"Draco Dormiens Nunquan Tittil

"Draco Dormiens Nunquan Tittil




    Kyo correu os olhos pelo local. Estava deserto. Pegou seu malão que estava caído ao seu lado e se dirigiu a entrada do trem. Cruzou o portal e adentrou um corredor. Era cheio de pequenas cabines com portas de vidro e bancos fofos. Ele andou até a última cabine e abriu a porta. Estava vazia como todo o resto do trem. Ele abriu a porta e colocou o malão no bagageiro. Se deitou no banco, vestiu as vestes e esperou. Enquanto o tempo passava, o trem se enchia de adolescentes e crianças de vestes. Ele olhou pela janela e viu mães e pais se despedindo de seus filhos. Ele olhou o relógio. Eram dez e cinqüenta e nove. Um apito soou e todos entraram dentro do trem. As onze horas chegaram, junto ao movimento do trem. Uma sensação de bem estar ultrapassou Kyo, o fazendo esquecer de tudo de errado: seus pais, perder sua casa, um maníaco estava o perseguindo... Nada importava... A porta de vidro se abriu com um pequeno estampido. Kyo olhou. Uma garota de cabelos crespos e ruivos junto a um garotinho miúdo de cabelos negros e rebeldes, usando óculos estavam parados á porta aberta, ambos já de vestes negras.
    - Podemos nos sentar aqui? O resto do trem está cheio... - disse a garota.
    - Sem problema... - murmurou Kyo. A garota e o garoto entraram e se sentaram no banco oposto de Kyo. Quando o garoto se sentou, seus óculos caíram se partiram. O garoto pegou os pedaços e retirou a varinha do bolso das vestes negras. Ele murmurou Reparo!, e seus óculos se juntaram novamente.
    - Francamente Al, segure direito esses seus óculos! - bradou a garota. - Bem, - começou ela novamente se dirigindo a Kyo. - como você se chama? Eu sou Rosa Weasley...
    - Alvo Potter... - murmurou o garotinho que ajustava os óculos no rosto.
    - Kyo Souchiro... - resmungou Kyo.
    - De que ano você é? - perguntou Alvo.
    - Vou começar a escola agora... E vocês? - disse Kyo evitando olhar para os dois e continuar a olhar os campos abertos que o Expresso de Hogwarts passava.
    - Vamos começar também... Meu primo Tiago, o irmão de Alvo está no segundo ano, meu irmão Hugo virá para Hogwarts no ano que vem... Qual casa você quer ir? - disse Rosa. Kyo não entendeu. O que diabos eram “casas”? Não sabia.
    - Como assim? - perguntou Kyo, agora olhando para Rosa intrigado.
    - Hogwarts não é apenas separada em anos... Também dividida por casas, que são como suas famílias. Para cada nota boa, ou resposta certa oralmente em aulas ou até vencer jogos de Quadribol rende pontos para a casa. No fim do ano, a casa com mais pontos ganha a Taça das Casas... São quatro casa, cada uma leva o nome de cada um dos fundadores de Hogwarts, Salazar Slythrin, Helga Hufflepuff, Howena Ravenclaw e Grodic Griffyndor... - explicou Rosa. Kyo subitamente se assustou.
    - Godric Gryffindor era um bruxo?! - exclamou Kyo.
    - Mas é claro, Gryffindor foi um grande e famoso bruxo! Minha família toda foi para a Grifinória, a casa que Gryffindor fundou... As casas são Grifinória, onde vão os corajosos, Corvinal, para onde vão os inteligentes, Lufa-Lufa, onde vão os leais, e Sonserina, onde vão os puro-sangue... Mas... Como você conhece Gryffindor se não sabia que ele era um bruxo? - disse Rosa.
    - Eu morava num lugar chamado Grodric's Hollow, onde tinha uma estátua desse cara... - explicou Kyo. Potter, pensou, já ouvi esse nome em algum lugar..., mas nada veio a sua mente, até que se lembrou das menções a Potter: o Sr. Deitron, ou Prof. Dumbledore, que seja, conhecia um tal de Harry Potter... Aquela casa no Largo Grimmald pertencia a esse Harry Potter... Gui conhecia Harry Potter...
    - Você é filho de Harry Potter? - perguntou Kyo subitamente a Alvo. O garoto hesitou.
    - É, sou... Todo mundo me enche porque sou filho do Menino-que-sobreviveu....
    - De quem? - perguntou Kyo intrigado. Que diabos era “O Menino-que-sobreviveu”?
