O segredo



  A viagem até a casa de Lúcio Malfoy, onde o comensal da morte oferecera hospedagem de muito bom agrado.Porém a passagem dele seria rápida, já que Voldemort não achava prudente ninguém ficar sabendo do que acontecera na noite em que os Potter ganharam apenas um herdeiro.Os Malfoy também acabaram de ter o bebê, e essa seria a desculpa que Voldemort usaria para sair da casa de seus fieis aliados.


 —Milorde eu insisto que não há problemas para mim ou Narcisa. —Lúcio tentava sem sucesso algum convencer Voldemort a ficar em sua casa mesmo que sua mulher acabasse de dar a luz ao seu filho Draco. —Draco já tem três meses de vida, não vai consumir tanto nosso tempo.


 —Não suporto choro de criança, —Ele riu para si mesmo lembrando-se de que acabara de roubar uma. —E não suportaria ficar. —Então ele se virou para Lúcio, e, mas como pura educação do que qualquer outra coisa ele lhe deu os cumprimentos pelo filho. —Parabéns, pela criança.


 —Muito obrigada Milorde, Poe ter certeza de que em breve meu Draco estará junto a nós em busca de livrar o nosso mudo dos nascidos trouxas. —Voldemort nada falou, apenas assentiu com a cabeça em resposta.


   Voldemort saiu da mansão dos Malfoy com pressa, mas antes perguntou se eles conheciam algum lugar onde ele poderia ficar.Lúcio ofereceu uma casa perto de uma praia que ele usava para passar as férias com a família.


  A casa não era nem de longe simples.Um casarão que era para pura ostentação da família Malfoy, imaginou Voldemort.Para a proteção de seus interesses ele lançou muitos feitiços de proteção na casa e fechou as passagens que lá existiam, incluindo a rede de flúor.O único que o acompanhara nessa sua “viagem” foi seu elfo doméstico, que serviria para cuidar da criança para ele, que não tinha a mínima vocação para “instrutor”, era essa a palavra que ele preferia pronunciar no lugar da de “pai”, a qual segundo ele não fazia jus a suas verdadeiras intenções.


 —Não deixe a criança chorar Milus, sabe como odeio choro de criança.


 —Fique tranqüilo quanto a isso meu senhor, por mais nova que a criança seja ela não chora por nada. —Voldemort nem ao menos olhou a cara do elfo após essa declaração.


 —Melhor assim.


   A noite caíra finalmente e o elfo doméstico fora dormir na cozinha da casa.Voldemort não dormia fazia dias, e isso acabou se tornando costume.Sem o menor sinal de sono a curiosidade tomou conta dele.


  No fim do corredor do terceiro andar, num quarto recém limpo e bem iluminado estava dormindo o bebê mestiço, não se podia negar, era um belo bebê.O lorde das trevas se aproximou do berço onde dormia a criança.


 — “durma criança” —Ele pronunciou em língua de cobra, e ao mesmo tempo em que ele falou, o bebê abriu os olhos cor de esmeralda para ele, com curiosidade.Sem resistir o bebê estendeu uma de suas mãozinhas tentando alcançar o rosto do bruxo, e sem resistir aos encantos do bebê ele levou o seu dedo indicador até encostar-se à pele incrivelmente branca e macia do recém-nascido, que fechou seus dedinhos envolta do magro dedo que já apontara a varinha no rosto de tantas pessoas amaldiçoando-as a morte.


 —Como pode não ter medo de um bruxo tão poderoso e sem piedade com eu? —Ele franzia a testa com a pergunta para o bebê que o olhava intensamente, como se pudesse entender suas palavras complicadas. —Criança tola, se eu quiser posso te matar sem esforço algum. —Ele se aproximou um pouco mais do berço para contemplar os olhos tão expressivos do bebê.Ao fazer isso ele foi jogado para trás bruscamente por uma luz vermelha.


  Ao se levantar foi novamente até o berço:


 —Como você fez isso? —Ele se perguntou ao mesmo tempo em que perguntava ao bebê. —Você não poderia ser capaz de demonstrar aptidão mágica antes dos onze anos! —Ele controlou o tom de voz. —Você é estranha criança, mas pelo que eu vejo pode ser muito mais perigosa do que eu suspeitaria em um dos meus maiores devaneios. —Ele ficou em silêncio por alguns segundos e depois e sorriu com ar sarcástico. —Ou muito mais proveitosa.


   O dia amanheceu, Voldemort dormira no quarto do bebê deitado no enorme divã de frente para o berço.Ao despertar de seu sono repentino ele ficou feliz em ver que o elfo ainda não subira no quarto para alimentar a criança.Então ele desceu as escadas para acordar o elfo.


 —Ande Milus! — Ele bateu na porta do armário que ficava sob a bancada da pia. —Acriança deve ser alimentada, ela logo irá acordar, e eu também preciso me alimentar.


 —Como o senhor desejar, Milorde. —O elfo fez-lhe uma reverencia e preparou as duas refeições. —Vou subir para alimentar o bebê e depois vou com a permissão de meu senhor procurar mantimentos para sua estadia nessa casa.


 —Tem minha permissão, é claro que você deverá ter extremo cuidado para não ser visto por ninguém, nem ao menos pelos trouxas, fui claro?


 —Absolutamente, meu senhor. —E com uma ultima reverencia o elfo foi executar suas tarefas.


   Ao terminar de alimentar o bebê, como foi dito, o elfo desapartou da casa para os fins que já tinham sido definidos.Voldemort foi novamente até o quarto do bebê.A criança já acordara, estava deitada com o olhar fixo no móbile enfeitiçado pelo elfo.


 —Já acordada tão cedo criança? —Ele levou seu Dedo novamente ao encontro da mão delicada. —Bom, não posso mais lhe chamar de criança ou bebê. —Ele olhou nos olhos esmeralda, era incrível o poder de persuasão que eles tinham. —Então vou chamar-te de Vitória.Esse nome cairá perfeitamente não acha? —O bebê deu um leve “sorriso”. —Minha Vitória.


 


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bjss.

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