Oitavo aniversário



 Vitória era tão intima da natureza que quando ela mergulhava no mar da praia em frente à casa o mar parecia responder a ela. As ondas dançavam ao seu redor enquanto ela gargalhava de felicidade. O que para uma criança de sete anos devia ser perigoso para ela era simplesmente uma aventura infantil. Amanhã ela completaria oito anos algumas de suas curiosidades finalmente seriam esclarecidas.


   O elfo Milus obedeceu às ordens de seu patrão e chamou a bruxa que seria a tutora de Vitória. Morgan Green era uma bruxa de meia idade magra de estatura mediana som os cabelos lisos negros como seus olhos, não era uma bruxa das trevas. Ela teria sido contratada por uma mulher que afirmara ser sua prima e que havia sido morta por comensais da morte e que dera a ela a missão de apresentar o mundo da magia a sua filha. Voldemort não queria que Vitória soubesse os planos que guardara para seu futuro, e deixara claro na carta para Morgan que não lhe dissesse nada sobre o lorde das trevas ou algo parecido.


   Milus andara a manhã toda preparando comida para a chegada da tutora, e também por ser aniversário de Vitória, o elfo não admitia, mas no fundo adorava-a. Chegada a hora do almoço a menina voltou para casa com a roupa molhada.


 


--Por Merlin criança! Vá já tomar um banho e colocar roupas limpas para almoçar.—Ele suspirou – Teremos visita para o almoço. – Ao ver os olhinhos de Vitória brilharem ele logo acabou com suas esperanças.—Não é o seu pai, mas tenho certeza de que você vai gostar da visita.


 


   Vitória sempre sonhara com o momento em que seu pai a visitaria, mas Milus já havia explicado que ele era um homem muito ocupado e que ele a amava e cuidava para que ela tivesse tudo do melhor. Enquanto vestia seu vestido uma coruja negra pousou na janela de seu quarto.


 


-- Ônix! – Vitória adorava corujas, mas essa era especial, seu pai lhe dera de presente no ano passado, e ela se tornara sua melhor amiga. A coruja chegou mais perto da menina receber um afago. – Você demorou muito para voltar, pensei que não viesse para o meu aniversário. – A coruja ficou olhando intensamente para Vitória. – tudo bem, não tem problema, vamos descer quero comer doces!


 


   Ao entrar na cozinha vitória encontrou Milus tirando biscoitos do forno e colocando na mesa, que estava cheia de coisas gostosas como sapos de chocolate, tortinha de abóbora, bolo biscoitos em formas de bruxinha que ao serem colocados na mesa começaram a voar pela cozinha. Mas tinha uma coisa diferente também, um pacote pequeno azul , minha cor preferida por que lembrava o mar, me aproximei para olhar mais de perto.


 


--É um presente de seu pai, Ônix trouxe agora pouco, por isso ela demorou tanto para voltar dessa vez ela foi procurar seu pai. – Ao lado do embrulho tinha um cartão, e sem pensar duas vezes, Vitória pegou o cartão preto preso com uma fitinha azul e abriu. Haviam poucas palavras ,mas representavam muita coisa para ela.


 


Feliz Aniversário Princesa,


 Agora você conhecerá um mundo mágico, muito além do que você imagina.


 Seu pai.


  Milus ficou analisando sua cara que olhava fixamente para o papel, até que em alguns minutos ela o dobrou novamente e colocou-o na mesa.


 


-- Ele me chamou de princesa, ele nunca me chamou assim.—ela falava com cara de curiosa. – Por que ele me chamou de princesa?—Milus olhou para ela e indicou com a cabeça que ela se sentasse.


 


-- Seu pai te chamou assim por que você é uma princesa, mas você era muito nova para entender algumas coisas. – Ele escolhia cada palavra pronunciada cuidadosamente.—Mas ninguém sabe, e deve continuar assim, é para o seu próprio bem. Ninguém deve saber a verdade, seu pai é um homem muito poderoso e tenta te proteger sempre, mas você tem que prometer que nunca vai falar nada sobre qualquer assunto que envolva seu pai ou a sua vida.


 


-- Papai corre perigo por minha culpa? – Ela perguntou chorosa.


 


-- Não, não é sua culpa, mas vocês dois correm perigo, você ainda mais. É por isso que você deve prometer, já é crescida, Vamos prometa princesa.


 


-- Eu prometo, -- Ela fez uma cara séria – eu nunca vou contar nada para ninguém.

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