    - Você não conhece a história? Meu pai foi o único que sobreviveu a maldição da morte, a Avada Kedavra... Venceu o maior bruxo das trevas, mas isso já faz quase vinte anos...
    - Nossa... Seu pai deve ser um bruxo muito bom não?
    - É... Ele é... Muitos acham ele um homem frio, mas meu pai é um grande homem... Sempre me apoiou quando meu irmão me enchia o saco... - concluiu Alvo. Rosa observou Kyo por alguns momentos. Kyo reparou nela e girou a cabeça para encará-la, mas Rosa estava admirando seus pés, um pouco corada.
    - Então, podemos ser amigos se ficarmos na mesma casa? - perguntou Rosa ainda olhando o chão.
    - É, acho que não tem problema... Mas, o que ensinam em Hogwarts? - perguntou Kyo. Rosa e Alvo sorriram radiantes para Kyo.
    - Bem, Hogwarts tem várias matérias... Até o segundo ano teremos Feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas, Poções, Transfiguração, História da Magia, Astronomia e Herbologia. Quando entrarmos no terceiro ano temos de escolher mais duas matérias novas no mínimo, que são Runas Antigas, Estudo dos Trouxas, Trato das Criaturas Mágicas e Artimancia... Também temos Vôo com Madame Hooch no primeiro mês se aulas, ai depois podemos fazer testes para os times de Quadribol... Thiago é apanhador, mas Al é tão bom quanto ele... E você? Joga? - perguntou Rosa.
    - Bem, nem sei o que é Quadribol... Fui criado como um... Erm...
    - Trouxa – completou Rosa. - Bem, o Quadribol é o mais popular esporte bruxo, de cada time são sete jogadores... O campo é grande e amplo e tem três balizas de cada lado... Três dos jogadores são Artilheiros, eles tentam acertar a goles, uma bola laranja dentro dos aros... O goleiro defende os aros dos artilheiros do time adversário, cada gol vale dez pontos para o time. Dois jogadores são os Batedores que são equipados com bastões para acertarem os balaços, umas bolinhas pretas que gostam de machucar jogadores, em outros jogadores... O último jogador é o Apanhador... A missão dele é pegar o Pomo de Ouro, uma bolinha dourada muito rápida... Sem o apanhador capturar o pomo, o jogo não acaba... O time que capturar o pomo primeiro ganha cento e cinqüenta pontos de bônus no placar final... Entendeu? - terminou Rosa. Kyo fez que sim com a cabeça. Era tão simples para ele! Subir em uma vassoura e jogar! Mas, não tinha domínio para ser artilheiro e como tinha comprado uma vassoura, teria que tentar fazer o teste... Não tinha pontaria e força o bastante para ser batedor e sua visão não era das melhores, por isso seria um desastre como apanhador, então lhe restou...
    - Acho que vou ser goleiro... - murmurou Kyo. Para ele era tão simples! Imaginou estar voando no alto em cima de uma vassoura, guardando três altas balizas gigantes e um jogador montado em uma vassoura sem rosto vinha segurando uma bola laranja e a arremessando contra ele e os aros. Um barulho de alguma coisa caindo no chão o fez voltar a realidade. Os óculos de Alvo novamente se consertaram com um toque de varinha. A porta do compartimento de escancarou e um garoto idêntico a Alvo, mas seus cabelos mais rebeldes e desarrumados e um pouco mais alto ficou parado com um grupinho de garotos tão altos quanto ele.
    - É isso mesmo pessoal! O novo aluno da Sonserina está aqui! - debochou o garoto apontando para Alvo, que se encolheu e ficou olhando para o chão, corando.
    - Para com isso Tiago! - exclamou Rosa se levantando e sacando a varinha.
    - O que vai fazer Rosinha? Hermes vai ter que lhe dar uma detenção no primeiro dia? Acho que não... - debochou Tiago. Rosa abaixou a varinha e se virou para se sentar, quando Tiago sacou a dele e a apontou para Rosa.
    - Expelliarmus!
    O feitiço de Kyo desarmou Tiago bem em tempo.
    - Estupefaça! - bradou Kyo. O clarão vermelho trespassou o apertado compartimento e Tiago foi arremessado para fora do local. Seus amigos saíram correndo acudi-lo.
    - Tiago! - bradou um dos garotos. Era alto e loiro.
    - Hermes, é melhor acordar ele! - gritou assustado um garotinho ao garoto loiro.
