado num pufe, gargalhando. – Precisamos levá-lo para o quarto.


- Sua ideia foi realmente genial, Sirius. Agora o James está bêbado e a Lily não apareceu, com certeza, ótima ideia. – ele resmungou feito o um velho e eu revirei os olhos.


- Olha só quem é que está falando. Você só largou da Dorcas porque eu te chamei, se não você ficaria aí o resto da noite. Vamos, cadê o Peter? – falei logo o avistando com Héstia numa espreguiçadeira perto da piscina. – Legal, será que o Peter só faz isso?


Foi a vez de Remus revirar os olhos e subir alguns degraus da escada.


- Aê, pessoal! Aqui! – ele chamou e eu saquei o que ele queria. Ela ia mandar o povo embora. – Sinto muito, mas a festa acabou. É tarde, e amanhã temos obrigações. Vamos, evacuando!


O pessoal foi resmungando e saindo aos poucos pela porta principal.


Fui até James que ainda ria e falava sozinho.


- Cara, você está muito ruim. Quanto você bebeu? – perguntei, olhando para as meninas (Emmeline, Héstia e Dorcas) que arrumavam a sala, enquanto Peter e Remus vinham para o meu lado.


- Só... um pouquinho. Hahaha. – ele falou e gargalhou novamente.


- Vamos para o quarto. Amanhã você vai ter uma ressaca daquelas. – o Remus falou e eu concordei.


- Por que ela fez isso comigo? – James começou com a voz embargada.


Se tem um tipo de bêbado que eu odeio são os sentimentais. Os que riem e do nada começam a chorar. É como mulher de TPM. Insuportável. Remus olhou para mim e revirou os olhos. Peter riu e eu virei para James.


- Ela é mulher, James. É um defeito comum. É como eu sempre digo, elas não nos merecem, nós que merecemos todas...


- Seu discurso é machista! – Dorcas reclamou passando pela gente levando um saco de lixo para o lado de fora. Eu dei de ombros e voltei a falar com James.


- Cara, esquece isso, mais cedo ou mais tarde ela vai te querer de volta. Vamos para o quarto. Você precisa dormir. Urgente. – eu falei, tentando levantá-lo.


- AMOR! – ele gritou puxando o braço que eu já tinha em meu ombro, fazendo com que eu me assustasse.


Remus virou para mim e depois virou para a porta, assim como Peter. Eu olhei para a porta e lá estava ela, a razão de todos os problemas. Lily Evans em carne, osso e cabelo.


Ela andou até mim e me censurou com o olhar. Provavelmente ela já sabia que a festa tinha sido ideia minha. Ela chegou perto de mim e sussurrou em meu ouvido:


- Depois nós conversamos sobre isso, Sirius Black. Quanto a você, – ela indicou o dedo para James – você está numa baita encrenca! Rum.


Remus abafou um riso e foi ajudar Dorcas. Peter fez o mesmo e eu senti o meu bolso vibrar. Olhei no visor do meu celular que dizia “Casa”. Agora eu é quem estava numa baita encrenca.


- SIRIUS BLACK! OU VOCÊ ENTRA PELA PORTA DE CASA EM 10 MINUTOS, OU SE CONSIDERE UM SEM TETO! – minha mãe gritou, fazendo com que eu afastasse o celular do ouvido.


- Ok, estou indo. – eu murmurei e desliguei.


Ótimo, era tudo o que eu queria. Sem Emmeline, sem casa e sem coração, porque A.M.O.R é uma palavra que eu não aprendi a pronunciar.




N/Gi: Demoramos, mas postamos, aê! Admito, esse na é o melhor capítulo. Acho que até agora o melhor é o... um aí. E sim, eu acabei de terminar o capítulo 5! Essa fic é tão mara, que eu nem percebo enquanto estou escrevendo. Ah, como eu amo *-*. Adooooro total esse Sirius safadjênho máster. Acho que é isso, não tenho mais nada a dizer. Se alguém achar algum erro me avise, por favor. Beijo, Gih Meadowes :*


N/Vanessa: capítulo um, eu adoro esse capítulo, é meu favorito depois do... de um outro ai -q Tipo assim, eu tenho um mega ciúmes dessa fic, certo? Então quero ver todo mundo comentando E gostando por que senão a coisa fica literalmente feia pro seu lado parceiro UAHSA que seja, brincadeiras ou não, a Gih postou o capítulo um e é isso, acabou q.


Beijos, Vanessa :*


 

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