Apresento-lhes James Potter

Apresento-lhes James Potter




A chuva batia furiosamente contra as janelas do quarto escuro e fazia frio lá fora, disso ela tinha certeza. Já estava desperta havia alguns minutos, mas queria ficar encolhida debaixo das cobertas o máximo de tempo possível, pois sabia que dali a pouco, a senhora Phillip entraria no quarto.


Não demorou muito. Antes que pudesse perceber, a porta se abriu ruidosamente e Jane Phillip irrompeu por ela.


- Lily, meu bem, levante-se. – ordenou, enquanto puxava as pesadas cortinas para que luz fraca do sol quase invisível pudesse entrar pelas janelas. Obediente, Lily chutou as cobertas e se sentou na cama. Espreguiçou-se e sorriu para a governanta.


- Bom dia, Jane.


- Bom dia, querida. Vamos, levante-se para que eu possa arrumar sua cama. – a menina saltou da cama e caminhou até a janela. A chuva caía como uma cortina de água e mal se via um palmo à frente ou o jardim lá embaixo. Lily suspirou desanimada e encostou a testa no vidro gelado, querendo adiar o momento em que teria que enfrentar a tempestade lá fora. Ela odiava a chuva. Para ela, chuva significava tristeza, lágrimas. – Lily! – ela se virou tão rápido que seu pescoço estalou. Murmurou uma reclamação mínima e olhou para a senhora Phillip que a encarava nervosa. – Vá tomar banho, o trânsito deve estar terrível por causa dessa chuva e você não pode se atrasar para a escola.


Ah, a escola. O teste de álgebra II era o que a manhã lhe guardava. Álgebra era de longe a matéria que Lily menos gostava, apesar de seu desempenho exemplar. Ela gostava mesmo de Inglês e em seus raros tempos livres, buscava um livro na biblioteca da escola e lia em sua cama, sob a luz do abajur, sonhando em encontrar um príncipe encantado como os das histórias.


Ela mirou sua imagem no espelho enquanto a água da banheira esquentava. Não era vaidosa e não se importava muito com sua aparência, mas gostava do que via. Era diferente das meninas que conhecia, todas loiras ou morenas, de olhos azuis ou escuros. Não conhecia ninguém ruiva de olhos verdes como ela. Muitas pessoas a consideravam sortuda, mas ela se achava apenas incomum. E era tímida demais para gostar de todos os elogios que dirigiam a ela, mesmo que fossem poucos.


Acabou o banho e vestiu o uniforme. Era um conjunto alinhado de meia-calça e saia de lã preta, camisa de botões branca, gravata preta e branca e sapatilhas pretas. Lily ajeitou a gravata ao redor da gola da camisa e voltou ao banheiro para escovar os dentes e pentear os cabelos. Quando pronta, pegou a mochila, os livros, a sacola com as roupas do ballet e então desceu para o café da manhã. Encontrou o pai sentado à cabeceira da enorme mesa da sala de jantar.


- Bom dia, papai. – cumprimentou-o com um sorriso cândido.


- Bom dia. – respondeu ele sem levantar os olhos do jornal que estava lendo. Lily não se importou, aquela cena se repetia todo dia e como sempre, ela apenas estendeu o braço para pegar os pãezinhos frescos e o chá com leite. Estava acabando de comer o segundo pãozinho quando o pai baixou o jornal e olhou para ela. – Lily, você está atrasada para a escola. A senhora Phillip e Henry já estão te esperando no carro. Pare de comer e se apresse.


- Sim, senhor. – ela enfiou o último pedaço na boca e largou o chá pela metade. Ainda estava com fome, mas comeria na escola. – Tenha um bom dia no trabalho, papai. – desejou amavelmente, mas o pai a dispensou com um gesto. Suspirando, ela pegou suas coisas e correu para a garagem, onde encontrou Henry já sentado em seu lugar e a senhora Phillip no banco traseiro. – Como vai, Henry? – perguntou ao motorista depois de se sentar ao lado de Jane.


- Muito bem, obrigado. E a senhorita? – Lily sempre cumprimentava todos os empregados e era muito gentil com cada um deles. E todos gostavam muito dela, tendo conhecido-a ainda criança e sabendo por tudo o que ela passava.


- Tudo bem, obrigada por perguntar. – eles sorriram um para o outro e então Henry saiu da garagem para enfrentar a chuva furiosa.