    - Ok, Enervate! - murmurou Hermes tirando a varinha do bolso interno das vestes. Tiago se levantou cambaleante, extremamente pálido. Kyo lacrou a porta murmurando Colloportus!, e foi até Rosa que choramingava num canto.
    - Você está bem?- perguntou Kyo. Rosa se virou. Seu rosto estava inchado.
    - Tiago me acertou antes... - murmurou Rosa. Kyo apontou a varinha para ela.
    - Espikey! - exclamou. O inchaço do rosto de Rosa parecia que voltava para dentro do copo dela. Em alguns segundos, o rosto de Rosa estava sem nenhum inchaço. Kyo olhou para fora. Os garotos haviam saído com Tiago nos braços. Kyo deu uma pequena risada e se sentou novamente. Alvo olhava para os pés.
    - Não deveriam ter feito isso... Tiago vai te matar Kyo... - murmurou Alvo.
    - Eu não ligo, esse idiota do teu irmão não me mete medo... Fica se escondendo atrás de amigos grandes e fortões... Ele é da Sonserina? - perguntou Kyo.
    - Não... É da Grifinória e fica falando que eu vou pra Sonserina... Me irrita... Meu pai me disse hoje que eu posso escolher... Tenho o nome de dois diretores de Hogwarts... Alvo e Severo... Alvo em homenagem a Alvo Dumbledore e Severo a Severo Snape...
    - Quando você diz Dumbledore, se refere ao irmão do tal Aberforth? - perguntou Kyo.
    - É, Aberfoth é o professor de Transfiguração em Hogwarts... É meio caduco, e um velho charlatão... Eu não gosto muito dele, eu quero é ter aulas com meu pai... - disse Alvo sonhador.
    - O que seu pai ensina? - perguntou Kyo interessado.
    - Defesa Contra as Artes das Trevas... - disse Alvo. A porta da cabine se abriu levemente. Uma senhora de idade com um carrinho cheio de doces estava parada no corredor.
    - Querem alguma coisa do carinho de doces queridos? - disse a senhora com uma carinhosa voz. Alvo e Rosa compraram alguns doces, o mesmo fez Kyo.
    - Como é Hogwarts? - perguntou Kyo comendo uma varinha de alcaçuz.
    - Um grande castelo medieval! Enorme, tem um lago e uma grande floresta na propriedade! Hogwarts era a casa do meu tio, ele sempre dizia que lá era sua real casa... - respondeu Rosa.
    - Um castelo é? - murmurou Kyo. Ele imaginava Hogwarts como um internato horrível e caindo aos pedaços, mas essa imagem se transformou em um enorme castelo medieval com várias torres e pequenas torres espalhadas pelo castelo. Uma escadaria de mármore dava acesso ao saguão de entrada do castelo, mas o resto estava escuro.
    - Demoramos pra chegar? - perguntou Kyo.
    - Um pouco, mas já devemos estar quase chegando, pois acho que já cruzamos a fronteira... - respondeu Rosa. Kyo olhou pela janela. Já escurecera. Não conseguia ver nada além de escuridão, quando uma pequena vila começou a aparecer diante de seus olhos.
    - Parece que chegamos! - disse Rosa animada. O trem foi diminuindo a velocidade aos poucos. Foi parando cada vez mais até parar completamente e o apito do trem soar por todo o Expresso de Hogwarts. Rosa e Alvo se levantaram, seguidos por Kyo. Rosa abriu a porta e os três entraram no corredor cheio de alunos. Ao longe, Kyo viu Tiago muito pálido saindo do trem. Ao se espremer pela porta junto a Alvo e Rosa, uma voz rasgante invadiu a pequena estação.
    - ALUNOS NOVOS VENHAM AQUI!
    Rosa puxou Kyo pelo braço e o conduziu até uma coisa muito grande que segurava um lampião.
    - Oi Hagrid! - gritou Rosa. A coisa se virou a luz revelou o rosto barbudo e grisalho com dois olhinhos negros, parecendo dois besouros, do gigante Rúbeo Hagrid.
    - Ah! Olá Rosa! Alvo? Que bom ver vocês! E... Quem é esse? – perguntou o gigante.
    - Kyo Souchiro... - respondeu Kyo impressionado. Nunca vira uma pessoa tão grande.
    - EI TIAGO! SOLTEM ELE! - berrou o gigante saindo na direção oposta e desaparecendo na escuridão.
    - Quem é esse? - perguntou Kyo.
