Snape



O dia seguinte amanheceu nublado. Estava quase na época das provas quando os marotos desceram as escadas esperando que algo novo acontecesse. Chegaram ao salão principal para o café da manhã e encontraram Lílian Evans e Snape discutindo algo muito sem sentido.



- Snape! Me diga que você está brincando! Eu não consigo acreditar!

- Infelizmente não! Eu tinha que te contar uma hora ou outra! Lílian...Eu te amo como nunca amei ninguém! - E bum! Lílian Evans estava desmaiada no chão...

- LÍLIAN! - Gritou Thiago correndo para tentar ajudar - O que você falou pra ela? Me responda, Snape! Agora!

- Eu só contei a verdade para ela! - Disse sem perder o tom de voz.

- E qual é a verdade?

- A verdade é que, é que... - Diminui o tom de voz e apenas disse - É que eu a amo!



Um enorme silêncio explodiu no ar. Nem Thiago e nem um outro maroto conseguiu acreditar no que ouviu a um segundo atrás. O que poderia explicar isso? A ajuda de Lílian? Ou Lílian não discriminar ele, só porque ele é da sonserina? A resposta estava bem longe de lá. Ela se encontrava com Lúcio Malfoy, o "garotinho" loiro dos olhos claros e perfeitinho. Ele era, visivelmente, o melhor amigo de Snape. Mas todos os marotos odiavam o loirinho, não mais que Snape.



Eles tinham que descobrir se era verdade, ou não, o que Snape falara, contudo, falar com o Malfoy seria uma quebra de promessa própria. Quando Thiago se deu conta e passou a raiva, ele estava na Ala Hospitalar cuidando de Lílian que havia perdido a consciência depois do susto...



- Isso não era pra ser uma comédia?

- Era...mas...

- Mas nada! Se for uma comédia mesmo, está disfarçada de drama.

- Vai ver é por isso que ela está na Categoria "GERAL"!

- Eu não tinha percebido.... Desculpe!



Thiago estava sozinho, pois os outros marotos estavam a procura de Malfoy desesperadamente.



***



Almofadinhas, Aluado e Rabicho estavam correndo masmorra adentro, quando avistaram algo (Que Sirius chamou de mancha amarela), que parecia muito um aluno da Sonserina. Tinha todas as características (Do ponto de vista de Lupin) de um sonserino sangue-puro: "Loiro, olhos claros, alto, metido, irritante e ,a principal, odiava a Grifinória".



- O que o "Grupinho Apronta Todas" faz aqui em baixo? - Chega alguém por trás deles e os assusta de uma forma simples de dizer "oi".

- Malfoy! Que previsível! - Sirius tentava ser simpático, mas era difícil se controlar.

- Vocês não me responderam! Respondam ou eu...

- Ou você o que, Malfoy? - Lupin já erguera a varinha para ele.

- Não vou contar o que vocês querem saber!



Ué! Como ele já sabia disso? Era tão previsível assim? Ele sabia de algo. E os marotos queriam uma resposta. Sirius, com um súbito golpe, pega Malfoy pelo colarinho do seu "impecável" uniforme da Sonserina e o levanta do chão.

- Me diga o que você sabe! Era armação, não era?



***



- Thiago! Não... Saia de perto de mim, Thiago! Agora! Sai da minha frente! - Lílian acordou mesmo de mal-humor.

- O que foi que eu fiz, Lílian?

- Não é você! O problema sou eu! Eu não consigo mentir sobre alguns assuntos!

- Como assim? - Thiago a olhou com um ponto de interrogação na cabeça.

- Eu estou confusa.... Não sei se eu te amo mesmo, ou se eu amo o Snape... Mas por favor... Não fique bravo e nem queira matar ele... - E mais uma vez Thiago chorou, pelo menos uma lágrima se escorreu de seu rosto.



Antes que vocês perguntem, NÃO! O Thiago, nessa fic, não é uma pessoa sentimental que chora por qualquer coisa. É que, só quem ama entende!



***



- Cada um faz o que pode! - Respondeu Malfoy num tom mais seco do que de costume.

- Então foi mesmo armação! Snape vem perseguindo os dois há tempos!

- Talvez não! - Snape apareceu do nada e responde bem antes de Malfoy que estava quase sem respirar, já que Sirius o apertava pelo pescoço. - No começo era uma chantagem emocional, mas depois, acho que eu me apaixonei de verdade.

- O que? Snape com sentimentos? - Sirius e Lupin caíram na risada - Ai, ai... Não... É impossível!

- Todo mundo ama algum dia, até mesmo a mais pobre de inteligência, feito ele! - E com um simples aceno da cabeça, Rabicho aponta para Snape.



Talvez fosse mentira, mas os fatos indicam que era tudo verdade. Lílian ajudava Snape a muito mais tempo do que parecia (com xampus, principalmente). Mas isso era o que os marotos haviam percebido há pouco tempo.



***



- Deixe-me sair! Deixe-me sair! - Gritava Lílian para tentar escapar da Ala Hospitalar - Eu quero sair!

- Oh... Ai garota... Pode sair! Vai com Deus! - E assim falou e assim fez, a enfermeira largou o braço dela e a deixou sair.



Agora, quem precisava de tratamento era Thiago, mas talvez não houvesse remédio para isso. O único remédio, naquele momento, era esperar. Thiago voltou para sua casa, desconsolado, mas voltou de cabeça erguida.

Ele não esperava, mas os outros marotos estavam indo ao encontro dele.


...Continua

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