De fato, eles pegaram um terrível engarrafamento no centro de Londres e Lily chegou atrasada. Felizmente não fora a única, ou teria problemas. A Academia Preparatória Rainha Elizabeth I* Para Meninas era extremamente rígida quando se tratava de horários. Porém naquele dia, a diretora McCallister fora condescendente para com as meninas e permitiu que elas fossem para as aulas sem levarem advertência. Lily correu para a sala da senhora Stuart, pedindo imensas desculpas pelo atraso.


- Sem problemas, senhorita Evans. Sente-se, por favor, preciso entregar os testes. – Lily obedeceu e a professora distribuiu as folhas de teste. Ela correu os olhos pelas questões e começou a realizá-las sem grandes dificuldades. Como sempre, foi a primeira a terminar, recebendo os olhares invejosos das colegas de turma. Ficou desenhando no caderno até o sinal bater e depois se dirigiu para a classe de Física. O dia seria longo.


Estava morta de fome quando o sinal do almoço finalmente tocou. Entrou na fila atrás de Kim Sawyer, a garota mais insuportável do colégio que adorava implicar com Lily desde que se entendia por gente. Naquela manhã não foi diferente: Lily estava pegando um pouco de purê de batatas, quando Kim, sem nenhum motivo aparente, bateu em sua bandeja, fazendo-a cair com estrondo no chão do refeitório. O purê voou nos sapatos de Lily, emporcalhando-os. O som das risadas estridentes das meninas foi ensurdecedor.


- Oh. – fez Kim, pousando a mão na boca, fingindo vergonha. – Mil desculpas, Evans. Eu não vi você. – e saiu, seguida por suas amigas-capachos. Ninguém que tivesse autoridade apareceu para ralhar com Kim, apenas as outras quatrocentas meninas e as merendeiras foram testemunhas, mas já estavam tão acostumadas aos ataques de Kim Sawyer contra Lily Evans que não ligavam mais e achavam até bem engraçado. E acreditem, Lily era considerada a esnobe da escola.


Lily olhou para os pés sujos e para a comida desperdiçada. Não ia chorar. Estava irritada, é verdade, mas não choraria e arrancaria mais risadas das colegas. Pegou a bandeja do chão e pôs o prato e os talheres na pilha de louça suja que as alunas deixavam depois de comer. Calmamente refez o prato e seguiu para a mesa onde almoçava sozinha todos os dias. Ela sentia falta de companhia, mas se era para ficar com aquelas meninas que só sabiam ser esnobes, preferia ficar só. Quando acabou de almoçar ainda sob os olhares das colegas, Lily foi até o banheiro e limpou as sapatilhas. Aquele não estava sendo um bom dia.


Às três horas, Henry e a senhora Phillip pararam na frente da escola para buscarem Lily e a levarem ao estúdio de ballet. As meninas da turma do Instituto de Dança eram tão sociáveis quanto as da escola, então era bem desconfortável aturar três horas diárias com um bando de adolescentes magricelas que encaravam Lily estranhamente porque ela não era magricela.


A chuva continuava a cair fortemente e já começara a relampejar. Lily tentou ignorar os raios enquanto corria para a segurança do estúdio. Ela odiava raios. Tratou de fugir dos pingos grossos e pesados e do barulho das trovoadas. Ela também odiava trovões. Adentrou o hall do Instituto e viu a velha recepcionista crispar os lábios em descontentamento por ver Lily sujar de lama o chão antes imaculado.


- Perdoe-me, senhorita Harrison. – disse, olhando culpada para a velha solteirona. Esta apenas continuou olhando-a em desaprovação. Dava para ver que tinha certa implicância com Lily.


E não era só ela. Talvez ninguém gostasse mesmo de pessoas milionárias. Mesmo que elas fossem legais. Como Lily.


Lily pediu desculpas novamente e seguiu desanimada para o estúdio. As companheiras a fitaram com o mesmo olhar de sempre. Deus, e elas estudavam juntas desde os cinco anos. Isso é que é parecer repulsiva. Como de costume, Lily as cumprimentou. E como de costume, elas a ignoraram.


Uau, Lily talvez tenha sido uma pessoa horrível numa outra encarnação. Porque ela tem um péssimo carma. Mas nunca se sabe.


Ficou quieta diante da ignorância das colegas e preferiu ir ao camarim mudar de roupa. Trocou a meia-calça grossa por uma mais fina da mesma cor, as roupas pelo collant preto de costas entrelaçadas, e os sapatos pelas sapatilhas rosa de ponta. Só faltava prender o cabelo: puxou os fios num rabo de cavalo apertado e fez um coque rígido, depois passou uma fitinha com flores artificiais em volta do penteado. Estava pronta para morrer de cansaço e tédio.