    - É o Hagrid, é professor de Trato das Criaturas Mágicas! - berrou Rosa, pois o barulho era insuportável.
    - PRIMEIRO ANO! VENHAM AQUI! SIGAM A LUZ DO LAMPIÃO! - berrou a voz de Hagrid.
    - Vamos! - chamou Alvo. Os três se dirigiram até a luz da lanterna gigante de Hagrid e então se viram no meio de um grande número de crianças de vestes negras.
    - SILÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊNCIO! - berrou Hagrid com todo o fôlego que conseguiu juntar. O vulto enorme mexeu nos bolsos do casaco de couro e então alguns lampiões se acenderam, dando mais visibilidade a cena. Quando as luzes se acenderam, Hagrid estava segurando um isqueiro de prata.
    - Certo, venham comigo! - bradou o professor fazendo sinal com sua mão enorme para o seguirem. Os amutuados novos alunos seguiam Hagrid. Uma ou duas vezes, Kyo achou ter visto algumas pessoas que vira no Beco Diagonal. Depois de caminhar por cinco minutos, Hagrid parou. Os alunos fizeram o mesmo. Kyo espichou o pescoço. Viu que estavam em um pequeno caís, onde dava caminho á uma grande lago negro. Ali também havia uma frota de pequenos barcos.
    - Iremos chegar em Hogwarts através desses barquinhos. Ao chegarem, serão selecionados para suas casas, Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina... - disse Hagrid mostrando os barquinhos aos alunos. - Cada barquinho cabe três alunos. No meu irei eu e você Sr. Finnigan... - terminou Hagrid apontando para um garoto ruivo e um pouco baixo. O garoto gemeu.
    - Certo, entrem nos barquinhos, eles os levarão para uma caverna! Me esperem lá! Não coloquem qualquer parte do corpo para fora se não quiserem que seu braço seja amputado pela lula gigante! AGORA VÃO! - gritou Hagrid. Uma bagunça enorme começou. Alunos chutavam uns aos outros, empurrões, socos e até cabeçadas. Quando todos já estavam confortáveis em seus barquinhos, com exceção de Ralph Finnigan, Kyo, Alvo e Rosa embarcaram em um deles. Os barquinhos começaram a se mover sozinhos pelo estranho lago. A escuridão era muito grande, mas os murmúrios dos alunos nos outros barcos eram muito altos. Durante um tempo, tudo ficou calmo, quando um grito cortou a noite.
    - O que diabos...? - murmurou Alvo. Não se conseguia ver nada ali, apenas um vulto enorme.
    - Lumus! - murmurou Kyo, mas a luz de sua varinha era muito fraca.
    - Ai, saia da frente! Lumus Solem! - bradou Rosa. Uma luz enorme de sol invadiu uma pequena parte ao redor do barquinho de Kyo, Alvo e Rosa.
    - Nox... - murmurou Kyo, apagando a luz de sua varinha. A cena pouco iluminada era estranha. Tinha um barquinho virado de cabeça para baixo, alguns vultos nadando pela água e gritando, um enorme vulto, que seria Hagrid, um barquinho apertado em que o vulto se sentava e uma pequenina massa gemendo. Também havia uma coisa que não conseguia destingir. Rosa aproximou mais a varinha, revelando um enorme tentáculo púrpura.
    - É a Lula-Gigante! - bradou Rosa. O barquinho de Kyo, Alvo e Rosa continuou navegando, fazendo com que a cena ficasse para tras. O barulho de conversa aumentava cada vez mais, quando o barquinho bateu em uma rocha. Kyo olhou para a frente. Estavam parados em frente a uma caverna cheia de estalagmites. Os três desembarcaram. Haviam ali alguns alunos que já haviam chegado.
    - ...é, é, o Malfoy...
    - ...a lula pegou ele de jeito...
    - ...virou! - esses pedaços de conversa eram facilmente ouvidos por todos ali, quando um novo barquinho bateu na margem e os três alunos extremamente molhados desembarcaram.
    - Uma... Lástima! - bradou um garoto rechonchudo e loiro se aproximando de Kyo, Rosa e Alvo.
    - Se molhou muito Harry? - perguntou Rosa ao garoto.
    - Uma droga! Aquele maldito Escórpio Malfoy acabou virando o barco e a Lula-Gigante pegou ele! MAS ME MOLHOU TODO! - explodiu Harry.
    - Você é parente da Sra. Longbottom? - perguntou Kyo.
    - Sou... Você deve ser o Kyo num é? - perguntou e afirmou Harry.
