Montando guarda (ESSA TEM SPOI

Montando guarda (ESSA TEM SPOI



Godric’s Hollow era um povoado pequeno,onde todo mundo se conhecia,do tipo que os vizinhos ofereciam tortas para uns aos outros.Felizes.
No entanto Harry sabia que os momentos de seus pais ali foram felizes mas nunca conseguia tirar da cabeça o fato que que ali havia sido o final deles,e o começo de Harry.
Ele estava andando e podia sentir a cabeça dos vizinhos curiosos se voltando para ele.Mas,evitando chorar,ele sentia a mão reconfortante do amigo Rony em seu braço,guiando-o,como se hesitasse que ele caísse no caminho.
Hermione andava atrás,olhando com desprezo os vizinhos,a varinha em punho.Não sabia como Harry iria reagir quando visse...
Mas lá estava ela.A casa.Quase toda destruída,mas ainda de pé.Parecia a casa dos gritos.E tudo ali lembrava morte.Frio.Luz verde.Gritos.
A noite chegava e só deu tempo deles se instalarem ali.O interior não tinha nada de valioso,afinal,os vândalos haviam levado tudo.A poeira cobria metade dos retratos nas paredes,e com um assomo de dor,Harry o viu.
O berço,destruído.Só tinham restado tábuas.O berço onde Harry Potter tinha estado um dia.Talvez ele não aguentasse...
Mas não podia chorar.Não,choraria depois,quando estivesse encontrando a última Horcruxe e iria matar Voldemort,se vingar,e tudo ali só servia para reforçar suas intenções.
--Você já vai?Perguntou Ron.
--Vou.Respondeu Harry,vestindo a capa.
--ótimo.Quer que eu e a Mione...
--Não será necessário.Desculpe,mas preciso que fiquem aqui.Provavelmente Voldemort já sabe que eu estou aqui e preciso que fiquem de guarda,atentos.Se os comensais atacarem,lutem e lembre-se,me dêem um aviso.
Harry apontou para a fênix,que voava pela casa.Depois da lamentável morte de Dumbledore,a ave parecia disposta a ajudar Harry em tudo.
--Avisaremos Harry,vamos fazer tudo para dar a impressão de que você não saiu.
--Cuidem-se.
--Você também.
Então Harry desaparatou,deixando Ron e Hermione a sós.Eles nunca tinham ficado sozinhos depois do lamentável casamento de Fleur e Gui,em que Hermione tinha presenciado um caloroso beijo de Ron em uma prima de Fleur.Ela nunca mais foi a mesma.
Não sabia porque.Aliás,não sabia porque Ron era tão insensível quanto a ela.Ele sabia,devia estar mais que obvio,que ela gostava dele.E no entanto,estava indiferente a isso.
--Então...montar guarda não é?Disse Rony,com um sorriso.Hermione o fitou,com desprezo.
--Sim.Acho que ele vai demorar.A varinha de Griffindor vai ser realmente difícil de encontrar.
--Também acho.
--Poderemos alternar os períodos de sono.
--Está bem.Você deve estar cansada,a luta com Belatriz te deixou exausta.
--Não foi nada.Mas eu realmente preciso descansar.Vou dormir por pouco tempo,prometo.
Hermione se virou,exausta.O ferimento abaixo da barriga doía muito e Belatriz quase lhe arrancara o útero.
“Mas pelo menos eu acabei com aquela vadia!”
Pensou Hermione satisfeita,se jogando na cama dos pais de Harry,que aliás era apenas um colchão imundo e esburacado.
--Boa noite.Sussurrou ela ao vento.
Rolou na cama mas não conseguiu dormir,apenas cochilou.Quando enfim decidiu que não aguentaria mais,se levantou,precipitando-se até a sala,cambaleando de dor na barriga, até onde Ron montava guarda.
--O que foi?Perguntou ele quando ela desceu as escadas,a julgar pela expressão de espanto ele pensara que eram comensais da morte vindo atrás deles.
--N-Nada...Balbuciou Hermione,suando frio.
--Você está sangrando...O que foi Mione!!!
Ele se levantou de um salto e a amparou antes que ela caísse no chão.Hermione se apoiou nos braços dele,sentindo o delicioso aroma que emanava do pescoço de Ron.
--O que houve aqui...deixe-me ver!!Ralhou ele,obrigando-a a sentar na cadeira,levantando sua blusa já encharcada de sangue.
--água...Murmurou ela.
--Aguamenti.
Hermione bebeu com satisfação o jato de água que saía da varinha de Rony,ele estava tão curvado sobre ela que em outra ocasião ela teria corado até a raiz dos cabelos.Mas agora só pensava na dor que sentia...era quase como Ter um filho,embora ela nem soubesse como era Ter um e ficou se perguntando se teria algum dia com o corte profundo na barriga.
