A Biblioteca Escondida




– Que coisa eu não vou Marta!
– Pelo menos abra a porta!
– Nunca! Ele é um grosso e sem modos, porque jantaria com ele só pra deixá-lo feliz?   
– O que está acontecendo aqui?
– Draco.
Luna engoliu seco.
– Vamos garota saia daí! – Draco falava alto
– E você pensa que é quem? – Luna respondeu calmamente
De fato, Luna estava aprendendo a ser um pouco mais madura e firme, mais principalmente lidar com pessoas de coração de pedra igual ela fala. Já Draco? Aprendendo a não ganhar tudo em mãos,lutar pelo que quer e não ser tão insuportável.
– Menina você não sabe com o que você ta mexendo.
– Oh, você é um Gnomo do mal disfarçado de humano? Ah, eu sabia que eles desenvolveram uma formula para parecerem reais e não ficassem com rabos ou espirrando aquela coisa verde.
– Você está me tirando do sério.
– Hm. Sério? Você é tão normal quanto eu Malfoy.
Luna estava de pernas cruzadas (indiozinho ><’ ), tentando meditar, com um incenso aceso e de camisola. Draco abriu a porta, que estava ‘aberta’. Depois daquele esforço todo, Draco não acreditava que a porta estaria aberta.Luna que estava com os dois olhos fechados abriu um só.
– Sabia que isso é falta de modos? Ir entrando sem bater na porta
– Eu quase a derrubei! 
Luna se levantou, ela estava tirando com a cara de Malfoy. Qualquer um podia ver...
– Sabe você poderia ter feito simplesmente assim oh. – Luna foi para fora do quarto e fechou a porta. – Toc toc, Luna, você poderia abrir a porta por favor. Obrigada! – Luna abriu a porta com um sorriso debochado na cara.
– Você me tirou do sério!
– Você também, parabéns, estamos kits! Agora eu to tentando meditar se você não se importa.
– Você não vai jantar comigo?
Draco tinha certeza que ela jantaria com ele, pois todas as garotas da escola dariam tudo para ser ela. Tirando Hermione,Gina,Cho e agora, Luna. Todas já teriam caído nas conversas de Malfoy.
– Sabe, eu não tenho vocação pra babá – Luna empurrou Draco com o dedo indicador em seu peito para trás. – Bebê!
– Bebê? 
Luna riu e mandou um ‘thauzinho’ pra ele, Malfoy bateu a porta com força. Luna esperou o incenso acabar e saiu do quarto em silencio, pé por pé até a cozinha.
– Essa garota não vê que está botando o nosso emprego em pauta?
– Pois é, o Lucio não vai querer mais Elfos aqui, depois do que ele fez com o ultimo.
– Boa noite!
– Oh, boa noite Luna.
Todos se olhavam e acompanharam o movimento de Luna até uma cesta de frutas, Luna pegou uma maça, a lavou e mordeu.
– Eu escutei o que vocês estavam falando. Tenho audição muito boa, quando era pequena convivi com plantas carnívoras, elas não tem olhos só a boca,os ouvidos e o nariz.
Todos se olharam apavorados
– E seus pais deixaram?
– Na verdade minha mãe morreu, e meu pai tinha que digitar o jornal, ai eu ficava no jardim com elas. Ele achava bonita a nossa amizade.
Todos riram, Luna também.
– Nos desculpe, é que precisamos desse emprego, sabemos que vamos ser despejados quando Você-Sabe-Quem vir pra cá?
Luna estava louca para perguntar “Sério?”, “Quando ele vem?”, “Ele já veio?”... Harry seria sua primeira opção para dizer essa informação, mais pareceu suave nos olhos dos empregados, continuou comendo e olhando para eles ‘normalmente’.
– E o que mais essa casa guarda de tão especial? 
– Hei, você escutou o que lhe disemos?
– Depende!
– Sobre Você-Sabe-Quem.
– Eu tenho cara de tonta ou de surda?
–E você não está impressionada?
–Nem um pouco! Se eu for ficar impressionada com algo nessa casa, seria com a delicadeza de Malfoy, esse garoto não tem medo do perigo?
– Na verdade não! Para quem tem um pai Comesal da Morte e amigo do Lorde das Trevas, acho que não!
 Luna se engasgou em ouvir aquelas palavras.
– Eu acho que eu também não teria – Luna riu
De fato, Luna ficou com medo. Como uma ‘criança’ teria um passado bom, lembranças familiares e carinho pelos pais, se fosse Draco Malfoy? 
– Bem, mais essa casa parece nunca ter sido alegre vocês não acham?
–Na verdade uma vez foi.
– Sério?
– Sim! Quando Narcisa começou a namorar Lucio, ela conheceu ele em um baile que os Malfoy haviam proporcionado.
Todos saíram para o salão principal da casa.
– Musica não faltava.
Luna olhou em volta e imaginou as pessoas e tudo mais, o mordomo contava como foi, enquanto Marta e a cozinheira (sem nome ainda) faziam o ‘papel’ de Senhor e Senhora Malfoy sentados na poltrona. Bem estava em cima da escadaria. O Mordomo tirou uma varinha do bolço e murmurou alguns feitiços, fazendo tudo ficar decorado, e Luna ficar com um vestido lindo. Sabendo que era encanto, mesmo assim ela se sentiu a própria Narcisa. Todos estavam com tragues de festa.
– Lucio desceu as escadas e Narcisa estava olhando para ele, depois disso ele a tirou para dançar.