    - Sou sim... - afirmou Kyo.
    - Uma pena seus pais... Sempre gostei deles... - disse Harry deprimido e olhando para o chão. - Bem, tenho que ir com os meus amigos!
    - Quem é Escórpio? - perguntou Kyo depois que Harry se distanciou.
    - Filho de Draco Malfoy... Meu pai diz que Malfoy é um mal carater na escola, chegou até ser um Comensal da Morte, um dos seguidores de Lord Voldemort... Ah! Pare de gemer Al! - acrecentou Rosa a Alvo que gemeu ao ouvir o nome.
    - O que tem demais em dizer o nome “Lord Voldemort”? - perguntou Kyo baixo para Rosa.
    - Voldemort foi um dos maiores bruxos das trevas que já existiu... Meu tio era o rival dele... Aos dezessete anos, meu tio o enfrentou pela última vez e... O matou... - disse Rosa olhando para o chão. O silêncio entre os três se prolongou por alguns minutos, que pareciam mais horas. O silêncio foi quebrado quando Hagrid apareceu segurando quatro alunos enxarcados. Hagrid estava extremamente molhado e depositou os garotos no chão da caverna.
    - Eu não sinto minhas pernas! - esperneou um garotinho loiro e pálido. - Me carrega professor!
    - O único que vou carregar aqui vai ser Ralph Finnigan, Malfoy! Ralph quase morreu para salvar você e seus amigos! Levante-se se não quiser que a Lula o farrege e o mate ai! - bradou Hagrid em tom de ameaça. Escórpio Malfoy imediatamente se levantou. Hagrid tomou a dianteira dos alunos. Fora o último a chegar na caverna.
    - Sigam-me... - rosnou. Rosa afastou Kyo um pouco dos outros e esperou todos estarem um pouco afastados.
    - Obrigado por me defender do Tiago... - murmurou Rosa olhando para o chão.
    - Não foi nada... Só tenho que perguntar uma coisa... Quem é Augurey e porque ele matou meus pais? - perguntou Kyo.
    - Sabia que tava demorando para você me perguntar isso. - debochou Rosa rindo um pouco. - Olha, o Augurey é... Bem... Augurey, vamos dizer assim... Ele é um bruxo das trevas muito mal, muito, muito mal...
    - Mais do que Voldemort? - perguntou Kyo.
    - Não... Isso é impossível... Bem dizem que é um bruxo das trevas antigo que se libertou de uma prisão, mas pode ser apenas um boato... Ele tem esse nome por causa que tem um Agoureiro como marca... O agoureiro é um animal terrivel, ao qual acreditavam que seu choro trazia a morte... - explicou Rosa.
    - Minha varinha... É feita de pena de agoureiro... Que conincidência estranha... - comentou Kyo tentando pensar.
    - É... Bem, dizem que Augurey é um homem muito bom em Tranfiguração Humana e por isso é chamado também de Farsante-
    - “The Pretender”... - murmurrou Kyo.
    - Como disse? - perguntou Rosa.
    - Essa coisa de Farsante, Mentiroso e etc me lembrou de uma música... - murmurou Kyo.
    - Nunca ouvi falar. Mas gosto d' As Esquisitonas, e você? - perguntou Rosa inocentemente.
    - Nunca ouvi falar... - riu Kyo. Rosa sorriu e os dois começaram a andar rápido. Quando alcançaram os outros, a caverna ia ficando cada vez menor e escura.
    - Mas... Esse Augurey, tinha alguma ligação com os meus pais? Ele teria algum motivo para matá-los e tentar me matar? - perguntou Kyo.
    - Você está... Calmo demais ao falar de seus pais... - comentou Rosa.
    - Não quero perder tempo choramingando como um bebê enquanto um assassino está solto querendo me matar... Vou abandonar a tristeza, pois a única coisa que quero agora é ver aquele desgraçado do Augurey queimando no inferno junto ao Voldemort... - respondeu Kyo sem se alterar.
    - Ah... Bem... Mas, não deixe a vingança subir a sua cabeça como aconteceu com meu tio-
    - Eu não sou como seu tio... - interrompeu Kyo. - Não se preocupe comigo, quero minha vingança, mas até lá tenho mais com o que me preocupar, mas o quero saber é um motivo ou ligação do Augurey com meus pais...
