Sentimentos declarados

O domingo amanheceu chuvoso, o que fez Harry permanecer na sua cama até mais tarde. Enquanto isso, Hermione estava estudando na biblioteca, quando a Emily apareceu e começou a conversar com ela:




_ Olá nova senhora Potter. – disse num tom de deboche.




_ O que você quer? – Hermione se não gostava da garota antes, agora não a suportava.




_ Vim lhe dar os parabéns pelo namoro com o Harry.




_ Obrigada. Pode me deixar sozinha agora?




_ Nossa, ficou mal-educada agora foi? – Hermione estava se controlando para não partir para cima dela.




_ O que você que Emily, será que dava para falar logo de uma vez?




_ Como disse, queria apenas lhe dar os parabéns. E também digo que é para aproveitar seu namoro. Duvido que ele dure muito.




_ E posso saber por quê?




_ Porque o Harry é meu. Logo ele perceberá a bobagem que fez ao namorar uma garota como você.




_ Que eu me lembre, você esta namorando o Billy.




_ Ele é só um passatempo. Afinal o Harry é meio lentinho...e eu precisava de distração. Mas ai ele começou a namorar você, que eu acho um tremendo erro da parte dele...




_ Olha aqui garota em primeiro lugar não admito que você fale mal do Harry. Ele é o bruxo mais maravilhoso que pode existir. Ele não é lento, ele é tímido, romântico. Se você não sabe valorizar isso então deveria escolher outro bruxo.




_ Hum...então ela esta apaixonada mesmo. Estou começando a achar que isso tudo não passou de uma caridade para o Harry. – elas já estavam quase gritando e todos estavam olhando. Rony que acabara de chegar foi ate a amiga ver o que estava acontecendo.




_ Cala a boca Emily, você não sabe de nada, alias nem te interessa. – Hermione já estava a ponto de chorar, como ela podia dizer aquilo?




_ Harry é um garoto bondoso, todos sabem, por isso deve estar com você. Deve ter descoberto que há tempos você é louca por ele e resolveu ficar com você para te fazer feliz, confessa que o namoro de vocês não passa disso?




_ Larga de ser burra menina, o Harry disse que gosta dela sim. E com razão, a Hermione é uma garota incrível, diferente de voce sua megera. – Rony não agüentou ouvir quieto a discussão.




_ Oh, o amiguinho veio defendê-la? Mas onde esta seu amorzinho? Porque esse não ta aqui te defendendo, o que comprova minha suspeita.




_ Não é da sua conta onde o Harry está. Nossa não acredito que o Harry já ficou com você...Fale serio. – Rony fez uma cara de nojo que deixou Emily irada.




_ Mas que gritaria é essa, vamos nada de confusão na minha biblioteca, circulando, circulando.




_ Aproveite Granger, seu namoro será curto. Logo o Harry será meu, e isso é uma questão de honra. E quer saber mais? Eu nem gosto dele, você fazer isso só pra você ver que ele não esta nem ai para você. – saiu rindo enquanto Rony abraçava Hermione.




_ Liga não Mione, aquela menina é uma louca. Ela nunca vai ficar com o Harry, vocês vão continuar juntos por muito tempo.




_ Obrigado Ron. – Ela tentava acreditar naquilo, mas no fundo sabia que não seria assim. A Emily logo estaria com o Harry e ela nada poderia fazer, afinal ele gostava dela.




_ Temos que contar ao Harry que essa menina quer atrapalhar o namoro de vocês, senão...-




_ Não, não podemos contar. – ela não podia fazer isso. O que Harry pensaria? Talvez achasse que era tudo mentira, apenas uma desculpa para ele não ficar com a garota.




_ Mas Mione, o Harry precisa saber e – ela o interrompeu de novo.




_ Não Rony, por favor. – precisava de uma desculpa, mas o que dizer? Se Harry tivesse que descobrir a bruxa que Emily era teria que ser sozinho, não queria que fosse por culpa dela, ou que Harry deixasse o plano por pena. – Eu...eu...eu preciso saber quão forte é o nosso amor.




_ O que?




_ É, se nosso amor realmente for forte o bastante ele resistirá a essa garota. Se não for é melhor que acabe para que ambos não soframos depois.




_ Entendo. Mas com certeza será mais forte. – sorriu para a amiga que retribuiu. Para quem antes sequer acreditava, hoje fazia questão que desse certo. Rony depois do susto decidiu que apoiaria os dois, e que seria ótimo eles ficarem junto.




_ Obrigado Rony. –ela o abraçou.




Nesse momento Harry chegou à biblioteca. O que estava acontecendo? Por que estavam abraçados? Perguntava-se enquanto sentia uma raiva inexplicável da cena. Ciúmes. Não era possível, estava com ciúmes dos amigos abraçados. Mas por quê? Rony estava namorando, por que sentir ciúme se sabia que ele nunca tentaria nada com ela. “Porque só eu posso abraçá-la” – concluiu. “Harry, largue disso, ela não é sua namorada para se sentir assim” – tentou afastar esses pensamentos e foi em direção deles tentando parecer o mais normal possível.




_ Bom dia! – disse ainda friamente.




_ Bom dia seu dorminhoco. – Hermione falou com um sorriso tão lindo que Harry logo esqueceu o mal-humor inicial.




_ Bem, eu vou deixar vocês sozinhos agora. Vou dar uma volta. Vejo vocês depois. – Rony disse. Ao passar por Harry ele cochichou algo em seu ouvido. “Voce é um bruxo de sorte, aproveite.”. O que ele quis dizer com isso? – pensou Harry.




_ O que foi Harry? – Hermione perguntou.