A professora já estava se preparando quando Lily voltou à sala. Deixou a sacola com seus pertences no cabideiro e sentou junto com as outras meninas que já estavam se alongando.


- Está atrasada, Evans. – falou friamente a professora. Marisa Rose tinha seus quarenta anos e era magrela como as alunas. Era bailarina do Corpo de Baile do Teatro de Londres quando jovem, mas uma queda durante uma apresentação a fez machucar a perna e a impediu de continuar dançando. Ela se tornou professora. A melhor, mais severa e mais amarga professora. Lily tinha um pouco de pena dela.


- Sinto muito, Professora Rose. – disse Lily, mas foi ignorada. De novo.


- Meninas, hoje começaremos os ensaios para a apresentação do Festival de Ballet da Primavera. – as meninas soltaram ganidos entusiasmados, mas Lily só conseguiu soltar um gemido baixinho de total descontentamento. – Esta classe representará a aurora, o nascer do dia. Será tudo muito bonito, alegre. Precisarão trabalhar muito e se empenhar bastante para que tudo saia perfeito. Levantem-se, temos muito o que fazer. – as meninas ergueram-se num pulo. Lily começou a se alongar, enquanto as outras se espalhavam pela sala. – O que está fazendo, Evans? – Lily ergueu a cabeça e encontrou o olhar ameaçador da professora.


- Estou me alongando, professora.


- Eu mandei todas se levantarem, Evans. Se você chegou atrasada e não se alongou antes, o problema é seu. Agora, ande. Vá se juntar as outras. – Lily assentiu calada e se juntou às garotas.


A música embalava os passos das futuras bailarinas, seguindo à risca tudo o que a professora mandava. Algumas vezes eram interrompidas pela própria senhora Rose, que dizia “Estique essas pernas. Dobre mais o joelho. Sorria. Faça algo direito, pelo amor de Deus!” sempre para Lily. E apenas para Lily, apesar de ela ser uma das melhores bailarinas da classe. Lily apenas assentia como se estivesse mesmo errada.


Ao fim das três horas de aula, Lily estava morta. Sentia dores em toda a extensão do corpo porque não havia se alongado. E estava morrendo de fome. A idéia de que tinha ainda que esperar pelo jantar servido sempre às nove horas fez seu ânimo murchar ainda mais. Que dia péssimo ela tivera. Quando chegasse em casa, iria direto para a cama, talvez Jane levasse o jantar em seu quarto.


Como se seu pai fosse deixar.


Ela aproveitou o vestiário já vazio para tomar um banho, não gostava nem um pouco de ficar suada. Sabia que Henry e Jane estavam presos no transito por causa da chuva interminável, então podia tomar uma ducha sem se preocupar com o horário.


Pouco tempo depois, Lily estava sentada confortavelmente no carro, ao lado da senhora Phillip. O transito seguia vagarosamente e ao longe, por debaixo da cortina de água, Lily podia ver o letreiro meio distorcido de uma cafeteria. Seu estômago roncou.


- Vejo que está com fome. – disse a senhora Phillip.


- Estou morta. – Lily mordeu os lábios e virou para a companheira. – Ahn, Jane?


- Sim?


- Eu sei que nunca, nunca, fugimos da rotina e sei que papai nos quer em casa antes do jantar, mas eu estou morta de fome e com frio e...


- Lily, meu bem, vá direto ao ponto.


- Tem uma cafeteria logo ali, podemos ir? – a senhora Phillip olhou para onde Lily apontava.


- Sinto muito, querida. Você conhece as regras. Seu pai é muito rígido com horários e se pararmos numa cafeteria contra as ordens dele e chegarmos atrasadas, ele vai ficar muito bravo.


- Por favor, Jane. Está chovendo e o transito está muito lento, talvez se dissermos a ele que pegamos um grande engarrafamento, ele acred...


- Lily, não! – exclamou a senhora Phillip, encerrando o assunto. – Desculpe, mas não podemos. – Lily assentiu e se calou. Olhou pela janela, para as árvores encharcadas da margem da rodovia. Algo lhe dizia que tinha que ir àquela cafeteria, um pressentimento. Mas ela não sabia se era bom ou ruim, só sabia que tinha que ir até lá. Mas regras são regras, certo?