– Ah pêra ai, eu não sei dançar posha!
Ben riu
– Dois pra lá e um pra cá, dois pra lá e um pra cá.
– Oh, por Merlim!
Luna aprender rapidinho, os dois dançaram o salão inteiro. Draco escutou alguns barulhos e foi até o salão ver o que se passava ali. Ele parou na escada que Ben teria descido e ficou de braços cruzados.
– Eu aprendi, Ben eu aprendi!
Luna ria e dançava perfeitamente com Ben, até que Marta percebeu a presença de Malfoy e desfez o feitiço do Mordomo.
– O que acont... – Luna parou a olhou para Malfoy.
– Então é para isso que meus pais pagam vocês? Para ensinarem uma garota a dançar com feitiços na casa toda?
– Desculpe Malfoy, mais se for jogar a culpa em cima de alguém que jogue em mim.
– O assunto não chegou em você!
– E se eu me joga na frente dele – Luna foi até a frente de Draco. – E apressar as coisas?
– Hunf! Você não tem noção de nada mesmo né?
– Acho que de alguma coisa eu tenho sim, agora do que eu não me lembro mais não vem ao caso!
– Não quero ser incomodado novamente! Que fique bem claro!
Logo após que Draco subiu, Luna piscou para os empregados e subiu também. No dia seguinte Luna se acordou muito cedo e foi caminhar pela casa. Luna passava por alguns corredores mais sombrios da casa, se encontravam armaduras e quadros que acompanhavam os passos de Luna.
– O que alguém faz desse lado da casa?
– Saia daqui garota, esse lugar não é para você!
– Essas paredes escondem algo que nem mesmo o senhor Malfoy descobriu direito!
Luna estava com uma vela, sabia que os quadros falavam a verdade. Pois via o medo em seus olhos, no fim desse corredor sombrio e escuro, Luna achou uma porta fechada. Ela se sentou no chão desanimada.
– Ai que coisa! Caminhar tudo isso pra achar algo fechado, mais espera, o que é isso?
Luna sentou em cima de algo pequeno, ela tiro-o de baixo do tapete, sim era a chave da porta! Luna se levantou e abriu a porta, era tudo muito escuro, ela não via nada, só uma fresta de uma cortina de uns 4 metros de altura, extremamente grande e larga. Ela se direcionou para a janela, tropeçando em algumas coisas que ela não sabia dizer o que eram, ela abriu a cortina e olhou em volta.
– Por toda a magia que há no mundo, isso aqui  é fantástico.
Era uma biblioteca gigantesca, Luna fez questão de ir nas prateleirase pegar um livro que lhe chamou a atenção “Contos de Fadas Trouxas”, Luna se sentou no chão e começou a folhar o livro.
– Você não tem limites?
Quando a voz fria e grossa soou de trás de Luna ela ficou gelada, pensando que poderia ser Lucio.
– Desculpa Senhor Lucio eu não tive a intenção e.... – Luna se virou e se deparou com Draco. – Nossa que susto!
Ela colocou o livro na prateleira e ficou meio quieta.
– Esse lugar é fantástico
– Mais não é para o seu bico
– Desculpa
– Menina isso aqui é uma casa! Não um Museu que você pode ficar fazendo ‘tours’ a hora que bem entender.
–Sabia que cada dia mais você fica mais estúpido? Garoto você tem que mudar, ou quer acabar igual o seu pai?
– O que você sabe sobre meu pai?
– Que é um Comesal da morte! Seco e se acha o mais poderoso do mundo igual a você! Quer ficar igual a ele é?
– Menina olha o tom que você fala comigo, agora quem pergunta sou eu! Como você sabia o meu nome naquele dia que entrou no meu quarto?
Luna foi um pouco para trás, e Draco acompanhou seus passos de medo.
– Bem, quem não conhece você Draco?
– Não, mais eu não conheço você, e você disse que sua escola foi fechada, hmm, Hogwarts foi fechada também! Será que por trás disso tudo não é a Granger querendo se infiltrar na minha casa atrás de Você-Sabe-Quem?
Luna se encostou na prateleira e ficou com medo de Draco, suas mãos geLunam, e ela olhava nos olhos dele.
– Não, eu nem tenho varinha!
– Isso não explica!
Draco se aproximou bruscamente de Luna, deixando seus corpos encostados levemente, Draco colocou suas mãos na prateleira, fazendo que a cabeça de Luna ficasse entre eles.
– Me conte a verdade garota! Você não vai escapar os empregados não vem para esse lado da casa! E a porta está trancada.
Luna respirava rápido e Draco chegava cada vez mais perto dela, Draco chegou perto do ouvido da garota e falou baixo.
– Tem alguma coisa que eu vou descobrir, e você não vai mais me esconder nada!
Draco foi mais para trás dando espaço para ela sair.
– Não quero que entre nesse lado da casa, por favor! Meu pai nunca me deixou vir para cá, e com você não seria diferente.
– Todo bem Draco, desculpa mais uma vez.
Luna foi em direção a porta, e Draco também. Eles fecharam as cortinas e saíram do quarto.
– Tenho uma coisa para lhe mostrar, na verdade várias.


 

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