Maldita Visita a Grifinória

Maldita Visita a Grifinória



Capítulo XII


 


Maldita Visita à Grifinória


 


Os dias passam devagar quando seu único caminho é dormitório-aula, aula-dormitório. Mas eu preferia ficar isolada a me esbarrar com Sirius por aí. Já fazia duas semanas desde o passeio a Hogsmead, e meu PDS estava constantemente vermelho, graças a minha recusa em responder.


O maior problema, além da saudade imensa, óbvio, era não ver Lilly. Decidimos então que eu seria contrabandeada para dentro da Sala Comunal da Grifinória, de onde subi para seu dormitório. Foi uma noite agradável, alternando os assuntos entre futilidades e seu relacionamento com James.


Porém, quando desci as escadas para ir para a Torre da Corvinal, qual foi minha surpresa ao encontrar ninguém menos que Sirius Black sozinho naquele espaçoso salão.


- O que você faz aqui? – perguntou ele.


- Vim ver Lilly. – respondi fria.


- Bom, vocês podem se ver durante o dia. Essa sua escapada parece mais algo proibido... encontrar um rapaz, talvez... Malfoy não ficaria satisfeito.


- Ele não tem nada com a minha vida. – inconscientemente elevei a voz.


- Shh, tudo bem, também não gosto da idéia de você com aquele imbecil. – ele dizia enquanto se levantava do sofá e virava-se para mim.


- Ah, é mesmo? E desde quando você se importa?


- Quer mesmo falar disso? Acho que não é uma boa idéia...


- Não! É uma ótima idéia. Depois de tudo que você ouviu eu dizer no trem achei que se afastaria, ainda mais, se é que é possível; ou faria da minha vida um inferno, seria seu alvo de implicância, mas não...


- Como você pôde pensar isso? Eu não faria isso e...


- Você não faria, Sirius, você FAZ! Você só sabe me dizer como eu sou mimada, estúpida e egoísta. Adora me provocar. Você é a pessoas mais insuportavelmente metida que eu conheço! Sempre cheio de si, achando que eu morro de amores por você.. Qual o seu problema? O que eu ia querer com alguém que me abandonou desde os 10 anos de idade?


Ele ficou em silêncio por um bom tempo, e eu respirava pesado, por parte de alívio, por parte para segurar as lágrimas que teimavam em descer pelo meu rosto. Já não bastava ele ter me decepcionado uma vez, ele queria estragar tudo de novo. E dessa vez havia o agravante que eu estava completamente apaixonada por ele.


- Cissy, eu... Não sei o que dizer... Você mudou, e eu não percebi isso. Sabe, parecia que eu ainda te via como a garotinha de 10 anos que eu deixei chorando no jardim quando vim pra Hogwarts. Aquela que ficava no colinho da mamãe e só pensava na Sonserina...


- Até você pensava na Sonserina!


- Eu sei, mas quando eu mudei, não via essa mudança em você, e eu tinha raiva de você por ser igual eles, eu te queria do meu jeito... E ainda quero.


Meus olhos se arregalaram quando ouvi a última frase que, mesmo sendo um sussurro fraco, entendi muito bem. Mas eu não podia me deixar enganar. Aquele era Sirius Black, o maior conquistador de Hogwarts, o mesmo arrogante de sempre, apenas com um método de sedução novo e, quase, infalível.


- Fico feliz que você tenha notado que eu não sou uma perfeita Black, que não dou a mínima para sangue puro e outros tabus mesquinhos da nossa família. Mas isso não faz com que você deixe de ser o babaca que me magoou há seis anos.


- Cissy, eu já te expliquei...


- Não tem explicação! Será que agora dá pra gente encerrar esse assunto?


- Como quiser, baby. – sorriu. Hunf, já voltou ao normal. – Vamos passar então para outro assunto...


- Você ainda não entendeu que não quero mais falar com você agora?


- Entendi, querida, afinal, duas semanas sem responder o PDS é uma maneira bem sutil de me despachar.


- O quê? Do quê está falando? – disfarcei, me dirigindo a saída, quando sua mão envolveu meu pulso, firmemente, e me impediu de continuar.


- Você sabe muito bem, sim. Você pode ser um boa atriz, enganado sua mãe e meus pais, mas nessa nossa relação, você não soube mentir.


- Que relação, Sirius? Eu estava me divertindo! Não tenho compromisso nenhum com você.


- Bom saber, porque estou mesmo pensando em convidar Emmeline para Hogsmead da próxima vez.. – provocou ele.


- Faça o que quiser.


- Ah, é mesmo? Quer dizer que você não sentiu um ódio mortal quando ela sorriu pra mim no Três Vassouras? Estava em seus olhos, Cissy.


- Eu já disse que não dou a mínima importância em saber com que você vai sair. Não sei o que houve entre a gente, mas com certeza só funcionou enquanto eu não sabia que era você. Está acabado. Agora, se você me soltar, ficarei feliz em ir embora.


- Mas eu quero você aqui, priminha.


Eu não tive tempo de responder antes que suas mãos estivessem em minha cintura, puxando-me ao encontro de seu corpo forte. Sua boca abafou meus protestos, e minha força não era de modo algum comparável a dele.


Depois de algum tempo eu simplesmente desisti de resistir. Ele notou e me encaminhou até o sofá, onde deitamos, ainda agarrados, enquanto ele tirava meu casaco.



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não pensem besteira, não rola nada demais nesse sofá, heauiehiaheuai.


séculos que eu não posto, eu seei, mas esse ano realmente foi tenso.


um feliz 2011 a todos, e vem mais história por aí (:


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