    - Bem... Augurey é um grande mistério para todos... Ninguém sabe sua aparência, sua voz, seu passado, sua origem, nada... Apenas seus seguidores sabem, mas apenas o nescessário... Meu tio prendeu cinco Comensais da Morte e eles não falaram nada sobre o Augurey, parece que ou são muito fiéis a ele ou são controlados como marionetes por ele... - concluiu Rosa. Agora, todos haviam parado de andar. Hagrid também havia parado.
    - Certo pessoal, atrás dessa porta, chegaremos aos terrenos do castelo ok? Fiquem perto de mim! - rosnou Hagrid. Hagrid abriu a porta de carvalho a sua frente e então todos se apertaram pelo portal. Estavam em um terreno muito grande e com grama muito verde. A noite estava linda, cheia de estrelas com uma grande lua cheia no céu. Kyo olhou para os lados. De um lado, uma enorme floresta se estendia até onde a vista alcançava. Kyo virou a cabeça para o outro lado. Um enorme castelo medieval com várias torres e pequenas torres se erguia das sombras. Kyo sorriu para o castelo. Ele o achou magnífico. Estava paralisado, quando Escórpio Malfoy o empurrou.
    - Sai da frente japa! - bradou ele. Kyo se levantou e olhou com ódio para ele. Fechou o punho, mas Rosa segurou seu braço.
    - Não vale a pena Kyo... - murmurrou Rosa.
    - Vale sim! - bradou Kyo usando a mão livre e acertando em cheio o rosto de Escórpio. O garoto cambaleou para trás e caiu no chão, gemendo.
    - E-E-Ele me bateu p-p-p-professor! - choramingou Malfoy para Hagrid que se virou e começou a assoviar discretamente. Malfoy se levantou e encarou Kyo.
    - Seu japa desgraçado! Você tá ferrado! - bradou ele sacando a varinha.
    - Abaixa isso Malfoy, aposto que não sabe usar sua varinha antes de arrancar o olho de alguém não é? - debochou Kyo.
    - Ora seu...! - remungou Malfoy. Ele ainda apontava a varinha certeira para o peito de Kyo.
    - VAMOS! ME AZARE SEU MERDINHA! - bradou Kyo abrindo os braços e rindo. Malfoy abaixou a varinha, a colocou no bolso interno das vestes e saiu resmungando. Alvo veio correndo ao encontro dos dois.
    - Nossa, você deu um soco no Malfoy! - exclamou Alvo. Kyo riu e Rosa amarou a cara. Os três acompanharam o grupo de alunos novos pelos terrenos de Hogwarts. Rosa se encolhia mais a cada passo que os três davam, até que Alvo esbarrou sem querer no braço dela e Rosa soltou um grito longo e agudo.
    - CHEGA ROSA! O que diabos você tem?! - berrou Kyo nervoso. Rosa choramingava e continuou andando.
    - Ela tem medo... Tiago aterrorizou eu e ela com histórias sobre monstros em Hogwarts... - murmurou Alvo. Kyo continuou andando ao lado de Rosa e Alvo até chegarem próximos ao castelo, separados apenas por uma pequena escadaria de mármore. Kyo deu uma pequena risada. Para ele, dar risadas demais era perda de fôlego e tempo e também para seu jeito sombrio e quieto até era aterrorizante.
    - Então... É aqui que começa tudo? É aqui que vamos aprender como nos defender? - perguntou Kyo a Alvo.
    - É... Hogwarts... - murmurou Alvo admirando o castelo. “Aqui que começarei minha vingança...” pensou Kyo. Os alunos começaram a subir a pequena escadaria de mármore e entraram nas portas duplas de carvalho. O saguão de entrada era como Kyo imaginara. Tudo do mesmo jeito que imaginou.
    - Vamos! Vamos! Rápido! - bradou Hagrid. Os alunos o seguiram para uma porta á frente. Quando a porta foi aberta, Kyo foi banhado pela luz das estrelas e várias velas que flutuavam envolta de quatro grandes mesas cheias de alunos com vestes negras. Na extremidade do salão principal, existia uma quinta mesa, onde adultos se sentavam e o destaque era uma senhora que estava sentada em um grande trono dourado, no meio da mesa. No resto da mesa, se encontravam outros adultos (Aberforth Dumbledore é bem visível), mas o qual mais chamou atenção para Kyo foi uma versão adulta de Alvo que estava sentado na extremidade esquerda da quinta mesa. O homem usava óculos também, como Alvo, tinha os mesmos cabelos rebeldes de Alvo, mas em destaque havia uma cicatriz em forma de raio em sua testa...
    - Harry Potter...


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