Errado.


Ela tinha que ir até lá.


Suspirou tristemente e remexeu os dedos insistentemente. Sempre fazia isso quando sentia fome e Jane sabia. Não olhou para o lado, mas sabia que Jane fitava seus dedos. Mordeu os lábios e soltou outro suspiro triste. Sabia que não demoraria até Jane sucumbir. Nunca havia feito isso, manipulado algo, mesmo que pequeno. E nunca desobedeceu a ordens.


Havia uma primeira vez para tudo.


Por sorte, seu estômago roncou novamente. E eles ainda estavam presos no mesmo lugar. Ouviu Jane suspirar. Ela havia vencido. Continuou olhando pela janela. A qualquer segundo...


- Tudo bem. – Lily sorriu exultante para a amiga. A senhora Phillip olhou severamente para a menina, mas ela sabia que queria sorrir. – Henry?


- Sim, senhora Phillip? – disse o motorista, olhando para ela pelo retrovisor.


- Você consegue sair da fila e estacionar logo ali, na frente daquela cafeteria?


- Sim, senhora.


- Ótimo. Nós saltaremos agora. Vamos, Lily. – a senhora Phillip abriu a porta e o guarda-chuva.


Elas correram sob a chuva até estarem em segurança debaixo do toldo da cafeteria. Era um lugarzinho pequeno, mas parecia aconchegante. Chamava-se Um Recanto. Era... pitoresco.


Um sininho tilintou quando Lily empurrou a porta. Estava quente lá dentro. Sentaram-se no balcão, apesar dos protestos da senhora Phillip, que queria sentar a uma mesa. Ambas olhavam os docinhos expostos quando uma voz masculina as chamou.


- Com licença, posso ajudá-las? – elas ergueram os olhos e deram de cara com um rapaz jovem. Bem jovem. E bonito. Muito bonito.


Lily simplesmente não conseguia parar de encará-lo. A senhora Phillip tomou a palavra.


- Uma bomba de chocolate com creme e um cappuccino, por favor. - Lily sabia que o pedido era para ela e lhe sorriu.


- Sim, senhora, eu volto num instante. – o rapaz saiu e as deixou sozinhas.


- Não vai comer nada, Jane? - perguntou Lily.

- Não, não estou com fome. Lily, eu vou ao toalete um minuto, fique para receber seu pedido. – avisou a senhora Phillip. Lily concordou. Ela não sairia dali.


Por que mesmo?


O rapaz voltou segundos depois que a velha governanta saiu. Ele trazia o cappuccino e a bomba.


- Obrigada. – agradeceu quando ele lhe pôs os pedidos na frente dela. Eles ficaram se encarando por um segundo até Lily desviar o olhar.


- Ahn, oi. – disse o menino, estendendo-lhe a mão. – Eu me chamo James. James Potter.


- Li-Lily. – gaguejou. Nunca um menino tão lindo havia falado com ela. Na verdade, menino algum jamais falou com ela. Ela começou bem.


Menina de sorte, hã.


Ela pigarreou e repetiu. – Desculpe. Eu sou Lily Evans. – apertou a mão que ele lhe oferecia. - Ahn, você me parece meio novo para trabalhar.


- Tenho dezessete anos. Muita gente trabalha aos dezessete. Você me parece meio velha para andar acompanhada pela rua. – ela corou fortemente. Ele sorriu. – Desculpe tê-la envergonhado, eu falo o que não devo quando vejo meninas muito bonitas.


Uau.


Lily estava de olhos arregalados. E mais vermelha do que se pode imaginar. Ainda bem que a senhora Phillip tinha ido ao toalete.


Quem?


- Hum, eu tenho de-dezessete tamb-bém – desde quando ela gaguejava? Respirou fundo. – E eu sou mesmo velha para andar acompanhada, mas meu pai não acha isso. Ah, e desculpe ter parecido meio esnobe quando disse que você parece novo demais para trabalhar.


- Não tem problema. Seu pai deve ser apenas super protetor. Eu também seria se tivesse uma filha tão bonita quanto você. – ela não conseguiu conter um sorriso. Ué, ela não era tímida?


- Obrigada. Ele é mais que isso. E com certeza não gostaria de me ver conversando com um menino assim...


- Assim...?


- Assim como, ahn, você.


Ela estava tentando flertar? Lily Evans flertando?


- Assim... bem bonitão? – falou James, erguendo uma sobrancelha para ela. Lily engasgou.