_ Nada não. – apenas sorriu para ela.




_ Eu queria te falar que o plano esta indo muito bem. – disse secamente.




_ Verdade? Como voce sabe?




_ A Emily veio me perguntar sobre nós.




_ Então logo isso acaba Mione, e eu vou te dar o sossego que mereci.




_ Ok. – ficou triste com isso. Havia apenas dois dias fingindo ser a namorada de Harry e logo acabaria? Mas tudo que tinha a fazer era se conformar e ser feliz assim mesmo. Mas enquanto não acabava iria aproveitar.




_ E então, que vamos fazer hoje? – perguntou animada.




_ Com essa chuva ficamos sem muitas opções.




_ É mesmo. – falou desapontada.




_ Vamos dar uma volta pelo castelo?




_ Vamos, então. – aquilo não era o programa perfeito, mas pelo menos estariam juntos.




Saíram da biblioteca para um passeio pelos corredores de Hogwarts, não era muito divertido, mas eles estavam juntos, e isso bastavam, para ambos. Passaram por Gina, que ia agora em direção á biblioteca.




_ Mas vocês estão muito fofos juntos! – disse Gina rindo para o casal enquanto andava para a biblioteca. Hermione e Harry ficaram sem graça com o elogio, e apenas riram. Ela seguia seu caminho quando foi puxada para um corredor mais escuro. Falou quase gritando:




_ Mas o que significa isso? – estava irritada, que brincadeira sem graça.




_ Calma Weasley. Voce anda muito estressada sabia? – Malfoy ria, sua mão ainda estava segurando oo braço de Gina.




_ Só podia ser...será que dá para voce me largar Malfoy, esta começando a me machucar.




_ Desculpe. – soltou então o seu braço, realmente deveria estar machucando, porque seu braço estava vermelho. Mas Gina não acreditara naquilo, ele simplesmente tinha lhe pedido desculpas.




_ Malfoy, voce está doente. – disse enquanto colocava a mão na testa dele, como se fosse checar sua temperatura. Draco não se conteve e a beijou. Foi mais um beijo simplesmente de tirar o fôlego. Depois de algum tempo, dessa vez eles param quase que ao mesmo tempo, ficaram se olhando. O que estava acontecendo?




_ Gina, eu não sei o que esta acontecendo – ele a olhava carinhosamente, ela percebeu que seu olhar mudara, ele até lhe chamara pelo primeiro nome. Atreveu a fazer o mesmo.




_ Draco, eu também não sei bem o que está acontecendo, mas eu...




_ Não consigo parar de pensar em voce. – disseram os dois ao mesmo tempo. Olharam-se e sorriram.




_ É estranho, Gina, ainda mais por nossas famílias e tudo mais, mas eu acho que estou realmente gostando de voce. – Malfoy dizia encabulado, nunca falara nada assim à garota nenhuma. Estava acostumado apenas a ficar, mas nunca teve algo mais serio com ninguém.




_ Eu, eu também acho que estou gostando de voce. – ele sorriu e a beijou de novo. Dessa vez foi um beijo mais lento e tranqüilo, não havia mais aquele medo de recusa de nenhum dos dois.




_ E o que vamos fazer? – perguntou enquanto passava as mãos pelos cabelos ruivos da garota.




_ Eu não sei, mas não gostaria de ignorar isso.




_ Eu também não quero isso. Gina Weasley voce aceita namorar comigo? – falou sorrindo para ela, quem visse jamais reconheceria que aquele era o Malfoy de outrora, grosso e boçal.




_ Draco, namorar, voce tem certeza? E as nossas famílias?




_ Gina meu pai morreu lutando por Voce-sabe-quem, não vejo como ele possa interferir mais agora que estamos em paz. Quanto a minha mãe, não precisa se preocupar, ela aceitará voce.




_ E minha família? Está disposto a enfrenta-los? Não acho que será fácil. – disse nervosa.




_ Enfrento qualquer um, até o lord das trevas se ele ressuscitasse.




_ Não fale isso nem brincando.




_ Falo apenas para voce ter noção do que posso fazer se for para ficar com voce. – “Nossa, esse é o Draco mesmo?” Gina parecia não acreditar. Sorria abobalhada para seu novo namorado.




_ Então eu aceito sim! – agarrou-lhe pelo pescoço e lhe beijou mais uma vez. – Mas vamos namorar escondido, pelo menos por enquanto, não sei como Rony vai reagir. – ele apenas assentiu com a cabeça e voltaram ao beijo.
À noite, depois de um maravilhoso jantar, no qual Emily não tirava os olhos de Harry e Hermione, eles foram para o salão principal. Agora a Emily fazia de tudo para sempre vim falar com Harry, não importa o que, e o garoto aproveitava para abraçar Hermione, fazer-lhe carinhos que a fazia tremer, ser o mais cavalheiro possível. Isso estava deixando Emily louca. Não que Harry fosse mal-educado ou grosso quando esteve com ela, mas sem duvida estava diferente, bem mais carinhoso e gentil. Ela tinha que fazer alguma coisa, achava que Harry estava com Hermione por pena, então decidiu conquista-lo antes que ele acabasse se apaixonando por ela. Harry, Rony e Hermione despediram-se de Emily, Luna e Billy com os quais estavam conversando e foram para a torre da grifinoria.




Hermione decidiu ir logo para o dormitório feminino. Tentava ao maximo evitar ficar sozinha com Harry, tinha medo de não se controlar e beija-lo e isso poderia sem duvida acabar com a amizade deles. Despediu-se dos amigos e subiu. Rony e Harry foram terminar algumas lições pendentes.

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