--Acho que posso fechar isso aqui...Sim,acho mesmo.
--Ron você não vai...não Ron é melhor...
--Você não confia em mim?
Hermione não soube o que responder,claro,confiava muito nele antes,mas agora...depois de ver com seus próprios olhos o que ele era capaz de fazer para magoá-la,ela decidiu que não.Não confiava nele,mas mesmo assim deixou que ele a ajudasse.O momento pedia urgência.
--Fique parada.Pediu ele,como se fosse necessário,ela já tinha congelado simplesmente ao toque dele em seu ventre—Cicatrilate!!
Imediatamente o corte abdominal começou a fechar,e ela respirou com força,aliviada.
--Obrigada.Agradeceu,pálida.
--De nada.
--Onde aprendeu a fazer isso?
--Foi naquela ocasião em que fiquei envenenado na enfermaria,eu vi Madame Promfey fechando o corte do Colin.
--Ah...aquele dia...eu fiquei realmente em pânico quando soube...
Então Hermione estacou.Tinha acabado de confessar o pânico que sentira ao saber que Ron tinha sido envenenado,isto mostrava o quanto ela gostava dele...
--Você ficou em pânico?Perguntou ele,surpreso.
--A Lilá deve ter ficado mais.Respondeu Hermione ríspida.
--Não.Aliás,acho que não foi ela que me incentivou a reagir.
--Como assim?
--Como assim?Como assim que a primeira coisa que eu realmente ouvi naquele dia foi sua voz.Foi como se tivesse dito: “Acorda Rony” na minha consciencia.Sério,eu reagi por sua causa.
Hermione riu.Ela estava radiante...a voz dela havia o despertado?O que isso significaria?
“Significaria que mesmo assim ele beijou a prima da Fleur no casamento”Disse a vozinha.Hermione fechou a cara.
--Você é um bocado mentiroso Ron.Disse ela,tristemente.
--Não sou não.
--É sim.E acha que o universo gira ao seu redor.Lilá não foi suficiente boa para você?Ou será que a prima da Fleur também foi só um aperetivo?
Hermione ficou realmente agressiva,gesticulando os braços sem necessidade,balbuciando sem parar que ele era um idiota insensível.Quando percebeu,estava chorando,e isso era o que ela mais evitava fazer na frente dele.E estava fazendo.
--Sabe que eu odeio ver mulher chorando Mione,e ainda mais ver você chorando por uma coisa que eu fiz.Sussurrou ele,enxugando as lágrimas dela.
Então Hermione se viu enlaçada em um abraço apertado,enquanto soluçava no peitoral de Ron,e ele a ninava como se ela fosse uma criança com medo do escuro.
--Eu fui um idiota Mione.Fiquei com Lilá para te fazer ciúmes.E estava raivoso porque a Gina me disse que você tinha dado uns amasso no Krum.Me fez lembrar de coisas horríveis,agi no impulso.Te machuquei e até hoje não me perdoo por isso.
--Mas você beijou a prima da Fleur!!!Berrou Hermione,histérica,aos prantos.
--Ela era uma veela.Maldita seja.E não beijou só a mim.Se você não tivesse saido correndo da festa,veria que havia uma fila indiana atrás de mim,e que ela ainda beijou o Fred,o Jorge,e até o Harry,antes que papai percebesse e a expulsasse da festa.A Gina entendeu...mas porque você não entendeu?
--Como assim a Gina entendeu?Quer dizer que...
--É verdade Mione.Não existe ninguém no mundo além de você pra mim.Lamento se fui fraco e não resisti ao feitiço das veela...
Hermione sentiu vontade de gritar.Só não o fez porque ela ainda estava muito fraca por causa do sangue que havia perdido.Então ela tinha sido uma idiota...e todo esse tempo...
--Ron você...
Mas então decidiu que não ia ficar se preocupando com palavras,simplesmente o puxou para si,beijando-o com ternura e todo amor do mundo.
--E sabe porque sua voz me fez reagir quando eu estava na enfermaria?Acrescentou Ron,mordiscando com carinho a ponta da orelha dela.
--Porque?
--Porque era a única que importava ouvir para mim.Era a única que me diria que eu estava vivo, e que teria um bom motivo para viver.Esse motivo era você.

N\A:Me expandi um pouco nessa...
Bom,eu vou atualizar sempre que der inspiração,o sexto livro me deu idéias absurdas,o problema é que eu só tenho tempo de escrever de madrugada...então eu fico caindo de sono,mas ligada.Agradeço aos comentários.Bjos.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (3)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.