- Bem, é.  


É, ela estava flertando.


- Você não vai comer? – perguntou ele, apontando para o cappuccino e a bomba intocados. Lily olhou fixamente sem entender para o doce e o café. Depois percebeu que ela havia pedido aquilo.


- Ah, é claro. – ela mordeu um belo pedaço da bomba e bebericou o cappuccino. James soltou uma risadinha. – O que foi? – ele pegou um guardanapo.


- Você tem creme no canto da boca. – ela prendeu a respiração. Ele estava limpando o canto da boca dela. James passava o guardanapo delicadamente sobre a pele dela. Lily nem se mexia.


- Prontinho. – disse e olhou nos olhos dela. Os olhos dele eram castanhos. Ela pensou que adorava olhos castanhos. James ainda segurava o guardanapo contra o rosto de Lily, mas os dois pareciam não perceber.


Que magnetismo era aquele? Ambos queriam saber.


Escutaram uma porta bater e se separaram num pulo. A senhora Phillip vinha na direção deles, batendo seus saltinhos com força no chão. Botou sua bolsa sobre o balcão, bufando irritada. Lily pigarreou.


- Ah, meu jovem. Não tem sabonete no banheiro das senhoras. – falou a Sra. Phillip.


- Mil perdões, senhora. Vou agora mesmo providenciar. – ele saiu rapidamente em direção aos fundos do estabelecimento.


- Veja você, Lily. Eu tive que ir até o banheiro dos homens! – Lily soltou uma gargalhada. – Não ria! Imagine se alguém estivesse lá. Ou entrasse depois. A sorte é que esta cafeteria está vazia. – Lily continuou rindo baixinho até que a Sra. Phillip olhou para seu lanche. – Ué, você não comeu?


- Ah, é que o cappuccino estava quente e eu... ah, mas eu termino agora rapidinho. – Lily terminou a bomba em duas mordidas e bebeu o cappuccino morno rapidamente. Mas foi tempo suficiente para James voltar.


- Vocês desejam mais alguma coisa? – ambas negaram. Ele sorriu. – Bom, então só posso dizer: obrigado por escolherem nosso estabelecimento.


- Não há de quê, querido. Quanto lhe devo? – perguntou a Sra. Phillip, puxando a carteira da bolsa. – o sorriso de James aumentou.


- É por conta da casa, senhora.


- O quê? Não, não podemos aceitar, rapazinho. Nada disso, diga-me quanto lhe devo. – Lily sabia como Jane podia ser insistente. Mas James também era.


- Estou falando sério, a senhora não me deve nada.


- Mas, menino! Eu não posso sair sem lhe pagar nada!


James olhou para Lily e abriu outro sorriso.


- Certo. O seu pagamente será a promessa de que a senhora e a senhorita voltarão aqui mais vezes. – Lily deixou escapar um suspiro. A Sra. Phillip sorriu finalmente.


- Oh, mas você é tão gentil! E teimoso! Tudo bem, está prometido. Vamos nos meter numa encrenca das boas, mas está certo. Obrigada, meu rapaz. – ela lhe apertou a mão, sorrindo calorosamente. Ele retribuiu.


- Eu é que agradeço. O prazer foi meu. Obrigado por virem.


Lily puxou a porta para a Sra. Phillip passar. Olhou para James uma última vez e sorriu, dessa vez abertamente. Acenou-lhe um tchau e saiu.


Que maravilhoso desfecho para aquele dia. De repente, a noite lhe pareceu ótima. E chuvas não eram mais tão ruins.


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n/a:
* sou tão criativa que não pude pensar em outro nome para a escola. D:

êê, postei o capítulo doois :D | ok, eu espereva ter mais alguns comentários, mas como a Bela, a Anne, a Taise e a Dêssa pediram educadamente e a Bibs pediu ainda mais educadamente, eu resolvi postar! :) particularmente, eu amo esse capítulo. sei lá, quando eu terminei de escrevê-lo, eu pensei: 'cara, estou feliz com esse capítulo. gostei tanto dele!' pois é... HSAHSAOSOAHSOHASSOAHAS


enfim, espero que gostem dele tanto quanto eu.


amo vocês.


beijos,


Liv

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Comentários (2)

  • Lana Silva

    Ameiiii *-* muito lindo. Ahhhhhh James foi demais com elas *----------------*ameiii flrbeijooos 

    2012-07-23
  • Lily Proongs

    qqqqqqqq lindooo

    2012-04-29
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